A desobediência tem seu devido preço escrita por Isa Caan


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

A frase típica: Desculpem pela demora, mas aí está mais um capítulo! Espero que gostem! E vou postar o último ainda hoje! Boa leitura!



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— Como? – Danny disse se aproximando do garoto

— Isso estava escrito nas botas do meu boneco, uma vez eu procurei, achando que era algum tipo de número de série, eu queria comprar um pra dar para um amigo meu da escola de aniversário, mas tudo que eu ganhei, foi um mapa de um lugar aleatório. Eu acabei decorando de tanto digitar, porque eu pensei que tinha escrito errado

— Ok, então são coordenadas geográficas – Danny disse se virando para o restante da equipe e novamente se virou pra Freddie – Então, você pode repetir esses números para a tia Tani?

— Nós iremos dizer a eles depois, né? – Freddie disse se aproximando da mesa

— Não podemos fazer isso, Freddie – Júnior falou

— Mas eles disseram que se eu não falar, o meu pai vai morrer, eu tenho que falar

— Freddie, não podemos dar nada a eles – Tani reforçou

— E se... Se acontecer algo? Nós temos que falar, então eles vão soltar o meu pai

— Vem aqui, Freddie – Danny disse guiando Freddie novamente até a sala de Steve

— Amigo, eu vou precisar que você confie em mim – Danny disse olhando pro Freddie – Você não pode dizer a eles os números, entende? Se você falar, eles não vão mais precisar do seu pai... E aí... Aí fica difícil, ainda não sabemos quem são essas pessoas e o que querem... Elas podem não estar falando a verdade

— Então eles estão mentindo? Eles não vão soltar o meu pai?

— Não podemos confiar neles, amigão – Danny olhou o menino espantado – Provavelmente eles vão te ligar novamente, e você não pode dizer nada, ok? Eu vou estar lá e vou assumir a conversa, mas se eles rejeitarem, você precisa ganhar tempo lá, você precisa pedir a eles para falar com seu pai, diga a eles que você precisa saber que ele está bem... Precisamos que a conversa dure o suficiente para conseguir rastrear de onde vem a ligação, e então, vamos atrás e pegar o seu pai... Está tudo bem? Consegue fazer isso?

— Eu não sei... Estou com medo, Danno

— Eu prometo, seu pai vai estar em breve com você, ok?

— Promessa?

— Sim, é uma promessa – Danny respondeu. Ele sabia que não faziam promessas, mas isso era necessário, Danny sabia que sim. E sabia que Steve estaria em casa o mais rápido possível, ele o conhecia o suficiente para isso. – Agora preciso que diga novamente os números, ok? Nós vamos descobrir o porque que querem essas coordenadas

— Tudo bem... – O menino disse chateado, e Danny viu os olhos dele cheios de água

— Olha, tudo bem ficar com medo, eu sei, é ruim, é o seu pai ali, mas tem uma coisa muito importante sobre ele – Danny disse colocando um das mão na bochecha do menino, e secando as lágrimas que escorriam

— O que?

— Seu pai nunca desiste de nada sem lutar, e eu sei que ele vai lutar novamente dessa vez, com todas as forças que ele tem, por você... Por você, ele faz de tudo – Danny se levantou e deu a volta na mesa de Steve e em seguida abrindo a última gaveta, alcançando um distintivo do Five-0 – Hoje você precisa ser corajoso, você vai precisar fazer uma coisa importante, então, olha só, vou te dar isso, acho que vai te ajudar a ser mais corajoso do que já sei que é – Danny disse estendendo o distintivo para o menino

— Sério? – O menino sorriu fraco e pegou o distintivo

— Sim, é sério – Danny sorriu e Freddie colocou o distintivo na cintura – Agora temos que ir, vamos lá – Danny voltou com Freddie para perto da mesa inteligente, onde ele disse os números novamente

— Mas... Não tem nada aí – Tani observou

— Você tem certeza que é esses são os números? – Danny perguntou ao menino

— Claro que sim, são esses os números, eu tenho certeza

— Tudo bem, eu vou ligar pra um amigo de Steve na inteligência, vou ver se ele sabe de algo – Danny disse

— No que está pensando? – Junior perguntou quando Danny passou por ele

— Um túmulo – Danny respondeu, e seguiu indo em direção a sua sala, em pouco menos de 5 minutos, o telefone de Freddie tocou

— Ei, lembre-se, tenta enrolar – Júnior disse, e fez sinal pra Danny aparecer

— Alô? – O menino atendeu e Tani começou a rastrear

— Vai falar, garoto? Eu sei que você sabe!

— Eu não sei, eu... A minha mãe morreu já tem tempo, eu não sei...

— Eu sei que a equipe de seu pai está ouvindo, sei que está com eles, não tentem rastrear, não vão conseguir nada! Eu quero falar com você, você vai me ouvir e me responder

— Aqui é o detetive Williams, diga pra mim, o que você quer? – Danny disse intervindo na conversa

— Eu já disse ao menino. E eu não vou conversar com você!

— Deixa eu falar com o meu pai – Freddie pediu

— Eu não sei se devo – O homem disse bravo – Você não está em condições de pedir nada

— Por favor... Se você deixar eu falar com ele, eu vou tentar pensar em seu número bobo, vou procurar, vou tentar descobrir, mas por favor, deixa eu falar com o meu pai, eu... Eu quero ter certeza que ele tá bem – O menino disse com uma voz chorosa

— Vou deixar, mas você tem até às 18 horas pra me mandar esse número ou... Você já sabe!

— Tudo bem, tudo bem – O menino disse e em seguida ouviu alguns barulhos – Papai?

— Ei Freddie, o papai está aqui, está tudo bem aqui, viu? Não tem com o que se preocupar...

— Pai, você está bem de verdade?

— Apenas alguns arranhões, eu vou ficar bem, aliás, eu adorei o desenho de hoje de manhã, amigão, obrigado viu? Eu abri um belo espaço em nossa geladeira e o coloquei lá. Nós iremos voltar lá assim que eu sair daqui, ok? No nosso lugar. Eu tenho que ir, te amo!

— Tudo bem, ok, papai... Te amo também – E em seguida a linha ficou muda

— Isso não nos ajudou em nada – Danny disse ao ver que Tani não tinha conseguido rastrear – E agora vamos correr contra o tempo, porque você prometeu que daria o número a ele

— Eu não vou dar o número, você disse que não era pra dar – Freddie olhou pra Danny – Só estou fazendo o que eles estão fazendo

— É diferente, Freddie! Você não devia ter feito isso! E agora não temos nada!

— O amigo do Steve conseguiu algo? – Lou perguntou

— Ele vai me ligar – Danny disse com os dedos indicador e polegar na ponte do nariz – Mas não sei se temos tempo, e Steve pareceu estar dopado

— A conversa não foi à toa... – Freddie disse

— Agora nós temos que correr contra o tempo pra saber quem são essas pessoas – Danny continuou a falar

— Danno – O menino pediu mais uma vez

— Quem Catherine aborreceu tanto pra sobrar pra Steve e pro filho?

— Tio Danno!! – O menino chamou a atenção e Danny o olhou – Tio, eu e meu pai...

— Agora não é hora, Freddie – Danny disse e o celular tocou, ele atendeu e saiu de perto, indo para a sala dele. O amigo de Steve havia ligado, realmente o que havia naquela localização era um corpo, Hamad Nisa, um terrorista que muitos acreditavam que estava escondido, onde na verdade, foi morto por Catherine e tudo foi encoberto pela CIA, porque Hamad poderia levá-los a outros terroristas. Os homens dele acreditavam que ele estava vivo e sendo mantido em cativeiro, quando alguns documentos vazaram, a verdade foi levada à tona. Danny então, enviou essas informações para o e-mails da equipe.

— Danno... – O menino falou após entrar no escritório de Danny

— Freddie, agora não, amigo

— Por favor, tenho que falar com você

— Ok, mas tem que ser rápido – Danny tirou a atenção do computador a sua frente e olhou pro menino

— O papai deu uma pista, ele não tava variando

— Freddie... Não temos tempo para teorias sem sentido, eu sei que você adora brincar com seu pai de detetive, ou com o Charlie de policia, mas agora é sério, não é um jogo e nem um dos filmes que você assiste

— Me escuta, Danno! Você nem quer ouvir o que eu tenho!

— Ok, fala – Danny disse ao menino

— Hoje eu não fiz um desenho, e o desenho que temos na nossa geladeira, é de quando o papai me levou para fazer uma caminhada pela primeira vez para chegarmos ao nosso ponto de surf, nós sempre íamos pela estrada, mas naquele dia ele disse que podíamos fazer diferente e caminhamos, então achamos uma plantação de café Kona no caminho antes de chegarmos lá... Eu acho que é uma pista...

— Steve pode ter sentido cheiro da plantação de café – Danny completou se levantando

— Ou da água, ou dos dois... Isso vai reduzir os lugares para procurar o meu pai – Freddie disse a Danny

— Você é um gênio – Danny disse passando a mão nos cabelos do garoto e saindo rapidamente da sala, batendo na porta de Tani, que entendeu o recado, os demais viram a movimentação e saíram

— Temos atualização? – Lou perguntou

— Sim, graças ao Freddie – Danny disse, olhando para seu escritório e vendo o garoto sentado em uma das cadeiras – Ele entendeu o que Steve disse, ele não estava variando, era uma dica! Freddie disse que não havia feito um desenho essa manhã, mas o desenho da geladeira, era sobre quando Steve o levou para uma caminhada até o ponto de surf deles... Freddie disse que no caminho tinha uma plantação de Café Kona

— Então Steve está em alguma plantação de Kona? – Tani perguntou, já buscando pelas plantações na ilha

— São mais de 50 lugares, não podemos cobrir isso tudo até as 18 horas – Júnior disse

— Tani, cruza isso com praias próximas – Danny disse, e Tani cruzou as informações e reduziu os resultados

— Provavelmente estamos perto, eu retirei a voz da conversa de Freddie e podemos ouvir ao fundo água, e é de ondas se quebrando. O que o menino disse, só reforça mais isso. – Tani comentou

— Reduziram para 20, mas ainda é muito – Lou apontou

— Certo, cruza com as informações dos homens do Hamad – Danny disse olhando pra tela – Uma localização – Danny disse baixo – Só pode ser aí, temos que ir – Danny disse e eles começaram a se movimentar para se arrumarem e Freddie saiu da sala em que estava

— Onde vocês vão? Acharam meu pai? – Freddie disse olhando eles

— Nós achamos que sim, Freddie – Junior disse

— Eu quero ir com vocês, eu quero ver meu pai

— Não podemos fazer isso, é perigoso – Danny disse ao menino

— Mas...

— Amigo, confia no Danno, ok? – Ele beijou o topo da cabeça do menino – Vai dar tudo certo, o oficial Hanamoa ficará com você, tá? – Danny disse após discar para a parte de baixo do palácio. Em um minuto ele já estava ali e a equipe saiu.

 

H50~H50~H50~H50~H50~H50~H50

 

— Sabe, comandante... Eu vi sobre o acidente de seu filho na televisão e por toda internet, foi assim que soubemos que tinham chances de acabarmos com o segredo da CIA – O homem disse puxando uma cadeira e se sentando de frente para Steve, que estava amarrado em outra

— Segredos da CIA? Meu filho... Ele é só uma criança... O que ele tem a ver com isso?

— Ele tem 13, certo? Mas pode ter certeza, ele sabe mais do que você pensa, a mãe dele cuidou disso... Eu sei que cuidou!

— Ele só tinha 3 anos quando ela morreu... Ele com certeza não se lembra... Ele não se lembra do que quer que for que você queira... Olha... Não faz nada com ele... Eu faço o que quiser... Mas não faz nada, nada, com ele... Pode fazer o que quiser comigo, mas deixa meu filho em paz, ele não tem o que você quer... Ele não tem nada a ver... Com essa bagunça idiota da mãe dele – Steve disse com muitas pausas, ele estava com dificuldades pra respirar por causa da surra que levou quando o levaram para aquele lugar

— Você é ingênuo, comandante – O homem falou o olhando

— Eu vou te matar... Eu vou acabar com você... E eu juro, você vai se arrepender disso

— Eu estou morrendo de medo – O homem se levantou e socou Steve no estômago – Fica quietinho, você não está em posição de me ameaçar... Sei onde você mora, sei onde sua equipe mora, seus amigos... Sei que seu filho estuda na Holy Native e durante a tarde, depois da escola, aulas de espanhol às terças e quintas, quarta e sexta ele tem treino de futebol com o TC, aos sábados ele participa dos escoteiros... Eu fiz meu dever de casa!

— Cala boca – Steve disse olhando pro homem

— Tenente Rollins, ela começou isso, sabia? É uma pena que ela tenha morrido, queria ter matado ela com minhas próprias mãos

— Não fale isso...

— O que, comandante? Que eu queria ter matado a mãe de seu filho com minhas próprias mãos? Saiba, que assim que aquele moleque idiota me entregar as coordenadas, eu vou te matar, do jeito que eu queria ter matado a mãe dele.

— Cala a boca – Steve levou mais um soco na boca do estômago assim que falou

— Quer continuar?

— Ah quando eu colocar as mãos em você...

— Já chega – O homem tirou a arma que estava no cós da calça e apontou para Steve a carregando

— Vá em frente, atira! – Steve disse o olhando nos olhos – Estou esperando, vá, atire! Se você não atirar, quando eu sair daqui, vai desejar ter atirado

— Assim que eu terminar com você, eu vou até a sua casa e vou matar o seu filho, vou dizer a ele que eu matei o pai dele com uma bala na cabeça, vou dizer a ele que ele vai morrer porque o papai dele afrontou gente perigosa

— Não, espera! Não faz nada com meu filho, eu... Eu posso conseguir o que você quer, mas ele tem que estar vivo! Você não pode matá-lo, ele não tem nada a ver com isso! Não é culpa dele, se você não conseguiu se vingar da mãe dele, faça isso comigo, mas deixa meu menino quieto – Steve implorou e o homem continuou com a arma apontada para ele

Quando Danny e a equipe entraram, interromperam o que iria acontecer ali, protetoramente, Steve conseguiu mover o corpo para jogar a cadeira para chão e evitar as balas, quando caiu, acabou batendo a cabeça com força e apagou por alguns segundos. Quando acordou, ainda havia troca de tiros, o restante dos homens do Hamad haviam aparecido, Steve tentava discretamente se soltar das cordas que o amarravam pelos pulsos, mas os olhos estavam pesados e ele não tinha forças, felizmente a equipe deu conta, os homens não conseguiram ser superiores a Five-0

Rapidamente Danny correu para retirar Steve dali e o serviço foi rápido

— Rápido, Tani, chama uma ambulância – Danny pediu – Fica acordado, ok? Os paramédicos estão vindo

— Freddie, cadê o Freddie? – Steve disse tentando levantar, um pouco desorientado

— Não, deitado! – Danny mandou e Steve obedeceu, Danny se sentou no chão e fez da coxa um travesseiro pra Steve – Freddie está bem, ele está com Billy no QG, lembra do Billy? Billy Hanamoa! Eu vou ligar para que ele leve seu filho pra te ver no hospital, ok? Ele está doido pra te ver. Mas você tem que ficar acordado

— Ok, tudo bem – Steve disse com a voz um pouco cansada

— Aí, me diz, quando o Freddie faz aniversário?

— 3 de Junho

— Isso, garoto! E quando ele chegou na ilha?

— 8 de Agosto de 2019

— Boa, amigão! Aguenta firme!

Os paramédicos chegaram e levaram Steve, Danny acompanharia no Camaro, no caminho, Danny ligou para Billy que estava com Freddie para avisar que era para levá-lo pro hospital

 

H50~H50~H50~H50~H50~H50~H50

 

— Ei, garoto, o detetive Williams pediu para que eu te levasse para o hospital

— Oficial Hanamoa, eles estão com meu pai? Ele está bem?

— Sim, o detetive Williams disse que era para te levar para ver o comandante McGarrett. Vamos?

— Tudo bem, vamos! – Freddie se levantou e eles seguiram para fora, pegarem uma viatura e seguiram para o hospital


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Notas finais do capítulo

Mahalo a você que leu até aqui! Logo logo eu posto o último capítulo!

Na verdade, esse era o último, como no decorrer da história eu adicionei algumas coisas e o capítulo final ficou muito grande, então dividi em duas partes.



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