Estranha Sensação escrita por Loreh Rodrigues


Capítulo 16
Perigosamente envolvente (+18)


Notas iniciais do capítulo

Sim, hoje é dia de fogo bebês

Queimem-se sem moderação!!!
⚠️ ALERTA ⚠️
Capítulo com descrição do ato sexual.



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***
Heriberto sabia que ainda era um padre. Que o desejo por Victoria era algo que ele ainda devia resistir por causa de seus sacramentos. Ao menos até o momento em que recebesse a liberação do bispo. Mas ele já não conseguia conceber a simples ideia de deixar passar um dia mais sem tê-la por completo em seus braços, inteiramente sua, verdadeiramente sua. Como em seu pedido, já não lhe importava nada e ninguém. Já não lhe importavam as consequências. E muito menos importavam a Victoria.

Victoria havia sido sua tentação desde que se conheceram quando eram só adolescentes. E tanta paixão o levou inclusive a ficar completamente inerte no momento em que teve que tomar uma decisão. Aquela mulher havia despertado nele sensações das quais ele passou toda uma vida fugindo. E, para sua perdição, ele já a havia tido entre seus braços uma vez. Uma única vez que fez com que ele jamais a pudesse esquecer. Nem por um segundo, nem a milhares de quilômetros de distância em outro continente, nem com toda uma vida de desencontros entre eles.

Por um único segundo ele hesitou. Mas foi só voltar a encarar o rosto de Victoria que personificava toda aquele atrevimento perspicaz, tão dela, que qualquer hesitação desapareceu. Além disso, ela estava sem seu sutiã tomara que caia que ele mesmo, com seus dedos habilidosos havia soltado durante o beijo, por um indomável instinto ao que a ele, só restava obedecer.

E ao ver seus seios livres por sob aquela blusa de seda tão sensual não havia nada mais que ele quisesse que tomá-los em suas mãos e, evidentemente, levá-los à boca como o fruto do pecado, a maçã da tentação que Victoria sempre havia representado para ele. Ele se aproximou, viu o fogo do inferno nos olhos de Victoria e desejou desesperadamente ser inteiramente consumido por aquelas labaredas.

Voltou a beijá-la libidinosamente e, enquanto a beijava, deslizar suas mãos por sob sua blusa gozando da maravilhosa sensação de ter sua pele envolvendo-o, de tocar seus seios como tanto desejava. Victoria sentia que perderia a sustentação tamanha a excitação que o menor toque de Heriberto lhe provocava. Ele afastou-se do beijo para arrancar-lhe a blusa enquanto ela levantou os braços instintivamente e, imediatamente, ele se entregou a seus objetos maiores de desejo desde que a viu sem aquele blazer.

O movimento de sua língua nas auréolas de seus seios fez com que Victoria quase se esquecesse que estava na sala da Casa Victoria e gemesse agarrando-se ao pescoço dele, segurando com força a cabeça dele em seus seios abrindo as pernas para tentar domar todas as feras que se digladiavam aí. Ela não era uma mulher, era uma sereia cheia de sedução que fazia com que, de todas as coisas possíveis no mundo inteiro, só estar com ela fizesse sentido.

Heriberito estimulou seus seios como que apreciando a mais doce das maçãs, o mais delicioso dos pecados, o mais irresistível dos desejos, até que ela, arqueando-se descontroladamente, projetou seu corpo para trás e, com o olhar exigiu que ele a penetrasse de imediato, devorasse aquele fruto por completo. Ele então a agarrou pelas costas e desceu suas mãos até suas coxas acariciando-as e fazendo com que Victoria sentisse a pulsação de sua ereção urgente. Seus corpos se contactavam num vaivém que era um pedido desesperado de que estivessem entrelaçados.

Quando finalmente ele a penetrou, Victoria apoiando suas as mãos sobre a mesa, sentia toda a força de Heriberto investindo seus quadris contra sua feminilidade encharcada e pensava que talvez fosse impossível que o clímax fosse melhor que tudo aquilo. Suas mãos a seguravam pela cintura saindo e entrando dela só focados naquele desejo, em nada mais. Todo aquele estímulo antes do sexo e tanto desejo contido por tanto tempo fez com que o orgasmo chegasse rápido e forte para ambos.

Os dois ainda sentiam suas peles pulsantes pela força do desejo que levaram algum tempo para se afastarem. Heriberto se afastou, se recompôs e fechou os olhos ao perceber que o cheiro de Victoria estava completamente impregnado nele. Enquanto isso, Victoria também tentou se recompor à sua maneira, ajeitando o blazer e colocando sua calcinha. Exausta. Ofegante. Cansada, mas extremamente satisfeita como mulher.

— Uff! — Exclamou ela com a respiração alterada. — Que loucura.

Heriberto a encarou e ficou refletindo em como ela não demonstrava nenhum pudor perante dele depois de... tudo aquilo, mas, ponderou que devia recordar que ele era quem devia ter pudores, afinal, era ele o sacerdote e ela uma mulher do mundo, sem ataduras morais. Por sua parte, Victoria só conseguia pensar que talvez não tinha mais idade para tudo aquilo, pois, terminou com algumas dores pelo corpo e mais em sua mão que havia machucado no acidente.

— Creio que devemos conversar. — Disse Heriberto sem jeito.

— Certamente! Mas não aqui e nem agora, eu jamais devia ter feito isso no meu local de trabalho. — Recriminou-se.

— Como você consegue ser tão prática depois de... Victoria... — Heriberto estava desconcertado.

— Do mesmo modo que você conseguiu ir para o seminário no dia seguinte a ser meu primeiro homem, Heriberto. — Ela caminhou até próxima dele e o encarou. — Eu não posso negar, você mexe comigo e há muita química, muito fogo entre nós, não estou imune a você. Mas eu preciso te advertir que, se você está esperando um conto romântico comigo, dessa vez, será você quem vai se decepcionar.

— Mas, Victoria... eu vim aqui para te contar que pedi meu desligamento da Igreja, que já não vou mais ser padre, isso não faz nenhuma diferença para você? — Ele indagou perplexo.

— Já fez. Mas você está vinte anos atrasado. Eu preciso pensar, Heriberto, colocar minhas ideias em ordem, refletir se quero mesmo todo o desarranjo que você representa em minha vida.

— Está bem, eu entendo. — Aceitou ele. — Mas ainda precisamos conversar...

— Esta noite! — Definiu ela. — Jante esta noite em minha casa. Costumo sempre jantar sozinha e tanta solidão às vezes é sufocante. Além disso, eu abomino que se tratem temas pessoais na minha empresa. Esse é o primeiro passo em qualquer derrocada profissional.

Heriberto sorriu com o convite. Saiu dali mais leve, sem o peso de todo aquela luxúria reprimida, mas sabendo que desejar uma relação com Victoria talvez pudesse levá-lo a um inferno maior do que o suplício que havia sofrido resistindo àquela tentação. Mas quando se é absorvido pelo pecado, por mais estranhas que sejam as sensações que ele lhe provoca, você sempre vai de encontro a ele, como um vício, como uma compulsão porque ele sempre é perigosamente envolvente e encantador.

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