Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 38
Uma mãe revoltada




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P.O.V. Renesmee.

Quando eu cheguei a Portland eu fui direto para a delegacia.

—Porque estava na delegacia, Hope? Porque eu não me lembro de você?

Então, ela começou a falar. Estávamos num apartamento num ótimo prédio, muito luxuoso, pias de mármore, piso de mármore, obras de arte de valor inestimável nas paredes.

—Então, a cerca de um milênio, em certas partes do mundo haviam monstros. Nenhum deles mais apavorante do que dragões, sozinhas nenhuma das facções era paio para eles. Então isso forçou uma aliança nada convencional entre um vampiro, uma bruxa e um lobisomem. Eles combinaram o seu sangue, usando magia negra para criar um Golem. Enfeitiçaram a criatura para ter uma fome insaciável por seres sobrenaturais. Mas, também o enfeitiçaram para ele ser incapaz de consumir os membros das três espécies aos quais eles pertenciam.

—E?

—Malivore foi projetado para consumir as criaturas e apagá-las do consciente coletivo. Os membros da primeira Tríade deveriam ser os únicos capazes de destruí-lo, mas a natureza não permite isso. Então, ela encontrou uma brecha. Fazendo uma eu. Tribrida.

Meu Deus!

—Você foi enfrentar a criatura sozinha?!

—Fui. Fui para salvar o Landon e o MacGyver. Antes de Malivore e sua multidão furiosa conseguir matar seus criadores, a bruxa o liquefez, transformou-o num poço. 

—E você jogada lá dentro?

—Não mãe. Eu fui voluntariamente. Me joguei dentro de Malivore para impedi-lo de se levantar. Eu o destruí, mas fui esquecida.

Meu Deus! Isso não está acontecendo. Isso não pode estar acontecendo. 

—Não. Como eu deixei você fazer isso? Porque eu não te salvei? Sou uma mãe tão terrível assim?

—Não. Você é a melhor. Me protegeu de tudo e qualquer coisa. Você não me decepcionou mãe, eu só cresci.

Senti a minha mãe me abraçar.

—Sinto muito querida. Eu devia ter protegido você melhor, devia ter feito alguma coisa.

P.O.V. Kelly.

Sou muito bom com minha magia. Minha irmã me ensinou direitinho.

Usei um feitiço espião para, bem espionar a minha vizinha e o que eu descobri foi...

—Porra!

Voltei na loja da tia Rosalee para conversar com ela.

—O que foi menino? Parece que viu uma assombração?

—Tribrida.

—O que?

—Tribrida. Minha vizinha é uma Tribrida!

—O que é uma Tribrida?

—Nem faço ideia. Mas, dragões eram reais. Os cuspidores de fogo. Mas, eles foram esquecidos porque uma bruxa, um lobisomem e um vampiro fizeram um golem para engoli-los!

—Ein? Tá, calma. Senta ai e fala devagar. Monroe vai buscar um copo d'água.

—Deixa comigo.

P.O.V. Monroe.

Ele contou tudo detalhadamente e nós ficamos tipo...

—Quando o mundo ficou tão louco assim?

Então, a pessoa em questão entrou pela porta.

—Posso ajudar?

—Foi difícil encontrar você, mas finalmente eu te achei. Rastreei a sua magia esquisita até aqui. Você fez um feitiço de espionagem. Como um Keni, seu tarado nojento!

Ela bateu na cara do Kelly.

—Ai!

—O que você viu?

—Malivore. Bruxas, vampiros, lobisomens e sei que você é uma Tribrida. Não sei o que é, mas sei que você é.

Ela respirou fundo.

—Vi os seus olhos. Nunca pensei que fosse possível ver o seu reflexo nos olhos de alguém, eram como um poço de escuridão. Como um Malivore.

—Eu sou meio Grimm.

—Um Grimm? Pensei que estavam extintos. Que foram caçados até o último. E o outro meio?

—Hexenbiest.

—Hexenbiest? Hexa. Em alemão quer dizer bruxa. Você é um bruxo?

—Mais ou menos isso.

P.O.V. Hope.

Ele tava claramente nervoso e com razão. Então, respirei fundo e falei:

—Apenas pergunte.

—Como pode você ser uma Tribrida? O que é uma Tribrida?

—Meu nome é Hope Volturi. A minha vó paterna praticamente inventou a magia negra, meu avô paterno era filho da primeira lobisomem do mundo e o meu pai é... Alec Volturi. Um vampiro muito, muito, muito velho. 

—E isso te torna?

—Um show de horrores Tribrido. Uma híbrida, de três criaturas diferentes. Tribrida.

—E quanto a sua mãe?

—Minha mãe é meio bruxa, meio vampira. Uma Doppelgganger.

—Caramba! 

—É.

Nem sei porque estou contando isso pra eles, eu provavelmente não devia fazer isso, mas depois de tudo o que aconteceu eu acho que estou, bem não estou no meu juízo perfeito.

—Quando eu penso em todas as coisas loucas que me levaram a nascer. Meu avô materno está morrendo de Gripe espanhola em 1918, ele é transformado em vampiro e vive 117 anos conhece a minha vó, entre trancos e barrancos eles casam e ele acidentalmente a engravida. Meu pai e minha tia são quase queimados vivos na fogueira, viram híbridos, são amaldiçoados e quebram a maldição. Meu pai vive mil duzentos e dezenove anos, tem uma coisa de uma noite só com a minha mãe e Boom! Brecha. Bebê milagroso. Como alguém pode ser um milagre e um erro ao mesmo tempo?

P.O.V. Kelly.

Meu Deus! Ela é mais fodida do que eu.

—Ninguém é um erro, Hope.

—Eu sou uma brecha. Eu nasci para matar Malivore e eu matei. Mas, agora eu não tenho mais um propósito. Sou uma piada de mal gosto ambulante. Eu não queria voltar, eu não planejava voltar. O plano era morrer.

Ok.

—Você queria morrer?

—Nunca pensei muito em como iria morrer, mas morrer no lugar das pessoas que eu amo, me parece uma boa maneira de partir. Na Instalação da Tríade, eles os mantinham em gaiolas. Bruxas, vampiros, lobisomens, fazendo experiências neles para tentar fazê-los serem consumidos por Malivore também. Alguém precisava destruir aquela coisa. Ninguém deveria ter este tipo de poder.

—Porque você não senta?

O tio Monroe puxou uma cadeira e ela sentou.

—Ahm, como era dentro do bicho?

—Monroe!

—Era... o vazio. O nada. Mas, o fato de eu estar dentro da criatura... só a minha presença mudou as coisas lá.

—Como?

—Cada criatura que Malivore consumia ficava viva dentro dele, mas vivia em total isolamento, presos no vazio, na solidão e na escuridão infinitas. Mas, a minha presença lá, primeiro abriu as portas das celas. E ai tinha um vórtex de luz que aparecia e sumia. E com o tempo eu descobri que ele aparecia toda vez que eu fazia magia. Ai eu percebi que... Malivore não me queria lá dentro. Eu era tóxica pra ele e ele estava tentando me vomitar. Então, o buraco começou a colapsar, tudo começou a tremer e desabar e ai veio a luz e ele me vomitou, mas ele morreu no processo. 

Ela parecia transtornada, em um monte de escuridão.

—Então, você é uma encrenqueira?

—Heros, Villians, Whatever. Sinto muito por encher os ouvidos de vocês. Tchau. Obrigado por me ouvirem e se tentar me espionar com aquele seu vodu outra vez, eu te mato. Tchauzinho.

P.O.V. Alec.

Eu tenho mil e tantos anos e já estive em situações muito complicadas. De vida e morte, matar ou morrer, já matei muitos humanos, vampiros, etc. Mas, nunca fui muito bom com emoções e agora minha esposa está chorando a quase três horas, falando sem parar e se culpando. E eu não faço ideia do que fazer.

Nem posso sedá-la, porque ela é um escudo mental e a névoa não funcionaria.

—Você devia me abraçar e dizer que estou errada! E que sou uma boa mãe e que tudo vai ficar bem!

Então, fiz o que ela mandou.

—Vai ficar tudo bem. Eu te conheço Cullen, desde que era uma garotinha e você é uma boa pessoa. A garotinha teve muita sorte de te ter como mãe. Você é do tipo de pessoa que faz qualquer coisa para proteger quem ama. Teria feito qualquer coisa para impedi-la de pular naquele poço, teria pulado no lugar dela.

—É. Eu teria.

—Sabe, eu soube que ela era sua filha no momento em que vi os olhos dela. Ela tem aqueles olhos que podem ver a bondade em alguém por pior que a pessoa pareça. São aqueles olhos que veem por baixo de toda a porcaria. Vinte por cento anjo, oitenta por cento demônio.


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