Kyle: o herói de Paris escrita por claradasideias


Capítulo 2
Chegada na Horda


Notas iniciais do capítulo

A partir daqui, a história é totalmente She-ra. A única ligação com miraculous será o kwami da destruição, Plagg e o seu anel. Portanto é a hora perfeita para perguntar onde vocês viram todos esses shipps que para mim não fazem sentido, mas não viram Scórpia e Felina...



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Quando Plagg olhou em volta, não pôde reconhecer mais nada. Estava em um planeta estranho, isso era fato. Fazia tempo que um de seus portadores não usava a amplitude completa de seus poderes, os humanos eram seres espertos em não mexer com mais poder do que podiam. Mas isso causou a confusão do kwami no início. 

Ele olhou para o seu portador e não o encontrou, em seu lugar estava um bebê com as grandes roupas de Adrien. Plagg já sabia o que tinha acontecido e isso só o lembrava de porque os miraculous da criação e destruição não devem ser usados de qualquer modo. Usar o miraculous da destruição sem a devida experiência podia acarretar em destruir mais do que desejado. 

Será que ele também destruiu suas memórias? Essa era a única chance que tinha para proteger o anel... Plagg não conseguiria esconder algo tão poderoso em um mundo estranho. Não sabia que tipo de magia e tecnologia se encontraria ali. 

Há muito tempo, os kwamis escolheram se aliar com a recém-nascida raça humana. Isso gerou muitas brigas com outros povos do Espaço que também queriam o direito aos miraculous. Plagg era um dos kwamis mais antigos ao nascer, era muito conhecido por todo o Universo e arrumou muitas confusões por se negar a ajudar nas guerras dos seres vivos. 

Foi por isso que os kwamis quiseram ficar na Terra, era um planeta em construção. Poderiam moldar aqueles povos para não brigarem. Eles obviamente falharam, mas ainda tinham esperança de que pudessem ser bem-sucedidos. 

Ele não podia permitir que o miraculous do gato caísse nas mãos erradas. Então tirou o miraculous de Adrien e levou para longe assim que viu uma mulher bem estranha se aproximando. Plagg se acostumou tanto com a forma dos humanos que agora qualquer outra lhe estranhava. 

—Aparentemente esse é o dia de encontrar bebês... - disse Sombria –Esse parece ser diferente... Seu corpo é fraco, mas sei que há algo especial nele... Espero que eu não demore a descobrir o que seja... 

Sombria andou com o bebê nos braços pensando em como tentar convencer Hordak a ficar com a criança. Sabia que havia algo de poderoso nela, uma magia nova que ela adoraria dominar. Era uma energia desconhecida, mas devastadora.  

—Para que ficar me trazendo crianças?! - disse Hordak assim que ouviu a ideia –Isso aqui tem cara de Jardim de Infância?! 

—Lord Hordak, nós podemos transformá-lo em um grande soldado eu tenho certeza disso, ele tem uma magia nele, uma magia nova. Se conseguirmos que ele nos ajude, eu garanto que não haverá arrependimentos. 

Hordak aceitou ficar com a criança, afinal sabia que aquela que puxara do portal teria um futuro grande pela frente. Aquela também poderia ter, talvez ela tivesse vindo mesmo portal... Era a grande chance de conseguir abrir o a passagem novamente, aquelas crianças poderiam ter alguma pista. E então, ele provaria para seu Mestre que não era fraco. 

—Seu nome será Kyle a partir de agora. - disse Sombria, temendo que o pequeno Kyle pudesse decepcioná-lo 

Os dois bebês foram colocados juntos com os outros cadetes para já começarem a treinar. Não importava o quão jovens fossem, a Horda só aceitaria soldados, jamais bebês mimados. 

No alojamento da Horda, havia mais gente treinando para se tornar soldado. Havia ele e mais quatro: Adora, Felina, Rogelio e Lonnie. Kyle queria muito se dar bem com todos e fazer muitos amigos, mas ele sempre era subestimado por seus desastres. 

Por mais que tentasse, ele nunca conseguia executar uma tarefa direito e colocava todos em risco nos treinos. Ele sempre recebia um olhar duro de Sombria quando falhava. Sabia que ela vira algo de especial nele e por isso tentara convencer Hordak a aceitá-lo, porém ele não parecia valer coisa alguma e Sombria pagaria o preço por seu erro. 

Os cinco estavam armados no treinamento contra as maldosas princesas. A Horda possuía hologramas que simulariam tudo de ruim que uma princesa faria caso os encontrasse. Praticamente todo dia eles treinavam luta contra o holograma. 

Ao contrário de Felina que só aparecia quando queria, Kyle sempre tentava estar presente. Infelizmente era assim quer ele sempre estragava tudo. Quando ia atacar as princesas com alguma arma, acabava por ferir seus aliados. 

Quando chegava muito perto, escorregava, caía, se prendia e já era um alvo fácil. Constantemente ele precisava ser salvo por tentar salvar alguém. O garoto era um completo fracasso. 

Por isso, Kyle tentava se esforçar muito. Ele queria ser respeitado naquele lugar onde o xingavam, queria ser tão elogiado quanto Adora. Ela era perfeita em todas as atividades, ela parecia estar destinada ao sucesso, ter um objetivo na vida que fizesse sentido. 

Toda noite, ele era o último a se deitar. Construíra uma espécie de lugar secreto ao longo dos anos que ficou na Horda e era para lá que ia quando queria praticar. Havia juntado algumas armas e alvos para melhorar sua precisão, porém sempre chegava a mesma conclusão. Era péssimo em mira.  Por isso sempre praticou mais a luta física do que a armada. 

Kyle tinha plena noção de que de nada adiantaria habilidade de socos ou chutes se quisesse escapar com vida de uma cruel princesa, mas pelo menos melhorava um pouco sua autoconfiança para no dia seguinte fracassar atirando. 

Ele queria muito deixar Sombria orgulhosa por tê-lo trazido ali. Nem tinha ideia do pensamento dela quanto a ele, afinal ela só dirigia elogios a Adora e críticas a Felina. Sentia-se esquecido naquele grupo, só era lembrado quando cometia um desastre descomunal ou quando queriam pôr a culpa de um fracasso na missão em alguém. 

O único consolo do desastrado Kyle era que ele pelo menos tentava seguir o que era pedido, então estava um pouquinho acima de Felina. Ela nunca seguia ordem alguma e fazia bagunça de propósito... A maior parte das broncas ia para ela, então às vezes Kyle escapava. 

Porém, ninguém duvidava do talento de Felina, enquanto ninguém acreditava no dele. 

O fato de ser péssimo em qualquer atividade que a Horda designasse, o afastava dos outros. Ele era motivo de piada naquele lugar...  

Todavia, por mais que fosse ruim em fazer amigos, ele tinha um. Rogelio estava sempre com ele, o grande lagarto era seu único elo com a felicidade dentro da Horda e Kyle faria tudo para não o perder. 

Rogelio era um lagarto que falava bem pouco com poucas pessoas, mas ele não precisava de palavras para transparecer sua opinião.  

Sempre estava ajudando-o quando se feria ou tentava melhorar seu tiro. Nunca lhe olhou com reprovação, somente com incentivo. Algo que faltava para Kyle naquele lugar. 

Quando estava com Rogelio, não se sentia mais só. Sentia que estava em uma dupla, alguém que o salvaria se necessário, alguém que ele salvaria se conseguisse. Era uma sensação extremamente familiar que lhe causava uma estranha sensação de aconchego. Rogelio era quem trazia esperança de que havia vitória para ele também. 

Considerando tudo isso, às vezes Kyle tinha vontade de abandonar a Horda. De abandonar até mesmo Ethernia. O lagarto lhe dava a sensação de que o lugar dele não era ali, mas que realmente havia um lugar para ele. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, espero que tenham gostado, desculpa pelos erros, comentem o que acharam e até mais



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