Twilight in Titanic escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 13
Capítulo 13




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Agosto de 1918

Chicago, Illinois

Um dia Carlisle levou para casa um dos pacientes que estavam no hospital morrendo de gripe espanhola. Atendendo o pedido da mãe do rapaz ele o transformou em um vampiro também. Há muitos anos ele vinha pensando em criar uma companhia para si, alguém com quem compartilhar o segredo, além de Esme.

Carlisle lembra quando o viram rapidamente no Titanic, sim é o mesmo menino, ele jamais esquece um rosto. Mesmo com as mudanças da puberdade ele ainda continua com a aparência muito próxima a que tinha em 1912.

Seu nome é Edward, Carlisle lembra de ter ouvido anos atrás e agora quando estava cuidando dele. Infelizmente o jovem estava sozinho agora, pois os pais padeceram com a doença que fez milhares de vítimas em diversos países.

Mas Carlisle se comoveu e atendendo ao apelo materno de Elizabeth que implorou para que salvasse seu único filho da maneira que só ele podia o salvar, resolveu agir. Isso deixou o Dr. Cullen muito nervoso. Como ela podia saber o que ele realmente era? Será o instinto feminino? (Os humanos realmente subestimam demais suas capacidades, eles realmente possuem dons latentes que se manifestam nessa nova vida.)

O fato é que ela sabia e estava certa e o segredo morreu com ela. Tinha de ser assim, pois os Volturi não permitiriam que ela continuasse viva como humana. Ou se torna uma vampira ou seria silenciada para sempre.

Esme vem abrir a porta ao ouvir a aproximação do automóvel do noivo:

— Querido! – ela exclama surpresa ao vê-lo chegar com um menino no colo. – Quem é ele.

— Lembra-se do Edward que vimos durante a viagem inaugural do Titanic? – ela assente. – É ele. A mãe dele me pediu para salvá-lo quando já estava morrendo, eu não pude deixá-lo.

— Ah Carlisle você é tão sensível! Por isso que eu te amo.

— Eu sei que é arriscado com você e nosso filho, mas espero que fique tudo bem.

— Vai dar tudo certo, eu sei.

— Se ele for perigoso para vocês dois vou levá-lo para longe.

— Eu não quero que você vá.

— Não se preocupe querida, só vou em último caso se for necessário. Em primeiro lugar a sua segurança e a de Matthew.

Carlisle leva o jovem para o quarto de hóspedes no segundo andar.

...XXX...

 

Dois dias depois o adolescente acorda e não teve muitos problemas para se adaptar a nova vida. Ele compreendeu que estava morrendo quando Carlisle agiu e que ele fez isso porque sua mãe pedira. O garoto foi adotado por Esme e Carlisle e se tornou o irmão mais velho do filho de Esme.

...XXX...

 

 

Dezembro de 1921

Toledo, Ohio

Esme e Carlisle se mudaram mais uma vez e dessa vez para uma cidade próxima da fazenda onde ela nasceu em Columbus. Finalmente ela resolve perguntar para o noivo porque eles ainda não se casaram. Não era assim que ela esperava viver um romance, Carlisle é um príncipe, mas falta ainda oficializar a união. Ele tem se comportado maravilhosamente disso ela não pode reclamar, Carlisle é um ótimo pai para os meninos, mas ela não quer mais viver como se fosse a irmã e não futura esposa:

— Querido? – ela vira para encará-lo deitada em seus braços na cama.

— Sim Esme minha vida, o que foi?

— Quero saber por que ainda não somos casados? Não me entenda mal, não estou reclamando de nada. Você é um pai maravilhoso, melhor do que podia ter o direito de imaginar para nossos filhos... Mas eu quero ser sua esposa, parece que é errado viver assim junto. Algo, sinto, está faltando.

Ele entende o sentimento, procurava controlar a sua ansiedade e esperar quando ela estivesse pronta. Carlisle jamais fez qualquer tentativa ao contrário de Charles que forçou Esme. Agora chegou a hora.

— Esme, mon ange eu prometo que vamos nos casar um dia – ele disfarça sua vontade.

— Não quero mais esperar. Não posso. Eu acredito em você, mas a cada dia que passa eu envelheço e você terá vinte e três anos para sempre. Já sou três anos mais velha do que você!

— Não é verdade mon amour, eu tenho mais de duzentos e setenta anos. Você nunca será mais velha do que eu.

— Você sabe o que eu quis dizer, querido. Sua aparência é deum rapaz com pouco mais de vinte anos.

— Pouco me importa o que dirão eu sempre verei você como da primeira vez. Minha garotinha atrevida!

— Mas eu não quero ficar parecendo sua mãe e não sua esposa. Me desculpe, foi sem querer – Esme percebe o que disse pode magoar o noivo.

— Tudo bem Esme, eu entendo. Não foi má sua intenção em se referir a minha mãe. Eu sei o quanto você a respeita e honra sua memória. Você está pronta agora?

— Sim, você sabe que é o que eu mais quero. Faz tempo que eu peço, mas você se opõe sempre com alguma desculpa. Uma vez era porque Matthew era muito novo e precisava da mãe e eu não poderia me tornar vampira ainda. Outra vez foi por causa de Edward por que dois vampiros recém-criados seria demais para você controlar. Eu compreendo que você tinha razão, mas até quando você vai deixar sua felicidade de lado. Eu não vou viver para sempre e não tem mais motivo para esperar. Você quer que eu morra?

— Não Esme, mas eu não queria matá-la.

— Vou pedir para Edward então.

— Não! Ele é muito novo para controlar sua sede uma vez que prove sangue humano. Eu não quero que arrisque sua vida pedindo para ele mordê-la.

— Então por que você não faz?

Carlisle pensa por alguns milésimos de segundo.

— E Matthew?

— De novo essa desculpa.

— Filho é para sempre, Esme. você será mãe dele até o fim.

— Eu sei, eu não vou abandoná-lo ou deixar minha responsabilidade de lado. Eu só quero seguir minha vida como quero. Ele vai crescer e quando isso acontece os filhos deixam os pais. Eles não são nossos, nós os criamos para o mundo. Se ele quiser depois o transformaremos em vampiro também.

— Eu sei que magoaria muito você perdê-lo e eu sofreria vendo você triste. Se ele me pedir eu o transformarei por vocês dois.

— Mas e quanto a nós... Você não quer se casar comigo por que? A culpa é minha? Foi o que eu fiz? Eu fui obrigada, não queria. Mas jamais faria um aborto, nem seu meu ex-noivo pedisse.

— Não Esme, não é isso. Não tem nada a ver com você.

— Então me explique por favor, se não eu vou pensar que é por minha causa. O que nos impede?

— Eu – diz Carlisle.

— Você? Você não me quer mais?

— Esme eu amo você mais do que tudo nesse mundo.

— Então por que?

— Eu não quero decepcioná-la.

— Me decepcionar? Impossível. Você já me dá muito mais do que eu merecia.

— Eu nunca estive com uma mulher.

— Não se acanhe querido, a experiência que tenho não deve intimidá-lo pois não foi nada boa. A única coisa boa foi meu filho, nosso Matthew. Você deve ser muito habilidoso como médico.

— Jamais pratiquei meus conhecimentos dessa maneira.

— Então eu terei a honra de ser a primeira e a última?

— Sim Sra. Cullen.

— Tenho uma lembrança violenta apenas, mas sei que amor não é assim, é um gesto de carinho entre o casal. Eu quero que você me mostre o que é o amor de verdade.

— Você me mostrou o amor Esme, você merece provar o que tem para dar aos outros. Mas eu não estou preocupado por causa disso, eu sei o que fazer, querida.

— Por que então?

— Eu não quero magoá-la Esme, eu não posso ter filhos – ele pensa que é estéril.

— Não precisamos ter mais filhos, já temos dois e está bom assim.

— Você está dizendo isso só para não me deixar mal, mas eu sei o quanto você queria ter uma família grande, meu amor.

— Por você eu abriria mão.

— Não quero que se sacrifique.

— Então só você pode fazer sacrifício.

— Você já vai fazer o maio sacrifício de todos. Acredite em mim.

— Casar com você não é sacrifício será um prazer e uma honra. Como tive tanta sorte?

— Eu também tive sorte em você me aceitar mesmo sabendo o que sou.

— Como não se encantar por você Carlisle. Um vampiro bom que luta para não atacar as pesssoas. Pare e olhe como o mundo vê você.

— A maioria nem sabe da verdade.

— Sim, mas imagine que eles soubessem.

— Muitos nem deixariam eu chegar perto. ‘Prefiro morrer a ser tratado pelo vampiro-médico.’

— Alguns, mas não todos. Muitos veriam quem você é. Porque tentaria, se esforçaria se não fosse bom.

— Mesmo assim eu sou no fundo um vampiro. Um assassino perigoso.

— Cada vez menos.

— Eu é que fico cada vez mais forte em me controlar. Mas nunca posso esquecer de ficar vigilante. Um descuido por uma fração de segundo pode ser fatal.

— Se me tornar como você não precisa ter medo de me machucar.

— Não é tão simples, Esme.

— Sim, permita-se, por favor. Minha felicidade é a sua. Não se impeça, você merece tanto como qualquer um. Talvez mais do que todos no mundo.

— Não sei.

— Se precisar podemos adotar  mais tarde como fizemos com Edward. Tenho certeza de que Matthew não vai se importar, ele vai até achar bom ter com quem brincar.

— Eu não tive irmãos sei como é ser único filho.

— Eu também. Tinha meus primos, mas não é a mesma coisa.

— Edward tem sido um bom irmão mais velho.

— Sim, ele é maravilhoso. Mas depois que já estivermos casados e eu for uma vampira boa gostaria de ter uma menina também.

— Tem outra coisa que eu preciso falar. Eu tenho medo de machucá-la quando estivermos juntos fisicamente. Você não imagina o quanto é frágil para mim.

— Você vai conseguir querido, eu sei.

— Eu espero que sim. Não queria arriscar sua vida desse jeito Esme! Você não faz ideia do quanto é importante para mim. eu te amo como nunca amei e nunca mais amarei ninguém. Você é insubstituível, eu não posso sequer imaginar perde-la por um descuido meu. O amor físico é uma coisa muito poderosa, tão forte quanto o espiritual, e não posso perder o controle com você. Não me perdoaria nunca se acontecesse.

— Eu o perdoaria, você sabe.

— Você tem um coração tão bom Esme! – ele afaga seu rosto. se pergunta como alguém pode ser ruim com ela?, só mesmo sem coração para maltratar um ser tão bondoso, um anjo na terra.

— Você também Carlisle. Acredite em mim. por favor, quero ser sua esposa e nunca mais correr o risco de alguém roubá-lo de mim.

— Ninguém pode fazer isso Esme, sou seu. Mas sim vamos nos casar o mais rápido possível – ele se rende, pois afinal também quer tê-la para sempre do seu lado como esposa. Não há mais por que esperar, pois já sabe que ela é sua companheira eterna. É ela que esperou todos esses anos.

— Obrigada querido, eu quero ficar para sempre com você.

— Eu também Esme, oficialmente. Perante o mundo todo.

Ele aproxima seu rosto do dela e coloca os lábios em sua boca carmim.

                                ...XXX...                                                      


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