Uma Canção de Sakura e Tomoyo: Finalmente Juntas escrita por Braunjakga


Capítulo 27
Tia Nakuru, a gente já vai pra Madrid?




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Capítulo 25

Tia Nakuru, a gente já vai pra Madrid?

 

San Sebastián-Donostia, Euskadi, Espanha

2 de Janeiro de 2016

 

I

 

Era dia. Nevava. O vento frio do inverno havia trazido uma tempestade de neve para Donostia. As ruas estavam cobertas por uma fina camada de gelo e muitas crianças estavam nas ruas aproveitando o momento.

Era a primeira vez que Chitatsu via tanta neve assim fora do Japão. O menino achava que ela era mais fina que a neve que caía em Osaka.

— É porque a Espanha é um país quente, moleque! Não espere ver um metro de neve por aqui! A não ser… — disse Kero.

— Com uma carta Sakura? A mamãe pode usar uma carta e fazer crescer um metro de neve, não é? 

O guardião fez silêncio. 

— Quem te disse isso? 

— O tio Touya… 

— Bora entrar pra dentro! — disse Kero.

 

II

 

Dentro da casa, Nakuru abria os armários do quarto de casal de Sakura e Syaoran. Estava fazendo algumas malas. Chitatsu passou pela frente do quarto e sorriu um pouco.

— Tia Nakuru, a gente já vai pra Madrid?

A Ruby Moon fez um sorriso amarelo e coçou a cabeça.

— Vamos sim! Vamos sim! Vamos sim pra Madrid, Chi! Eu já tô fazendo as malas antecipada! 

— Por que só tem roupa da mamãe? 

— Porque sua mãe é apressada! Ela gosta de tudo pronto na hora! 

— Espero que a mamãe se apresse e venha logo me ver! — disse Chitatsu, andando contente pelos corredores da casa. Ruby Moon não perguntou mais nada. O sorriso amarelo de Nakuru derreteu como neve e o rosto dela voltou se cobrir com tristeza e resignação. 

 

III

 

Kero estava jogando Mario Kart com Chitatsu na sala quando o menino jogou um casco de koopa no carro do guardião. Kero perdeu o controle do carro e Chitatsu passou na linha de chegada antes dele. 

— Você é ruim, Kero-chan! 

— Sou ruim nada! Eu te deixei ganhar! 

De repente, a campainha da sala toca. O semblante relaxado de Kero mudou num instante para uma fisionomia séria e preocupada. Até Nakuru desceu as escadas correndo para ver. Kero e ela se entreolharam e pareciam que decidiam por telepatia quem iria abrir a porta. Kero voou na maçaneta e abriu.

Foi como se uma boiada tivesse atravessado o lugar.

— Anaia! Anaia! 

Era Iñigo e Iñaki, atravessando a porta de casa. Eles agarraram Chitatsu, sentado no sofá, e deram um abraço nele. 

— Pilota! Pilota! — disse Iñigo, com uma bola dentro da mochila. Ele pegou o objeto e começou a chutar dentro de casa, mas Nakuru foi mais rápida. Ela abriu suas asas de borboleta antes que aquela esfera quebrasse qualquer objeto dentro da casa! 

— Anaia! Ikusi! Hegoak du! (olha irmão, ela tem asas!) — apontou Iñaki.

— Tximeleta! Tximeleta! (borboleta! borboleta!) — disse Iñigo. Nakuru morria de vergonha. Kero olhava preocupado para eles e Chitatsu não entendia nada de nada. Nem sabia se ficava feliz ou triste com os amiguinhos que não via faz tempo.

— Iñigo, Iñaki… Zarete anaiak? Ez da? (Iñigo, Iñaki… Vocês são irmãos [entre vocês] não é?) — perguntou Chitatsu.

— Ez, ez, ez! Zu zara gure anaia! Dakizu? (Não, não, não! Você é nosso irmão! Sabia?) — disse Iñaki, animado com a novidade.

— Gure anaia, gure anaia! — repetiu Iñigo, abraçando o irmão que só soube que era seu hoje.

— Zu zara gure opari urtearen berria! Onena oparria! (Você é nosso presente de ano novo! O melhor presente!) — disse Inaki, juntando-se a Iñigo e abraçando o irmão que ganhou. 

Chitatsu via que Nakuru e Kero estavam muito preocupados com aquela descoberta. Iñigo e Iñaki, pelo contrário, estavam tão felizes que pareciam querer recuperar todo o tempo perdido do lado dele. O rapazinho olhava para os dois e não sabia o que sentir. Por um lado, queria se juntar à felicidade deles, mas por outro, não sabia se aquilo que sentia dentro de si era certo. Kero e sua tia não pareciam felizes com aquilo.

Ele fechou os olhos e sua mente tentou focar na única pessoa que poderia responder àquilo. Mas uma grande dúvida surgiu na cabeça dele: como eles podem ser seus irmãos se eles nem sequer eram filhos de sua mãe Sakura?

— Tô vendo que eles gostaram da novidade… — disse Gotzone, entrando pela porta da casa. 

Agora era Kero que não sabia se mordia a moça ou se deixava tudo como estava. 

— É… Eles são bem bagunceiros… — disse Syaoran, soltando um sopro de cansaço.

— Aita! Aita! (pai! pai!)— disseram os gêmeos, correndo até o pai. Os olhos verdes de Chitatsu abriram-se de curiosidade com a cena nunca antes imaginada por ele.

— Aita? — perguntou o jovem.

Syaoran e Gotzone se entreolharam para ver quem era o primeiro a falar. 

— Vocês tem muito a se explicar mesmo, bando de filhos da mãe! — disse Kero, voando escadas acima para o quarto. 

— Me espera, Kero! — disse Nakuru, acompanhando o guardião.

— Pai… O Iñigo e o Iñaki… São meus irmãos? 

— São sim, Chi… — disse o chinês.

— Esan ez dut? Esan ez dut? (Eu não disse? Eu não disse?) — disse Iñigo, agarrando a mão de Chitatsu.

— Eu… Não entendo… Eles não deviam ser… Filhos da mamãe, papai?

Gotzone e Syaoran se olharam mais uma vez, um pouco sentidos e cabisbaixos. Do nada, Chitatsu sentiu um raio atravessando a cabeça. Ele fechou os olhos e encolheu o corpo. 

— Anaia! — Os gêmeos gritaram de preocupação e correram para acudir o irmão que eles mal tinham ganhado.

— Chi! — disse Syaoran, partilhando da mesma preocupação. O chinês e Gotzone também sentiram a mesma coisa.

— Ele não tá doente… Ele tá sentindo a mesma presença que a gente tá sentindo… — disse Gotzone. 

De repente, a porta da casa abriu mais uma vez.

— Deixa que eu te explico, Chi, o que eles não conseguem te falar… 

Era Sakura. Ela estava sozinha, desacompanhada, o rosto sério. Usava uma jaqueta rosa e um cachecol amarelo. Chitatsu começou a chorar e se sentou no tapete de sala, de tanto que seus olhos e seu peito doíam. Sakura correu como uma leoa para segurar o filho, nem esquentando se Gotzone, Syaoran ou os gêmeos estavam partilhando do mesmo espaço. 

— Chi, não chora, vai. A mamãe vai ficar preocupada.

— Sakura! — disse Kero, pulando em cima dela em sua forma verdadeira. — Senti tanto sua falta! 

— Calma, Kero-chan, olha o barraco que você tá fazendo! — disse Sakura, gritando de um jeito engraçado. Chitatsu ainda chorava, mas começou a sorrir um pouco com aquela confusão. Iñigo, um pouco menos preocupado, aproveitou para se juntar ao abraço deles também. 

— Ama! — disse Iñigo para Sakura, abraçando os pés dela. A cardcaptor ficou confusa com o gesto.

— Ama? Baino… (Mãe? Mas…) — disse Gotzone, chocada com a atitude do filho. 

— Chitatsu gure anaia nuke, Ez zait asko inporta Sakura nire ama baliz ere… Nahi nuke! (Se Chitatsu for nosso irmão, Eu não importo que Sakura seja nossa mãe também… Se ele quiser!) — disse Iñigo, sorrindo.

Sakura, durante todos esses dias que esteve dora de Euskadi, teve vontade de odiar o menino, mas toda a sua raiva foi anulada com aquele gesto de carinho com ela e com o filho. Eles não tinham culpa de nada, já bem alertou Rika no telefonema de ano novo e nas mensagens do whatsapp. Ela superou toda a sua repugnância a tudo o que lembrava Gotzone e acariciou a cabeça dele. 

— Iñigo é o seu nome, não é?

O rapaz fez sim com a cabeça.

— Eu preciso falar um pouco com o seu irmão, tá bom? Depois você brinca com ele…

 

IV

 

Sakura levou o menino para a cozinha e fechou as portas. Era um dos únicos ambiente do casarão onde podia falar com ele com um pouco de tranquilidade. 

— Você tá com fome, Chi? 

— Não estou não, mãe… 

Sakura sorriu com o jeito certinho dele falar. Lembrava um pouco o jeito da amiga.

— Pode se sentar, Chi… 

O menino subiu na cadeira e colocou as mãos em cima da mesa, como se esperasse algo. Ele não desgrudou os olhos de Sakura um minuto sequer. Parecia que Sakura se via no espelho e sondava seu próprio inconsciente vendo seu filho. Os olhos e o cabelo de Chitatsu eram tão iguais ao seus que até mesmo as duas anteninhas na copa da cabeça ele herdou dela. Sentiu-se feliz fazendo essa comparação.

— Mamãe… Você ficou longe… Você passou o natal longe da gente… 

— Passei, né, filho? Me desculpa, me desculpa mesmo! A mamãe tava resolvendo uns probleminhas… Você recebeu meu presente, não recebeu? 

— Recebi sim.

— Era o jogo que você tanto queria, né?

— Brigado mesmo, mamãe, mas eu queria mesmo a senhora aqui comigo…  

Sakura acariciou o cabelo do filho, deslizando os dedos por trás das orelhas. Ela tentava acalmá-lo, mas ele não se importava com a carícia da mãe. Havia coisas mais importantes para focar a atenção O menino também já era inteligente o bastante para entender que haviam coisas mais importantes que brinquedos ou roupas. A cardcaptor percebeu. O filho era capaz de sentir a alegria e tristeza dos outros, e Sakura mostrava não estar feliz por voltar para aquela casa. — Mamãe, o que a senhora estava resolvendo? 

— Coisa de adulto, Chi… 

— É alguma coisa que vai fazer a senhora ficar longe de novo? 

A primeira coisa que Sakura pensou foi em inventar uma desculpa que a fizesse adiar a necessidade de explicar para o filho o que realmente estava acontecendo, mas buscou sondar a situação antes, o quanto ele já sabia. 

— O seu pai te explicou o que aconteceu?

— Ele falou que a senhora estava com problemas… Ele falou também que queria ser escutado pela senhora… A senhora não tá escutando o papai, mamãe?  

— Chi… — Sakura pegou no queixo no menino e voltou a levantar a cabeça dele. — Não é uma questão de escutar ou não escutar… É uma questão de distância.

— Distância? Mas a senhora não já tá aqui?

— Não é isso, Chitatsu. Há muitas formas de distância. Sabe quando você tá perto dos seus amiguinhos da escola, daí, tem aquele amiguinho que você não fala muito? 

Chi fez sim com a cabeça.

— Sei… 

— Você, mesmo perto, não tá longe dele? 

— Es… tou… — O menino começava a ficar com a voz, trêmula embargada.

— É a mesma coisa com a mamãe e o papai… Tá acontecendo muita coisa na nossa vida, Chi, muita coisa mesmo que, meio que… Afastou um pouquinho o papai da mamãe… 

Sakura viu que tinha um cordãozinho de prata no pescoço dele. Puxou o objeto e viu a aliança de casamento de Syaoran. Ela ficou calada por um tempo, analisando a corrente, e respirou fundo antes de continuar. O silêncio dela foi tão profundo quando o silêncio que ela fez ao quebrar o notebook do pai ao tentar capturar a carta “sono”. 

Syaoran não usava mais aliança de casamento. 

Ela resolveu, então, tirar o colar do pescoço do filho, tirar sua aliança do dedo e colocá-la no cordão, devolvendo-a para o pescoço do filho. Chitatsu olhava atentamente o gesto da mãe com os enormes olhos verdes, preocupado.

— Fica com elas pra você… Quero que você nunca se esqueça que, um dia, a mamãe e o papai já se gostaram muito, muito mesmo…

Chitatsu baixou a cabeça. Parecia que as alianças pesavam toneladas.

— Mamãe… essas são suas alianças?

— São sim, filho, a minha e a do papai…

— Isso é aliança de casamento, né? 

— São… 

— Vocês tiraram as alianças, né? Vocês não são mais casados? 

— Seu papai falou alguma coisa sobre nosso casamento?

— Não..  Só pediu pra ficar com elas… Ele não disse nada não… Nem quis perguntar…  

Sakura buscou palavras para confortar o filho. Chitatsu já baixava a cabeça e começava a chorar com a hipótese de separação dos dois.

— Eu fico triste, mamãe! Vocês não vão poder ficar comigo mais, é isso? Eu tô atrapalhando? — A pergunta de Chitatsu cortou o coração de Sakura. Por mais que toda a época do nascimento do menino fosse a mais difícil para Sakura, ela jamais se arrependeu de ser mãe. Não queria que o filho pensasse dessa forma desde cedo.  

— Não é isso, filho! Olha só, vou falar pra você. A mamãe tá tendo que terminar a faculdade, sabe? A mamãe tá aprendendo a cuidar de crianças pequenas como você, Chi! Eu quero ajudar a salvar muitas vidas e… Pra isso, eu preciso de um tempinho só pra mim, você entende? Por isso, eu não tô conseguindo ficar do seu lado… 

— Sei… — disse o menino, enxugando as lágrimas. — O papai tá precisando de tempo também? 

— Também! O papai vai jogar no Real Madrid, o maior time do mundo! 

— A Tomoyo falou que é o Barça… 

— Então! Os dois tão brigando pra ser o maior do mundo! Daí, o papai foi chamado pra guerra! 

— Pra guerra? — Chitatsu ficou assustado. Sakura sorriu e ele se acalmou um pouco com aquela gargalhada.

— Não fica assim, Chi! Não fica assim! O papai não vai perder a vida, nem nada! Ele só vai precisar de um pouco mais de tempo, você entende? 

— Vocês não vão me abandonar, não é? — Chitatsu parecia não entender. Sakura voltou a acariciar por trás das orelhas dele.

— Jamais! Jamais seus pais vão te abandonar!

Sakura deixou Chitatsu pensar um pouquinho antes de continuar.

— Mamãe, a Gotzone passou o ano novo comigo…

— Passou, é?

— Ela passou o natal comigo também… Ela me deu presente e tudo… 

— Deu é? "Mulherzinha cretina!", Pensou a Cardcaptor.

 — Eu também vi ela beijando o papai que nem a mamãe fazia… 

— Puxa vida! Não perdeu tempo! — comentou Sakura, um pouco incomodada. Chitatsu ouviu.

— Mamãe! Mamãe! Eu sabia que a senhora não ia gostar de saber disso! Eu nem abri os presentes dela! Eu falei que ia falar com a senhora antes se eu podia abrir ou não… 

Sakura respirou fundo mais uma vez e pegou o filho nas mãos. Tirou ele da cadeira e se ajoelhou diante dele, olhando no fundo dos olhos do rapaz.

— Chi, você pode abrir os presentes dela… 

— Posso mesmo? 

— Pode. A mamãe vai precisar terminar os estudos e não vai poder ficar com você por um tempo… 

Chitatsu chorou de qualquer jeito com o que Sakura falou.  

— Eu vou ter que ficar aqui em Euskadi, o papai vai precisar ir pra Madrid, está bem? Vai com ele. 

Chitatsu não falava mais nada. Só escutava. 

— Escuta! Você não vai ficar sozinho, não! Você acabou de ganhar dois irmãozinhos! Mais duas pessoas da sua idade pra ficar com você! 

— Ganhei? 

— Sim, você ganhou! Você vai jogar videogame com eles, vai brincar de bola, passear no parque, ir pra piscina… Tudo só tá começando agora! Você não só vai ter a Nakuru pra ficar com você! Agora, você vai ter aquela enxerida da Gotzone também pra te ensinar a jogar bola! 

— Como é que eu ganhei dois irmãos, mamãe, se eles tem outra mãe que não é a senhora?

— Filho, tem muitas formas de família hoje em dia. Eles podem não ser meus filhos, mas são do seu pai… 

— Como assim?

— Chi, um dia o papai gostou muito da Gotzone.

— Gostou?

— Muito mesmo. Gostou tanto dela que presenteou ela com o Iñigo e o Iñaki, da mesma forma que me deu você de presente logo depois… Agora é o seu momento de conhecer eles melhor, brincar com eles… Eles gostaram de você, Chi! Só que, pra isso, a mamãe vai precisar ficar um tempo longe de você… — Agora era Sakura quem chorava com as palavras que dizia, com um pouco de mágoa e decepção por não poder ficar com o filho.

— Quando vou ver a senhora de novo? 

— Vai ver sempre que seu pai passar por aqui… Celular existe pra quê hoje em dia, meu querido? 

Custou a Chitatsu entender o que a mãe dizia, mas se conformou. Ele sempre usou o telefone para falar com Tomoyo e com a mãe não seria diferente. A ficha só foi cair mesmo quando Sakura abriu a porta daquela cozinha e voltou para a sala. 

Tudo estava como antes: todos atentos, esperando uma resposta. Nakuru foi a primeira a falar. Todo mundo viu os olhos vermelhos do pequeno e o rosto sério da cardcaptor.

— Sakura, as malas já tão no carro… 

— Obrigada, Ruby!  

Iñigo saiu do seu lugar perto da mãe e estendeu os braços para Sakura, pedindo um abraço.

— Não fica assim! A senhora pode ser minha Ama também… 

Iñaki, o gêmeo mais velho, puxou o irmão pela touca da blusa de frio e repreendeu o menino. 

— Barkatu, Sakura, ausardiaz nire anaiaren, Barkatu! (Desculpa, desculpa a insolência do meu irmão, desculpa!). — disse Iñaki. Sakura pegou Iñigo no colo e passou a mão nos cabelos dele, acalmando o rapazinho. Aqueles cabelos eram muito parecidos com os de Syaoran, até mesmo no tipo. O chinês e Gotzone perceberam que Sakura reparava na semelhança entre os dois, mas não podiam fazer nada para esconder a verdade. 

 — Não fica assim… Seu irmão não fez nada de errado, Iñaki. — disse Sakura, olhando para o rapaz de olhos arregalados. Eles eram azuis como os de Gotzone. Depois, Sakura se voltou para Iñigo. — Você promete proteger seu irmão contra os caras maus?

— Promes! Promes! (prometo, prometo!). — disse Iñigo.

— É isso aí, bate aqui! — Sakura colocou Iñaki no chão e olhou para Gotzone. Então, ela estendeu uma pasta para Syaoran com toda a documentação do filho.

— Cuida dele, tá? Eu preciso estudar e, é duro admitir isso, eu não vou poder ficar com ele. 

Gotzone pegou a pasta e não falou nada mais para ela. Na verdade, não sabia o que dizer. 

— Depois eu falo com você, Kero-chan! Você vai passar lá em casa mesmo… — disse Sakura, olhando para o leão alado. O guardião estava impassível como uma estátua, chorando. 

Chitatsu viu a mãe sair de casa e aquela imagem nunca saiu de sua mente, nem tampouco a forma calorosa como ela tratou os meninos e a forma fria com que ela tratou seu pai e a mãe dos seus irmãos. Suas pernas enfraqueceram, mas antes que caísse, os irmãos o apoiaram. Kero segurou-o pela gola da camisa de frio antes que se ajoelhasse. 

— Leva ele pro quarto, vai… — disse Syaoran, triste e cabisbaixo.

 

Continua…   

 

  


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