Capítulo 57

Estaremos te esperando…

I

Barcelona, Catalunya, Espanha

30 de julho de 2016

Na estação do AVE de Barcelona, Sakura caminhava com Chitatsu, carregando algumas malas. Kero também estava com ela. Atrás delas, estava Rika, Naoko, Sonomi, o Cardeal Dom Miquel Tossel e Tomoyo. 

— Esse verão passou rápido, né, gente? Uma pena que a gente não possa se ver mais uma vez esse ano, né? — disse Naoko. 

— Esse é meu último ano de especialização. Preciso focar mais que nunca nos estudos. Não vou poder viajar mais, nem sei se vai dar pra vir no natal aqui… — disse Sakura.

— Uma pena! Quando você tiver um tempo livre, me avisa, tá? A gente vai adorar te ver em Bilbao! A Chiharu também vai vir dessa vez. Dessa vez, ela não pode, uma pena… — disse Rika. 

— Falando em tempo livre, aproveite os poucos que você tiver pra continuar praticando, Sakura. Você tem uma energia que transcende até mesmo os magos mais experientes! Basta que continue treinando, está bem? — disse Dom Miquel Tossel, sorrindo. — Kerberos, garanta isso para mim.

— Pode deixar, chefia! Vou tacar fogo em qualquer um que se aproximar da Sakura! — disse Kero. 

— Olha lá o herói! — disse Sakura, ironica.

Todas gargalharam. Chitatsu correu até o cardeal e deu um abraço nele. 

— Tem igreja em Bilbao, Dom Miquel? — perguntou o rapaz.

— Tem um monte que você vai poder visitar com o Kero, sempre que quiser! — disse o cardeal, fazendo um carinho na cabeça dele. 

— Sakura, qualquer coisa que você precisar, só avisar, tá bem? Sei que não sou sua mãe, mas… Pode me considerar como uma pra qualquer coisa que você precisar! — disse Sonomi, envergonhada. Sakura sorriu de leve.

— Nem sei como reagir à isso, Sonomi-san, mas eu vejo sim… A Senhora já é praticamente a minha mãe…  

Nesse momento, Tomoyo saiu de trás de todo mundo e ficou na frente de Sakura.

— Você não vai poder vir mesmo, Sakura? 

— Não posso. Tenho cirurgia marcada pro dia dois… 

— Entendo… — disse Tomoyo, triste.

— Isso não quer dizer que… Eu não possa aparecer, quem sabe? Se não dá num dia, dá no outro…  — disse Sakura, se esforçando para sorrir.

Era como se um raio de luz aparecesse diante dos olhos da morena.

— Então… Estaremos te esperando… — disse Tomoyo. Ela tentou pegar as mãos de Sakura, mas elas estavam distantes demais para que pudesse tocá-las.

Sakura e Kero entraram no AVE com Chitatsu e, da janela do trem de alta velocidade, acenou para o pessoal na estação. O veículo começou a acelerar e Tomoyo, sentindo um impulso que não se sabe de onde veio, começou a correr na direção que o trem ia. Mas suas pernas eram humanas demais para competir com a velocidade daquela máquina que acelerava à 300 km/h.   

Continua…