A Volta da Raposa escrita por Claen


Capítulo 44
É Chegada a Hora




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Monastário estava radiante com a possibilidade de acabar com seu maior inimigo, ainda mais tendo a cidade toda como testemunha. O fato de que primeiro precisaria vencê-lo em duelo não o preocupava, muito pelo contrário, isso até tornava as coisas mais interessantes. Ele sempre soube que Zorro era um espadachim excepcional e sem dúvida era o melhor de todos com quem já tinha duelado, mas ele próprio também era muito bom no manejo da espada e desde o momento de sua prisão inesperada, três anos antes, não tinha passado um dia sequer, sem que ele treinasse a arte da esgrima, e desse detalhe o Zorro não sabia.

O Capitão estava inquieto e olhava o relógio constantemente até que finalmente os ponteiros marcaram 19h30 e ele começou os preparativos para a soltura dos presos.

— Garcia! – gritou ele, como de costume, e não precisou esperar muito até que o soldado entrasse apressadamente em sua sala.

— Prepare os prisioneiros e diga-lhes que em meia hora todos serão levados até a praça e se Zorro realmente vier, eles serão soltos.

— Com muito prazer, Capitão! – disse Garcia prestando continência enquanto saía.

Em seguida Monastário voltou aos seus aposentos e foi vestir seu uniforme de gala, fazendo questão de exibir em seu peito, todas as medalhas que possuía. Aquela seria uma ocasião que entraria para a história e ele desejava estar vestido à altura.

Não muito longe dali, na taverna do outro lado da praça, Diego também se preparava para o momento do tudo ou nada. Bernardo trancou a porta do quarto para evitar a entrada inesperada de alguém e depois começou a ajudar seu patrão a vestir o traje negro que tanto lhe tinha trazido alegrias e também algumas dificuldades, mas acima de tudo, as roupas tinham lhe dado a oportunidade de ficar incógnito para fazer o bem e ele era grato por isso.

Depois de estar completamente trajado, era a hora da última e talvez mais importante peça da vestimenta, a espada. Diego a colocou na bainha presa à cintura e respirou fundo. Ele não estava nervoso, afinal já tinha cruzado espadas com Monastário em inúmeras ocasiões, mas dessa vez sentia algo diferente, algo que nem ele mesmo sabia explicar. Não quis tocar no assunto com Bernardo, até porque não faria diferença, já que nada no mundo o impediria de cumprir com sua palavra.

— Está na hora, Bernardo.

O criado concordou tristemente.

— Vá até a praça e fique lá para ajudar meu pai quando ele for solto. – pediu Diego. – Obrigado por tudo, meu velho.

Bernardo assentiu e sem conseguir se conter, ao invés de apertar a mão estendida de Diego, deu-lhe  um forte abraço, deixando-o surpreso.

— Ora, Bernardo, o que é isso? – perguntou Diego achando graça – Até parece que não vamos nos ver mais, homem! Anime-se! Você sabe que apesar de todas as circunstâncias, o Zorro sempre vence no final. – e saiu pela janela que dava para os fundos da taverna com o seu sorriso habitual e uma piscadela.

Bernardo saiu logo em seguida com o coração nas mãos, e foi cumprir as ordens de seu patrãozinho. Ele estaria lá para amparar Don Alejandro como Diego havia pedido.


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