Um caso feito pelo...Destino? escrita por Kusumary


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, ^^



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  A noite estava fria, com ventos fortes e gelados, apesar da lua estar brilhando radiante sem nenhuma nuvem ao seu redor. Miguel se perguntou o porquê de sua namorada querer se encontrar com ele em pleno dia de semana, havia acabado de sair do serviço e foi obrigado a ir ao outro lado da cidade por causa do egoísmo de uma mulher! Ele se sentia humilhado.

  Aos pequenos passos que andava, ele percebeu duas silhuetas sentadas em um banco em frente á uma loja já fechada. A luz do poste estava piscando, e depois de acender e desligar algumas vezes, Miguel percebeu quem estava ali: Sua namorada. Mas ela não estava sozinha, havia um homem ao lado dela, sentado com as pernas cruzadas, seu rosto aparentava impaciência.

Quando Emily, sua namorada, percebeu que ele havia chegado, rapidamente se levantou, sua juventude podia ser vista em qualquer ação sua, desde conversar até em se levantar. Mas agora, seu rosto demonstrava uma expressão séria, e Miguel temeu pelo o que estava vindo.

— Quem é ele? – Perguntou o homem que estava acompanhando-a.

— Henry, esse é o Miguel, Miguel, esse é o Henry... – Ela disse com uma estranha coloração vermelha em seu rosto.

— Acho que já entendi... – Henry, com uma calma expressão no rosto, se levantou, seus músculos estavam relaxados, mas mesmo assim podia-se ver o quão forte era, preciso dessa academia, pensou Miguel. – Voce estava me traindo.

— Eu que digo isso. Eu não sabia que ela tinha outra pessoa. – Miguel falou entre suspiros. – Explique-se.

— Não foi por nada demais. Foi apenas uma aposta que fizeram comigo de namorar dois caras ao mesmo tempo, e por sorte consegui vocês dois. – Ela olhou para um, e depois para o outro, sua franja ocultava os olhos, mas seus lábios estavam sorrindo. – Cada um tem seu charme. – Ela deu uma leve risada.

— Quem você pediu em namoro primeiro? – Henry perguntou completamente alheio as falas da garota.

— Hm...Acho que você. – Ela deu um sorriso mais brilhante ainda.

— Venci. – Ele murmurou, mas mesmo assim Miguel pode ouvir.

— Você não é assim Emily, por que você fez isso? – Miguel estava claramente desconfiado, talvez ele não conhecesse sua ex-namorada direito, talvez tivesse sido enganado pela sua personalidade animada e infantil.

— Eu já me expliquei, não devo mais nada para nenhum de vocês dois, velhotes. – Ela estava preste a ir embora, se não fosse o Henry ter levantado o braço, a impedindo de sair.

— Você ainda é jovem, então ainda não passou por tais momentos, mas se você continuar á depender dos outros, á fazer coisas que você não quer fazer, mas por pura vontade de se encaixar no grupo você faz, se você não for você mesma, os tempos mudarão, aquelas pessoas irão embora, e deixarão apenas uma casca do que você realmente é, procure amigos que realmente te valorize. – Miguel sentia que aquele cara poderia falar por mais duas horas, mas graças á interrupção de Emily, ele não conseguiu terminar.

— Ok ok, eu entendi. Tenho que ir para casa agora, Aff. – Ela passa por baixo do braço de Henry, da dois passos e se vira para os mais velhos. – Foi muuuito divertido nossos momentos, tchau~. – Ela gira sobre os pés e vai embora, deixando dois homens maduros no completo sorvete.

— Que tipo de momentos vocês passaram juntos? – Henry pergunta, se sentando novamente no banco.

— Eu a levei para um parque de diversões, depois em um parque aquático, esses momentos foram o máximo de contato que tivemos. E você? – Miguel se encosta no poste, qualquer um que os visse de longe, pensariam que eram gangster ou detetives do tipo sombrio.

—... Comprei alguns objetos estranhos com estampas e...como ela dizia mesmo...? – Henry usou o joelho como encosto para o cotovelo e deitou sua bochecha em sua mão, parecendo uma criança fazendo birra, só que com as pernas cruzadas.

— Mangás? – Miguel conhecia bem esse termo, era viciado em animes e mangás quando mais jovem, e ele havia conhecido a Emily, talvez por pura coincidência, em um jogo online.

— Exatamente. – Henry estalou os dedos e apontou o indicador para Miguel. – Agora que eu penso sobre isso... – Seu rosto começou a ficar sombrio.

— Nós nunca nos beijamos.... – Miguel começou a ter o mesmo rosto sombrio.

— Nem pegamos a benção de sua mãe ou pai... – Henry continuou a frase.

— Muito menos... Ah...

— Sim...

— Nós fomos enganados. – Disseram em uníssono.

— Jamais imaginei que eu passaria por isso nessa idade! – Henry levanta os braços, inconformado.

— Pois é, nunca se sabe o que a vida vai aprontar. – Miguel dá de ombros.

— Vamos beber. – Henry disse por fim, se levantando.

— Tenho trabalho amanhã, não posso sair por ai para beber. – Miguel fala, bocejando.

— Vamos beber na sexta-feira então? – Os olhos de Henry estavam em contraste com seu corpo.

— Hm...Ok, se você insiste.

— Me passa seu numero. – Henry tira seu celular do bolso, Miguel fez o mesmo.

— Pronto. – Depois de trocarem seus números, Miguel fala.

— Bom, vamos para casa. – Henry estava preste a se virar para ir embora, mas muda de ideia e fica ao lado de Miguel. – Você vai ser meu amigo a partir de agora, vou te acompanhar até em casa. – Ele passa os braços ao redor do ombro de Miguel.

— Ah, não precisa, posso pegar o metro. – Miguel tenta se desvencilhar do braço pesado, mas Henry o aperta ainda mais.

— Vamos lá, não seja humilde. – Henry começa a andar em direção á estação de metro. – Faz tempo que não converso tão abertamente com alguém.

—... – Isso é uma conversa aberta...? -_- - Ok, vamos. – Miguel começa a andar ao lado de Henry, que insistia em andar com o braço ao redor de seus ombros.

As pessoas na rua, quando viam aquela cena no meio da noite, em pleno dia de semana e entre dois homens, não conseguiam evitar fazer uma expressão de desgosto. Miguel dava o foda-se, mais se importando com o fato de que ele havia encontrado uma pessoa um pouco melosa e carente, um pouco...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ^^



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