Legacies Season 2 escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 24
Pictures of me




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P.O.V. Sophie.

Sou uma contradição ambulante. Mas, acho que ninguém é totalmente normal. Essa coisa de normal não existe. É uma ilusão.

As pessoas olham pra mim e veem uma garota patricinha, certinha. Espera, esquece a parte do patricinha. Sim, eu sigo regras e sou a C.D.F./Nerd da minha sala. E confesso, é sempre engraçado ver as caras do povo quando descobrem que eu sou mais do tipo que ouve Linkin Park, Green Day, Blink 182 e Breaking Benjamin! Só porque eu gosto de cardigãs, tênis all star e sou mais básica não significa que eu seja do tipo que ouve... sei lá, Britney Spears.

Gosto de acampar, de nadar na cachoeira, de nadar em geral. Não sou muito fã de altura no entanto. Dançar, gosto de dançar. Então tomei uma decisão. Provavelmente a decisão mais doida e impulsiva que já tomei na vida.

Fui á farmácia, comprei descolorante, tinta rosa e vou fazer mechas no cabelo. Preparei a tinta e enquanto ela descansava tomei banho, lavei bem o cabelo, deixei ele úmido secando com a toalha e... mandei pau mesmo. Passei o descolorante, deixei agir e então... tinta rosa na criança!

E eu fiz depilação. Com cera quente. Ah, era o dia da beleza perfeito.

P.O.V. Sebastian.

Ouvi um barulho estranho vindo da casa dela. Então, entrei e segui o barulho. Encontrei a fonte do som. Um computador.

—Sophie? Sophie? Sophie Anne?

Ouvi a voz dela e barulho de água. Como chuva. Mas, não estava chovendo. Então, o barulho de água parou. E outro se iniciou, um ainda mais escabroso.

Entrei no cômodo praticamente colocando a porta abaixo. E ela berrou.

—Tá maluco?! Você não sabe bater?!

Ela estava usando nada além de uma toalha creme e os cabelos estavam...

—O que aconteceu no seu cabelo?

—Eu tingi. Gostou?

—Não sei. Você está nua embaixo desta toalha?

—Ahm... talvez. Porque está aqui? Nós não combinamos de sair nem nada assim. Aconteceu alguma coisa?

P.O.V. Sophie.

Porque eu tinha que responder talvez? Não dava pra responder não? Ou sim? Infelizmente eu sou um ser humano e o meu cérebro dá tiu-tiu quando o Sebastian está por perto. Não consigo formular uma resposta coerente quando ele está na sala, não consigo pensar, muito menos falar!

—Ahm, Sebastian você tem que sair.

—Porque?

—Porque estou pelada e com o cabelo cheio de tinta!

—Então, a resposta é não.

—Sim!

—Sim, está usando algo ao invés da toalha?

—Não. Sai!

Eu o empurrei porta a fora, fechei e passei a tranca.

P.O.V. Sebastian.

Creio que ela se esqueceu que sou um vampiro e portanto tenho audição sobrenatural.

—Que merda. Mas, é cada roubada que eu me meto. Agora eu me lembro como é ter ele no meu pé. Coitado. Coitada de mim.

Quando ela saiu do banheiro, seu cabelo estava ainda castanho, mas com partes cor de rosa, estava seco, e cacheado. E a toalha ainda estava lá.

Sophie abriu uma das gavetas e pegou um pedaço de tecido colorido.

—O que é isso?

—Calcinha.

Respondeu enfiando aquilo por entre as pernas, por debaixo da toalha.

—Pode, tipo... virar?

—Não vai me expulsar?

—E de que isso ia adiantar? Agora, vira.

Disse movendo o dedo. E me vi obrigado a virar.

—Porque macular o seu belo cabelo?

—Eu não maculei, eu pintei. E fiz isso porque estou de saco cheio de ser rotulada.

Depois dela já estar vestida, pude me virar de volta.

—Ficou... interessante.

—Você não gostou, não foi?

—É apenas diferente.

Foi naquele momento, naquele exato momento que eu percebi que Sophie Anne Argent e sua ancestral, minha amada Emanuelle não tinham nada em comum, fora a aparência física. E agora menos ainda. Porque Sophie havia pintado seus cabelos de rosa.

—O que foi?

—Nada.

—Ah, qual é? Não me deixe de fora. Me conta. Sei que há algo te perturbando.

Bem, talvez nem tão diferentes assim. Emanuelle era atenciosa, gentil, carinhosa, sorridente. E um tanto atrevida. Talvez, ela seja Emanuelle, versão século vinte e um.

—Antes de acordar neste mundo desconhecido e cheio de luzes que piscam, eu tinha... uma vida e nesta vida eu tinha uma pretendente.

—Sei. A jovem mulher mais bela que você já viu.

—Pelo menos foi o que pensei.

—Oh, este é um clichê. Pensei que ela era a melhor e a mais bonita, a mulher da minha vida, até eu conhecer você. Isso soa mal. Isso é cao de homem safado.

—Mas, é verdade. Você me lembra ela.

—Não sirvo pra ser substituta.

—Não tenho desejo de transformá-la em Emanuelle.

—Emanuelle? Isso é Francês?

—Sim.

—Você é francês?

—Minha mãe era. Mas, eu nasci na Inglaterra.

—Eu notei o sotaque.

Disse rindo.

Notei que Sophie Anne tinha sardas. Emanuelle também.

—Você tem sardas.

—Tenho. Mas, geralmente eu as escondo com maquiagem.

—Porque motivo?

—Deixar a pele uniforme.

—Eu gosto das sardas.

—Obrigado. Foi a coisa mais gentil e cavalheiresca que você já me disse.

—Ai.


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