O ruivo escrita por Kori Hime


Capítulo 1
O ruivo


Notas iniciais do capítulo

Acabei de ler o capitulo da semana e to assim, saudade do Shanks



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/782372/chapter/1

O sol despontava naquela manhã quando o capitão do bando do Ruivo abriu os olhos. Ele bocejou preguiçosamente e tentou esticar o braço direito, mas foi impedido pelo corpo feminino que fazia peso sobre ele, apoiando a cabeça em seu ombro. Shanks deu um sorriso travesso e a beijou no topo da cabeça. A mulher de curvas acentuadas e cabelos negros remexeu-se sobre a cama e girou para o outro lado, abraçando o travesseiro. Ainda que tivesse o braço livre, sua perna esquerda era servida de apoio para a perna de um homem de cabelos amarelos e o rosto agora sereno pelo sono.

O sorriso ainda delineava os lábios do pirata, enquanto carinhosamente ele se esquivava e colocava uma almofada no lugar de sua perna para que não acordasse o amante.

O ruivo se sentou na beirada da cama e alisou os cabelos com a mão direita, ele balançou a cabeça, como quem tentava despertar para aquela manhã. Levantou-se e buscou a calça marrom para cobrir sua nudez. Foi quando Beckman, seu braço direito entrou no quarto da hospedaria em que eles haviam se instalado naquela ilha.

O pirata de cabelos grisalhos estalou a língua e tirou o cigarro da boca, entregando o jornal que acabara de receber para Shanks.

— Tem uma novidade, acho que vai gostar de saber. — Ele falou e saiu, deixando o capitão.

Shanks olhou para o jornal, mas, antes que iniciasse a leitura, preferiu mergulhar o corpo na banheira com água quente. Foi providenciado imediatamente o banho do capitão, e tão logo ele aproveitava para relaxar.

Estavam na Ilha Kora fazia algumas semanas, aquela era uma rota perfeita para seus negócios, por isso precisava conquistar a confiança dos moradores. Não foi muito difícil, os piratas anteriores a eles exigiam uma arrecadação de impostos impraticável, e a única coisa que Shanks queria da ilha era um lugar para seus navios aportarem, uma hospedaria para descansar, comida e muita bebida. Despesas pagas pelo próprio ruivo.

Ele riu, movendo os ombros quando lembrou da jovem deitada em sua cama se aproximar dele na noite anterior, ela era muito bonita, mas não foi a beleza que o atiçou. Talvez foi a lembrança do que ela significava, o passado que Shanks teve que abandonar. Já não se lembrava muito bem de quantas mulheres ou homens amou, mas ele os amou com intensidade. Agora, aproveitava muito pouco as delícias da carne, estava sempre muito ocupado com a vida perigosa no mar. Precisava ficar atento aos passos que os demais piratas estavam dando. E para ser sincero, não gostava nem um pouco das mudanças que ocorriam no mundo. Não que ele já tenha sido um lugar de pura paz, mas houve tempos mais simples.

Shanks saiu do banho renovado, gostava de usar esse tempo para pensar. Ele saiu do quarto, os dois jovens já não estavam mais em sua cama, de certo Benn os tirou dali, como já era combinado previamente entre os dois.

O ruivo pegou o jornal e colocou embaixo do braço, enquanto analisava a beleza natural da ilha. A praia possuía uma areia fina e a água tão cristalina que poderia ver os peixes da varanda. O ar era puro e saudável. Era como um pedaço da terra ainda não explorada pelo homem, queria e, na verdade ele a manteria daquele jeito. Pura.

Shanks decidiu iniciar a leitura do jornal e a primeira coisa que viu foram os escândalos da marinha, em seguida, alianças e novos cartazes de recompensa. Seu nome foi citado aqui e ali, mas sem alarde. Entretanto, o que Benn deveria se referir sobre a novidade, era a foto do bando do Chapéu de Palha estampado numa página dupla com detalhes sobre cada um. Haviam feito um minucioso trabalho de descoberta, ainda que muitas informações contidas ali pudessem ser apenas uma isca para atrair leitores e vender jornais.

Dizia segredos sobre a origem de cada um, coisa que não parecia ser um mistério, já que ninguém (fora Nico Robin e Sanji), tivessem resguardado seu passado. É claro que ter em seu bando um descendente da família Vinsmoke e uma arqueóloga procurada desde a infância fazia do bando de Luffy muito especial. Contudo, Shanks não cansava de olhar para o sorriso estampado no rosto do capitão.

— Seu moleque idiota. — Shanks gargalhou, a entrevista havia sido feita no navio pirata deles. Era uma ousadia que a muito não se via. A porta voz do bando era Nami, a navegadora, e ela parecia muito bela com um colar de pérolas e uma tiara dourada na cabeça. — Quanto essa entrevista custou?  

Todo o bando parecia conectado de alguma forma, todos respeitavam Luffy. E Shanks estava ansioso para revê-lo. A reportagem terminava com uma frase, a frase que ouviu quando o menino era só um garoto remelento. Ele seria o próximo rei dos piratas.

Shanks dobrou o jornal e acendeu um cigarro. Ele admirava a força de Luffy, sem dúvidas. Mas para que fosse nomeado rei dos piratas, ainda teria que derrotá-lo.

— Espero que não fique chateado, moleque. Não é nada pessoal. — Disse para si mesmo, voltando a admirar a ilha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O ruivo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.