Até que a morte nos separe escrita por Forbes


Capítulo 3
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783809/chapter/3

 

“E agora minha cabeça 

Não está funcionando direito

E eu não posso decidir o que quero.”

 

 

Ela acordou quando a carruagem atingiu mais um buraco na estrada, fazendo sua cabeça bater contra a madeira. Xingou ainda grogue, levando a mão à cabeça para esfregar o ponto que acabara de bater. Ela latejava, mas imaginou que a dor iria desaparecer em breve, estava mais interessada em saber o quão longe eles tinham chegado agora. Estremeceu, permitindo-se acreditar que era por causa do vento frio que entrou dentro da carruagem assim que puxou o pêlo grosso que se entendia como densa cortina que cobria a única janela que a carruagem possuía.

Salem miou em seu colo, esfregando sua cabecinha em sua mão, ordenando que lhe desse carinho. Sorriu acariciando seu pelo, fazendo-a se espalhar em meu colo.

Ainda estava escuro, não escuro como breu, mas ainda provavelmente faltava uma hora para o amanhecer. Permitiu que a cortina caísse de volta no lugar e caiu de volta contra as almofadas. Não havia cama na carruagem, apenas um banco estofado e uma série de cobertores e almofadas, segundo sua mãe, era para ela deitar-se em algo confortável o suficiente para dormir. Ela teve a opção de parar todas as noites em uma pousada, mas recusou, não iria se rebaixar ao nível de estar em presença de Muggles. Se sua mãe não lhe deixou aparatar até a mansão que seria mais fácil, ela também não iria parar. Ansiava por chegar lá porque então saberia exatamente o que enfrentaria.

Então decidiu não pensar nisso agora, pegando uma das almofadas e colocando sobre a cabeça antes fechar os olhos. O balanço da carruagem logo se estabilizou e seus olhos começaram a ficar pesado.

[...]

Brincou com o pequeno fecho da janela fechada, finalmente conseguindo solta-lá do aperto firme. Abriu a janela e prendeu-a com o pequeno gancho pendurado no interior da carruagem. Respirou a corrente de ar congelante, ousando enfiar a cabeça um pouco para fora da janela. Estavamos quase lá, um dos guardas lhe disse na noite anterior quando ela desceu da carruagem para esticar as pernas. Logo a mansão estaria sobre as sua vista, e ela estava começando a sentir uma sensação horrível de reviravolta na boca do estômago. Sua cabeça estava explodindo, sem dúvida, tentou afastar os pensamentos e a sensação ruim de minha cabeça. A última coisa que queria era aparecer assustada diante de Sirius. Queria mostrar a ele que poderia ser forte e resistente e que poderia sobreviver a esse maldito casamento.

Enfiou a cabeça ainda mais para fora da janela com aquele pensamento desagradável, sem se importar que o ar gelado fizesse seus olhos maregarem, nem que isso provavelmente fizesse suas bochechas ficarem vermelhas. Ela precisava desesperadamente sentir algo real, algo que pudesse a distraír de seu estomago que revirava sem parar

Através da janela da janela da carruagem trouxa, fitou a desoladora paisagem das montanhas sombrias e das árvores. Piscando rapidamente os olhos azuis inundados de lágrimas, esforçou-se para engolir o nó de decepção e ergueu o queixo com altivez. Que injustiça! A falta de sensibilidade de sua mãe chegava a ser monstruosa.

— Estamos pertos. - Um grito do lado de fora atraiu a sua atenção depois de vários minutos que ela passou olhando a paisagem na janela.

Engoliu em seco e brincou o meu vestido, olhando para as saias para se certificar de que não estavam muito amassadas por conta da viagem. Levou a mão até cabelo, rezando para que não estivesse desgrenhado por conta do ar gelado quando enfiou a cabeça pela janela. Deuses, que coisa idiota a se fazer.

A carruagem começou a desacelerar e ela sentiu que o nó na garganta que não desapareceria, por mais que engolisse. Seu estômago se agitava tão rapidamente agora que uma parte dela pensava seriamente que poderia estar doente. Ela cerrou os punhos, as unhas afundando em suas palmas enquanto ela dava respirações profundas. No momento seguinte, a porta de sua carruagem se abriu e ela virou a cabeça para encontrar os olhos de seu guarda, que a olhava preocupado.

— Tenha calma. - Alertou o guarda e Bella não entendeu de imediato.

Ela segurou com firmeza a mão que seu guarda estendeu para ela e mudou de posição para que ela pudesse descer da carruagem da maneira mais digna que pudesse. Um passo, Dois passos. Seus pés encontraram o chão verdinho. Respirando fundo antes de olhar para cima para ver quem estava reunido para cumprimentá-la. Ela engoliu em seco, piscando estupidamente.

— Senhora Bellatrix Black, Sou rose, a gonvenanta, seja bem vinda a fazenda Recanto do céu. - o sorriso no rosto da mulher parecia tenso.

Bellatrix prendeu o ar alguns instantes olhando ao seu redor, havia uma grande casa e ao seu redor estava repleto de animais de todos os tipos.

Ela tardou em segurar a sua língua quando um palavrão quase saiu de sua boca.

Certamente se sua mãe estivesse aqui ela teria lavado sua boca com sabão ou teria desmaiado ao ver o local que sua adorada filha iria passar o resto dos dias.

Bella olhou para o guarda que estava com suas malas na mão junto com Salem, o gato miou em protestos ao ver que teria que dividir seu espaço com outros animais.

Parecia que ninguém estava feliz.

Bella nada respondeu, olhou novamente para a mulher em sua frente que lhe observava com um sorriso gentil. Ela não estava entendo o porquê de Sirius morar em uma fazenda como um trouxa. Bufou irritada, sabendo que não poderia esperar nada de Sirius.

— Venha, eu vou lhe acompanhar até seus aposentos. - ela sorriu e o guarda suas malas. - Quem sabe depois que você descansar eu não possa lhe mostrar a casa.

A Black ficou em silêncio novamente, olhando para o guarda que entendeu e começou a segui-lá.

Ao entrar na casa Bella correu seus olhos por todo lugar, fazendo notas mental sobre o ambiente. Deduzindo que a casa era grande e bonita, chegava até ser agradável se não fosse uma fazenda.

Rose começou a subir as escadas que levava até o segundo andar. Bella levava Salem em seu colo e sua bolsa prada no ombro, o gato corria o olhar por todo lugar curioso querendo explorar todos os lugares.

A Mulher entrou na segunda porta no final do corredor, e abriu dando passagem para Bella entrar - não antes da Black fazer uma observação sobre a porta na frente de seu quarto.

Bella soltou Salem pelo quarto, que logo começou a farejar todos os cantos, agitado. Devia estar aflito pobrezinho, sem poder circular livremente.

Correu os olhos pelo ambiente, percebendo que era amplo, iluminado, rustico e bonito. Tinha uma grande cama no centro, coberta por uma colcha azul, uma varada que se acessa por portas duplas e uma porta lateral que leva ao banheiro.

Seu guarda, Phelipe, largou as duas malas no chão, ruidosamente.

— Cuidado, são legitimas Riwona. - Ralhou, sentada na beirada da cama.

— Perdoe-me senhorita. - o homem desculpou-se ao se dar conta do erro, sabendo que aquelas malas valiam muito mais que seu salário.

Bella a penas assentiu com a cabeça antes de despacha-ló com a mão para fora do quarto. Rose observava tudo em silêncio, admirada com a beleza surreal da mulher a sua frente.

Ela percebeu que a voz Bella era como musica para os ouvidos de qualquer um, apesar de firme. O vestido azul de pura seda destacava-se sobre a pele branca, combinando perfeitamente com os olhos brilhantes e curiosos.

— Onde está Sirius? - perguntou fazendo-a sair de transe.

A empregada pareceu um pouco nervosa com a pergunta repentina sorrindo amarelo.

— O menino Sirius foi resolver uns assuntos na cidade, creio que volte perto da janta.

Ela não esperava isso. Ela esperava que ele estivesse aqui, esperou três dias para chegar e esperava que ele pelo menos a recebesse. Mas só a governanta da casa estava, e embora fosse só a empregada, Bella ainda estava nervosa. Sua cabeça estava girando a procura de uma resposta. Mesmo que conseguisse pensar em alguma, duvidava que sairia alguma coisa, o nó na garganta aparentemente duplicará de tamanho.

Ela pigarreou alto e Bella percebeu que ela estava nervosa.

— Os servos cuidarão que seu guarda seja alimetado e o levarão até um aposento até ele estiver descansado o suficiente para voltar para casa.

— Muito gentil de sua parte. - Bella sorriu amarelo, porem sincero.

— É o mínimo que posso fazer, dada a falta de recebimento inadequado para sua chegada. - respondeu Rose, e desta vez Bella tinha certeza de que ela havia captado um tom de irritação na sua voz.

Ela se perguntou se a mulher estava irritada com Sirius por não estar presente. E pensar nele ja estava fazendo sua cabeça doer, e ela decidiu a penas não deixar que esses pensamentos a deixassem ainda mais com dor de cabeça.

Rose a deixou sozinha assim que a deixou em seu quarto, implorando para ela a chamasse se precisasse de alguma coisa. Bella sorriu forçado e foi tão educada quanto pôde, querendo não manter uma aproximidade com a adorável governanta.

Bella se perguntou se Sirius havia se afastado de propósito, perguntou-se se ele queria ouvir a impressão de sua empregada sobre ela primeiro. Talvez ela estivesse a penas pensando muito sobre isso, Ele provavelmente estava ocupado com algum assunto fútil. Afinal, estavam falando de Sirius.

Depois de alguns momentos a penas concentrando-se em respirar calmamente, Bella tirou os saltos gemendo baixinho ao pisar no chão gelado. Estava toda dolorida, todo seu corpo doía e tudo era por culpa de sua mãe.

Depois de um banho e de roupas limpas e aconchegantes, Bella estava pronta para uma soneca antes do jantar. Não se importando com a chegada de Sirius, já que ele não estava lá para recebe-lá então ela não precisava se importar em o esperar.

Apos embrulhar-se e deitar aconchegadamente, Bella fechou os olhos quando o cansaço lhe venceu e tentou dormir. Mesmo com o som das explorações de Salem – e, por explorações, entenda-se arranhar o chão. - ela deixou-se finalmente descansar.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Até que a morte nos separe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.