P.O.V. Henry.

Ele é um sortudo filho da mãe, o meu irmão. Eu tenho um melhor amigo. Romeu Abraxas.

—O que?

—Eu não sei, cara se eu te perguntasse uma coisa... responderia honestamente?

—É claro.

—Você é vampiro?

—Não. Humano.

—Bruxo?

—Humano. Mas, eu tenho alguns milênios nas costas.

—Milênios?! Como? Como pode?

—É uma industria gigantesca que existe muito antes de você e muito antes de mim. A minha família é dona. 

—Industria de que?

—Veja bem, a sua Terra não é nada além de uma fazenda. Minha família semeou este lugar á eras, mas nunca previmos nada como... a sua amiga. Que ser fascinante ela é. Uma verdadeira imortal, uma metamorfa. Soube o que houve com o seu irmão, sinto muito.

—Eu também.

—Não mais do que ela aparentemente.

Hope estava no bar bebendo uísque com gelo.

—Olá. Eu sou Romeu Abrasax.

—Bom pra você. Então, mês passado perdi a minha tia e agora meu namorado foi explodido. É melhor você se afastar.

—Hope...

—O que? Tem um desejo de morte também?

—O que aconteceu com o Angus...

Uma das pulseiras dela acendeu.

—Meu Deus! Ele ainda está vivo. Temos que encontrá-lo.

P.O.V. Angus.

Houve uma explosão eu fiquei preso abaixo de uma pilha de escombros. Não, tenho como sair e pedir socorro, mas então eu me lembrei.

—A pulseira mágica da Hope.

Com um pouco de esforço eu consegui fazer ela brilhar. E agora vou ter que... esperar pelo resgate e rezar.

P.O.V. Hope.

Entramos num carro e tivemos que pegar um avião para a Inglaterra. Fomos acabar nas catacumbas. Resgatamos o MacGyver, mas havia mais coisa lá embaixo.

—Onde está indo?

—Há algo lá embaixo. Eu posso sentir.

Desci por aquele túnel úmido frio e com as paredes cheias de ossos humanos, então eu acabei numa...

—Cripta?

Era mármore carrara branco, mas o caixão... era de mármore preto. Haviam inscrições nas paredes. Em rúnico.

—Não são inscrições. É um feitiço.

Um feitiço muito antigo. Eu tentei abrir o caixão, mas não consegui.

—É um feitiço de lacre um feitiço sanguinis. O único problema é que... foi feito com o meu sangue.

—Uau! O que diabos é isso?

—Uma cripta. Acho que alguém da minha família esta enterrado aqui.

—Como assim?

—Eu sei. Posso sentir. O defunto e eu somos parentes e o caixão está trancado com um feitiço sanguinis. E é o meu sangue. O sangue da minha família. Exalas, exalas, oma exquisa oper...

—O que está fazendo?

—Abrindo o caixão.

—Porque? Nem sabemos o que está ai dentro.

—Eu sei. 

—O que está ai dentro?

—Minha vó.

P.O.V. Romeu.

Que ser mais fascinante. Com algumas palavras e umas velas ela abriu um caixão de pedra preta. Eu vi aquela... coisa abrir-se como algo embalado á vácuo que foi finalmente aberta.

Ela empurrou a tampa e lá dentro havia uma mulher.

—A sua vó morreu á mais de mil anos, certo?

—Sim.

Mas, era como se ela estivesse apenas dormindo. Apesar de estar morta á mais de mil anos, o cadáver não estava decomposto ou apodrecido.

—Ela não deveria ser uma pilha de ossos agora?

—O Coven dela provavelmente fez algum tipo de encantamento de preservação. Para impedir que o corpo se deteriorasse.

As velas ao nosso redor acenderam-se sozinhas.

—Você fez isso?

—Não. Foi a minha vó.

—Sua avó morta acendeu as velas?

—Na verdade... ela não está morta. Está dormindo. 

—Dormindo?

—É. Já ouviu a clássica história da Bela Adormecida?

—Bela Adormecida?

—É. A maior parte da história é baboseira, mas o feitiço é real. Minha vó está entre a vida e a morte. Seu último suspiro de vida ainda está ai. Mantendo-a, nem viva e nem morta, mas no meio do caminho. Posso fazer um feitiço para trazer ela de volta.

Ela colocou as mãos sob o peito do cadáver.

—Ocordus Micante, Aliudus substocs. 

Ela levantou a mulher da sepultura.

—Você está bem?

—Quem es tu?

—Hope Cullen Volturi. Sou sua neta.

A cara que a mulher fez foi impagável.