Uma Canção de Sakura e Tomoyo: Finalmente Juntas escrita por Braunjakga


Capítulo 12
A minha lealdade sempre foi do povo




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Capítulo 10

A minha lealdade sempre foi do povo… 

Palácio real de Madrid

13 de maio de 2015

 

I

 

— Depois da remoção da Imunidade penal do Rei Felipe VII, o congresso votou hoje se o monarca poderia ser julgado pela justiça comum. A proposta levantada pelos republicanos foi derrotada por 186 votos contra dos liberais e dos conservadores. Os trabalhistas se abstiveram. Portanto, apenas o tribunal supremo pode julgar o rei. Segundo a promotoria, o julgamento não começa agora, mas sim, depois que todos os depoimentos dos antigos soldados da 14° Brigada de Infantaria de Guernica forem ouvidos.

— Voltamos com as notícias de esporte, o… 

O telejornal na televisão noticiava um fato que fazia a pequena Sophia contorcer o rosto, mesmo não entendendo tudo o que eles falavam. Sentada naquele sofá, a princesa estava cercada pelo tio Jordi Ferrer e pelo Tio-Avô Dom Miquel Tossel. Dom Jordi estava tranquilo, quase esboçando um sorriso com a notícia do jornal, mas Dom Miquel ainda estava inquieto.  

— Vovô, aquele pessoal do parla… mento não gosta do papai, não é? — perguntou a pequena princesa, segurando as lágrimas que insistiam em aparecer nos seus olhos azuis claros bem destacados.

— Chega de televisão por hoje… — Dom Miquel pegou o controle remoto e desligou a televisão. A princesa insistia em perguntar antes mesmo que o tio-avô lhe respondesse:

— Tio, o senhor é conservador?

— Sou sim, minha querida. 

— O senhor votou contra o papai? 

— De onde você aprendeu essas coisas? — perguntou Dom Miquel.

— O papai me disse… Ele disse que voto é uma coisa que deixa umas pessoas tristes e outras felizes… O papai tá muito triste! Por que eles votam pro papai ficar triste?    

— O papai fez uma coisa muito feia, Sophia, por isso… — começou a explicar o tio conservador.

— Por quê? Por que o papai vai ser julgado? 

— Ninguém ia deixar o papai triste se ele não tivesse feito outras pessoas tristes.   

— Outras pessoas tristes? — a pequena olhou para o chão e começou a chorar silenciosamente. Dom Miquel se apressou e pegou a menina no colo.

— Sophia, olha só… Jesus não agradou todo mundo. Seu pai tampouco ia agradar… O papai vai enfrentar algumas coisas difíceis, não deixa de ficar do lado dele, tá? — disse o cardeal.

Sophia aspirou o catarro que persistia em sair do nariz e limpou as lágrimas dos olhos, já vermelhos, com o braço. Dom Miquel pegou um lenço do bolso e passou no rosto da menina, enxugando seu nariz. Nesse instante, a porta da sala de televisão se abriu. Dom Felipe entrou, olhando para Sophia chorando nos braços do tio-avô e não gostando nada daquilo. O rei olhou furioso para Dom Jordi e ele se levantou do sofá, encarando de volta o irmão.

— Jordi…

— Felipe…

— O que você faz aqui? 

— Pelo que eu sei, meu irmão, eu sou o Diretor de política territorial do Partido Conservador. Qualquer coisa referente à princesa das astúrias é minha competência… Mas já estou saindo… 

Dom Felipe ficou calado, apenas encarando silenciosamente o irmão, vendo se ele cumpria a promessa que fez. Dom Jordi disse uma última coisa antes de partir.

— Sophia, sei que você gosta de falar em catalão com a gente, não nos importamos, mas para quem vai ser a futura rainha dos Bascos, Catalães e Galegos, falar castelhano é vital.

— O que é castelhano? — perguntou a pequena. Dom Jordi olhou para o irmão querendo fulminá-lo com os olhos quando ouviu a resposta da pequena. Sophia não entendia nada, apenas via que a tensão entre os dois aumentava. 

— Sophia vai aprender todas as línguas do território no tempo certo! A menina só tem cinco anos, Jordi! Tenha paciência e não confunda mais as coisas! — disse Felipe VII, num tom elevado de voz. 

Dom Jordi andou até o irmão e parecia que iam brigar novamente. Dom Miquel ficou preocupado, mas não se moveu, por temor de preocupar a pequena mais ainda. Mesmo assim, Sophia percebeu a briga crescendo no ar e gritou desesperada nos braços do cardeal:

— Tio, não fica bravo! Eu vou aprender castelhano! Por favor, por favor! 

O tio se virou e voltou para a princesa, sorrindo. Ele pegou as duas mãozinhas dela e tentou acalmá-la.

— Sophia, minha futura rainha…  

— Eu ainda sou princesa, Tio… 

— Você vai ser rainha um dia, minha querida. — disse Dom Jordi, acariciando os cabelos dela. — Eu vou estar aqui do seu lado para apoiá-la quando esse momento chegar… Acostume-se com isso… — Dom Jordi fez uma reverência para ela e andou até o irmão. 

Dom Miquel não refutou as palavras do sobrinho. Vendo isso, Sophia não quis contestar o tio e apenas contentou-se em engolir o choro. Já tinha conseguido evitar uma discussão entre os dois naquela sala e isso era tudo para ela.

— Amanhã, vou colocar um professor de língua espanhola aqui. Vai vir da Universidade Rei Andoni I, um dos melhores do reino… — disse Dom Jordi, sussurrando no ouvido do irmão, sem olhar para ele.

— Ela é minha filha, Jordi! Que pai sou eu que não pode decidir o que ela estuda ou não? 

— Você acha que tá em condições de exigir alguma coisa por aqui? Pense bem, isso não vai cair bem no seio do partido. Já tem muita gente lá querendo ver você renunciando… 

— É um grupo pequeno, pelo que sei… 

— É pequeno, mas pode aumentar… Imagina se o “ABC”, o “El mundo” ou o “El País” ficam sabendo que a princesa das astúrias não sabe falar espanhol, hein? A língua do próprio país… Que vergonha! 

Dom Jordi saiu pela porta sem levantar a voz para o irmão, sem brigar, como Dona Sophia queria. Dom Felipe se mantinha forte por fora, mas por dentro, aquilo foi um golpe fundo na moral de pai que tinha. Dona Sophia, como sempre, percebeu. 

— Fia, vai lá com o pai, vai! Vão dar uma passeada nos jardins, aqui tá muito fechado, não é? — disse Dom Miquel, sorridente. Ele colocou a princesa no chão e ela andou até o pai, tirando um celular da pequena bolsinha que carregava.

— Pai, liga pra Tomoyo… Liga pra Tomoyo, vai! — pedia a pequena princesa. — Eu quero passear com ela! 

Dom Miquel e Dom Felipe se olharam preocupados. El Rey colocou um joguinho para a filha se distrair um pouco e chegou perto do tio, sussurrando para ele:

— Tomoyo tá em Barcelona agora, tio! Como eu posso chamar ela aqui? 

— Oras, você é o chefe de estado! Você tem a guarda real a sua disposição! Nenhum deles vai te delatar pro Jordi!

 

II

 

Fazia um dia nublado de primavera em Madrid. O sol, timidamente, tentava atravessar as nuvens, mas elas eram mais fortes e continuavam a barrar a luz do astro rei. 

Dom Felipe estava na varanda, no primeiro andar do palácio, olhando a filha brincar nos jardins com o tio e com alguns soldados da guarda real. Ele sorria timidamente e, no fundo, queria que todos os dias da pequena fossem como aquele. Desde que foi acusado de crimes de guerra, Sophia assistia os jornais e ficava triste, insistindo dia sim, dia não, para que Tomoyo a visitasse em Madrid. 

Enquanto pensava na varanda, um vento forte surgiu por trás de El Rey. Era Zigor. 

— Majestade… — O homem de armadura vermelha como sangue se ajoelhou perante o monarca. — Me perdoe se eu não lhe trago boas notícias agora… 

— Não me importo muito, não estou em situação melhor… — respondeu Felipe VII, sorrindo. Zigor sorriu também.

— Sei… Esses malditos não lhe dão uma trégua… Pensei que aquela cobra do seu irmão tivesse abandonado a Família real como aquela miserável da Maitê… Com todo o perdão, majestade… 

— Maitê nunca gostou muito de mim, sempre me chamou de ausente. Jordi pegou o discurso dela e tomou como seu. E outra: eu não posso impedir o acesso dele ao palácio, ele é um dos diretores do partido conservador que, querendo ou não, apoia a monarquia… 

— Seu irmão é uma cobra, majestade, isso sim! — disse Zigor, sacando uma garrafa de uísque da armadura. Ele ofereceu um gole ao monarca que prontamente aceitou. 

— Meu irmão fez carreira com as próprias mãos dele, Zigor. Isso eu tenho que reconhecer. Ele saiu daqui com uma mão na frente e outra atrás, só com a roupa do corpo e um diploma de engenharia nas mãos… Hoje, 15 anos depois, ele é forte candidato a assumir a presidência dos Conservadores. Você sabe o que significa isso?

Zigor ficou em silêncio. El Rey prosseguiu:

— Ele pode se tornar o chefe da oposição daqui há dois anos e, quando tiver eleições, o Presidente de governo da Espanha!… Você entende? Ele vai ter acesso livre ao palácio, a Sophia… Essa reaproximação dele é um carma que eu tenho que pagar… 

— Hunf! — Zigor engoliu um gole de uísque e depois cuspiu com tudo. — Tô ligado nessa história…  O cara era um prefeitinho de merda da periferia de Madrid e, em catorze anos, já tem esse poder todo! Não passa de uma cobra pra subir tão rápido assim! 

— Não fala dele assim… 

—  me escuta bem, majestade. Conheço muita gente no Bildu, os independentistas de Euskadi, que passam trinta anos no partido e ainda nem escolhido pra prefeito foi! — disse Zigor, bebendo um gole de uísque.

— Vai lá entender os segredos do universo… 

— Vai lá entender a mente das cobras… 

Um som de helicóptero foi escutado no fundo dos jardins do palácio e a pequena princesa ficou toda agitada.

— Tomoyo! Tomoyo! — disse ela, correndo mais que qualquer um dos guardas reais que a escoltavam.   

— Com licença, Zigor, preciso ir. Continue monitorando a situação e… Não ouse sequer fazer qualquer coisa contra Fujitaka ou Touya! — disse El Rey.

— Às suas ordens, majestade! Vou continuar a traçar o plano de escolta daquelas malditas cartas, pois como eu disse pro senhor, a chance de ataque é grande… 

El Rey se aproximou do subordinado e lhe deu um abraço. Zigor estranhou, mas retribuiu o gesto de afeto. 

— Não sei como agradecer a sua lealdade....

— A minha lealdade sempre foi do povo, majestade! O senhor sempre esteve do lado do povo, portanto, eu continuo ao seu lado… Nós, Bascos, somos assim! — El Rey e Zigor sorriram. O Interventor fez uma reverência ao rei e deu um salto no ar, com suas asas transparentes vermelhas.

 

III

 

Já era tarde da noite. Felipe não se encontrou com Tomoyo. El Rey passou o final da tarde inteira e o começo da noite fora do palácio, reunido com os  advogados da família real. Estavam preparando a defesa que apresentariam no tribunal supremo havia alguns dias. A recomendação deles era esperar o fim dos depoimentos antes de preparar uma defesa propriamente dita. Aquela espera enchia de agonia o rei. Ele deu alguns passos para o quarto da filha para ver como ela estava. A porta estava entreaberta.

— Tomoyo, Tomoyo, o que aconteceu depois que o aquário quebrou? 

— A água veio pra cima da gente! Ela tinha uma cara feia de doer e garras que faziam assim! — Tomoyo gesticulou para ela o ataque da carta água e fez cócegas na menina. 

Felipe VII entrou aos poucos dentro do quarto de Sophia e viu a segunda cena que lhe fez abrir um sorriso do tamanho do mundo em seu rosto, em seu coração.

— Felipe? 

— Papai! Entra, entra! A Tomoyo tá aqui… — disse Sophia, animada. Não importava que fosse quase dez da noite, a pequena parecia ter alegria para prolongar aquela noite, se necessário fosse.  

El Rey deu alguns passos vacilantes no quarto e se sentou do lado da cama da filha.  

— Que histórias a princesinha aprendeu hoje? 

— Eu aprendi sobre a Sakura. Aprendi que ela é muito valente! Olha, papai! Ela lutou contra a água… — disse Sophia, mostrando algumas fotos antigas que Tomoyo fez da amiga querida. Sakura voava no báculo enquanto fugia da carta Água. El rey olhava as fotos com um misto de melancolia e ciúmes que a princesinha percebeu.

— Papai, papai! O senhor é mais forte que ela! O senhor enfrentou aquelas bruxas do País Basco! O senhor é um soldado muito valente! 

— Eu enfrentei, não enfrentei? — Felipe VII ficou emocionado com as palavras suaves da filha depois de um dia duro com os advogados. 

— E ganhou de todas elas! O senhor vai ganhar de todo mundo papai! O senhor vai ganhar do congresso! Eles não vão deixar o papai triste! O papai não deixou outras pessoas triste! A Tomoyo me contou! A Tomoyo me contou! — disse a princesa, mais animada que nunca. Ela saltitava na cama e tinha vontade de pular de verdade mesmo, bastava sentir uma abertura de um dos dois para começar a algazarra. El Rey olhou surpreso para a roxinha e ela sorria silenciosamente. Sophia viu a troca de olhares dos dois e deu um abração na costureira.

— Tomoyo! Você não quer ser rainha junto com o papai?

— Rainha? 

— Eu sou criança, não posso ser rainha, mas você pode! Então, você não vai ter que ir pra Barcelona de novo… Você vai ficar pra sempre aqui com a gente… 

— Sophia, eu vou pensar no caso, está bem, agora, vai dormir que já tá ficando tarde! — disse Tomoyo, ajeitando a menina na cama. — Olha, eu vou ficar um tempinho em Barcelona, está bem? Não vou poder vir pro palácio todo dia…

— Ah! — exclamou a princesa, decepcionada.

— Se você precisar me ligar, me liga! Você tem um telefone aí que eu te dei! Faça bom uso dele, está bem, mocinha? 

— Tá, vou fazer sim! Eu posso te ligar todo o dia?    

— Pode. 

— Vou te ligar amanhã!

— Vou esperar. — disse Tomoyo, acariciando ternamente a pequena, sorrindo. — Agora vamos rezar, vamos rezar. — disse Sophia, ajoelhando-se, fechando os olhinhos e juntando as mãozinhas na altura dos lábios. Tomoyo e Felipe acompanharam a menina.

— Minha virgem de Montserrat… 

 

IV 

  

— Boa noite, Mamãe que tá no céu, boa noite, Tomoyo. Boa noite, papai!

— Boa noite, Sophia!

Os dois apagaram o abajur, deram um beijo na testa dela e saíram do quarto. 

— Obrigado, Tomoyo.

— Ora, não foi nada, Felipe! Ainda bem que meu trabalho é flexível… 

— Obrigado por ser a mãe dela… Obrigado por continuar o trabalho da Helena… — disse El Rey, emocionado. Os dois estavam nos corredores do palácio, diante do retrato da mãe de Sophia. Helena Paleologos da Turquia tinha os mesmos cabelos loiro ondulados de Sophia, só que os dela eram mais crespos e mais ondulados. Em meio àquelas lágrimas, Tomoyo abraçou Felipe e acariciou as costas dele, olhando para o retrato da antiga rainha. 

— Eu sei o que você tá passando, Felipe. A Sakura tá passando pela mesma coisa. Não dá pra ficar deprimido assim. A gente tem que manter a cabeça erguida, por mais que ela insista em cair… 

— Essa é a parte difícil… 

— Isso não é nada, Felipe. Difícil é ser também pai e mãe da Carmen, já pensou para pensar nisso? — perguntou Tomoyo. 

Nos fundos daquele corredor, andando pelas sombras, uma menina apareceu. Ela tinha olhos azuis claros e bem destacados, cabelos negros e lisos até o pescoço e olhos puxadinhos. Estava de pijama e calçava pantufas. A menina fez uma reverência para El Rey e para Tomoyo.

— Majestade, Tomoyo. Desculpe-me estar acordada até essa hora. Tive sede e fui à cozinha.

— Que gracinha! — comentou Tomoyo.

— Carmen, vem aqui… — disse Felipe. El Rey pegou a menina no colo e ficou olhando para a cara de espanto que ela fez. — Por que tá assim?

— É uma honra estar no colo de vossa senhoria. — respondeu a menina.

— A partir de hoje, não precisa me chamar de majestade.

— Não precisa mesmo?

— Não. — disse Felipe, num tom de voz firme. — Nem precisa fazer reverências para mim, nem pra Tomoyo. 

— Não mesmo? 

— Não mesmo. — El Rey mexeu nos bolsos e tirou um celular de lá. — Toma aqui. Eu não vou ficar muito tempo no palácio, então… Qualquer dúvida que você tiver, você liga pra Tomoyo, está bem? 

— Está… 

— Ótimo. Ajuda a Sophia no que ela precisar. Vocês vão precisar ficar muito unidas depois disso tudo, está bem?

— Está.

— Amanhã vai ter aulas de castelhano tanto pra você, quanto pra ela. Ajuda ela, está bem? Puxa ela pra estudar! — Disse El Rey, olhando para a pequena Carmen com um misto de tristeza e impotência. 

— As suas ordens, Majestade… Ops, Dom Felipe. Farei de tudo por vossa alteza.

— Só Felipe tá bom… Eu te amo muito, Carmen! Não se esqueça disso… — disse El Rey, dando outro beijo no rosto dela e colocando a menina no chão. Carmen estava corada com todo aquele carinho. 

— Quer que eu te acompanhe, Carmen? — perguntou Tomoyo. 

— Obrigado, Tomoyo. Meu quarto está próximo. Não quero incomodar mais… 

— Não incomoda não… — disse Tomoyo, abaixando-se até a menina e dando um beijo na testa dela. Ela ficou tão envergonhada que se escondeu nas sombras e correu para a cama.

— Ela é um segredo meu e seu, Tomoyo, está bem? 

— Está bem. Ela vai precisar de muito amor daqui pra frente. Nada melhor que juntar ela com a Sophia o mais rápido possível! — disse Tomoyo, com uma cara tensa.

 

Continua…

 

FIM DA PRIMEIRA PARTE      




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