Porque tudo acontece uma vez em Nova York escrita por SouumPanda


Capítulo 10
Ameaças, Propostas e Segredos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783927/chapter/10

 

 

Após todos eventos da noite passada Elizabeth se despediu de Tomás e logo entrou no quarto procurando onde guardar o pequeno pen drive com tudo que aconteceu na sala privativa, apesar de pequeno ela não podia deixar dando bandeira e escondeu atrás de um quadro que continha sobre sua cama atrás da tela. Quando saiu do quarto Matthew estava no corredor e eles novamente trombaram onde o olhar de Matthew para o quarto de Elizabeth foi inevitável. Katherine logo chegou quebrando o clima e Elizabeth forjando um sorriso.

— Vou ir correr um pouco, preciso espairecer. – Elizabeth disse olhando para Katherine.

— Tudo bem, acho que vamos ficar por aqui mesmo. Ver um filme. – Katherine disse sorrindo abobada olhando e abraçando o braço de Matthew que forjava um sorriso para Elizabeth.

— Claro que vão. – Elizabeth disse passando por eles e indo em direção a porta, quando viu Chloe e John saindo do quarto e fez sinal para virem até ela, chegando perto eles foram para o corredor e Elizabeth sussurrou. – Consegui ontem as provas contra o senador Boyle, agora preciso que fiquem de olho em Matthew ele me pareceu ter uma conversa suspeita no café da manhã e se ele botar as mãos nas provas contra o senador não teremos mais nada, eu ainda sinto que ele de alguma forma está envolvido nisso tudo. – Elizabeth falava sussurrando e Chloe fez uma careta não entendo o que a irmã falava.

— Como você conseguiu as provas Liz? – Chloe falava preocupada.

— Isso é história para outra hora. – Elizabeth falou e olhou para os lados vendo se estavam sendo observados. – Vou correr um pouco e depois a gente se fala. – Elizabeth apertou o rabo de cavalo alto e respirou fundo beijou o rosto de John e abraçou a irmã que com o olhar preocupado a viu sair do prédio colocando fone e indo correr pelas ruas.

Tomás após se trocar foi para a empresa, onde precisava resolver alguns problemas, estava terminando o serviço e desligando a luz do escritório quando viu o senador Boyle parado o olhando com o riso sádico no rosto.

— Se não é o esforçado Tomás Ferguson. – Ele falava com a voz rouca se aproximando de Tomás que engoliu seco e fechou os punhos vendo o senador parado na sua frente.

— Como entrou aqui? – Tomás falava em tom ríspido.

— Eu entro onde me convém Tomás, deveria saber. – Ele falava dando passos curtos em direção a Tomás que estava parado com olhar espreito e já com a respiração alterada.

— Você é um senador, não dono do mundo. – Tomás disse em tom sarcástico o que fez o senador rir, e logo parando com o rosto próximo de Tomás, que sentia o cheiro de charuto e Whisky nele. – Deveria tomar um banho.

— Não brinca comigo garoto. – O senador segurou o rosto de Tomás fortemente e ele ficou parado com o pulso serrado e o olhar fixado no velho. – Eu tive uma noite cheia garoto e depois descobri que a cachorra que você levou ontem é irmã da menina que Matthew levou a algumas semanas não acha conhecidencia? -  O senador falava com a voz baixa e ameaçadora enquanto apertava cada vez mais o rosto de Tomás. – Eu poderia supor, que estavam armando para mim. – Ele soltou o rosto de Tomás e se aproximou da mesa que continha as bebidas de Tomás se servindo e Tomás apenas observando.

— Porque? Tem consciência pesada de alguma coisa Boyle? – Tomás disse massageando o maxilar e olhando o senador provar do seu Whisky.

— Eu nunca tenho consciência pesada de nada garoto, mas eu tenho contatos, muitos contados que como viu, já descobriu o parentesco das duas garotas. E que nesse momento está observando elas para mim. – Senador falava rindo sadicamente e tomava mais um gole da bebida.

— Você está blefando. -  Tomás falava já trincando os dentes e sentindo o sangue ferver.

— De manhã informei Matthew para que se a sua vadia tiver algo, descobrir se não ele também se ferra. – Ele ria sadicamente. – E tenho alguém a seguindo nesse momento, ela saiu de casa sabia? – O senador pegou o celular, mostrando uma foto de Elizabeth correndo pelo parque. – E acidentes Tomás acontece todo dia, seria uma pena acontecer algo com essa coisinha linda.

— Você não seria louco Boyle. – Tomás falava com os dentes trincados. – Deixe ela em paz. – Boyle virou toda bebida e ria sadicamente.

— Ser louco é um hobby para mim garoto, então não me testa. – Boyle parou próximo de Tomás. – E pelo que noto se preocupa com essa menina, então se não quer ver ela amarrada e meu pau no meio das pernas dela e você não poder fazer nada. – Boyle ia saindo e parou cruzando o olhar com de Tomás. – Acho bom vocês não me testarem.

Quando Boyle saiu Tomás quebrou um aparador de vidro no soco machucando sua mão e logo saiu da empresa um tanto alterado.

Chloe e John estavam sentados na sala na companhia de Matthew e Katherine que trocavam caricias um tanto quanto inapropriadas para o local, após algumas pigarradas de Chloe eles soltaram e John revirou os olhos para ambos que ria da situação.

— Então, melhor eu ir para casa. – John falava se espreguiçando e levantando e esperando Matthew se tocar que uma hora teria que ir embora da casa das meninas. – Já vou linda. – John deu um beijo em Chloe que prontamente se levantou e retribuiu. – Até mais Kath . – John disse sorrindo e arqueou a sobrancelha para Matthew em despedida e sussurrou um “babaca” quase inaudível até para ele, quando chegou na porta, mais uma vez selou seus lábios ao de Chloe ternamente e foi embora. Antes de virar a rua para a estação ele quase trombou com Elizabeth que voltava um tanto suada da sua corrida e os dois riram. – Liz, está tudo bem?

— Está sim, porque a pergunta? – Ela disse arqueando a sobrancelha e encarando o amigo. – Está tudo bem com você? – Ela cruzou os braços.

— Está sim, só um pouco cansado, não temos conversado muito desde. – Ele fez uma pausa sem jeito.

— Começou a dormir com a minha irmã. – Ela disse o encarando e um tanto preocupada com o tom de John. – Quer falar alguma coisa John? – Mas antes de que eles começassem a falar uma Mercedes preta parou com vidros pretos que não se enxergava nada dentro e Elizabeth já sabia quem era enquanto o vidro baixou até a metade e revelou meio rosto de Tomás os encarando. – Tomás, o que faz aqui?

— Precisamos conversar Elizabeth. – Ele disse em tom autoritário enquanto Elizabeth revirou os olhos e riu em desaprovação. – É sério, tem que ser agora entre no carro. – Elizabeth olhou John que estava um tanto sem jeito com a interrupção de Tomás e respirou fundo sussurrando um “desculpa” ao amigo.

— Vai lá Liz, seu príncipe te espera, conversamos mais tarde. – Ele disse abraçando a amiga e sussurrando em seu ouvido e a amiga o beijou ternamente e deu a volta entrando no carro de Tomás.

Katherine entrou tomar um banho enquanto Matthew a esperava, ele olhava em volta procurando movimentação pelo apartamento, aparentemente Chloe estava em seu quarto, sorrateiramente ele foi saindo com passos leves do quarto de Katherine até chegar na porta do quarto de Elizabeth aos poucos abrindo para que não fizesse barulho, assim que entrou no mesmo, tornou a fechar a porta que acabou batendo e pode ouvir a porta do quarto de Chloe se abrir.

— Liz? Kath? – Chloe chamava por alguém, mas sem resposta tornou a entrar novamente no quarto. Matthew suspirou aliviado quando a mesma retornou ao quarto, olhou a sua volta, vendo a cama arrumada, a escrivaninha com notebook e muitos livros e papeis de anotações, abriu a gaveta de escrivaninha e se colocou a procurar seja o que fosse atrás do que Elizabeth tinha contra Boyle. Revirando cada gaveta e abrindo o notebook da mesma, que continha uma senha que ele não conseguia descobrir. Era perca de tempo, Matthew olhou as gavetas do armário, dentro do próprio armário, caixas de sapatos, embaixo da cama, revirando o lençol, dentro das fronhas e nada de encontrar indícios. Talvez ela tenha deixado com Tomás, a segurança era melhor do que ali. Logo ele desistiu de procurar algo que ele nem fazia ideia que podia ser, as vezes ela não tinha nada e era apenas imaginação de Boyle. Ele olhou em volta mais uma vez quando notou o quatro em cima da cama um tanto desalinhado, ele engoliu seco indo até o mesmo, mas pode escutar a porta bater e alguém entrar no apartamento, as vezes a própria Elizabeth. Matthew estava sem nenhuma alternativa a não ser se esconder onde quer que fosse, entrando em baixo da cama da mesma. Logo a porta do quarto se abriu e os tênis de corrida de Elizabeth entrou no quarto, acompanhados por um sapato mais social e passos mais firmes atrás era Tomás.

— Não vamos delirar e pirar com isso tudo bem? – Elizabeth falava em tom preocupado e parou próximo a cama e se virou para Tomás. – Boyle está assustado e com razão, então não podemos cair na chantagem dele Tomás, um homem como Boyle tem medo de perder o poder, então fará coisas horrorosas para conseguir o pendrive. – Ela falava respirando fundo e Matthew então afirmando com a cabeça entendendo que o que procurava era um pendrive.

— Tenho medo por você. – Tomás falava se aproximando dela e acariciando o rosto da mesma. – Não sei o que faço se ele fizer algo com você. – Eles selaram os lábios e Elizabeth com os olhos fechados envolta pelo momento respirou fundo e sorriu.

— Ele não fará nada comigo, se ele ousar em encostar em mim, acho que o castrarei. – Ela disse em bom tom o que o fez rir. – Só não caia na chantagem dele, se ele está com medo é assim que ele deve estar. – Tomás envolveu Elizabeth em um abraço terno e ela respirou profundamente seu perfume afundando o rosto em seu peito.

— Eu ficaria mais calmo se viesse ficar uns dias comigo, até tudo passar e termos as provas que precisamos. – Tomás falava calmamente olhando fixamente para o rosto de Elizabeth que sentiu seu rosto queimar de vergonha com o convite.

— Não vou parar minha vida por causa de Boyle e o que tivemos foi uma noite Tomás, não vou ir para sua casa. – Ela falava um tanto ríspida e Tomás logo a soltou e se afastou, Elizabeth sentou na cama e Matthew revirou os olhos ao sentir a cama abaixar.

— Se o problema foi só por ser uma noite. – Tomás disse com a mão no queixo com o olhar fixo em Elizabeth e logo foi até a mesma se inclinando e a beijando de forma mais intensa, Tomás a ajudou com a blusa e logo a empurrou na cama beijando ela ternamente e descendo os beijos por todo corpo da mesma.

 

 

Katherine saiu do banho e procurava Matthew por todo apartamento até bater no quarto de Chloe e entrar sem acreditar na irmã que não estava ali, Chloe estava perplexa com a acusação da irmã.

— Você acha mesmo que eu vou querer aquele filhote de satã? – Chloe falava em tom ríspido e Katherine abria a boca indignada.

— Como ousa falar assim dele, ele é bom para mim Chloe acredite você ou não. – Katherine o defendia.

— Como você ousa me acusar de querer aquela procriação de Judas Kath, só você não vê que ele é uma cobra, um lobo em pele de cordeiro. – Chloe o acusava severamente e era visível que Katherine se sentia ofendida pelas palavras da irmã.

— Eu gosto dele, deveria respeitar isso. E ficar feliz com a minha felicidade. – Katherine já estava com voz chorosa.

— Pelo amor de Deus, não chore por aquele cara que serei obrigada a te bater até enxergar a realidade Katherine, ele está usando você. E você quer fingir que tem controle da situação quando obviamente já está apaixonada. – Chloe falava gesticulando e sentando na cama e abraçando uma almofada e viu uma lagrima rolar no rosto de Katherine que logo limpou a mesma.

— Pense como quiser Chloe, mas sei o que acontece comigo e com ele quando estamos sozinhos e isso basta. Não me importa o que você ou a Liz pense sobre ele. – Katherine estava com a voz chorosa e tom ríspido.

— Seja lá qual for o feitiço ou o jeito do pau do cara para ter te encantado assim depois de te por em oferenda em uma mesa ótimo. Mas ele se importa tanto que foi embora sem ao menos te dizer tchau, agora se pode me dar licença que estou morta de cansaço e quero descansar. – Chloe disse gesticulando para a irmã sair e assim a mesma fez, batendo a porta e indo para o quarto pisando fundo.

 

 

Tomás e Elizabeth estavam deitados se olhando e Elizabeth negando com a cabeça o que acontecerá novamente e rindo da situação. Tomás fazia carinho no cabelo de Elizabeth e beijou o mesmo respirando fundo.

— Tá foram duas ocasiões mas não é suficiente para ir para sua casa. – Elizabeth disse rindo com o rosto corado e Tomás sorriu torto.

— Se for, terá muitas outras ocasiões. – Ele disse selando o lábio deles e ambos sorrindo entre o beijo, ouviram as vozes exaltadas de Katherine e Chloe mas não conseguiam entender o que falavam até as portas baterem e Elizabeth se enrolar no lençol e abrir a porta e Tomás colocar sua cueca e calça.

— O que esta acontecendo? – Elizabeth perguntou abrindo a porta do quarto de Chloe e de Katherine e ambas indo para o corredor vendo a irmã de lençol e Tomás saindo apenas de calça do quarto da mesma.

— Primeiramente não está acontecendo nada, apenas Katherine achou que Matthew poderia estar no meu quarto, coisa que eu iria querer aquela cobra. – Chloe falava cruzando os braços e rindo olhando a irmã e Tomás. – E segundo, uau. – Ela disse gargalhando e Elizabeth revirando os olhos.

— Matthew não foi embora sem se despedir, e as coisas dele ainda estão aqui. – Katherine disse querendo parecer não se importar, mas com a voz chorosa.

— Calma, que as vezes ele apenas foi comprar algo para comer, não sei. – Elizabeth tentava achar uma solução e Tomás concordando com a cabeça.

— Às vezes sim. – Katherine concordou e olhou para Chloe. – Me desculpe te acusar de estar com Matthew. – Chloe apenas revirou os olhos entrando no quarto e batendo a porta e Katherine balançando os ombros em um tanto faz e entrando no quarto, Elizabeth e Tomás voltaram para o quarto e Elizabeth logo começou a se trocar olhando Tomás fazer o mesmo.

— Está vendo, não posso deixar elas aqui. Se matariam no primeiro dia. – Elizabeth disse em bom humor e Tomás após colocar a camisa veio em sua direção e a beijou. – Vou ficar bem, prometo.

— Não promete coisas que não depende apenas de você Elizabeth. – Ele disse ríspido e ela engoliu seco. – Mas de toda forma, iremos dar um jeito nisso tudo, vamos pegar Boyle.

— E se para isso tivermos que pegar Matthew também? – Elizabeth disse em tom preocupado. – Eu farei isso, você gostando ou não.

— Eu estarei ao seu lado já te disse. – Tomás sorriu gentilmente e respirou fundo. – Vamos ir comer algo, me deu uma fome toda essa atividade física. – Ele disse em bom tom e Elizabeth concordou saindo com ele.

Matthew suava mais do que podia aguentar embaixo da cama de Elizabeth, tanto que tinha perdido noção do tempo que ficou ali, provavelmente mais de horas. Quando saiu debaixo da cama, esperou ouvir a porta da sala bater e abriu a porta do quarto de Elizabeth, quando foi fechar de forma delicada Katherine o olhava surpresa e ele a encarou engolindo seco.

— Kath, preciso da sua ajuda. – Ele disse com olhar perdido e Katherine apenas o mirando já com a respiração descontrolada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Porque tudo acontece uma vez em Nova York" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.