Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 43
Perdas


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/sixY2dNs8k4-Funeral da Renesmee.
A personagem do filme estava grávida mas a Ness não está.



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P.O.V. Hope.

Estou me arrumando para o funeral da minha mãe. Ela era uma figura pública, ela deixou uma marca no mundo e todos estarão aqui para honrá-la.

Canais de TV transmitindo o cortejo. Bruxas, lobos, lobisomens, vampiros, híbridos, humanos e outras criaturas lotavam as ruas cada um carregando uma vela. Eu, meu pai e minha tia viemos na frente.

Acho que a única pessoa que estava chorando mais do que eu era minha vó Bella. Só que sem as lágrimas. O corpo estava sendo carregado numa carruagem, ela estava usando um lindo vestido azul com flores enfeitando seus cabelos, flores pelo caixão todo. Caixão aberto.

P.O.V. Kelly.

O caixão parecia um barco. Tinha forma de barco. As bruxas não tem ritos funerários parecidos com os nossos. Nem de longe.

Elas colocaram o caixão no chão da cripta, fecharam a tampa e fizeram algum tipo de encantamento. Elas simplesmente selaram o caixão e a cripta.

P.O.V. Hope.

Esse não é um bom momento. É um momento horrível.

—O que foi?

—Eu preciso da sua ajuda.

—Acabo de enterrar a minha mãe, Sebastian.

—Ei, com quem está falando?

—Com o Sebastian.

Então eu notei. As únicas três pessoas que eram capazes de vê-lo éramos eu, Lizzie e o Kelly.

—Porque posso te ver e ninguém mais pode? Você é um vampiro fantasma?

—Sou um vampiro. Mas, estou enterrado aqui.

—Enterrado?

—Eu fui dissecado, meu corpo está enterrado no solo deste lugar, em uma caixa.

Estávamos na Escola Volturi. Decidimos colocar a minha mãe na cripta da família. Atrás da escola tem um cemitério e atrás do cemitério tem quatrocentos acres de floresta.

—São quatrocentos acres de floresta! Não tem uma pista?

—Eu fui enterrado numa caixa!

—Não grita comigo imbecil! Minha mãe acaba de morrer, você simplesmente apareceu do nada, no meio do funeral e ainda está me pedindo um favor!

—Você está bem?

Lizzie explicou as coisas.

—Oh!

—Tudo bem, precisamos encontrar um jeito de encontrar o seu corpo. Você não se lembra onde foi colocado, mas... como sabe que o seu corpo está aqui?

—Não sei dizer.

—Acho que consegue sentir. Você vai me levar até o seu corpo. Então, vai lá meu filho. Me guie.

—Eu não pra onde ir.

—Não procure com os seus olhos, não pense, só sinta e vai.

Fomos parar embaixo da escola nas catacumbas. De frente para uma parede.

—Porque sempre acabo aqui? Porque motivo?

—Talvez o seu corpo esteja aqui. Você sempre acaba de frente para esta mesma parede?

—Sim.

—Bem, achamos o seu corpo. Parte boa. Parte ruim, o seu corpo tá emparedado ai, tá dentro desta parede eu acho. Então temos que quebrar a parede sem... quebrar você.

Um bando de vampiros de ambas as raças veio com marretas e outros aparatos para quebrar a parede.

—Vocês vão buscar bolsas de sangue.

Eles voltaram com um cooler cheio de bolsas de sangue e então começaram a quebrar a parede.

Enquanto alguns dos vampiros usavam as marretas, eu desci a parede no murro! Socando com as mãos!

—Parem! Eu to sentindo a caixa!

Eu tossi e espirrei porque tinha aquela poeirinha chata que nada tira só água. Aquela poeira de construção.

—M.G. vai do outro lado. 

—Não tem como passar.

—Então, vamos abrir caminho né cabeção?

P.O.V. M.G.

Ela começou a mover os pedaços de granito, a tirar do caminho.

—Não Kaleb! Não puxe esse ai ou o teto vai desabar na nossa cabeça. Puxe aquele ali.

E depois de horas demolindo a parede e movendo os destroços a caixa apareceu e ficou acessível.

Então,tiramos a caixa de dentro da parede. Colocamos no chão, tiramos a tampa e enfiamos sangue pela goela abaixo daquele cadáver vivo.

E ele foi lentamente voltando ao normal. A parecer vivo.

Os meninos ajudaram ele a levantar e eu falei:

—Levem ele lá pra cima, ensinem a usar o chuveiro e deem uma roupa limpa pra ele botar.

P.O.V. Sebastian.

É bom estar vivo outra vez. Ainda estou fraco, mas é bom estar fora daquela caixa.

Os outros me ajudaram a sair das catacumbas.

—Não foi muito educado da parte dela sair assim.

—Cara, ela acaba de perder a mãe. Nem conseguiu fazer o funeral direito, ela foi muito mais forte do que eu seria, muito mais paciente. Ela adiantou os ritos para poder descer aqui e te tirar deste buraco, então... dê-lhe algum crédito.

P.O.V. Hope.

Eu não consigo parar de chorar, não consigo aguentar esta dor. Todos me veem como uma heroína, a criança da profecia, a matadora de Malivore, a matadora dos filhos da noite, cavaleira de dragões. E eu me sinto terrível.

Não queria ser a matadora de nada. Eu perdi a minha mãe nesta batalha e agora ela se foi.

Sinto que estou me afogando ou pior que estou de volta á escuridão, de volta ao nada. 

Eu não me sinto uma heroína, não me sinto em paz, não sinto nada. E ainda assim eu sinto tudo.

 


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