A Seleção do Santuário: Dreams Coming True escrita por Phoenix M Marques W MWU 27, BILSS O DESTRUIDOR


Capítulo 11
Capítulo 11




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  O jogo ia rolando cadenciado. Bem equilibrado, com chances para os dois lados. Os japoneses eram muito rápidos. Matt gritava a plenos pulmões com o time, para não dar brechas. Ele mesmo tinha que dar carrinhos, e se esforçar 110% para alcançar as bolas em situações difíceis ao longo do primeiro tempo. Não estava sendo em nada uma partida fácil. Como Matt havia avisado para Marcelo.
   A medida que o primeiro tempo ia se encerrando, as oportunidades diminuíram. Brasil atacava, mas sem brilho. O Japão atacava, mas sem criar grandes chances de perigo ao gol de Américo.
   O time parecia decidido a se segurar no primeiro tempo e deixar para resolver no segundo tempo. Matt tinha reservas quanto a essa estratégia, mas alguns jogadores já pareciam cansados e poderiam querer descansar um pouco no intervalo, beber uma água para voltar mais dispostos na segunda metade.
  Mal ele havia terminado direito de pensar nisso, e um lance trágico se sucedeu.
   Micael e Lauro não se entenderam em uma saída de bola pela lateral, e um atacante japonês se aproveitou da confusão para aparecer rapidamente, roubar a bola e invadir a área.
  Chutou bem colocado, no canto de Américo, que não teve chances.
   Minha nossa!! E é golllll... do Japão!! Até Lino Jordan parecia surpreso com o desenrolar dos eventos.
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Nagata abre o placar para os japoneses, aos 39 do primeiro tempo!! Lino Jordan já não fazia esforço algum para esconder o espanto. O Maracanã silenciou brevemente com o gol nipônico, mas logo as cantorias voltaram.
  As garotas do Santuário gritavam e cantavam incentivos para os meninos a plenos pulmões.
— Não desistam!!
— Reorganiza, rápido!! - gritou Matt para os amigos.
  Enquanto organizavam-se para dar a saída e reiniciar o jogo, Betinho engrossou o coro para os colegas de time.
— Ouviram nosso capitão. Vamos em frente! Ainda tem jogo pela frente, vamos virar!!
   O jogo reiniciou, com o Brasil já se lançando ao ataque. Matt sabia que esperar pelo segundo tempo para resolver não iria ser uma boa ideia, mesmo antes quando o jogo estava zero a zero.
  Os garotos se esforçaram, mas nenhuma das chances criadas se converteu em gol. Os japoneses aproveitaram-se da vantagem, ainda que magra, no placar e se seguraram; se fecharam como um ferrolho.
  Por fim, o árbitro apitou o fim do primeiro tempo.
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   Resignados, os jogadores Cavaleiros brasileiros desceram rápido para o vestiário, sem querer ficar muito tempo no gramado após um fim de primeiro tempo que havia sido extremamente decepcionante para todos.
   Quando chegaram ao vestiário, Joca, que havia ficado anormalmente quieto quando o Japão fez o gol, explodiu e começou a ralhar com todos. Esqueceu-se totalmente de que era um amistoso e jogo preparatório.
   Matt não ficou para ouvir as reclamações de Joca. O treinador sempre o tinha em grande estima e consideração, mas ele achou que dessa vez, se ficasse ali na sala ele não escaparia também das críticas. Provavelmente, Joca ia dizer que ele não havia orientado e incentivado o time apropriadamente, dentro de campo.
   Ele foi para uma sala anexa ao vestiário, onde ficavam guardadas também alguns uniformes sobressalentes para os jogadores usarem em caso de alguma emergência. Precisava ficar um tempo sozinho para refletir. Havia combinado com Betinho de que ele lideraria os garotos... Mas liderar numa batalha contra deuses inimigos e seus guerreiros parecia mais fácil e mais convidativo, nesse momento, do que numa partida de futebol.
   Seu momento de reflexão foi interrompido por alguém cutucando seu ombro.
  Matt se virou. O novato que ele vira conversando com Marcelo antes do jogo iniciar se encontrava diante dele. Olhava para ele com uma expressão um tanto neutra, o que para o cavaleiro de Fênix foi uma surpresa, visto que ele havia notado as expressões dos jogadores do banco de reservas ao apito final do primeiro tempo: todos desapontados com os titulares e ansiosos, querendo eles próprios mostrar serviço no segundo tempo para reverter o placar e mostrar uma boa performance para a torcida. Pelo jeito, o novato não estava tão desapontado quanto seus colegas do banco de reservas pelo resultado do primeiro tempo.
   Matt se lembrou de Isabella e de como ela estava se entregando na torcida para ele e para o time. Que havia incentivado as meninas a ajuda-la no cheerleading para apoia-los. Que ela mesma e as meninas iriam ter sua própria competição em breve para disputar, e que Matt e os garotos haviam ficado de acompanhar também para torcer por elas, em retribuição ao gesto e à entrega delas. Não podiam perder esse jogo teste logo de cara, depois de tanto o esforço das meninas.
  Ele sacudiu a cabeça para reorganizar os pensamentos. Voltou a focar no novato.
— Quem é você? - perguntou, sem jeito. Como capitão ele deveria se lembrar do nome de todos os jogadores, mas aquele garoto realmente havia sumido por completo de sua memória em poucas horas, bem como muitos dos recrutas. Não eram memoráveis como Marcelo, não tanto pelo menos.
— É um prazer conversar com você, sr. Fênix - disse o recruta, estendendo a mão.
  Matt apertou a mão dele, ainda sem jeito.
— Não precisa me chamar de senhor, rapaz - respondeu. Alguns recrutas as vezes eram formais demais ao falar com ele, pelo tempo em que ele ficara como instrutor de treinamentos dos novatos, no Santuário.
— O senhor é mesmo muito educado... Você! - corrigiu-se ele, rapidamente. - Desculpe. É força do hábito. Lá na escola do Santuário eles são muito exigentes quanto a isso... Etiqueta e tudo mais, rsrs.
— Nem me fale. Sei bem como é.
— Devia ver o professor Gomes falando conosco...
— Ver? Gomes sempre enche meu saco. Conheço bem até demais. O tanto de broncas que já levei...
O novato riu levemente.
— Desculpe, mas, como é o seu nome? Eu me sinto mal de não me lembrar o nome de algum jogador, mesmo que seja um novato, mesmo que seja alguém com quem eu estou conversando de verdade pela primeira vez.
O novato conteve o riso e olhou sério para Matt.
— Sim. É claro. Perdoe minha falta de tato... Sou um grande admirador seu, cavaleiro de Fênix. O meu nome é Ítalo.


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