Unstable companion escrita por Keyla Cardoso


Capítulo 22
Capítulo 21- Espera


Notas iniciais do capítulo

Demorei né? Juro que não foi a intenção. Me perdoem. É só que encaminhar uma história pra reta final é difícil... Mas, sem mais delongas vamos ao capitulo.

"A leitura é o alimento da alma. Bom apetite"



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Capítulo 21 - Espera

A matilha começou a se encontrar com os Cullens duas vezes por semana para se prepararem para um ataque de Victória; ataque esse que podia acontecer a qualquer momento. Mas já haviam se passado três meses e eles não tinham nem sinal de Victória ou de seus vampiros. Renee e Phill haviam voltado pra casa e Bella começava a se recuperar da fratura. Para quem olhasse de fora, a vida daquela estranha família (que incluía o chefe da tribo Quileute e o cherife de Forks)  parecia estar tranquila. Mas a realidade era bem diferente.

—Mais dois garotos estão dando sinais de transformação. -Sam disse enquanto caminhava pela sala.

 –Ela quer vingança contra os Cullens, não é? Porque não mandamos eles embora? Ela irá atrás deles. -Brady sugeriu de seu lugar ao lado de Bella. 

—Ela não irá.- Jacob disse suspirando. -Ela irá matar quantas pessoas forem necessárias para atrai-los de volta. 

—Queria que pudéssemos fazer algo. -Charlie disse coçando a nuca. -Mas parece que não temos muito o que fazer. Vamos esperar e, quando esses garotos se transformarem, vamos acolhe-los em nossa família. 

—Quem são? -Sue perguntou ansiosa. 

—Caleb e Michael. -Jacob e Sam disseram juntos.

—Meu deus, eles são ainda mais jovens que Brady e Collin. -Leah disse olhando para Sam preocupada. -Sam, eles tem 12 e 13 anos, isso não é certo. 

—Leah, nós não temos escolhas sobre o que acontece. Se pudéssemos retardar a transformação, eu mesmo faria isso, mas não podemos. A única coisa que podemos fazer é aguardar e acolhe-los quando eles se transformarem. -Billy disse pegando a mão de Leah.

Antes que mais alguém pudesse falar alguma coisa, a porta se abriu e Paul entrou ajustando a bermuda.

 –Sam, receio que precisarão de você na escola. -Paul disse após beijar a testa e a barriga de Bella. -Caleb e Michael estão discutindo, Jared foi tentar acalma-los e leva-los pra floresta, então, ele pediu para que eu viesse te avisar. 

Nesse momento, Sam agradeceu aos deuses por ter deixado alguém observando os dois garotos. 

—Embry, Quil e Jacob, comigo. -Sam disse enquanto beijava a bochecha de Emily e saia de casa. 

Todos se entreolharam e encolheram os ombros. Paul se sentou no chão, em frente do sofá onde Bella estava e começou a fazer carinho na barriga inchada  dela. 

Bella ainda não havia o desculpado 100%, mas 85% da mágoa já não existia mais. A cada dia que passava, ela se sentia mais a vontade ao lado dele e aos poucos a relação voltava a ser como antes. 

—Paul, você pode pegar as vitaminas pra mim, por favor? -Bella pediu enquanto fazia carinho nos cabelos dele. 

Paul se inclinou e pegou os frascos de remédios e Emily lhe entregou um copo de água. 

—Nós vamos estar esperando notícias na cozinha, certo? -Emily disse enquanto guiava os outros para fora da sala. 

—Você quer ir pro quarto? -Paul ergueu os olhos para ela e a encontrou com um sorriso malicioso.

—Com todos em casa? Acho que não. -Ela brincou fazendo Paul perceber o duplo sentido em sua pergunta.

 –Não foi isso que eu quis dizer... -Ele disse rindo.

 –Eu sei que não. -Ela riu beijando a bochecha dele. -Mas mas mesmo assim, quero esperar pelo Sam.

 –Bella... Você sabe que eu te amo, né? Eu te amo mais do que tudo nessa vida, você é a pessoa mais importante pra mim. -Paul disse olhando nos olhos dela, que marejaram com a declaração de amor repentina. -Você e nossos filhos são o meu farol, o meu porto seguro e o que alimenta a minha vontade de ser cada dia melhor. Obrigada por existir em minha vida.

 Bella não sabia o que dizer; parecia que qualquer palavra que ela falasse, seria pouco comparado ao que ele havia lhe dito. Então ela ficou apenas olhando nos olhos dele, esperando que o olhar compartilhado transmitisse todos os sentimentos de seu coração.

 –Eu sei que não estamos em um bom momento, que estamos em guerra... Então eu vou entender se você falar que não, mas... -Ele hesitou enquanto puxava algo do bolso. -Você quer se casar comigo?

 Ele abriu a caixinha de veludo vermelha e gasta, ela viu um fino anel de ouro branco com um pequeno diamante em cima. Simples e delicado, como ela imaginava que seria seu anel de noivado.

Bella engoliu as lágrimas que se derramavam por seus olhos e assentiu, incapaz de pronunciar qualquer palavra. Paul sorriu e deslizou o anel no dedo dela: Se encaixou perfeitamente.

 Incapaz de fazer qualquer outra coisa, Bella se inclinou e o beijou profundamente, o primeiro beijo em meses. Os lábios se separaram, mas as testas permaneceram coladas, sorrisos idênticos marcando o rosto deles.

—Eu sei que vocês estão loucos pra entrarem nessa sala e nos bombardear com perguntas e piadas, então venham logo. -Paul disse e logo a sala se encheu.

 –Então, você roubou minha única filha mesmo? -Charlie disse se aproximando de Paul.

 –Eu já tinha roubado ela faz tempo. -Paul sorriu e apertou a mão de Charlie.

 –Faça minha filhinha feliz, hem. -Charlie disse se segurando para não chorar.

 Seth, Brady e Collin sorriram e abraçaram Paul e Bella.

 Leah e Kim se sentaram ao lado de Bella e começaram  analisar o anel.

 –É lindo, né? -Bella disse para Leah que sorriu.

 –Se me desculpa a pergunta, onde conseguiu esse anel? -Leah perguntou para Paul que sorriu.

 –Era da minha avó materna. Minha mãe tinha guardado no banco, pro meu pai não pegar pra vender e coisa e tal... Quando eu completei 18 anos, os bens dela passaram pra mim; a casa, uma quantia em dinheiro e o anel. -Ele explicou calmamente. -Eu tirei do banco e pedi para que a Emy guardasse pra mim, então ontem em peguei com ela e bom... Estou noivo agora.

 –Eu ouvi bem? Você está noivo? -A porta se abriu para revelar Ângela que correu animada para perto de Bella. -Trouxe sua lição. -Ela disse apontando para a pilha de papéis descartada na mesa de centro.

Ângela analisou o anel e sorriu para Bella.

 –É tão lindo... Eu estou tão feliz, Bells. Se a Jéssica pudesse ver isso, ela se morderia de inveja. -Ângela disse fazendo Bella rir

—Acho que vou tirar uma foto e mandar pra ela... -Bella brincou.

 Sue se aproximou de Charlie que esta encostado próximo a porta e observou os jovens que conversavam animadamente.

—Eles crescem tão rápido né? -Sue disse encostando a cabeça no ombro dele.

—Minha Bella vai ser mãe, Sue. Isso é tão... Uau. -Charlie disse enxugando as lágrimas que rolavam por sua bochecha.

—E meus filhos então? -Ela disse com um sorriso saudoso. -Leah está praticamente casada com Jacob, Seth é um protetor, vive mais com os garotos do que em casa... Vamos ficar velhos e solitários, Charlie.

—Você aceita sair comigo, Sue? -Charlie disse subitamente. -Sei lá, podemos ir em um restaurante ou ao cinema.

—Charlie... Não sei se é uma boa ideia, você era um dos melhores amigos de Harry...

—Por isso você deveria aceitar. -Seth disse se aproximando deles. -Papai ficaria feliz em saber que você seguiu mamãe, ainda mais que você seguiu com Charlie.

Sue olhou para o filho com os olhos cheios de lágrimas e sorriu.

—Certo, eu aceito então. -Ela sorriu para Charlie.

—Apenas... Cuide dela, certo? -Seth disse antes de voltar pra perto dos garotos.

Sam demorou cerca de quarenta minutos para voltar pra casa com os dois novos membros do bando. Quando ele entrou na sala de estar, ele ostentava uma expressão cansada no rosto.

Todos se calaram e olharam para ele curiosos.

—Bom, esses são Caleb e Michael. Garotos, essa é a matilha. -Sam apresentou enquanto abraçava Emily carinhosamente.

Jacob sorriu para os dois e se aproximou de Leah, ao mesmo tempo que Embry se aproximava de Ângela.

Bella se levantou do sofá com um pouco de dificuldade, afinal, havia apenas uma semana que ela estava sem o gesso, e se aproximou dos garotos.

—Olá, eu sou Bella Swan. Sejam bem vindos à matilha. -Ela disse sorrindo. -Sei que vocês são jovens e que tudo ainda deve estar muito confuso, mas nós somos uma família, então podem contar conosco.

—Obrigado, Bella. Eu sou o Caleb, e caramba... -Ele disse tirando os longos cabelos dos olhos. -Realmente está tudo uma confusão danada.

—Garanto pra vocês que as coisas vão se resolver, sempre se resolvem. -Sam disse apertando o ombro dele.

—Você já contou a eles, Sam? -Charlie perguntou se aproximando.

—Não, ainda não. -O alfa disse suspirando pesadamente. -Mas receio que terei que contar.

—Contar o que? -Michael perguntou timidamente.

—Porque não vamos nos sentar no quintal? Eu conto tudo a vocês e Emily pode cortar seus cabelos sem fazer uma enorme bagunça aqui dentro.

—Eu vou ir trabalhar, Sam. Me mantenha informado sobre qualquer coisa. -Charlie disse enquanto apertava a mão de Sam.

—Eu também já vou, Sam. -Sue se aproximou e envolveu o jovem em um abraço. -Qualquer coisa, é só me chamar no posto de saúde.

Depois que Charlie e Sue saíram, todos se instalaram no quintal da casa de Sam e o Alfa começou a contar a história para eles, enquanto Emily, com a ajuda de uma tesoura e de uma máquina de barbear, colocava fim aos enormes cabelos dos garotos.

Ao final da história, os dois garotos olhavam sem acreditar para Sam.

—Quer dizer que, você fez uma aliança com os vampiros, para lutar contra outros vampiros? -Caleb questionou franzindo as sobrancelhas.

—Sim, mas esses... Novos vampiros, são piores que esses com quem temos a aliança. Os Cullens não se alimentam de sangue humano, por isso que Eprhaim Black fez o acordo com eles.

—Uau... É muita informação. -Michael disse suspirando.

Ω.Ω.Ω.Ω

Levou cerca de dois dias para que os dois novos membros do grupo conseguissem entender toda a dinâmica do bando. Mas quando eles conseguiram entender o porque de eles estarem lutando ao lado de vampiros e não contra eles, tudo ficou mais fácil.

E assim, os dias se estenderam em semanas e as semanas em meses. Quando todos menos esperavam era verão; as aulas de Bella e Ângela terminaram, Charlie finalmente pagaria a última parcela do empréstimo e Bella poderia voltar para casa com Paul.

Charlie e Sue entraram na casa de Sam de mãos dadas, eles estavam em uma espécie estranha de namoro e não se desgrudavam mais.

—Bella? -Charlie chamou sorridente.

—Na cozinha papai, terminando de lavar a louça. -Ela gritou de volta.

Por um milagre do destino, ela estava sozinha na casa de Sam. Todos pareciam ter algo para fazer e ela foi deixada apenas com o rádio de pilhas por companhia.

—Está tudo bem querida? -Sue perguntou se aproximando e beijando a bochecha de Bella, as mãos depositadas na barriga de sete meses de Bella.

—Tudo ótimo. -Bella respondeu abraçando Sue com um sorriso. -Tirando o fato de que essas crianças estão mais animadas do que o normal...

—Já terminou o que estava fazendo? -Charlie questionou coçando a nuca. -Precisamos que venha conosco.

Bella estranhou o pedido do pai, mas confirmou com a cabeça. Ela acompanhou Sue e Charlie até a viatura e se sentou no banco da frente.

—Vou te vendar, certo? -Sue disse se sentando no banco traseiro.

—O que está acontecendo? Onde vamos? -Ela perguntou ansiosa.

—Xiiiiu Bella. Não estrague a surpresa. -Charlie disse quando começou a dirigir pela aldeia.

Ele dirigiu por cerca de dois minutos e parou. Bella pôde ouvir a porta sendo aberta e sentiu uma mão em seu braço.

—Vamos lá querida. -Sue disse e a ajudou a sair do carro. -Certo, continue... Agora pare aqui, mas não tire a venda. 

Bella parou e sentiu que Sue se afastava. Depois de alguns minutos, a voz de Sue soou mais distante. 

—Pode tirar agora! 

Bella tirou a venda e ficou olhando para a casa verde a sua frente. Na varanda, toda a matilha sorria pra ela. Paul se aproximou com um buquê de lírios e sorriu pra ela.

—Bem vinda a sua nova casa. -Paul sorriu e Bella o abraçou. -Comecei a reformar ela no dia em que lhe pedi em casamento, todos ajudaram muito.

Bella sorriu pra ele e o beijou longa e demoradamente, suas crianças se agitaram e eles se separaram rindo.

—Você se lembrou. -Ela disse sentindo lágrimas nos olhos. -Da primeira vez que vim aqui, eu disse que a casa ficaria bonita se fosse pintada de verde.

—Sim, eu me lembrei. -Ele sorriu e passou os braços pela cintura dela. -Agora vamos entrar, tenho muitas coisas para te mostrar.

Bella e Paul abriram caminho entre todos e entraram na sala, que agora era dividida por uma parede de madeira e estava consideravelmente menor; no canto esquerdo, ao lado da janela, estava uma lareira enorme. Não tinha chamas, mas ela já imaginava como seria no inverno; do outro lado da janela, estava uma estante de madeira, vários de seus livros estavam ali, mas ela percebeu que faltavam alguns; ela caminhou até a primeira porta e a abriu. Era um quarto de casal, com uma enorme cama de madeira rústica; uma estante ocupava o canto ao lado da porta e ela pôde ver o resto de seus livros ali.

Paul a guiou pelo quarto e ela pôde perceber que  cômodo havia sido ampliado para os fundos; Bella abriu o guarda-roupa e viu grande parte de suas roupas ali. Uma janela ao lado do guarda roupas, dava vista para a floresta.

—Isso é lindo. -Bella suspirou olhando as árvores. -O que é o outro cômodo?

—Vamos lá ver. -Ele disse entrelaçando os dedos com os dela. -Os caras estão loucos para ver qual vai ser a sua reação.

Bella saiu do quarto de casal e abriu a outra porta. Seu queixo caiu e ela levou uma das mãos aos lábios; o cômodo em questão, era menor que o quarto deles, a parede era de um amarelo claro e haviam dois berços em cantos opostos do quarto, entre os berços, estava uma poltrona vinho e uma pequena mesa com uma luminária; a parede ao lado da porta tinha um pequeno guarda-roupas branco.

—É o quarto dos bebês. -Bella disse fazendo Paul sorrir.

—A poltrona foi ideia da Sue, pra você amamentar. -Ele disse quando ela passou a mão pelo móvel.

—Isso está tão perfeito... -Bella sussurrou e passou a mão pela barriga, onde suas crianças chutavam suas costelas. -Ótima escolha de cor.

—Isso foi ideia do Sam, já que não sabemos o sexo dos bebês.

—Vamos lá, quero agradecer a eles. -Ela disse pegando a mão dele e o puxando para a sala, onde eles esperavam com sorrisos radiantes.

—E aí, o que achou? -Brady foi o primeiro a perguntar.

—Está tudo tão incrível... Muito obrigada. -Bella agradeceu olhando as paredes cor de creme com adoração. -Vocês são os melhores amigos do mundo.

Logo ela se viu no centro de um enorme abraço coletivo.

—Certo, certo... Está bem. -Paul disse rindo. -Agora vocês podem ir, eu quero estrear minha cama nova com minha noiva.

—Ela ainda é minha filha, Lahote. Cuidado. -Charlie brincou fazendo Bella rir.

Depois de muitos abraços e alguns "obrigados" Bella e Paul se viram sozinhos na casa.

—Muito obrigada, Paul. -Bella disse abraçando Paul pela cintura. -Está tudo muito lindo. O quarto das crianças está perfeito.

—Quem tem que agradecer sou eu, Bells. -Ele disse apoiando o queixo no topo da cabeça dela. -Você me deu a chance de ser pai, você me deu a chance de ter uma família e de ser feliz.

Bella inclinou a cabeça para poder olhar nos olhos de Paul e sorriu abertamente para ele.

—Fico feliz por ser essa pessoa, Paul. Eu não vejo mais a minha vida sem você. -Ela disse selando os lábios com os dele em um beijo apaixonado.

O beijo logo ganhou profundidade e Paul se viu guiando Bella para o quarto deles. Durante o curto trajeto, a mão de Paul explorou o corpo de Bella com adoração. Para ele, era absolutamente incrível como o corpo dela havia se ajustado para acomodar seus filhos.

—Você está tão linda... -Ele sussurrou se separando dela o suficiente para observar seu corpo vestido com  longo vestido cor de areia.

—Mesmo estando gorda? -Ela sussurrou incerta. -Sem falar que agora eu tenho uma enorme cicatriz na perna...

—Shiii. -Ele disse se aproximando dela novamente. -Você está perfeita. Aqui, -Ele colocou a mão sobre a barriga dela. -estão nossos filhos. Isso nunca poderia te deixar feia. Nunca.

Bella sentiu os olhos molharem com a declaração de Paul e fechou os olhos para impedir que as lágrimas caíssem.

—Eu te amo Bella Swan. -Ele disse com um pequeno sorriso nos lábios. -E te amaria mesmo que você pesasse duzentos quilos.

Bella riu e depositou um beijo no peito dele. O simples toque dos lábios dela, enviou um arrepio pelo corpo de Paul. Ele se inclinou sobre ela e envolveu sua boca com a dela; o beijo era profundo e apaixonado, enviando ondas elétricas pelo corpo de ambos.

Ela se afastou e caminhou até a cama, uma clara sugestão do que ela esperava que acontecesse. Paul sorriu e se aproximou dela, um olhar faminto nos olhos negros.

—Acho que devemos tirar isso. -Ele indicou o vestido. -Se estiver tudo bem pra você é claro.

—Menos conversa e mais ação. -Ela resmungou enquanto puxava o vestido pela cabeça.

Paul dedicou alguns minutos para apreciar o corpo grávido de Bella; ela não usava sutiã, então, a única peça de roupa restante era a pequena calcinha azul que ela usava.

—Azul é minha cor favorita. -Ele disse fazendo Bella sorrir.

Ele colocou a mão na bochecha dela e sorriu enquanto descia a mão pelo pescoço até alcançar o seio dela. Bella arqueou o corpo quando sentiu a mão dele apertar seu seio levemente.

—Eles estão maiores. -Paul apontou com um sorriso. -Eu gosto disso.

Paul se inclinou e tomou um dos seios na boca, sua língua circulando o mamilo habilmente.

—Paul... Por favor. -Bella sussurrou passando as pernas pela cintura dele, tentando aproximar seus corpos.

—Hei... Se acalme. -Ele disse com um sorriso. -Temos todo tempo do mundo.

—Faz tempo. -Bella resmungou.

Realmente fazia tempo. Eles tiveram poucas chances nos últimos meses, a casa de Sam era o ponto de encontro da matilha, então eles nunca estavam sozinhos... Das poucas vezes que eles se esgueiraram para o quarto de Leah (com a permisão dela, é claro) tiveram que ser rápidos e silenciosos... Mas agora eles estavam em sua própria casa e dispunham do tempo que quisessem.

—Eu quero te sentir, Paul. -Ela sussurrou quando sentiu os dedos de Paul em sua calcinha. -Teremos tempo para as preliminares depois.

Paul não podia negar a súplica de sua companheira. Se afastando dela, ele descartou sua bermuda e puxou a calcinha pelo corpo de Bella.

—Acho que seria melhor você vir pôr cima, pra não incomodar. -Ele sugeriu preocupado.

Bella sorriu e abriu espaço para ele se sentar ao lado dela. Quando ele estava acomodado, ela se sentou sobre sua cintura e gemeu com o contato. Com uma mão, Paul segurou a cintura dela e com a outra se guiou para dentro.

—Céus Bella. -Ele gemeu quando a sentiu deslizar por seu membro. -É ainda melhor do que eu me lembrava.

Bella sorriu e começou a se mover lentamente. As mãos de Paul apalpavam qualquer parte de seu corpo que pudesse ser alcançada: a bunda, a cintura, as coxas, os seios... Todas essas sensações eram de mais para o corpo hipersensível de Bella e em poucos minutos, os movimentos dela se tornaram erráticos e os gemidos mais altos.

—Eu te amo Bella, você é tão fodidamente maravilhosa... -Ele gemeu enquanto beijava o pescoço dela.

—Eu te amo. Muito. -Bella gemeu e sentiu o orgasmo se abater com tudo sobre ela.

Paul aguardou alguns minutos, até os tremores de Bella suavizarem e sorriu pra ela.

—Tudo bem?

—Mais que bem. -Ela sorriu escondendo a cabeça no pescoço dele. -Mas você não terminou...

—Podemos resolver isso depois. -Ele disse sinceramente. Para ele, já bastava que Bella estivesse satisfeita, ele poderia usar sua mão depois.

Bella se afastou dele e ficou de joelhos na frente dele. Ela mordeu o lábio pensativa e pareceu se decidir sobre algo.

—Fique em pé. -Ela resmungou baixinho.

Ela estava envergonhada, ela nunca havia tomado a iniciativa. Nunca.

Paul olhou pra ela surpreso, mas fez o que lhe foi pedido. Depois de alguns segundos, Bella jogou um dos travesseiros no chão e se ajoelhou a frente dele. Paul respirou profundamente quando sentiu os lábios de Bella cercando seu membro.

—Você não precisa fazer isso... -Ele resmungou se afastando.

Bella segurou a parte de trás da coxa dele e sorriu.

—Eu sei, mas eu quero.

Ela envolveu seu membro novamente e começou a chupa-lo novamente.

—Céus Bella. -Ele gemeu inclinando a cabeça pra trás.

A sensação da boca de Bella ao redor dele era maravilhosa, mas foi a visão dela ao seu redor que o enviou ao limite. Bella sentiu os jatos quentes de Paul em sua garganta e o chupou até ele começar a amolecer em sua boca.

—Isso foi... Simplesmente uau. -Paul disse a puxando para um abraço. -Eu te amo Bella Swan. Vamos lá, você nem viu o banheiro ainda.

Paul pegou duas toalhas e eles saíram do quarto em direção ao banheiro. Bella ofegou quando viu a banheira que ocupava grande parte do cômodo.

—Uau, incrível. -Bella sorriu se aproximando.

Paul sorriu e ajustou a água em uma temperatura agradável. Eles se abraçaram e esperaram a banheira encher.

Quando a banheira encheu, Paul ajudou Bella a entrar e se sentou atrás dela. Ele a envolveu com os braços e Bella se derreteu contra ele.

—Obrigada por tudo. -Ela sorriu em agradecimento.

—Sou eu que tenho que agradecer. -Ele sussurrou contra o ouvido dela. -Eles estão animados hoje, né? -Ele disse ao sentir um movimento na barriga de Bella.

—Sim... Estão agitados assim desde cedo. -Bella respondeu.

Paul se inclinou e pegou um frasco de sabonete liquido e começou a lavar o corpo de Bella. Ela suspirou e se apoiou contra ele.

Enquanto eles tomavam banho, uma forte tempestade de verão se iniciou de repente, sobressaltando os dois.

Paul terminou de se lavar e ajudou Bella a sair da banheira. Eles se secaram e voltaram pro quarto, onde se deitaram e adormeceram, o barulho da chuva embalando o sono do jovem e apaixonado casal.

Ω.Ω.Ω.Ω

Porém, tudo que é bom dura pouco e a felicidade do jovem casal acabou no momento em que a porta do quarto foi aberta bruscamente.

—Que inferno. -Paul resmungou enquanto puxava o lençol sobre o corpo de Bella. -Que diabos aconteceu pra você invadir minha casa assim, Jacob?

—A espera acabou, Victória vai atacar hoje. -Jacob disse olhando nos olhos de Paul.

—Que horas? -Paul questionou se levantando, sem se importar com sua nudez.

—Alice disse que ela enviou um mensageiro, vai atacar em uma hora.

—Inferno.- Paul amaldiçoou enquanto vestia uma bermuda. -Essa vadia teve seis meses pra atacar, mas ela resolve atacar quando eu tenho um tempo com Bella.

—Ela precisa ir lá pra casa do Sam.

—Com esse temporal? Sem chances. -Ela resmungou sonolenta. -As crianças estão muito agitadas, não vou conseguir caminhar até lá na chuva. Vão, eu vou ficar bem.

Paul e Jacob olharam pra ela desconfiados, mas que opções eles tinham? Eles precisavam encontrar os Cullens para se prepararem, e Bella poderia se cuidar.

—Qualquer coisa ligue para a casa de Emily, Caleb vai estar lá. -Jacob disse se aproximando e beijando a testa dela. -Voltamos logo.

Paul se aproximou e deu um selinho demorado em Bella, ele não queria ir. Ele estava com medo e uma sensação ruim começava a aflorar em seu peito.

—Se cuide certo? Volte para nós. -Ela disse quando ele se afastou. -Tomem cuidado e matem a vadia.

Paul e Jacob saíram para a tempestade e Bella continuou deitada, o coração acelerado e uma imensa vontade de chorar. Ela respirou profundamente e fechou os olhos, adormecendo novamente.

Quando Bella acordou, algumas horas mais tarde, ela estava se sentindo desconfortável. As costas doíam e a barriga incomodava, ela também sentia dificuldades para respirar.

Se levantando, ela caminhou até o banheiro e se olhou no espelho. Ela estava pálida e uma expressão de dor marcava seu rosto.

—Certo Bella, respire. -Ela disse para si mesmo, enquanto passava a mão molhada no rosto.- Você só está ansiosa por causa dos meninos...

Como que para provar que ela estava errada, uma pontada forte a atingiu.

—Certo, a chuva diminuiu. Você vai ligar para a Emily e pedir para que alguém venha te buscar. -Ela disse enquanto saía do banheiro.

Ela caminhou até o quarto e pegou um vestido qualquer. Respirando profundamente, ela pegou o telefone que estava no móvel ao lado da cama e discou o número da casa de Emily.

—Alô? -A voz de Emily chegou aos seus ouvidos.

—Emy? O carro de Sam está aí?

—Oi Bells, está, porque?

—Você poderia dirigir até aqui pra me buscar? Eu não sei o que está acontecendo, mas estou com muita dor. -Bella disse praticamente a beira das lágrimas.

—Certo, vou pedir para Caleb ir comigo. Tente não se mover muito, tá bom? -Emily disse com uma voz preocupada.

—Emily, eu não quero perder meus bebês.

—E você não vai. Estou chegando aí em breve. —Emily disse e desligou o telefone.

Bella fechou os olhos e sentiu as lágrimas escorrendo por sua bochecha. Em uma oração silenciosa, ela pediu proteção aos deuses Quileutes.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu estava pensando em criar um grupo no Whatsapp pra conversarmos sobre minhas histórias, não só essa, mas as outras também.

E aí, o que acham? Vocês participariam?



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