Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
The Truth about me


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/-MaVpLhPGsg-Hope acaba com Aro.



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P.O.V. Alec.

Ainda estou processando o fato de que sou um híbrido! Todos esses anos eu zoei o Cullen por ter procriado com uma humana e gerando... a mãe da minha filha. Eu a considerava uma abominação.

—Como eu disse... O Karma é uma droga.

—O que?

—Desculpe, queria que eu não vigiasse os seus pensamentos?

—Espera, você é uma telepata?

—Sou. Fato interessante sobre os bebês híbridos. Nós herdamos os dons dos nossos pais. Por isso a Hope tem aquela sua... fumaça. A sua é preta, a dela é rosa. Ela tem o escudo da minha mãe, a telepatia do meu pai, a empatia do meu tio e como ela é parte bruxa a empatia é mais forte. Ela sempre foi uma criança muito sensitiva. Pegava as coisas no ar.

Ela veio descendo as escadas.

—Oi querida. Como está se sentindo?

—Estou bem. 

—Como foi que o seu sangue me salvou da morte certa?

—Acho que ser filha do primeiro híbrido de vampiro e lobisomem do mundo tem suas vantagens. Como sou parte lobisomem meu sangue tem anti-corpos contra o veneno.

P.O.V. Aro.

Uma cura. Existe uma cura. Até este dia um vampiro mordido por um filho da lua estava sentenciado a morte. Imagine o quanto isso não vale? É inestimável.

—Se acha que vou te deixar usar a minha filha como uma bolsa de sangue ambulante... está errado. Se acha que eu vou deixar você tirar o sangue dela e vender.

A garota se levantou e caminhou até onde eu estava.

—Se importa se eu entrar?

—Entrar?

Ela colocou as mãos sob minhas orelhas, envolvendo minha nuca. E eu senti quando ela invadiu a minha mente. Empurrei-a, mas era tarde.

—Hope!

A mãe correu para acudir a filha.

—Obrigado pela informação.

Disse a filha de Alec se levantando.

—Eu sei o que ele fez. E o mais importante de tudo, eu sei como desfazer.

—O que?

—Posso te transformar em híbrido de novo. Você e a tia Jane. Ainda é estranho ter um pai e uma tia.

P.O.V. Alec.

Ele realmente havia me negado isso?

—Espere, um momento. Está me dizendo que Aro realmente me negou a minha herança?

—Pois é. Chocante.

—Porque ele faria isso? Porque você faria isso?

—Orgulho.

Respondeu a menina. Minha filha. Olhei para ela e perguntei:

—Como assim Orgulho?

Ela riu.

—Ah, papai. Como consegue ser tão inocente? O tio Eleazer foi quem percebeu o padrão. Quando a mamãe disse que essa coisa é um buraco negro, não estava errada.

—Padrão?

Hope respirou fundo.

—Sempre que o Mestre Aro batia o olho num vampiro com um dom extra-especial, uma... como é que você chama? Joia. É uma joia... não demorava muito para aparecerem evidências de que o Clã ao qual o tal vampiro pertencia havia cometido um crime. E acho que você sabe o que acontece depois. O Clã morria todo, mas... aquele vampiro em específico, aquele com o dom extra-especial era o único que tinha... pensamentos puros. Ele ganhava o "perdão" e é claro um lugar na coleção do Mestre. Tudo o que Aro sempre quis foi ser o melhor, o maior, o mais poderoso e quando ele percebeu que acidentalmente havia criado duas pessoas mais poderosas e melhores do que ele... bem, ele suprimiu o seu poder. Vocês eram mais poderosos do que ele e isso ele não podia aceitar.

Poder. Ele me impediu, por poder?

—É.

—E como pode desfazer?

—Você quer desfazer? Quer dizer, você sempre odiou os híbridos como minha mãe ou eu.

Sempre senti como se houvesse algo faltando. Como se algo não estivesse certo. Mas, nunca soube porque.

—Eu não te odeio. Honestamente nunca pensei que pudesse ter um filho. E me odeio por ter criado esta reputação, por ter feito a sua mãe crer que não poderia confiar em mim. Que teria que mantê-la escondida por acreditar que eu a trairia. Que eu escolheria Aro sob a minha própria carne e sangue! Você realmente acreditou que eu desceria tão baixo?

—Se estivesse no meu lugar não pensaria?

Cara, eu a odeio. Porque ela tem argumentos válidos. Não deixa de ter razão.

—E do que você precisa para desfazer o que me foi feito?

—A maldição está selada com um objeto especial. Uma pedra da lua. Mas, a pedra é apenas uma parte do ritual e mesmo se você quebrar a maldição... isso não vai... na verdade talvez funcione.

—O que?

—São três etapas e quatro ingredientes. Primeiro, a pedra da lua. Segundo precisamos duma Doppelgganger Fiorentino. E terceiro um vampiro e um lobisomem.

—E porque isso seria um problema?

—Porque Doppelggangers vem com uma regra. Só uma por geração e vamos precisar de duas e isso não é possível. Mas, acho que posso fazer uma brecha. Ligar você e a tia Jane e um de vocês faz o ritual. Sabem, fato interessante, quando Aro descobriu que você e a tia Jane eram parte lobisomem ele surtou. Matou meu avô e sua família inteira e sem perceber começou uma guerra entre espécies que dura até hoje. A conflito entre vampiros e lobisomens, foi ele que começou.

—E como sabe disso?

—Eu estive na cabeça dele. Não é mesmo, Aro?

—Sim. Esteve. E eu tenho um presente pra você.

Ele avançou e enfiou uma adaga na barriga dela. Na barriga da minha filha! Mas, ela arrancou.

—Ai. Outro fato interessante, quando um lobisomem é ferido por prata cicatriza. O mesmo não se aplica a um vampiro. E é por isso que um híbrido seria mais mortal que um vampiro ou um lobisomem.

—E o que é necessário para quebrar esta maldição?

Perguntei com Cólera.

—Primeiro precisamos pegar a pedra. Está no Castelo de São Marcus em algum lugar. Provavelmente um lugar onde somente o Aro pode ter acesso.

—Acho que sei onde está.

Nos encaminhamos para o Castelo e com nossos dons e os de Hope chegamos aos aposentos privativos do Mestre. E fuçamos em tudo.

—Ei! Acho que eu achei.

—Uma caixa?

—Eu não consigo abrir. De jeito nenhum.

Era uma caixa de madeira simples. Não tinha tranca, não tinha nada era apenas uma caixa de madeira.

—Empresta.

Assim que Hope pegou na caixa, largou-a, a caixa havia feito uma queimadura em sua mão que rapidamente cicatrizou.

—É a pedra tá ai dentro com certeza, mas a caixa me machucou.

—É claro. Está besuntada de acônito. Também conhecido como...

—Mata-lobos. Temos a pedra vamos cair fora.

—Não tão rápido. Me deem a caixa e eu os deixarei viver.

—Eu acho que não. 

—Oh, criança acha que pode me derrotar? Eu tenho um exército.

—E eu tenho meus poderes, meus pais e minha tia.

Assim que os membros da guarda souberam que havíamos abandonado Aro, eles olharam em volta.

—Isso é verdade?

Jane provou que era verdade, usando suas habilidades contra o Mestre.

—Sim. É sim. Porque ele é um traidor, ele usou todos nós para seu próprio ganho. E nós caímos em sua armadilha como um bando de patinhos.

P.O.V. Aro.

Bem, agora as coisas mudaram.

—Seus ingratos, salvei suas vidas. Dei-lhes uma família.

—Você tirou-nos de nossas famílias! Eu vou quebrar esta porcaria de maldição nem que leve mil anos e então virei por você, Aro e eu lhe estraçalharei.

Minha guarda se voltou contra mim. Os deixou passar.

—E quanto a sua namorada? Vai ter que contar pra ela em algum ponto.

—O que?

—Que é o meu pai.

—Está certa. Então vou falar com ela e vocês cuidem desta caixa.

P.O.V. Alec.

Cheguei aos aposentos de Ellie.

—Já faz um tempo que não me visita, Belo.

—Ellie, há algo que precisa saber.

—O que?

—Eu tenho uma filha.

Ela parou. A vampira de longos cabelos negros ficou congelada e em choque por alguns segundos.

—O que disse?

—Eu disse que tenho uma filha.

—Uma filha? Una figlia?

Ela estava revoltada.

—Eu não sou burra, sei que se diverte com outras mulheres quando não estou por perto. Mas, engravidar uma humana?!

—Ela não é humana, Ellie.

—Não é humana? E o que foi que você gerou então?

—A mãe a chama de Tribrida. Porque... mia mamma era uma bruxa Ellie e mio padre era um lobisomem. Isso me torna um híbrido, Ellie.

Ela olhou para mim com nojo.

—Un abominio! Uma abominação.

Outra voz veio e falou:

—Não. Uma brecha.

—Ellie, essa é a Hope, Hope esta é minha parceira Ellie.

—Não espera que eu aceite uma criatura como você! E quem seria a Cagna da sua mãe?

—Não falo italiano, mas tenho quase certeza de que você acaba de xingar a minha mãe. Não se atreva a falar mal da minha mãe sua... Cagna! Ela é mil vezes mais bonita e mais bondosa do que você! Nunca será tão bela ou bondosa ou poderosa quanto ela!

Hope liberou uma massiva quantidade de energia que atingiu Ellie em cheio.

—Isso me deu uma ideia.

Ela saiu correndo.

P.O.V. Hope.

Os Volturi parecem adorar demonstrações de Poder. Então vou lhes dar uma. Fui direto para aquela maldita sala, estavam os três sentados nos seus tronos, mas levantaram quando me viram.

—Você amaldiçoou o meu pai! Você tirou de mim a chance de ter um pai! E eu te odeio por isso.

—Bom, bem vinda ao clube menina.

Coloquei ele de joelhos e eu bati pra cacete nele, eu desci o sarrafo no Aro. Eu o fiz sangrar e todos estavam lá pra ver.

Eu estava tão furiosa que eu acabei atacando a minha mãe sem querer.

—Hope. Ai.

—Desculpe. Desculpe.

—O que diabos foi isso? Você não aceita minha ajuda, rejeita a pulseira que a Adelaide te fez e agora está espancando o Aro? Não que ele não mereça, mas isso não é você.

—Parou as vozes.

—Vozes? Que vozes?

—Isso não é telepatia, é diferente. Desde de que eu ganhei meus poderes de volta eu tenho essas vozes na minha cabeça, sussurros... eu não consigo, não consigo dormir, não consigo comer, me alimentar, eu nem consigo respirar! Mas, agora? Está quieto. Está silencioso. Esse é o resto da minha vida mãe? Uma fúria assassina que só pode ser aquietada através da violência?

—Eu não sei o que está acontecendo, mas vamos descobrir e vamos dar um jeito. Sempre damos. Não é?

—Mas, isso é diferente mãe! Acha mesmo que eu quero me sentir assim?! Não importa o quanto eu tente deixar sair eu não me sinto melhor! As veias negras, os sussurros e... isso dói, sabe?

—Veias negras?

Arregacei as mangas da blusa e mostrei meus pulsos pra ela.

—Hope não tem nada ai.

Olhei para meus pulsos e... realmente não tinha mais nada.

—Mas, tava ai. Eu juro! Estava!

—Tudo bem. Eu acredito em você. Mas, precisa me dizer quando passar mal. Não posso ler sua mente, lembra?

P.O.V. Renesmee.

Eu estava abraçando e confortando a minha filha. E essa agora? Veias negras no corpo e vozes na cabeça. O que será isso?

—Vai ficar tudo bem querida.

Depois de colocar a Hope na cama, a caixa passou de mão em mão, mas ninguém conseguiu abrir aquilo.

—Porque não abre?

—Não sei.

—Porque está selada com um feitiço.

—Hope.


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