Quarto de Azulejos escrita por Yuma Ashihara


Capítulo 4
Feridas do passado


Notas iniciais do capítulo

Então, vamos lá. Como estou trabalhando essa fanfic com capítulos menores do que estou habituado a trabalhar, acredito eu que conseguirei atualizar com maior frequência. Vamos ver o que eu consigo fazer kkk'

Espero que gostem do capítulo de hoje!!



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— Dona original do quarto? Como assim? – A voz de Hoseok saiu mais aguda do que realmente gostaria, os olhos piscando diversas vezes na medida em que Jungkook suspirava com pesar.

— Todos os quartos aqui já foram ocupados por outros pacientes, Hoseok. Você deveria saber disso. – Devolveu ríspido, segurando-se às rodas da cadeira para se mover até o pequeno armário de roupas que tinha em seu quarto.

— Eu sei disso, eu também não sou um idiota Jungkook. – Devolveu, rolando os olhos brevemente na medida em que observava o outro. – Conta essa história direito.

O rapaz suspirou.

— Você quer mesmo saber? – O rapaz de cabelos pretos abriu o armário, retirando de lá uma caixinha com alguns doces que havia ganhado naquela semana. – Essa história só vai colocar mais besteira na sua cabeça.

— Jungkook, eu preciso saber o que está acontecendo. – O Jung deu bastante ênfase àquela frase, atraindo os olhos castanhos do Jeon para si mais uma vez. – Eu não faço ideia de quem seja essa tal de Reila, mas eu preciso entender o que está acontecendo comigo e por que eu estou tendo esses sonhos bizarros!

Ambos trocaram olhares por breves momentos, Jungkook com um misto de dúvida e confusão. Não sabia ao certo o que fazer naquele momento, se entraria nas loucuras de Hoseok e contaria a ele a história que apenas alimentaria ainda mais a sua curiosidade. No entanto, o olhar suplicante do outro acompanhado das olheiras fundas das noites mal dormidas o fizeram mudar de opinião.

— Está bem Hoseok, eu conto. – Disse, arrancando um suspiro aliviado do outro. – Mas eu já te adianto que essa história é muito antiga e eu fiquei sabendo por outros pacientes.

— Não tem problema, isso já vai me ajudar e muito, com certeza. – O Jung sorriu, exibindo os dentes perfeitamente alinhados na medida em que Jungkook voltava a guardar a caixa de doces, aproximando-se do rapaz mais uma vez.

— Tudo indica que Reila foi a última paciente infantil do hospital. Antigamente era muito comum que os pacientes da pediatria fossem tratados aqui também. – Começou, coçando levemente o pescoço. – Pelo o que o Jin me contou, ela era a filha de uma das enfermeiras e praticamente cresceu aqui dentro.

— Espera... O Jin te contou isso? – Hoseok interrompeu, franzindo o cenho, naquele momento se lembrando do jantar há dois dias atrás onde o Kim queria lhe dizer alguma coisa a respeito do quarto de azulejos e foi interrompido por Namjoon.

— Sim. Posso continuar? – Perguntou, cerrando os olhos, vendo o outro balançar a cabeça positivamente. – Parece que a Reila acabou desenvolvendo alguns problemas de ansiedade, pela convivência dela com os pacientes aqui, e então separaram um quarto confortável para que ela pudesse ficar internada enquanto se tratava.

— O meu quarto, certo? – Perguntou e Jungkook assentiu positivamente, confirmando. – Até aí tudo bem, mas o que aconteceu com ela?

— Tudo indica que está morta. – Jungkook disse diretamente, arrancando uma expressão surpresa do Jung. – Ela não estava melhorando, na verdade o quadro dela estava apenas piorando com o passar dos anos. Até que um dia ela desapareceu misteriosamente, e começaram a especular que ela se escondeu em algum lugar da propriedade do hospital e cometeu suicídio.

— É isso? – Hoseok perguntou, piscando algumas vezes. Imaginava que Jungkook pudesse ter informações mais relevantes sobre Reila e que pudesse ajudá-lo de certa forma.

— Isso é tudo o que eu sei. Eu também não quis me aprofundar muito nessa história, até porque eu tenho os meus próprios problemas para lidar. – O Jeon suspirou, encostando-se melhor à cadeira. – Se eu fosse você eu deixaria essa história de lado. Se o quarto está te incomodando, peça para fazer uma transferência ou volte para o quarto do Namjoon.

Hoseok sentiu um arrepio subindo-lhe a espinha com aquela possibilidade.

— Definitivamente não. – Respondeu mais do que depressa, vendo Jungkook arquear a sobrancelha.

— Não entendo o medo que você sente dele. – O rapaz da cadeira de rodas comentou, visivelmente impaciente. – Ele não é maluco de fazer alguma coisa com você aqui dentro, ele sabe que a pena dele pode se agravar se fizer algo.

— Eu sei, mas ainda assim ele me assusta. Ele não é a pessoa mais confiável do mundo Jungkook, você sabe. – Hoseok suspirou pesadamente, levantando-se finalmente da cama do outro. – De qualquer forma, obrigado.

— De nada. E eu o aconselho a esquecer essa maldita história da Reila. Só peça transferência do quarto e viva em paz. – Disse, aproximando-se da porta do próprio quarto e resmungando consigo mesmo vez ou outra pela dificuldade que tinha em abrir a porta. – Se me der licença... Agora eu quero ficar um pouco sozinho no meu quarto.

— Ah... Sim, claro Jungkook. – Hoseok sorriu encabulado, coçando a parte de trás da cabeça levemente antes de sair.

[...]

Por mais que Jungkook tivesse recomendado que esquecesse aquela história, simplesmente não conseguia tirar o nome Reila de seus pensamentos, principalmente por ele ter aparecido de forma tão traumática na testa de Kim Taehyung. Além disso, por mais que o Jeon não tivesse necessariamente as informações que estava buscando, o fato da menina ter desaparecido misteriosamente acabou aguçando ainda mais a sua curiosidade a certa do real motivo de estar tendo aqueles sonhos perturbadores.

Estava andando pelos corredores novamente e não se reencontrou mais com Namjoon naquele dia, imaginando que estivesse com Seokjin e cuidando dele após o último episódio que teve. Com isso em mente, mudou o seu curso para o corredor dos quartos, rumando até o quarto do Kim mais baixo em passos levemente apressados, não demorando para chegar.

Bateu três vezes antes de pôr a mão na maçaneta. A porta estava destrancada, desta forma apenas a abriu e entrou brevemente, encontrando um Seokjin sozinho em seu quarto, sentado em uma cadeira de balanço e com as pernas cobertas por um cobertor macio que Hoseok se lembrava de ter usado quando estava no quarto de Namjoon. Jin estava de costas para si e de frente para a grande janela com a maravilhosa vista do jardim interno. Acabou sorrindo brevemente com aquilo.

— Jin? Tem um minuto? – Perguntou, porém o rapaz não respondeu. Desta forma Hoseok apenas entrou de uma vez no quarto, caminhando em passos lentos na direção do rapaz. – Você está se sentindo melhor? Eu queria ter vindo te ver mais cedo, mas eu não consegui.

Novamente não teve resposta, o que causou certa estranheza no Jung. Kim Seokjin sempre foi o tipo de pessoa que, por pior que estivesse, continuava sendo gentil e agradável, além de manter um nível de educação invejável. Havia sido a primeira pessoa a cumprimentá-lo assim que chegou ao hospital e sempre procurava manter uma boa relação com os demais internos. Desta forma, vê-lo desta maneira deixava Hoseok um tanto incomodado, imaginando se ele ainda estava se recuperando do episódio do dia anterior.

— Jin? Está tudo bem? – Perguntou, e mais uma vez não teve resposta. O Jung se aproximou até ficar ao lado do rapaz, que permanecia imóvel, e olhou para o lado de fora, sorrindo ao ver a interação dos pacientes do lado de fora. – Você sabe que não precisa ficar assim comigo, não é? Estamos todos no mesmo barco, por assim dizer. – Riu nasalmente. – Estamos aqui principalmente para ajudar um ao outro, então... Saiba que pode contar comigo, tudo bem?

Apenas naquele momento voltou os olhos rasgados para Seokjin, que continuava imóvel. Todavia o que chamou a sua atenção de fato não foi o silêncio do rapaz, mas sim as novas cicatrizes que tinha no rosto e pescoço ainda vermelhas como se tivessem sido feitas há pouco tempo, bem como a expressão dura e fria, com o olhar fixo em um ponto aleatório. Até mesmo seus olhos haviam perdido o brilho, agora opacos e desesperançosos.

Naquele momento Jung Hoseok sentiu como se estivesse recebendo um banho de água fria, o corpo tremendo brevemente ao mesmo tempo em que um nó surgia em sua garganta. De todos os pacientes com quem mantinha contato, o último que imaginava que fosse ver com aquele olhar sem vida seria Kim Seokjin. Até mesmo de abaixou brevemente ao lado do rapaz, tentando ficar na altura de seus olhos em uma falha tentativa de fazer com que ele focasse em si, pelo menos um pouco.

— Não adianta, eu já tentei de tudo.

Foi interrompido pela voz grossa e fria que conhecia muito bem. Os olhos castanhos saíram de Seokjin e foram de encontro a porta, encontrando um Kim Namjoon com os braços cruzados e um olhar de poucos amigos voltados para si. Hoseok engoliu em seco, porém ousou perguntar:

— O que houve com ele?

Namjoon fechou os olhos, suspirando cansado, e então se aproximou dos dois em passos lentos.

— Eu não faço ideia. Não é como se essa fosse a primeira crise que ele tem. – Disse, finalmente colocando-se ao lado de Seokjin e se abaixando na altura de seus olhos, acariciando brevemente os cabelos castanhos com a mão grande. – Ele normalmente fica bem algumas horas depois, mas dessa vez ele está diferente.

— Diferente como? – Perguntou, e Namjoon voltou os olhos escuros para si.

— Parece sem alma. – Disse, voltando a olhar para Seokjin novamente. – Eu venho aqui várias vezes ao dia desde o último episódio dele, e já o peguei várias vezes se mutilando de novo e de novo. No rosto, braços, pernas... – Mordeu o lábio inferior brevemente. – E eu não faço ideia do que fazer com ele assim.

Hoseok ficou encarando Namjoon em silêncio por breves momentos, aquelas palavras se demorando mais do que o necessário em sua mente. Em seguida acabou rindo nasalmente.

— É engraçada essa situação. – Comentou, atraindo os olhos confusos de Namjoon para si. – Não me leve a mal, mas.... Você se preocupa demais com o Jin para alguém que matou os pais a sangue frio e com requintes de crueldade como você fez.

O Kim mais alto acabou abrindo um sorriso com aquilo, uma risada levemente gutural saindo de sua garganta ao mesmo tempo em que balançava a cabeça.

— Você não me conhece, Jung Hoseok. Eu tenho os meus motivos para ter feito o que fiz, e para continuar fazendo quando sair daqui. – Comentou e por breves momentos o Jung se arrependeu de ter tocado naquele assunto. – É apenas questão de tempo. Até lá, eu irei me comportar.

— Mas... E o Jin? – Insistiu. Estava curioso no fim das contas. Namjoon acabou suspirando pesadamente, desviando o olhar para a parede enquanto pensava se era ou não uma boa ideia compartilhar seus pensamentos com o outro.

Por fim acabou dando um suspiro ainda mais prolongado, abaixando a cabeça em uma suave desistência.

— Jin e eu compartilhamos de algo: a humilhação. – Começou levantando-se para se encostar na parede ao lado da enorme janela, recebendo os olhos rasgados atentos de Hoseok. – Obviamente em proporções e situações diferentes, mas nós nos entendemos muito bem nesse aspecto.

— Aonde quer chegar? – Perguntou ao outro, que fechou os olhos e cruzou os braços.

— Kim Seokjin cresceu sofrendo bullying por ser um homem lindo demais. Sim, pasme. – Namjoon disse com um sorriso amargo, encarando a expressão incrédula de Hoseok para si. – Na escola e até mesmo dentro da família ele precisava ficar ouvindo piadas ridículas sobre a sua aparência, o que piorou depois que ele se descobriu gay. – Fez uma leve pausa, voltando os olhos escuros para o lado de fora enquanto lambia os próprios lábios em uma expressão pensativa, como se estivesse se lembrando de algo incômodo. – Ele passou a adolescência em consultórios de psicologia e cresceu com a autoestima pior que a de um cachorro de rua. Mas ele conseguia dar conta dos picos emocionais que ele tinha. Até que ele entrou na faculdade.

Hoseok percebeu Namjoon fechar uma das mãos em punho, o corpo se tencionando de repente.

— O que houve com ele na faculdade? – Perguntou, engolindo em seco no momento em que recebeu o olhar pesado de Namjoon em si. – Se quiser falar, claro...

— Jin tinha que fazer um trabalho em grupo na faculdade e o professor dele montou os grupos na época. Ele estava em um grupo com três outros garotos, que marcaram de fazer o trabalho na casa de um deles. E lá... – Namjoon mordeu o lábio inferior mais uma vez, a expressão raivosa tomando conta.

Naquele momento os olhos de Jung Hoseok se arregalaram, finalmente entendendo aonde Namjoon queria chegar.

— Não pode ser... Isso é sério? Namjoon, você está falando sério?! – Até mesmo se levantou, dando alguns passos para trás, incrédulo quando o mais alto balançou a cabeça positivamente.

— Jin nunca teve um namorado na vida, nunca havia conhecido o amor antes, e nunca havia tido relações sexuais. E aqueles três filhos da puta o estupraram sem dó nem piedade durante três dias. – Namjoon praticamente cuspia aquelas palavras, a expressão de raiva e nojo nítidas em seu rosto. – Ele foi humilhado, agredido de todas as formas possíveis, e quando acharam que ele estava morto, simplesmente o largaram em meio aos arbustos da rodovia.

Jung Hoseok engoliu em seco, sentindo o estômago se revirar. Não queria sequer imaginar o tamanho do sofrimento de Seokjin naquele momento, e nos anos que se seguiram por conta de seus traumas, que eram mais do que evidentes por conta de suas crises de suicídio e de automutilação. Simplesmente não conseguia imaginar como podiam existir pessoas capazes de tamanha maldade.

— Eu também fiquei assim quando ele me contou sua história. – Namjoon continuou, o olhar agora perdido no rosto repleto de cicatrizes de Seokjin. – Ele tentou se matar várias vezes depois disso, mas sempre foi impedido pelos pais. Foi então que ele pensou que poderia viver melhor e com mais segurança se ele encontrasse alguma maneira de ficar feio.

— E foi assim que ele começou a se ferir... – Hoseok tapou a boca com uma das mãos, os olhos lacrimejando. O mais alto apenas balançou a cabeça, confirmando.

— Você pode ver pelas cicatrizes no rosto dele o quanto que ele já se machucou pensando dessa forma. – Namjoon pigarreou levemente, fechando as mãos em punhos. – Ninguém nunca esteve lá por ele, Hoseok. Nem mesmo os pais dele estiveram lá por ele, pois só quem conhece a humilhação entende a dor do outro humilhado. – Voltou os olhos escuros para o Jung, gélidos de um jeito que o rapaz jamais havia visto antes. – E se depender de mim, ele jamais irá reviver essa dor de novo. Não importa quem eu precise eliminar para isso. Pode me chamar de louco se quiser, psicopata, o que for.

As palavras de Namjoon eram tão pesadas que o corpo de Hoseok começou a tremer, mesmo que involuntariamente. Era impressionante como Namjoon conseguia mudar o seu estado de espírito da água para o vinho em questão de segundos, emanando uma energia tão agressiva e ameaçadora que o fazia paralisar por completo.

Sequer se atreveu a perguntar sobre o seu passado, conhecer mais sobre Seokjin já era informação demais para si em um único dia e ainda precisava absorver tudo aquilo. Porém, foi tirado de seus pensamentos por Namjoon mais uma vez:

— Você sonhou com ele, não foi?

— Huh? – Piscou algumas vezes pela pergunta repentina. O Kim mais alto estava agora olhando para o rosto de Seokjin com certo pesar.

— No dia em que ele teve o episódio. Você sonhou com ele? – Os dedos acariciavam gentilmente os fios escuros do rapaz. Hoseok apenas balançou a cabeça positivamente, vendo Namjoon grunhir sozinho. – De novo essa porra...

— Isso já aconteceu antes? – Perguntou, e Namjoon suspirou outra vez.

— Sim, mas não com ele. Todos que dormem naquele maldito quarto acabam despertando o espírito da Reila mais cedo ou mais tarde. – Comentou sem pensar, não percebendo os olhos de Hoseok se arregalarem para aquela informação.

— Você sabe da Reila?! – Exclamou, e Namjoon meneou a cabeça positivamente.

— Jin me contou. De fato, eu não acreditava que esse tipo de coisa existia. Eu nunca fui uma pessoa religiosa e acreditar em espíritos malignos é um pouco demais para mim. Mas... – O dedo indicador contornou o rosto fino de Seokjin, até que finalmente se afastou do mesmo, o cenho franzido e os olhos escuros concentrados em Hoseok. – Você sonhou com alguma outra pessoa?

— Kim Taehyung, na noite passada. – Respondeu, vendo Namjoon menear a cabeça positivamente por breves segundos. – Eu quero ver como ele está, mas ainda não o encontrei.

— Então nós vamos fazer isso juntos agora. Vamos procurar pelo Taehyung, e no caminho você me conta detalhadamente o que viu nesses sonhos. – Namjoon disse determinado, abaixando-se e deixando um beijo na bochecha de Seokjin antes de caminhar para o lado de fora. Hoseok precisou correr para alcançá-lo.

— E-Ei! Espera Namjoon! – Chamou, conseguindo esticar uma das mãos para segurá-lo pelo pulso. O rapaz mais alto parou, virando-se de frente. – Por que? Por que resolveu me ajudar assim, tão de repente?

Namjoon franziu o cenho, os olhos fitando-o de cima a baixo até se encontrar com os castanhos de Hoseok mais uma vez.

— Eu não estou fazendo isso por você. – Disse simplista. – Estou fazendo isso porque eu quero o meu Jin de volta.

O Jung iria falar alguma coisa, porém foi interrompido pelo próprio Namjoon, que puxou o pulso de volta com força, girando os calcanhares para voltar a andar. Naquele momento, por mais indignado que estivesse pela grosseria que recebeu do outro, resolveu segui-lo.

Afinal, preferia engolir aquilo do que despertar a fúria do Kim. Principalmente depois daquela conversa. Além disso, se Jung Hoseok quisesse se ver livre daqueles pesadelos, iria precisar de toda a ajuda disponível.

Mesmo que isso significasse engolir os seus medos e trabalhar ao lado de Kim Namjoon.


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Notas finais do capítulo

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