Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Em busca de respostas


Notas iniciais do capítulo

ESTOU TRANSFERINDO AS MINHAS FICS PARA O WATTPAD. Os títulos são iguais, é tudo igual. Sou eu que estou escrevendo.



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P.O.V. Renesmee.

Até agora temos dois problemas a serem resolvidos. Um, descobrir o que está acontecendo com a Hope e curá-la. E dois, encontrar os ingredientes para quebrar a maldição.

—Pode abrir?

—Não. Esse é um feitiço muito específico, a caixa está trancada com um selo de sangue. Apenas uma bruxa da linhagem da mesma bruxa que colocou o selo pode removê-lo.

—Ok. Agora temos três problemas.

—Como vamos descobrir quem é a bruxa?

—Posso tentar rastrear, mas vou precisar que lavem a caixa para eu poder tocar nela.

Depois de lavarem a caixa, a Hope encheu o quarto do pai dela de velas e as acendeu todas duma vez. Pegou a caixa na mão e começou a fazer um feitiço.

—Phesmathos Tribum nas ex viras, nas ex malom, phesmathos tribum, nas ex viras, modis agapentos. 

Então...

—Achei!

E a tal da bruxa morava no meio do nada encruzilhada com lugar nenhum.

—Puta merda ein? Que lugar pra essa mulher escolher morar.

Corremos por sei lá quantos quilômetros de floresta, em alguns pontos precisamos pular ou caminhar porque era muito ingrime. Caminhamos na base de um penhasco, o terreno era acidentado.

E quando chegamos a casa era uma cabana. Um chalé vai. Feito de madeira, toras de madeira com coisas penduradas nas vigas, sinos dos ventos, uma cadeira de balanço na varanda. Umas janelas daquelas que abria pra fora.

Era como uma casa dum vilarejo medieval.

—Finalmente. Eu esperava mais.

Quando tentamos nos aproximar, batemos numa barreira. Havia algum tipo de campo de força ou sei lá em volta da casa. E assim que batemos na barreira, a mulher saiu. E assim como a casa ela não era o que eu esperava.

Era jovem. Uns quarenta e poucos anos, usava um vestido cheio de camadas, saia mullet e tinha um pingente de madeira no pescoço.

—Alguém gosta de madeira.

—Vocês. Va benne. Sabia que um dia bateriam na minha porta.

—Quantos anos você tem?

—Quarenta e dois. E você?

—Quatorze. E já sou mãe. Pode nos ajudar?

—Posso. Mas, não vou.

Respondeu a mulher de pele cor de chocolate e longos cabelos ondulados castanho escuros.

—E porque não?

—Se eles estão aqui, então sabem a verdade sobre sua ascendência. E querem ter acesso a esta parte de si. E se há algo em que Aro Volturi e eu podemos concordar é que... algo assim, não deveria existir. A natureza não suporta tamanho desequilíbrio de poder.

—O que quer dizer?

—Quando um lobisomem é ferido por prata, cicatriza. Híbridos podem caminhar livremente ao sol sem serem expostos, a mordida dum lobisomem é absolutamente letal para vampiros. E tudo isso não sendo suficiente, esses dois são membros da linhagem Di Luppo. Descendentes diretos da primeira lobisomem do mundo. A primeira lobisomem que já existiu, era sua vó.

—E?

—E? Se você já é o que é, sem seu gene de lobo... se quebrar a maldição, será implacável. Por isso, nós bruxas servas da natureza lançamos a maldição assim seu lado lobisomem fica dormente. Para todos os efeitos, seu irmão como o primogênito é o híbrido Original. O primeiro de sua raça. 

—E porque não quer ajudar a quebrar a maldição?

—Se ele quebrar a maldição, criança ele criará sua própria raça, um exército. De monstros híbridos, colocando em perigo não apenas os vampiros, mas humanos e bruxas também. Eles vão afogar o mundo em sangue. Se como vampiros são praticamente invencíveis, como híbridos... seriam implacáveis. Eles escravizariam o mundo. Eu não gosto de Aro. Na verdade, eu o desprezo. Mas, ele é dos males, o menor.

Disse a mulher sentando na cadeira de balanço e se balançando.

—Acha que o meu pai vai fazer isso?

—Seu pai?

—Sim. Bem, pena pra você. Você não quer transformar o meu pai em híbrido, mas mesmo sem isso... ele me teve. Uma Tribrida. Parte vampira, parte lobisomem, parte bruxa.

—No. É impossibile.

—Eu estou aqui. Parada na sua porta, falando com você. Então por favor, ajuda.

—Eu não acredito em você. Tribrida.

—Muito bem então.

Hope tirou a roupa, toda.

—O que está fazendo, minha filha?

—Só segura pra mim. Por favor.

Ela deu as roupas na minha mão e... se transformou. A bruxa ficou passada. E nós também.

—Dio Mio!

Então ela se transformou de volta em humana.

—Não estamos na lua cheia. Isso não é possível.

—Aparentemente é. Vê porque eu não quero ajudar. Lobisomens são limitados pela lua cheia, um híbrido não é. Pode controlar quando ou se se transforma. Eu sei disso porque ouvi as histórias, de antes da maldição. Você e sua irmã devastaram vilarejos até não sobrar nada. Transformando-se no meio do dia e matando pessoas por esporte. Não posso liberar um mal deste sob o mundo.

—Então, se você transformar o papai e a tia Jane em híbridos de novo... eles seriam completamente imortais?

—Não exatamente. A natureza revidará de alguma forma, encontrará uma maneira de desenvolver uma fraqueza. Ou modo deles morrerem. Talvez criando mais Doppelggangers. Mas, para todos os efeitos estaríamos criando predadores Alfa. Como você.

—Predadores alfa?

—Si. Super-predadores. Predador que mata predador.

—Como humanos. Humanos são predadores alfa.

—Mas, não como você. Humanos podem morrer, você não pode. Para todos os efeitos você é a alfa do alfa. É tudo o que tentamos evitar. Ninguém deveria ter este tipo de poder, criança.

P.O.V. Hope.

Acho que ela tá certa.

—Acho que você ta certa.

—O que?!

—Ela tá tia Jane. Se como vampiros vocês são... Volturi. Gêmeos assassinos, implacáveis, como híbridos... eu honestamente não sei do que seriam capazes. Eu tenho minha humanidade, eu vejo humanos como pessoas. Ainda me culpo pelo o que aconteceu com a Melissa, mas para vocês... eles não são nada além de comida. E com o gene de lobisomem vem essa agressividade extra e violência. Um mau temperamento. Tome de alguém que teve que problemas de lidar com a raiva a vida toda. Eu estive em grupos de apoio e terapia desde sempre! Vocês não. Quando ficam com raiva de alguém, simplesmente descontam na pessoa. E como vampiros, nós sentimos as coisas mais profundamente. Levaria um momento, uma ofensa mínima e seus amigos não seriam capazes de parar vocês e vocês não seriam capazes de se impedir.

—Bem, para uma predadora alfa, você tem consciência.

—Agradeça á minha mãe por isso. Ela me aturou, me ensinou a lidar com meus problemas de raiva, mesmo quando eu destruía a casa e descontava nela... ela não desistiu de mim. De me ensinar o que era certo e errado.

—E o que te faz pensar que não seremos capazes de sermos melhores?

—Eu vivo aqui. Longe da cidade, longe do barulho, longe di tutto e ainda assim... os rumores chegam. Eles sempre chegaram. Desde muito antes de mim. Os gêmeos bruxos. Jane a torturadora mais brutal, Alec, o gêmeo sanguinário. Clãs de vampiros, vastos massacrados até não sobrar nada. Viraram cinzas ao vento. Graças á vocês. Exércitos de recém criados. Poeira. Nada. Predador que mata predador. Se vocês fazem isso com seu próprio povo, imagine o que não fariam com o meu.

P.O.V. Jane.

Ela não sabe de nada.

—Você não sabe de nada. Os Clãs que matamos, violaram nossas leis. Eram um risco para a espécie vampira e poderiam nos expor.

—Talvez. Á princípio, mas eu conheço Aro. Conheço Caius e Marcus. A fome de Aro é insaciável. Seu sonho é criar o maior e melhor Clã de vampiros que já existiu e governá-lo. Á muitas gerações ele começou a desenvolver estratégias para incriminar Clãs inocentes. Apesar deles jurarem inocência e implorarem por piedade, ele nunca demonstrava algo nem parecido. Á menos é claro que aquele membro de sua raça tivesse um Poder pelo qual ele ansiava. E a pobre criatura era forçada á uma vida de escravidão e servidão pela eternidade.

—Você odeia vampiros?

—Não. Eu sou uma serva da natureza e há um propósito para tudo o que ela cria. Até mesmo vampiros.

—Então, tem um propósito para os híbridos também, não concorda?

Perguntou Hope.

—Sim.

—Talvez esse seja o propósito. Destronar o Aro e libertar todos esses vampiros que estão sendo reféns á séculos.

A bruxa começou a pensar á respeito.

—Talvez esteja certa. Mas, os riscos são grandes demais.

—Tudo pelo o que vale a pena lutar tem riscos grandes demais.

Com um pouco mais de conversa, ela enrolou a bruxa e fez um acordo com ela.

—Se eles prometerem que serão melhores que Aro, você nos ajudaria?

—Sim. Mas, eles são prole de Aro. Agora e para sempre. Tudo que sabem sobre serem vampiros, aprenderam com Aro.

—Você será melhor, certo pai? Isso será sua segunda chance. Sua e da tia Jane e de todos os outros.

—Certo. Você tem a minha palavra.

—Muito bem.

Ela desencantou a caixa e pronto. Tínhamos a pedra.

—O que mais é necessário?

—Vamos ter que pegar o feitiço original.

—Este aqui?

—Sim. E precisamos de um vampiro.

—Temos muitos.

—E um lobisomem.

—Isso é difícil, mas conseguiremos. E a Doppelgganger, certo?

—Certo.

—E ai o que acontece?

—Eles morrem. Primeiro o vampiro, então o lobisomem e na parte final do ritual, você mata a Doppelgganger. Alimenta-se de seu sangue, até ela cair morta.


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