Twilight in Titanic escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capítulo 5

12 de abril de 1912

Passos apressados se aproximam.

— O que está acontecendo aqui? - Charles chega correndo, pois o vigia foi chamá-lo porque conhece os dois – Charles e Esme. Esse guarda será pai de Emmett no futuro. – Ah!, esse é seu amante? – diz encarando o doutor. Carlisle fica lisonjeado com o que ele pensa, por sorte não vai perceber porque Carlisle não pode mais ficar ruborizado. – Eu disse que iria descobrir...

— Não! – grita Esme desesperada. Ela acha que precisa proteger Carlisle. – Não é nada disso que você está pensando querido. Nós dois nos encontramos por acaso aqui fora, não foi um encontro. Eu saí para tomar um pouco de ar fresco...

— Nesse frio? – Charles questiona incrédulo.

— O ar frio é o melhor – diz o doutor.

— ...me inclinei demais na beirada e quase cai. Ele me salvou! – explica Esme.

O Dr. Cullen gostou da atitude dela. Ela foi rápida em inventar uma história, mas não precisava ter feito isso. Porque ela sentiu que devia protegê-lo? Carlisle não conhece Charles, mas nem ele o conhece. Porém é melhor que ela fique segura, ele não quer que Charles lhe faça nenhum mal por causa do que aconteceu.

— É verdade foi exatamente como sua noiva disse – concorda Carlisle.

— Por que o Sr... – diz Charles hesitando sem saber o nome do outro homem.

— Dr. Cullen, às suas ordens – ele se apresenta.

— Ah, um médico. Mas porque o doutor estava aqui fora a essa hora? Com certeza sabe que pode pegar um resfriado ou algo pior – diz Charles ironicamente querendo demonstrar que sabe alguma coisa a respeito de saúde, mas ele não conhece nada do assunto.

Além disso, Carlisle é um vampiro e não pode ficar doente.

— Eu acabei de sair do hospital e resolvi subir ao convés para olhar o céu e ver as estrelas, pouco depois ouvi alguém correndo e cheguei bem a tempo de salvar Esme antes que ela caísse – responde mesmo sem precisar dar satisfação de sua vida para um desconhecido, mas quer esclarecer o mal-entendido para que ela não sofra nas mãos do noivo. Ele se importa com o bem-estar dela, mais do que de qualquer pessoa.

— Como você sabe o nome da MINHA noiva? – Charles fica nervoso.

— Nós nos conhecemos há algum tempo, e foi coincidência encontrá-la aqui no Titanic, pois não nos vimos mais desde então. E o senhor mesmo a chamou.

Esme fica atônita com a reação do noivo. Ele não vai deixar barato, sabe que mais tarde vai sofrer as consequências. Já sente a pele ardendo até. Se Carlisle soubesse o quanto... Por que ele não para de falar? Ele acha melhor esclarecer tudo, mas não é. Só deixa tudo pior para ela depois. Charles não é do tipo compreensivo. Não adianta falar e tentar racionalizar com ele.

— Querida, por que você não me disse isso?

— Eu não me lembrei dele antes –  ela mente. – Foi ele quem cuidou de mim ano passado quando quebrei a perna por ter caído de uma árvore – ela diz como se tivesse recordado agora.

Carlisle entende que não deve mais dizer nada, ele deixa que Esme controle o que Charles deve saber. Ele não quer lhe prejudicar mesmo sem querer.

— Então ele é um herói, não apenas por hoje, mas também pelo ano passado, e lhe devo a vida de minha noiva?

— Ela não iria morrer, nem foi tão grave assim - O médico minimiza, mas não de forma que Esme se sinta mal. Ela é muito importante para ele, mais do que imagina.

— Sim – diz Esme, e com o olhar implora para Carlisle ficar quieto.

— Não precisa se incomodar – ele não vai dizer nada que a comprometa, ele sabe disso.

— Não seja modesto – retruca Charles – Venha jantar conosco amanhã Dr. Cullen, será uma honra ter a sua ilustre presença – convida.

— Obrigado pelo convite, verei se poderei sair mais cedo do hospital amanhã – se o movimento estiver tranquilo como hoje estava, provavelmente ele conseguirá tirar uma folga.

— Tomara que consiga. Vem Esme, vamos entrar!

Charles chama pela noiva e ela vai para perto dele com a expressão triste. Ele a segura pela cintura como nunca fez antes, claramente para demonstrar ao médico que ela é sua.

— Boa noite Carlisle! – Esme se despede.

— Boa noite Esme! – ele responde.

Charles quase bate na noiva, mas se detém por enquanto. Ele sabe se controlar apenas quando lhe convém. Esme vai ver só quando chegarem ao quarto deles.

...XXX...

 

Minutos depois os dois estão sozinhos na cabine e Charles muda completamente assim que passa pela porta:

— Quem deixou você sair sua vagabunda!

— Ninguém – ela diz baixinho.

Desde quando ela precisa autorização para ir aonde e quando quiser a algum lugar? Esse é um direito que está previsto na constituição.

— Isso mesmo; era para você ficar aqui. Você veio acompanhar sua mãe e depois deveria me esperar; mas não, ela foi passear pelo convés - diz ironicamente.

— Charles, por favor, fale baixo. Nada aconteceu. Está tudo bem. Se continuar gritando vai acordar a mamãe – pede Esme.

Ele lhe dá uma bofetada e ela logo sente gosto de sangue. Provavelmente ela mordeu a língua ou a bochecha quando levou o golpe.

— Não me diga o que eu devo fazer. Por que eu deveria te ouvir, se você não me obedece? Eu é que mando, quando é que você vai entender? Eu mereço, isso que dá desposar uma menina... Nunca mais me desobedeça ouviu?

Esme assente num gesto mínimo com a cabeça.

Os dois se preparam para dormir, e para alívio dela, já faz dois dias que Charles não a obriga mais a fazer sexo quando ele quer. Talvez ele esteja com medo de tê-la engravidado. Mas isso seria inútil se ela já estivesse esperando um filho.

Pelo menos assim ela tem um pouco de sossego e isso é bom, por algum tempo, sabe Deus quanto, ela vai ficar livre das investidas do noivo. Charles é muito bruto e impaciente, não espera até ela estar preparada. Esme tem de estar pronta quando ele está, mas homens e mulheres tem ritmo diferente. Ele não respeita e enfia para dentro dela antes. Isso a machuca e mal ela se recuperava de uma noite, ele já exigia outra vez que ela comparecesse.

Charles é um tarado! Maníaco sexual! Pervertido! E sádico porque gosta de vê-la sofrer.

...XXX...


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