Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
A Chocante verdade


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/hFWy_2wkLAs-Hope mata os vampiros de Greta.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780698/chapter/8

P.O.V. Angus.

Meu irmão maluco começou a dirigir numa direção que não era a da nossa casa.

—Nossa casa é para o outro lado.

—Eu sei. Mas, estou seguindo ela.

Estávamos atrás de um Ford Mustang GT 2006.

De repente o carro da frente parou.

—Ótimo Henry, ela sabe que estamos atrás dela.

P.O.V. Hope.

O meu carro morreu. 

—Que droga. Eu levei na revisão á uma semana, o mecânico disse que tava tudo certo.

Então eu ouvi. Outros veículos. Quatro S.U.V. de uso militar, e outro um carro civil. Eram o Henry e o irmão. Estão me segundo esse tempo todo. Como se eu não soubesse.

Sai do carro.

—Olha, eu sinto muito pelo meu irmão. Ele...

—Nós temos companhia. E não do tipo bom.

P.O.V. Angus.

Logo estávamos cercados por homens e mulheres armados com fuzis, tacos de baseball.

—O que diabos?

Meu irmão e eu levantamos as mãos em sinal de rendição.

—Levou um bom tempo, mas finalmente te pegamos.

—Ou talvez eu só tenha parado de correr. 

Ela se moveu numa velocidade humanamente impossível e arrancou a cabeça de um dos caras. E o que sobrou queimou.

Então, notei que eles eram todos pálidos demais e os olhos deles... vermelhos como fogo. Como o Henry sempre descrevia quando era criança. Ela começou a morder eles. Era ela contra um batalhão e mano, ela tava ganhando.

Outro avançou e ela...

—Você só... acenou com a mão e o cérebro dele derreteu?

—É o que acontece quando as pessoas me irritam.

O líder do grupo falou:

—Desista agora e acabaremos com isso rápido.

—Oh, eu tenho uma ideia melhor.

Os olhos dela... Eram olhos de lobo e então os ossos dela quebraram de um jeito terrível, grotesco e ela se transformou em um lobo.

—Ela é lobisomem.

Os vampiros foram estraçalhados, ela os desmembrou. Então, os ossos quebraram de novo e ela era humana. Mas, nua e ensanguentada.

—Vocês querem mais? Vamos lá!

Os outros começaram a morrer. E ela parecia assustada, mas um cara apareceu. Outro vampiro.

—Pai. Papai!

Ela se jogou nos braços do cara, o abraçou.

—Está tudo bem querida. Respire fundo, está segura agora.

Ele colocou um manto nas costas dela.

—Pensei que tinha jogado essas coisas fora.

—É pratico quando temos que nos transformar. Não é?

—É.

Estávamos numa estrada de terra no meio do nada. Bem no meio de sei lá quantos hectares de floresta.

—Quatrocentos.

—O que?

—To falando com ele. São quatrocentos acres.

Ela acaba de ler a minha mente?

—Sim.

O pai dela a olhou e disse:

—Quem eram eles?

—Vampiros. Membros daquela seita doida. Discípulos da Greta.

—E quanto á eles? O que eles são?

Perguntou apontando com a cabeça para nós.

—Curiosos.

—Tem mais deles vindo. Corra!

—Entrem no carro.

—O que?! Nem vem!

—Entrem se quiserem viver!

Não tivemos muita escolha e ela meteu o pé no acelerador.

—Malditos fanáticos nazistas.

—O que diabos foi aquilo?

—Fanáticos nazistas.

—Eu disse que eles eram reais.

—Meus parabéns Henry, estava certo. E agora somos reféns.

—Reféns? Bem, de nada por salvar sua vida. Na próxima deixo você servir de comida.

Ela saiu do carro, mas nos instruiu a não sair e a ficarmos abaixados.

Os vampiros a cercaram, era um batalhão deles.

—Para aqueles de vocês que quiserem mudar de lado e viver... esta é sua chance.

Outro se pronunciou.

—Hoje, vamos á guerra e para aqueles de vocês que não estão resolutos na crença de que somos a única e verdadeira espécie, podem se juntar á ela. Á mestiça.

—É. Greta morreu em nome da pureza e graças á convicção inabalável de seus seguidores especialmente aqueles de vocês que escolherem liderar depois que ela partiu. Sua mensagem continua viva. Então agora, aqueles que ficaram ao lado dela... vão dividir seu destino.

Um deles, o líder mudou de lado.

—O que?! O que está fazendo?

—A estrada para redenção é longa e ingrime, mas vale á pena.

Outro tentou chegar numa mala, mas ela a jogou longe com um movimento de mão e o conteúdo quebrou.

—Vocês nos traíram!

—Dissemos o que minha mãe pensava.

—E nunca dissemos que concordávamos.

—Vão. Rápido.

O vampiro de terno e a mulher sumiram como um borrão.

—Oh, eu vou adorar isso.

—Eu também. Vai lá querida... coloca tudo pra fora.

E com um grito que mais parecia o grito duma Banshee, ela liberou aquela quantidade massiva de energia azulada que atingiu os vampiros como uma rajada. Eles foram massacrados.

Ela estava respirando pesado, chocada, apavorada, andando entre os corpos... então perguntou:

—Eles estão todos mortos?

—A imortalidade não é para qualquer um. Deveria considerar o que fez um ato de serviço público.

Eram dois. Mas, a mulher que usava uma espécie de toga grega rosa tinha olhos castanho chocolate.

—Ei, querida, você está bem?

—Eu estou... anestesiada. Não sei o que... o que fazer ou pensar. Elas vão voltar? A linhas e os sussurros?

Perguntou segurando o próprio pulso.

—Infelizmente.

—Quanto tempo?

—Pela minha experiência isso vai lhe prover alívio por algumas semanas.

—Tenho que levar eles de volta.

—Tudo bem.

Ela entrou no carro e dirigiu de volta para onde havíamos estacionado o nosso carro.

—Posso apagar suas memórias se quiserem. Não vão lembrar de nada disso. Posso até te fazer esquecer do assassinato da sua tia, Henry.

—Está brincando? Isso foi demais!

—Demais. Você é realmente inocente.

Eu estava apavorado, porém curioso. Eu não sabia como começar ou por onde.

—Apenas pergunte.

—Como isso é possível?

—Impossível é apenas uma palavra alguém inventou para negar a existência de coisas e pessoas que eles não compreendiam. O impossível não existe. Sou a prova viva.

—Você é lobisomem.

—Eu sou muitas coisas.

—Se importa em elaborar?

—Sou um erro cósmico. Minha mãe é uma híbrida, meio vampira, meio humana e meu pai também é um híbrido. Meio vampiro, meio lobisomem. Ele é neto da primeira lobisomem do mundo e minha vó biológica materna era uma bruxa. Ela praticamente inventou a magia negra. Meu pai e minha tia iam morrer na fogueira, mas um vampiro transformou eles e acidentalmente os fez híbridos. E todas essas coisas passaram á diante fazendo de mim...

—Um unicórnio.

Ela riu.

—Não Henry. Uma híbrida de três criaturas diferentes. Tribrida. Minha vó era uma bruxa da antiga linhagem de Asheron. E eu posso controlar quando eu me transformo e foi o que eu fiz hoje. Sou a única da minha espécie.

—Porque diria que é um erro cósmico?

—Meu pai tem mais de três mil anos, ele deveria ter morrido na fogueira, mas não morreu, foi transformado. E então Aro trancou seu lado lobisomem e quando ele descobriu eu já tinha sido feita. E meu vô Edward viveu 117 anos, se apaixonou por uma humana, casou com ela, acidentalmente a engravidou. Meu pai quase matou minha mãe quando ela era criança e anos depois eles tiveram uma coisa de uma noite só e Boom! Brecha. Bebê milagroso.

Ninguém é um erro. Nem mesmo uma super-híbrida.

—Porque você não nos matou?

—E porque eu mataria? Vocês só estavam no lugar errado, na hora errada. Posso fazê-los esquecer tudo. MacCarty? Sua mãe era MacCarty?

—Sim. Porque?

—Um dos meus tios é MacCarty. Emmett. Ele quase morreu atacado por um urso.

Emmett MacCarty era um caçador que foi atacado por um urso e morreu, mas isso foi á cento e três anos.

—Ele não morreu. Tia Rose o achou e vovô Carslile o transformou. Então, tio Emmett é seu ancestral.

—Isso me torna parte vampiro?

—Não. O filho ou filha dele, ele teve antes de ser transformado então não. Você é completamente humano.

—Só por curiosidade, quantos anos tem o seu vô?

—378 anos. Ele é filho de um pastor anglicano caçador de vampiros, mas apenas ele foi esperto o suficiente para encontrar um grupo de vampiros de verdade escondido nos esgotos de Londres, mas não foi rápido o suficiente para fugir deles. Foi mordido, mas sobreviveu. Resultado? Virou vampiro. Minha vó Bella tem trinta e um anos, mas parece ter só dezoito. Tio Jasper tem 174 ele foi o Major mais jovem da Cavalaria do Texas. E tia Alice, também tem 117, minha vó Esme tem 123.

Notei que ela tinha colares no pescoço três deles e dois eram brasões.

—Cullen, Volturi e esse é uma lua crescente e ágata verde. É a pedra do meu signo. Bem, agora eu tenho que ir pra casa. E vocês deveriam também.

P.O.V. Doutor Fitzroy.

Eu sou o Doutor Maximilian Fitzroy, sou físico, químico e geneticista. Dou aula de física na Universidade de Cambridge. Eu era casado com Eleonore MacCarty, mas minha primeira esposa morreu num acidente de carro um ano após o nascimento do nosso filho e eu me tornei pai solteiro por um tempo. Então conheci Julia Oliveira, o marido dela também havia morrido a pouco tempo e ela tinha este filho. Angus.

O menino era um gênio. Ele tinha sete anos.

Julia nasceu no Brasil, mas como filha de um pai americano mudou-se para os Estados Unidos ainda criança. O seu falecido marido Jim MacGyver era um gênio e logo eu notei que o menino dela tinha puxado a inteligência do pai. 

Não que Julia não seja inteligente. Ela é, porém em se tratando de física... ela não entende. Ela é uma empresária de sucesso, o que começou como uma simples loja de fundo de quintal tornou-se uma franquia milionária com filiais ao redor do mundo todo.

Julia e eu somos a prova de que os opostos realmente se atraem. Eu sou Doutor em Física, ela é Dona duma multinacional de produtos exotéricos chamada Bell, Book and Candle. Sou ateu, ela é religiosa.

Sou á favor do pensamento racional e ela acredita em magia e cura pela fé. Ela faz mapas astrais, vende pedras e faz rodas de xamanismo. Tem sempre algum ritual maluco que ela e suas amigas fazem. Dança do ventre, dança cigana. E por mais estranho que pareça eu me dou melhor com Angus do que com meu filho Henry que acredita piamente que sua tia foi assassinada por um vampiro.

—Max. Eles não voltaram ainda?

—Não.

Ela já estava de pijama e roupão já que era tarde da noite.

Então, eles dois entraram pela porta. Henry mal podia conter sua animação, mas Angus estava em choque.

—Agora não pode dizer que não acredita! Você viu.

—É. Eu vi, mas não sei se não reconsiderei a ideia de ter a minha memória apagada.

—Eu vou fazer um pouquinho de chá.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Deep End" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.