P.O.V. Kelly.

A Hope tá muito mal com a morte da mãe dela, ela tá se afundando. Foi um milagre quando eu a ouvi cantar. E cantar uma música da Taylor Swift.

O que? Eu tenho uma irmã.

Já estamos em novembro e hoje é dia vinte e oito. Dia de Ação de Graças. E está nevando.

—Oi. Onde está indo?

—Andando. Dançando na neve, como uma doida.

—Estou feliz que está dançando.

—Sua vó Bella cortou o cabelo.

—É. Cortou.

—Olha, eu realmente lamento pelo o que houve com a sua mãe.

—Eu sei. Obrigado.

P.O.V. Hope.

Senti quando ele segurou a minha mão.

—Então, pra onde você quer ir?

Kelly tinha uma habilidade especial, ele podia se transportar para o lugar que quisesse. Ele me disse que é uma habilidade rara que veio provavelmente da parte da mãe dele da família já que ela era Hexenbiest.

—Me surpreenda.

Foi um borrão, ai eu estava com certeza dentro duma casa. Meu ouvido tava zumbindo, minha cabeça tava girando.

—Hope? Você tá bem?

—Minha cabeça tá zumbindo e meu ouvido tá girando.

Ele me ajudou a sentar e com duas respirações fundas a minha cabeça parou de girar e eu voltei a ouvir normalmente.

—Sinto muito.

—Você passa mal e pede desculpa?

—É. Eu to bem agora.

—Tem certeza?

—Tenho. Eu curo mais rápido do que eu sangro.

Disse me levantando. Olhei em volta.

—Onde diabos a gente tá?

P.O.V. Kelly.

É. O Max estava certo, eu gosto das encrenqueiras. E desta vez, eu encontrei... A Encrenqueira.

—Estamos na casa dos meus tios do coração. Desde que a minha mãe morreu, meu pai, Diana e eu passamos os natais e ação de graças com eles.

—Ação de Graças? Kelly sou uma bruxa. Os protestantes caçaram o meu povo e queimaram eles na fogueira.

—Nossa! Eu sinto muito...

—Peguei você. Mané. 

—Uau! Isso foi... cruel.

—É verdade. Os protestantes queimavam bruxas na fogueira ou as enforcavam, ou afogavam, ou esmagavam com pesos, mas eles nunca foram espertos o suficiente pra pegar uma de verdade. Mas, nós fomos espertas o suficiente para pegar uma cidade inteira deles.

—É mesmo?

—É.

Estávamos conversando quando... a Millie aparece.

—O que ela tá fazendo aqui?

—Fui convidada. E realmente não quero brigar.

Nós fomos para a sala de jantar, Hope se ofereceu para ajudar a tia Rosalee.  E ela aceitou.

P.O.V. Rosalee.

Sempre achei Millie Harris uma garotinha mimada. O Kelly merece alguém melhor. Estou olhando para a garota com cabelos num tom de ruivo únicos, os grandes orbes azuis, pele pálida, o corpo cheio de curvas. Ela estava usando jaqueta de couro e uma blusa preta, uma camisa xadrez rosa aberta por baixo, calça Jeans de cintura alta. Uma bota estilo coturno, os cabelos tinham as pontas cacheadas, lindos cachos.

No seu pescoço haviam vários colares inclusive, um de caveira e um com um brasão. O brasão da sua Família. Volturi. Nos braços haviam pulseiras inclusive uma prateada cheia de penduricalhos e entre os penduricalhos estava outro brasão. O C no meio e os leões.

Ela me ajudou a tirar as coisas do forno, a colocar nas tigelas, praticamente fez o jantar por mim.

—Você sabe cozinhar?

—Sei. Meu avô me ensinou. E os programas de culinária na TV. Desculpe, por cozinhar por você. Pode ficar com o crédito se quiser. Não quis invadir o seu espaço.

—Tudo bem. Eu sou uma cozinheira horrível. É o meu marido que cozinha.

—Ok. E ele é vegetariano?

—É. Como sabia?

—O cheiro da comida.

—Impressionante.

—Sem querer me gabar, mas a senhora ainda não viu nada.

Nós colocamos a mesa e chamamos os meninos para jantar. Kelly, Nick, Monroe, Carlton e Kol. Os meus gêmeos. E ai tínhamos a Diana e eu.

—Nossa! Aqui é ao contrário.

—O que?

—Lá em casa, só tem mulher. Tem eu, a tia Rose, tia Alice, tia Jane, vó Esme, vó Bella, minha... vó Genevieve. De homem lá tem o tio Jas, papai, tio Emmett, tio Félix, vô Edward, vô Carslile, tio Dimitre.

—É bastante equilibrado.

—É. Agora parando pra pensar eu acho que é. 

O jantar foi meio tenso já que a Millie ficava dando alfinetada na Hope. Mas, teve um ponto em que as coisas foram para o beleleu de vez.