Começou a entrada em campo das equipes. Brasil x Japão. Primeiro da série de amistosos preparatórios para a Copa América.
  Olá, pessoal!! Lino Jordan irradiava a transmissão a plenos pulmões, tomado pela expectativa e emoção. Vamos para a execução dos hinos nacionais.
  Enquanto se preparavam para a execução dos hinos, Matt divisou Isabella na arquibancada e fez de novo o sinal do I para ela, sua Flor. Ela retribuiu lançando um beijo para ele.
  Os reservas ainda finalizavam o aquecimento. Ele notou que alguns dos novos recrutas olhavam para ele. Isso o deixou um pouco nervoso. Era sabido que os mais novos do grupo ainda olhavam para ele e os Cavaleiros de Bronze com admiração. Diante de uma competição de alto nível e alto rendimento, Matt não sabia ao certo como iria se portar diante dessa nova situação.
  A escalação: Américo de goleiro; Thiago como lateral-direito e Lauro como lateral-esquerdo; Betinho e Micael de zagueiros; Elias e Gustavo como volantes; Pedro como o meia armador; Matt na ponta esquerda, Daniel de centroavante e Jonathan na ponta direita.
  Matt olhou para o banco de reservas. Marcelo olhava seriamente para o horizonte, respeitando o momento da execução dos hinos. Pelo semblante do amigo, era evidente que ele torcia para ter sido escalado. Um pouco decepcionado no momento, quem sabe. Talvez ele achasse que entraria no lugar de Daniel ou de Jonathan já na escalação inicial. Paciência, Marcelo.
  Talvez nos próximos jogos, pensou o cavaleiros de Fênix com otimismo. Ele torcia muito para que Marcelo jogasse e impressionasse a todos, talvez que cavasse até um lugar no time titular; só não podia admitir isso para ninguém. Marcelo havia sido seu aluno nos treinamentos e o cavaleiro de Fênix não podia demonstrar favoritismos. Cícero e John, que faziam parte do grupo original de Cavaleiros de Bronze desde a Guerra Galáctica, pareciam mais tranquilos em começar esquentando o banco. Maturidade... Além de saber que os meninos eram mais tranquilos, Matt sabia também que Marcelo se cobrava muito e era muito ansioso. Era o tipo de cara que eles tinham na equipe que sempre levantava o moral e o ânimo de todos, mas também que precisava saber a hora de relaxar e esperar pelas oportunidades na hora certa.
  Ele notou que um dos outros recrutas estava ao lado de Marcelo e cochichando alguma coisa com ele no meio do cerimonial de abertura. Marcelo apenas assentia de vez em quando, mantendo o semblante sério. Não conseguindo fazer leitura labial pela distância, Matt se concentrou no novato. Ele era da mesma altura que ele, o que lhe fazia ser um pouco mais baixo do que Marcelo, tendo que ficar olhando um pouco na direção do alto para conversar com o colega de time. O cabelo preto um tanto espetado, pele levemente bronzeada, olhos pretos profundos e uma barba ralinha ainda por fazer. O garoto parecia ter a faixa etária próxima da de Matt, mas olhava para Marcelo como se ele fosse um sênior. E cochichava com muita empolgação. Queria ser uma mosca para ouvir o que eles tanto conversam...
  Os hinos nacionais terminaram, e Matt se forçou a prestar atenção no jogo.
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  Apertaram as mãos dos japoneses e seguiram para os últimos preparativos. O capitão japonês, apesar de parecer simpático, com um rosto juvenil que parecia diretamente saído de um anime, apertou a mão do garoto de Fênix com um pouco mais de entusiasmo do que a cortesia exigia. Matt desconfiou de que ele havia tentado estralar seus dedos.
  Será que estou sentindo uma leve tensão se desenvolvendo entre Matt de Fênix e o capitão japonês?, ponderava Lino Jordan para seus ouvintes. Posso jurar que, apesar do largo sorriso, o capitão oriental tentou causar algum dano na mão do capitão brasileiro durante o aperto de mãos cordial e costumeiro entre os líderes das equipes antes do apito inicial. Me lembrou bastante das disputas entre Grifinória e Sonserina no quadribol em Hogwarts!!
  Os ouvintes de Lino iam a loucura com todo comentário.