Porque tudo acontece uma vez em Nova York escrita por SouumPanda


Capítulo 12
Sejamos honestos, a verdade aparece.




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Katherine foi a primeira acordar, pelas luzes da janela, ela se sentou no sofá e percebeu que passou a noite ali, após tanto vinho e sorvete. Ela passou a mão no rosto amassado e no cabelo pouco armado e com nós. Ela mastigava sentindo o hálito forte e a cabeça ainda girando, ressaca tinha pegado ela de jeito. Logo ouviu passos ecoarem e Elizabeth descer cochichando com Tomás que ao ver ela paralisou e sorriu cordialmente.

— Bom dia Kath. - A irmã falava passando por ela e indo abrir a porta para Tomás. Katherine forjou um sorriso e respirou fundo tomando coragem para levantar do sofá, e jurou para si mesma que nunca mais beberia, mesmo sabendo que quebraria a promessa logo. Katherine se levantou e foi para o banheiro tomar um banho, Tomás e Elizabeth olhava ela e seu andar descoordenado e riram da situação que a mesma se encontrava. - A noite foi ótima, obrigada pela companhia. - Elizabeth falava sorrindo para Tomás que a olhava com brilho nos olhos.

— Podíamos repetir qualquer dia desses, com um jantar em um restaurante, depois uns drinques na minha casa. - Tomás falava se aproximando dela e ela sorrindo porém negando com a cabeça.

— Acho que seria adorável, mas não. - Ela disse ainda sorrindo e logo percebeu que Tomás mudou o semblante e espreitou o olhar. - Não tem como prolongar isso Tomás, não quero me magoar nesse processo, não sou como essas garotas que você ficava e tinha casos e depois voltava correndo para sua noiva quando precisava se mostrar para sociedade e aparecer por aí. - Ela falava sem parar e respirou fundo e os olhos de Tomás estavam abertos e logo ele abriu um sorriso.

— Por não ser como elas, que quero sair com você, ficar com você Elizabeth Evans. - Ele falava quase sussurrando e se aproximando dela com carícias em seu rosto, selou os lábios e ainda com eles juntos sussurrou novamente. - Quero namorar com você, caipira.

— Babaca - Ela sussurrou sorrindo e com os lábios colado com o de Tomás, ambos sorriu entre o beijo que logo estava mais intenso. Elizabeth segurou na lateral do casaco de Tomás puxando seu corpo junto ao dele e logo ele parou os beijos com selinhos demorado e a olhou ternamente. - Não me magoe Tomás. - Ela disse afundando a cara no peito dele.

— Eu jamais faria isso Elizabeth. - Ele disse baixo, beijando os cabelos dela e cheirando o mesmo profundamente e sorrindo ao abraça-la forte. - Eu tenho que ir, mas eu volto logo. E tratei o livro de Matthew. - Tomás disse sorrindo e Elizabeth sorriu concordando. - Vamos acabar com isso e respirar aliviados.

— Tudo bem, só quero conseguir dormir tranquila. - Elizabeth disse se desvinculando de Tomás e sorrindo. - Até mais Tomás. - Ela disse o vendo sair de sua frente e ir embora e logo fechou a porta.

Matthew estava parado do outro lado da rua, olhando o prédio que Katherine morava a esperando. Estava impaciente, em seu colo continha um livro grosso, com capas marrom e uma margem dourada e na capa escrito em alto relevo "O livro". Ele apertava fortemente com uma das mãos enquanto batia com o indicador próximo a janela, quando a porta de abriu e ele viu Tomás sair engoliu seco e revirou os olhos, lógico que ele estaria ali, por isso não atendia o telefone. Matthew pegou o celular e mandou mensagem para Tomás que olhou prontamente o aparelho e Matthew tia do amigo. Que olhou em volta o procurando e logo sumiu da vista de Matthew, Matthew olhou por uns instantes para baixo, observando o livro e logo pulou ao ouvir batidas no vidro do carro e olhou e viu Tomás rindo enquanto ele abaixava o mesmo.

— Não deveria ficar do outro lado da rua observando os outros. - Tomás disse abrindo a porta e Matthew dando espaço para ele sentar. - Está esperando Katherine?

— Sim, tenho que conversar com ela. Estou ansioso cara. Nunca me senti assim, minha mão está suando Tomás, isso é normal? - Matthew falava agitado enquanto Tomás ria vendo a situação do amigo

— Calma, vai dar tudo certo Matthew. Ela gosta de você e vendo sua situação, você está apaixonado por ela. Ela deve saber disso, falar sobre o que sente muitas vezes nos ajuda com tudo e nos dá o caminho certo a seguir. - Tomás falava olhando para o amigo e com os olhos brilhando, mas sua mente estava longe.

— Devolve meu amigo seja lá quem o roubou. - Matthew dizia em bom tom e suspirando. - Então parece que você e Elizabeth estão bem.

— Por hora estamos, meu medo é bom, você sabe. - Tomás respirou fundo e Matthew reparou no olhar preocupado do amigo. - Dessa vez é diferente, eu realmente quero ficar com Elizabeth ela é diferente, me fez sentir coisas que nunca senti. Ela é teimosa, orgulhosa, tem paixão em tudo que faz, protege todos que ama, se sacrifica se for possível. - Tomás fez uma pausa e tornou a olhar Matthew. - E nunca conheci ninguém assim, só pessoas vazias. - Ele suspirou e Matthew concordou com a cabeça.

— Então você entende como me sinto com Katherine. E terá meu apoio seja como for. Farei com que dê certo as coisas para você meu amigo. - Matthew disse e eles apertaram as mãos e Tomás deu uns tapinhas no ombro do amigo. - Tenho que ir, tenho que responder uns e-mails e encarar a fera pelo celular, me deseja sorte. - Tomás disse abrindo a porta e Matthew ria dele. - e boa sorte com a Katherine, acho que nem precisa. Ela te ama cara. - Tomás disse sorrindo para o amigo e apontou para a porta que se abria e Katherine saia e Matthew sorriu ao ver ela e quando de virou Tomás já havia partido e então ele desceu indo correndo até a mesma que sorriu ao vê-lo ali.

 

Chloe acordou com John acariciando seu rosto com um riso bobo e ela logo sorriu despertando e selando os lábios com o dele.

— Bom dia linda. - Ele disse baixo e beijando o cabelo dela e ela o abraçando, Chloe afundou o rosto no peito nu de John e logo o olhou mordendo o lábio. - Senti tanta sua falta, do seu cheiro e esse seu sorriso.

— E eu a sua, devemos conversar sobre seu sumiço? - Ela perguntou sentando e puxando o lençol até seu peito e cobrindo o mesmo e ele sorriu negando com a cabeça.

— Acho que devemos ficar no agora, em tudo que quero fazer com você. - Ele disse rindo e puxando a mesma que caiu na cama e ele subiu em cima, beijando intensamente o lábio. Logo ele olhou o relógio que tinha já cabeceira da cama e fez uma careta. - Vai ter que ficar para a próxima. Tenho uma reunião com minha mãe, melhor dizendo Miranda. Ela vai viajar cobrir a semana de moda no Paris Fashion Week e vou ficar encarregado do jornal.

— Nossa deve ser um tédio. - Chloe disse rindo e revirando os olhos, em bom humor, John. A encheu de beijo e se levantou e começou a colocar a roupa e ela o olhando com um sorriso apaixonado. - John. - Ela disse o fazendo se virar com sorriso cordial. - Eu te amo. - Ela disse naturalmente, com a mão apoiando a cabeça e sorrindo.

— O que você falou? - ele disse abotoando a calça e de virando para ela.

— Eu disse que te amo. - Ela repetiu sorrindo e ele abriu um sorriso que mal cabia em seu rosto e John sentiu seu peito queimar, seu coração como se fosse explodir e sabia que naquele momento seu rosto estava vermelho contento o grito que gostaria de dar. Ele foi até Chloe e se curvou selando novamente seus lábios e sorriu.

— E eu te amo Chloe, nunca pensei que me sentiria assim, mas te amo e estar com você torna o fardo da vida mais leve. - Ele disse selando os lábios novamente ao dela e iniciando um beijo lento e carinhoso, Chloe o puxou para cima dela e ele sorriu entre o beijo. - Não tem ideia de como quero você nesse momento, ou tem. - Ele fez uma pausa enquanto sentia Chloe descer a mão para seu pau que já pulsava duro dentro o da calça. - Mas tenho que trabalhar linda. - Ele disse saindo de cima dela e ela rindo da situação e ele revirando os olhos e mordendo os lábios a vendo ali, nua apenas com o fino lençol sobre o corpo. Ele colocou a camiseta e pegou o casaco de couro que tinha vindo a noite e tornou se curvar selando seus lábios. - Eu vou e volto linda. - E John saiu às pressas deixando Chloe rindo e olhando para o teto, animada. Ela sentia como se fosse explodir a qualquer momento de felicidade, não conseguia tirar o riso frouxo do rosto, logo colocou sua calcinha e um camisetão e desceu tomar café e encontrou apenas Elizabeth no seu ritual da manhã lendo o jornal e bebendo café em silêncio.

— Fico feliz que tenha se acertado com John, ele gosta muito de você. - Elizabeth comentava dobrando o jornal e colocando do lado e sorrindo para a irmã que sentava na sua frente pegando torrada e um café.

— E eu dele. - Chloe falava animada e suspirando. - A gente disse, eu te amo. - Ela comentou vibrando e Elizabeth estava com a xícara nos lábios que se abriu demais e derramou café e piscou algumas vezes.

— Nossa, amor. - Elizabeth comentava de limpando sem graça. - Como você sabe que ama alguém assim, tão de repente?

— Nunca tem a ver com tempo Liz. - Chloe comentava mordendo a torrada. - É a paz que a pessoa te traz, o riso, o carinho, proteção e confiança. - Chloe comentava no automático enquanto o pensamento de Elizabeth voava para Tomás ouvindo a irmã. - Você sabe como é.

— Sim, eu acho que sei. - Elizabeth falava mordendo os lábios e pegando novamente o café para tomar.

— E onde está Kath? - Chloe perguntou e estalou os dedos algumas vezes puxando Elizabeth de volta a realidade.

— Saiu, ela já saiu. - Elizabeth disse se levantando e pegando a bolsa correndo. - Tenho que ir, até mais. - Ela saiu correndo como se estivesse atrasada e Chloe a ficou olhando sem entender nada, balançou os ombros e abocanhou a torrada a mastigando algumas vezes.

Katherine e Matthew estavam dentro do carro que rodava a cidade, ela olhava ele cordialmente enquanto ele sorria engolindo seco.

— Acho que Tomás disse que eu consegui o livro, mas preciso ser sincero com você primeiro Katherine. - Ele engolia seco e afrouxou a gravata procurando o ar. - Eu sempre soube o que acontecia nas salas privativas, mas não podia intervir. Boyle uma vez, agendou e eu recebi. E me convidou e eu sem saber o que acontecia fui, bebi muito, usei tanta cocaína. - Ele pressionava os lábios. - Que o sexo, a gritaria era prazeroso, ouvir a pessoa me pedir para parar. - Ele não conseguia olhar para Katherine que estava com os olhos marejados. - Quando o efeito de tudo passou e eu acordei em casa recordando de tudo, recusei os outros convites de Boyle, mas ele começou me ameaçar com uma gravação de mim naquele único mísero dia. - Ele apertava o livro. - Ele disse que me entregava a gravação, se eu guardasse esse livro para ele e o permitisse usar as salas privativas e assim fiz. - Ele então a olhou e notou lágrimas escorrendo pelo rosto da mesma. - Quando eu te levei eu sabia o que ia acontecer, mas foi naquela noite que ele me deu a gravação original, eu estaria livre dele. Mas no momento que te deixei lá, meu corpo e meu coração queria que eu voltasse correndo para você, mas não consegui, os seguranças de Boyle me impediram e tudo que consegui pensar era em Tomás para me ajudar e ele fez junto com sua irmã te buscando. - Eles se encaravam e o bar de Katherine era de total dor. - E ao passar o tempo com você, vendo como era forte apesar de tudo que te fiz passar, vendo seus olhos brilhando e seu sorriso. Me fez se apaixonar Katherine, é isso. Eu te amo e não posso continuar escondendo nem o que sinto e muito menos o que te fiz passar.

— E o que você espera que eu fale agora? - Katherine falava com a voz chorosa e limpando as lágrimas incessantes que escorriam pelo rosto. - Eu me sinto traída por você Matthew, mas não estou surpresa com isso. Estou surpresa por você me amar. - Ela disse chorosa e logo se aproximou dele. - Porque eu também te amo, não queria te amar. Porque você é o ser humano mais sujo que conheço, você me usou, brincou comigo. - Ela respirava fundo.- Mas eu não consigo te odiar, mesmo querendo, mesmo você merecendo eu não consigo, só consigo te amar e sentir essa coisa estranha aqui dentro toda vez que te vejo. - Ela tentava buscar controle da voz que era trêmula e angustiantes. - E odeio me sentir assim. - Katherine despencou a chorar e Matthew a abraçou em consolo, beijando o topo de sua cabeça e apertando forte seu abraço em torno da mesma.

— Eu sinto muito e entendo se não quiser mais me ver ou querer algo comigo. Mas eu precisava ser sincero com você. Porque se quiser ficar comigo precisava saber e me perdoar por isso para seguirmos daqui adiante com clareza e verdade e a verdade é que não consigo ficar sem você, longe de você. Nem por um minuto, nem por um segundo. - Eles se olharam e Matthew selou seu lábio ao de Katherine que estava molhado pelo choro. - Se não me quiser eu entendo, mas se me quiser me farei digno de você Katherine, porque você merece. É forte, destemida, linda e focada no que quer.

— Como posso falar que não te quero após você ser doce assim? - Ela disse baixo e forjou um sorriso mesmo com os olhos tristes. - Pode levar um tempo, mas vamos ficar bem - Ela disse se aconchegando no peito de Matthew que a apertou ela fortemente no abraço e respirou aliviado.

— Leve esse livro para sua irmã, ela vai entregar para quem deve junto com Tomás e Boyle vai ser passado. - Matthew esticou o braço pegando o livro no canto do banco e puxando para Katherine. - Vamos juntos pegar aquele desgraçado e seremos felizes, te prometo princesa. - Ele disse beijando gentilmente a testa de Katherine e pedindo para o motorista o levar para casa.

 

 

Elizabeth estava no táxi olhando tudo com atenção e pressa, quando parou em frente a G.E ela respirou fundo e abriu um sorriso, o que sua irmã havia dito sobre amor a fez querer falar com Tomás. Ela subia o elevador como se o mundo fosse acabar, a ansiedade fazia sua boca secar e seu coração estar em uma arritmia forte, sentindo os batimentos na sua cabeça. Parou no andar que dava para a sala de Tomás, vendo sua linda secretária a distância, com passos lentos processando como iria dizer tudo que precisava a ele ela foi vendo a porta da sala dele se tornar imensa diante dela e seu coração ia saltar do peito e ir direto a ele, o que seria mais fácil, seria óbvio que o coração dela era dele e era isso que ela queria dizer. A Secretária a viu e abriu um sorriso para recebê-la, Elizabeth não parou para falar com ela foi em direção a porta e pode ouvir a secretária tentando impedir a sua entrada sem ser anunciada mas a porta abriu e Elizabeth congelou. Tomás estava ali, cruzou seu olhar mortificado com Elizabeth que engolia seco o vendo envolto com os braços e uma das pernas aparentemente roçando na perna dele, uma moça loira, magra, linda em torno do seu pescoço, a moça olhou Elizabeth que apertou a alça da sua bolsa que estava transpassando seu corpo. A moça logo soltou os braços do pescoço de Tomás que se afastou da mesma.

— Elizabeth - Ele disse indo atrás da mesma que andava com passos apressados quase correndo para o elevador que ia fechando a porta. Elizabeth passou correndo pela porta e ao se virar viu Tomás correndo e parando vendo o elevador descer. Logo passos ecoou pelo corredor e a moça parou atrás de Tomás e sorriu diabolicamente.

— Te espero em casa, no jantar. - Ela beijou o pescoço do mesmo que não expressou nenhuma reação apenas apertou fortemente suas mãos fechadas exaltando as veias do braço. Tomás estava petrificado, sentia seu peito apertado, sentia uma falta de ar tomada pela ansiedade de não se explicar ou falar com Elizabeth, não entender o que ela fazia ali. Ele tinha que falar com ela, ele tinha que encontrar ela de alguma maneira.


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