P.O.V. Alec.

A minha filhinha merece a melhor festa de aniversário que ela já teve.

Ela convidou todos os seus amigos. E parentes. Incluindo o Clã Denali.

Nossa casa estava lotada. Vampiros, bruxas, lobisomens. E até mesmo humanos.

P.O.V. Henry.

Assim que nós chegamos vários pares de olhos se viraram para nos encarar. Olhos vermelhos, olhos castanhos, olhos azuis e olhos dourados. Haviam indígenas também. Eles eram enormes, musculosos e todos tinham a mesma tatuagem no mesmo lugar do braço.

—Vocês vieram!

Ela me abraçou, abraçou meu irmão, Riley, Bozer, Lyanna, a Matty ela até pegou no colo.

Haviam vários garçons transitando entre os convidados com bandejas, algumas de taças transparentes cheias de champanhe, outros com cálices dourados. 

—Você é?

—Eu sou o pai deles.

—Oh, o Doutor Fitzroy. É um prazer.

—Igualmente. Todos eles são...

—Alguns, não todos. Contou pro seu pai sobre mim?

—Contei sobre a minha mãe, tive que contar o resto também.

—É justo. Acredito na honestidade. Dica rápida, não bebam dos cálices dourados.

Eu olhava em volta e eu via que haviam muitos deles. Todo este tempo, estiveram escondidos em plena vista.

—Se me permite a pergunta, porque alguns tem íris vermelhas, e outros tem íris douradas?

—Porque os de íris douradas alimentam-se apenas de sangue animal, os de íris vermelhas... são mais fãs de sangue humano. A dieta influencia na pigmentação da íris. Vem Doutor, vou te apresentar pro vovô Carslile, acho que vocês vão se dar super bem.

Ela puxou meu pai pela mão e o levou para conversar com um dos vampiros.

—Divirtam-se Doutores.

P.O.V. Doutor Fitzroy.

É incrível.

—É um prazer conhecê-lo Doutor Cullen.

—Por favor... me chame de Carslile.

—É realmente um médico?

—Sim. Tenho várias especializações e graduações. É beleza da eternidade.

—E exerce a profissão? Na sua condição?

—Demanda algum esforço, mas compensa.

Disse ele rindo.

—Eu sinto muito, provavelmente fui muito indelicado. Isso, tudo isso é muito para se absorver, absolutamente estarrecedor. Todo este tempo vocês estiveram aqui, escondidos bem na nossa cara. 

—As pessoas acreditam no que querem acreditar. Você é MacCarty?

—Não. Minha primeira esposa era e o meu filho Henry. Porque?

—Um dos meus filhos, ele é MacCarty. É ancestral do seu filho.

P.O.V. Henry.

Minha vez de ser arrastado. A música estava tocando, mas estava baixa.

—A música não está muito baixa, não?

—Duas palavras. Audição, sobrenatural.

—Onde estamos indo?

—Tem alguém que eu quero que conheça.

Quando eu vi o homem parado na minha frente, quase cai duro.

—Tio Emmett, esse é Henry. Henry, esse é o tio Emmett.

—Eu... eu tenho uma foto sua. Bem, não sua mas, do seu grupo de caça. Foi tirada no dia em que você supostamente morreu atacado pelo urso.

—É mesmo? Porque?

—Porque você é meu muitos tataras avô. Sou seu último descendente vivo.

—E o seu pai?

—Minha mãe. Ela era Eleonore MacCarty. Mas, ela morreu num acidente de carro.

—Sobre isso, ela não morreu Henry.

—O que?

—Ela não morreu só fingiu a própria morte, uma vampira a transformou. Sua mãe procurou vampiros a vida toda para tornar-se uma deles. Mas, como recém-criada ela não podia ficar perto de você sem... te matar.

—Então, ela escolheu a imortalidade ao invés de mim?

—Sinto muito Henry. Eu procurei, pesquisei para descobrir qual tinha sido o vampiro que tinha matado a sua tia e lamento informar, mas a sua mãe é uma vampira lésbica e ela matou a sua tia. A vampira que a transformou, agora é sua parceira.

—Ela me trocou pela imortalidade e por outra mulher?

—Sinto muito.

—Bem, ela não era minha mãe de qualquer maneira. 

—Me dói muito ouvir isso.

Eu me virei e lá estava ela. A figura que assombrou meus sonhos por anos.

—Olá Eleonor.