P.O.V. Lizzie.

M.G. os viu e ele me contou. Sebastian voltou e a primeira coisa que ele fez foi beijar a irmã da Allison.

—Olá Elizabeth.

—Seu idiota. Porque você fez isso comigo? Eu estava sendo altruísta. Procurei por você, me preocupei com você. Pensei que me amava.

—O que sinto por você é... diferente. Diferente do que eu sinto por Sophie Anne. Eu poderia ter construído uma relação com você, mas temo que há coisas que não podem ser controladas. Nós não escolhemos quem amamos.

Cara, isso dói. Dói muito.

—Mas, ela é humana!

—E eu também já fui. Á muito tempo. Sinto muito, Elizabeth.

P.O.V. Allison.

A Sophie está tendo uma crise ferrada de labirintite. Nem conseguiu ir á aula.

—Allison.

—Oi Sebastian, faz um tempo que eu não te vejo. A Lizzie está louca atrás de você.

—Elizabeth e eu já não somos mais... namorados.

—É. Eu já previa isso. O que você quer com a Sophie?

—Quero ser o pretendente dela, seu namorado.

Olhei pra ele muito séria.

—Se está pensando em brincar com ela, vou atravessar uma estaca no seu coração. Vou acabar com a sua raça.

—Entendo. Você a viu?

—Ela está em casa. Está de cama.

P.O.V. Sebastian.

Ela estava acamada e sozinha?

—Ela está adoentada, acamada e sozinha?

—Ela não está sozinha. A tia Nicole está com ela.

—Onde você mora?

—Se vai lá, vê se não fica usando a velocidade. Deixa ela pior.

—Eu entendo.

Quando cheguei á casa com cerca branca e gramado verde, fiz o caminho até a entrada e bati á porta. Uma mulher de cabelos escuros e olhos azuis abriu a porta.

—Posso ajudar?

—Você deve ser a Nicole.

—Sou. Porque? Quem é você?

—Sebastian.

—Então, você é perseguidor.

—Perseguidor? Sou um amigo.

—Perseguidor. Vou chamar a polícia se chegar perto da minha sobrinha de novo.

Algo chamou-lhe a atenção e ela voltou correndo para dentro.

—Meu Deus! Tudo bem querida, vou te dar um remedinho e vai passar.

Pude ver Sophie Anne deitada na cama, estava tremendo e suando frio. Eu não sei muito sobre esta era, mas reconheço uma febre quando vejo. A tia lhe deu umas bolinhas que imagino serem o remédio, com um copo d'água. Infelizmente, não durou muito porque Sophie Anne vomitou.

—Ai Jesus! Isso não é crise de labirintite.

A mulher parecia desesperada. E pegou um celular na mão.

—Vamos Chris, atenda. 

Aparentemente, Chris não atendeu.

—Droga! Eu não vou conseguir carregar ela sozinha.

Ela se virou pra mim.

—Você é vampiro, certo?

—Certo.

—Então precisa de convite pra entrar na casa. Se eu te convidar, me ajuda a carregar ela e levar ao hospital?

—Claro.

A mulher respirou fundo.

—Entra.

Entrei na casa, vi os retratos espalhados, os móveis de madeira, o piso também de madeira. Haviam janelas enormes, portas de vidro que permitiam que a luz do sol entrasse em abundância.

—Consegue carregá-la? Talvez eu devesse chamar a ambulância.

—Consigo carregá-la.

—Temos que colocá-la dentro do carro pra levar no hospital.

A mulher abriu a porta daquele veículo.

—Onde estão os cavalos?

—Cavalos? É só ligar o motor menino! Entra logo!

—Posso correr.

—Entra logo! Vai sair por ai desembestado, sem saber pra onde vai!

A carruagem começou a se mover e logo estávamos em frente á uma edificação branca mais larga do que alta e quando entramos mais humanos, pessoas vestidas de branco vieram acudir.

—Vou preencher a papelada, faça-me o favor e fique com ela.