Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 39
Millie Harris


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/qu6ThA_dmv0-Hope e Kelly dançam.
https://youtu.be/YS5MNK0_X_Q-Hope canta. Não é a voz dela, mas é a música.



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P.O.V. Kelly.

Eu cheguei no meu apartamento, mas dei de cara com a vadia da minha ex-namorada.

—Oh, você é um cretino mentiroso! É totalmente rico!

—O que está fazendo aqui Millie?

—Senti sua falta.

Ela tentou se atirar encima de mim. 

—Pare Millie. 

Alguém bateu á porta. E eu abri.

—Oi. Trouxe o que me pediu, estou... interrompendo alguma coisa?

—Não. Obrigado.

—Eu já vou. Tchau Kelly.

—Tchau Hope.

Meu, eu quero matar a Millie.

—Adorei o seu apartamento.

—O diabos está fazendo aqui Millie?!

—Senti sua falta.

—Sentiu minha falta?! Você me traiu! Dormiu com o Donnie, disse que não me amava mais e agora aparece no meu apartamento dizendo que sentiu minha falta?! Namoramos por anos e eu descubro que sou traído!

—Eu sinto muito, só... meio que aconteceu.

No momento em que eu tento prosseguir, no que estou querendo seguir em frente ela aparece?

—Meio que aconteceu? Ótimas desculpas.

—Eu disse que sentia muito. Sinto muito Kelly.

—Eu não te quero de volta Millie, te quero fora do meu apartamento e fora da minha vida!

Abri a porta para ela sair.

—Saia.

P.O.V. Millie.

Kelly me enxotou. Que idiota. Assim que eu sai a piranha foi bater na porta dele.

—Eu mandei você...

—Pensei que precisaria de uma amiga.

—Eu só quero ficar sozinho.

—Claro, mas se precisar de mim... o interfone funciona muito bem. Sabe onde me achar.

—Tá. 

Ele a mandou embora.

—Piranha.

—Você acha que me ofende? Que fofa. Você nem faz ideia da sorte que teve por ter um homem como o Kelly na sua vida. E foi burra o suficiente para deixá-lo partir. Eu tenho certa raiva de você por isso. Mas, por outro lado sou grata.

Ela entrou no elevador e nós descemos. Ela parou um andar abaixo do dele.

P.O.V. Kelly.

Decidi que precisava de amigos, mas amigos homens. Não me entendam errado, homens e mulheres podem ser apenas amigos, mas á menos que a mulher em questão seja uma garota que nasceu no corpo errado, ela nunca vai ver o mundo como um homem, ela nunca vai pensar como um homem do mesmo jeito que nós não entendemos o que passa na cabeça das mulheres o inverso também é verdadeiro, eu presumo.

Fomos ao bar, o mesmo bar pra onde sempre vamos e onde eu conheci a Hope.

—Ei, cara o que aconteceu?

—Millie apareceu no meu apartamento. Deu encima de mim.

—Você dormiu com ela?

—Não! Eu a enxotei. Mas, eu fiquei tão puto, queria matar ela. 

—Isso não é do seu fetio. O que ela fez pra te deixar tão pistola?

Quando eu contei o Max ficou igualmente puto.

—Que vaca.

—E a Hope estava lá.

—Oh, Hope. Você tá muito afim dela. Qual é o seu lance com as encrenqueiras?

—Ela não é encrenqueira.

—É mesmo? Ela parece uma.

—Ela é boa, cara. Só passou por muita porcaria na vida.

O Max me olhou com cara de interrogação e para tornar a cena ainda mais estranha ele estava mastigando amendoins.

—Eu não te entendo mano, sério.

—Como assim não me entende?

—Você é muito bonzinho. Ótimo aluno, um bom filho, o cidadão modelo. Você é todo engomadinho, mauricinho, se formou em Relações Internacionais e depois em Administração de Empresas, tem um ótimo emprego, é cheio da grana e ainda assim... você gosta duma mina encrenqueira.

—Isso não é verdade.

—É sim. Você ama as encrenqueiras. Bateu o olho na Hope e já gamou nela.

Eu ri. Eu gosto das encrenqueiras. Agora eu já ouvi tudo.

E a "encrenqueira" em questão entrou no bar e não estava sozinha. Ela tinha amigas.

P.O.V. Hope.

A noite das garotas. Eu, a Josie e a Lizzie. Fomos ao bar e tomamos algumas bebidas.

—Como vão as coisas com os seus pais?

—Devagar. Sei que minha mãe se sente culpada, mas culpa ela teria? Tudo bem, ela me criou para ser corajosa e tão humana quanto possível, mas... não foi culpa dela. Eu fiz o que tinha que fazer para proteger as pessoas que eu amava. Inclusive vocês. Você me ajudou com o meu problema de controle da raiva. Lizzie. Mais do que qualquer médico ou terapeuta.

—Obrigado.

—Não, obrigado você.

—Ei, aquele cara... ele não para de ficar encarando.

—Eu sei. Ele é meu vizinho. 

—Mora no apartamento ao lado do seu?

—Não. Ele mora na cobertura e eu no andar de baixo.

—Cobertura ein?

—Deixa de ser boba.

—E eu lembro de você. Hope Genevieve Volturi. Estuda com a gente desde criança. Sua mãe fundou a escola por sua causa.

—Como lembra de mim?

—Eu sei lá, veio num sonho. Com um flash. Talvez como Malivore morreu o efeito do esquecimento vá passando.

—Espero que sim. 

Então, o Kelly levantou, veio até onde eu estava e me convidou pra dançar.

—Dançar num bar? Sem música?

—É. Isso soava melhor na minha cabeça.

—Quer saber? Nós fazemos o momento. Certo?

—Quem sou eu para descordar.

P.O.V. Kelly.

Eu sou horrível em dançar. Sou um dançarino horrível e convidei uma garota pra dançar. Cara, eu me sinto um adolescente. Felizmente, ela sabia dançar. 

—Coloca a mão na minha cintura, a outra na minha outra mão e agora vou cantar e nós vamos balançar. Pronto?

—Não. Mas, vamos nessa.

—Tá. 

Então, ela começou a cantar.

—Do You Know What it means... to miss New Orleans, if that's where you left your heart...

Ela sabia a música inteira de cor e era muito afinada. O povo em volta até ficou quieto para ouvir ela cantar. Mas, ai um cara apareceu e meio que roubou ela de mim e apesar da cara de... o que diabos? Ela continuou dançando com ele. E o cara era muito melhor que eu.

P.O.V. Lizzie.

Porque o Sebastian tá dançando com a Hope?!


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