A desobediência tem seu devido preço escrita por Isa Caan


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

E agora, o que será que vai acontecer?! Leia e descubra! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780882/chapter/4

— O que? Filho, ei... Você tem certeza?

— Não dá, papai... Eu não consigo... – Então as lágrimas escorreram pelo rosto de Freddie – O que está acontecendo?

— Comandante? – Uma enfermeira disse chegando no quarto

— Ele acordou, mas disse que não pode mover as pernas, o que está acontecendo?

— Eu vou chamar o doutor – Então ela saiu

— Papai... Estou com medo – Freddie disse olhando pra Steve

— Estou aqui com você, amigão, vamos conseguir passar por isso juntos, como sempre fazemos, ok? Eu estou com você, e sempre vou estar

— Promete?

— Claro que eu prometo, filho... O papai ama você, ouviu? Eu te amo muito, meu filho – Steve disse secando as lágrimas do filho, e logo surgiram outras

— Será que eu nunca mais vou poder andar?

— Eu não sei, filho... – Steve disse o olhando

— Olá, Comandante McGarrett... – O médico entrou – Ei amiguinho, como você se sente?

— Eu não consigo mexer minhas pernas... Meu corpo dói

— O tio vai tocar em suas pernas, você vai me dizer se sente algo, ok?

— Tudo bem – Então o doutor começou a tocar a perna e os pés de Freddie, que não esboçou nenhuma reação

— Bom, nós vamos fazer alguns exames, ok? O tio promete que não vai doer, Tá bom? – Freddie olhava pro médico com os olhos arregalados – Vou te dar esse analgésico para sua dor, tá? Essa dor é normal pelo que você passou...

— Vai ficar tudo bem, amor... Eu estou aqui, ok? – Steve apertou a mão do filho

— Vamos o encaminhar em 1 hora para um exame neurológico e para fazer uma radiografia, ok? Ele não pode comer por enquanto, certo?

— Ok, tudo bem – Então o médico saiu

— Papai, porque estou aqui?

— Essa é uma conversa para termos quando você estiver em casa, amigo... – Steve fez uma pausa – Então, você quer fazer algo enquanto não dá a hora dos exames?

— Não...

— O que acha de assistirmos algo? Acho que está passando um jogo no canal 16

— Papai, eu não quero... Eu só... – Então Freddie deu os ombros e virou a cabeça para o lado fechando os olhos, tentando conter novas lágrimas que surgiram, então Steve se levantou e caminhou até o pequeno sofá que estava ali

— Charlie, ei... O Freddie acordou – Falou após se sentar no sofá – Acho que ele está precisando de você agora, carinha

— Hum... Tio Steve? – Charlie disse um pouco sonolento – O Freddie acordou? – Ele disse animado

— Sim, ele acordou... Mas, amigo, escuta... Ele não está legal, está um pouco chateado, porque... Porque quando acordou ele sentiu o corpo diferente, ele sentiu que não podia mover as pernas, entende? Ele está triste com isso, acho que você pode alegrar ele – Steve explicou ao garoto loiro.

— Eu posso fazer isso – Então ele se levantou do sofá e caminhou até a cama – Freddie? Sou eu, Charlie – Falou em pé na beirada da cama

— Eu não quero falar – Freddie disse com os olhos fechados

— Eu acabei com o George Kapulo na Fantasy League, você precisava de ver a cara dele na escola

— Mesmo? – Então Freddie abriu os olhos e olhou pra Charlie

— Claro! Ele ficou com tanta raiva que apertou tanto o iogurte que voou na cara dele! – Charlie riu e Freddie deu uma risada também

— Ele deve ter ficado muito bravo

— Claro que ficou, e foi muito engraçado – Charlie olhou pro amigo

— Desculpa que eu pareci uma criancinha

— Tudo bem, você só está com raiva... Mas eu tô aqui, sou seu amigo – Charlie fez uma pausa – E como você está? Hum?

— Eu não sei, chateado... Estou com medo, Chaz... Acho que não vou andar mais, nunca mais vou poder fazer as coisas que eu gosto

— Ah cara... – Charlie se aproximou da cama do amigo – Eu sinto muito, amigo... Mas eu te prometo que vou te ajudar em tudo, ok? Eu te prometo, vamos continuar fazer as coisas juntos

— Você vai ser meu amigo mesmo assim? Mesmo que eu esteja errado?

— Primeiro, você não está errado, ok? Você continua sendo Freddie, meu melhor amigo, o menino que todos amam! Não importa como você esteja, nada, nada, vai mudar isso, ok?

— Você tem certeza?

— Claro que eu tenho, você é meu melhor amigo do mundo inteiro e eu nunca te abandonaria por nada... Eu te amo

— Eu também te amo, Chaz – Freddie sorriu

— Eu fiquei com medo de ninguém mais gostar de mim

— Ih, não pensa nisso não, cara... Eu já te disse, todo mundo te ama... Olha, vamos fazer algo?

— Aqui não tem muita coisa pra fazer, é um hospital

— Você tem razão... Mas deve ter alguma coisa – Charlie disse analisando o quarto. No fim eles conversaram por um tempo até que Danny entrasse no quarto

— Freddie – Danny disse entrando no quarto com alguns balões e um pacote na mão – Seu pai me mandou mensagem, amigo, ele disse que aqui estava um grande tédio, então eu trouxe algo para você – Então Danny amarrou os balões na cama e entregou o pacote para o menino, que logo abriu, revelando então algumas revistas para colorir e lápis de cera

— Obrigado, Danno! Eu adorei!

— Que bom que gostou – Danny sorriu – Ficar em hospitais é bem chato, como você gosta de pintar... Eu acho que vai ser legal para você

— Você vai pintar comigo, Chaz?

— Ei... – O médico disse entrando no quarto – Vejo que você está mais animado, Freddie

— Minha ohana é a melhor – Freddie sorriu – Nós vamos te preparar pros exames e vamos descobrir o que você realmente tem, ok?

— Certo, doutor – Freddie respondeu e então logo ele foi levado do quarto e Steve acompanhou. Depois de muita luta, Danny convenceu Charlie de ir pra casa descansar um pouco, e prometeu que o levaria de volta ao hospital mais tarde.

Algumas horas depois, Freddie havia feito todos os exames necessários e foi levado de volta ao quarto, onde ele rapidamente pegou no sono. E enquanto isso, Steve aguardava ansioso pelos resultados.

— Olá, posso entrar?

— Mary! Joan! – Steve se levantou e sorriu, abraçou a irmã e a sobrinha – Como vocês estão?

—Estamos bem, mas queremos saber mesmo é como vocês estão aguentando? E ele?

— Acho que ele está chateado, mas tá sendo forte ao mesmo tempo... Charlie esteve aqui com ele, Freddie ficou mais animado depois que conversou com ele... Ele acabou de voltar de alguns exames, estou esperando o médico com os resultados

— Como vai ser daqui pra frente?

— Sinceramente eu não sei, Mary... É algo novo, provavelmente vai mudar tudo, né? Estou preocupado com a adaptação dele nisso tudo

— Joan e eu estaremos lá para o que precisar, família, lembra? Vocês dois não estarão sozinhos para isso

— Obrigado, Mary...

— Somos família, não tem o que agradecer – Steve assentiu

— Tio Steve, quando o Freddie sair do hospital, leva ele na minha casa para nós jogarmos? A mamãe me deu um vídeo game novo e eu tenho o jogo que o Freddie queria jogar

— Claro, pequena... Eu acho que ele vai adorar ir jogar contigo – Então ela sorriu

— Tem espaço para mais gente? – Uma voz conhecida veio da porta

— Gracie! Meu Deus, que saudade eu estava – Steve sorriu e se levantou e a abraçou com cuidado – Ei princesa, vem aqui com o tio – Steve disse pegando o pequeno embrulho do colo de Grace – Estou feliz que esteja aqui, mas como passou pela segurança? Com ela?

— Acho que o hospital já está acostumado com isso se tem algum membro desse clã todo no hospital – Grace respondeu sorrindo e abraçando Mary e Joan

— Ei tio, como você está? Hum? Você precisa ir lá em casa pra ir em nossa praia – Steve conversava com a bebê

— A Holly ainda não vai na praia, tio Steve – Grace riu

— “Ah não, mamãe, não seja chata como o vovô Danno, por favor, deixe eu ir nadar com o meu tio favorito” – Steve disse mexendo os bracinhos da pequena bebê

— Daqui alguns meses você poderá fazer isso – Grace respondeu

— Ela está linda, Gracie – Steve disse olhando a bebê – Você tem certeza que não quer voltar para cá? Nós sentimos sua falta aqui... De todos vocês

— Ele não vai desistir, ouviu Grace? Há alguns anos ele falou tanto, e tanto mesmo, que acabamos nos mudando – Mary disse

— Eu gosto de ter todos vocês aqui perto, vocês sabem disso – Steve disse olhando pro pacote em seu colo – Eu acostumei em ter todos vocês aqui, e quando um se muda pra longe, é estranho... Até hoje não superei a saída de Chin e Kono

— Mas então, como ele está, tio Steve? E você?

— Ele está levando, um pouco chateado... Mas ele conversou com seu irmão um pouco e fez bem pra ele

— A amizade desses dois é igualzinha a sua com o Danno, vocês são iguais, os dois são uma miniatura de vocês

— Provavelmente... Só espero que eles pulem um pouco essa parte de hospital que Danny e eu tínhamos

— Tinham? Vocês dois visitaram esse hospital três vezes no último mês – Mary falou e Grace e Joan riram

— Sempre tem gente aqui? – O médico disse entrando no quarto

— Hey doutor, e então? Tem os resultados? O que é? Pode ter sequelas?

— Podemos falar em particular? Está meio cheio por aqui... E porque tem um bebê?

— Não, pode falar aqui mesmo, são Ohana

— Ok então... Bom, os exames neurológicos não apontaram nada grave, o que é muito bom, e nas radiografias que fizemos, apontaram um inchaço na C1 e C4, é bem provável e digo, tem chances altas de que isso seja apenas uma paraplegia momentânea, ok? Quase 100% de certeza que ele terá os movimentos novamente dentro de 3 dias a 1 semana – Quando o médico terminou de falar, a sala foi preenchida por suspiros aliviados


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nosso garotinho ficará bem! Os Williams já sabia disso, agora só foi confirmado! Agora podemos soltar o ar que estávamos prendendo e nem havíamos percebido!

Valeu a você que leu até aqui, nos vemos no próximo capítulo!

Ps: Pesquisei um pouco sobre paraplegia momentânea quando resolvi falar disso na história, e não está 100% fiel a como é, mas está aí, acho que vale do mesmo jeito ;)

Ps2: Sobre Gracie: SURPRISE!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A desobediência tem seu devido preço" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.