Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 17
O sorriso dela


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/wJRvVzTfcAg-Briga de família



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P.O.V. MacGyver.

O principal motivo por eu ter perdido a Hope é por ter mentido pra ela. Isso e a Nasha, mas Nasha era parte da minha vida antes de eu voltar a ativa.

Então, eu comprei um buquê de rosas bem grande e bem bonito e fui até a casa dela que realmente ficava no meio do nada. No meio de quatrocentos acres de mata virgem.

Me lembro de passar pela fase da negação, tipo não, vampiros, lobisomens e bruxas não existem. Me lembro de ficar matutando aquilo, mas quando decidi conversar com ela, percebi que ela era mais humana do que muitos membros da minha espécie.

Então a porta abriu e lá estava a ruiva com sua cara de fúria. Os braços cruzados.

—Eu lamento por ter mentido pra você. Quebrado minha promessa de ser honesto. Mas, eu trabalho para o governo e quanto á Nasha, ela era parte da minha vida antes de eu voltar ao trabalho.

—Você devia ter ao menos tido a decência de terminar com ela. Ou comigo. 

—E você dormindo com o Henry ajuda como?

—Eu já tinha terminado com você quando aconteceu. Não estávamos mais juntos Angus.

É. Não estávamos.

—A Matty quer falar com você.

—Pra que? Trancar-me numa jaula e fazer de mim uma cobaia ou atração de circo?

—Eu não sei. Olha, Hope me perdoe por... tudo.

—Eu perdoo, mas não confio mais em você. Confiança se conquista, eu não posso dar assim de bandeja. Ainda mais depois... de tudo. E quanto a Matty, diga a ela que eu vou pensar. 

—Tá bem.

—Isso ai é pra mim?

—É.

—Obrigado.

Disse pegando o buquê da minha mão.

—Hope.

—O que?

—Você ama o Henry?

—Amo. Mas, amo você também. Sou uma pessoa complicada, mas aposto que você já tava sabendo.

—Estou.

—Pois é, as coisas são complicadas.

Disse com um sorriso. Era o sorriso mais lindo, mais autêntico do mundo. 

Quando voltei para a sede da Fênix, a Matty quis saber da Hope.

—Ela disse que ia pensar.

—Ia pensar? MacGyver, ela não é humana e admitiu diante de todos nós que seu potencial é praticamente ilimitado. Essa garota é uma arma potente, mais potente do que qualquer bomba. Ela é uma bomba relógio.

—Matty, a força não vai funcionar. Acredite. Não se engane, ela é fofa, é uma dama, é meiga, mas eles são criaturas predatórias. Se se sentem ameaçados eles revidam. E tudo é aumentado para um vampiro, as sensações, emoções, sentidos e Hope tem um temperamento de lobo para acompanhar seu apetite voraz. Eu já vi ela lutando. É brutal, furiosa, com um grito ela matou um exército de vampiros. Com nada além de um grito.

P.O.V. Hope.

Eu lutei, mas eles me acertaram com dardos de mata-lobos. E quando eu acordei estava num porta-malas, minhas mãos estavam amarradas com aqueles lacres chatos, mas foi fácil arrebentar. Então eu chutei o vidro do S.U.V. até quebrar. Ouvi o freio, senti o carro frear.

Mas, eu já tinha saído. E me escondido. Imagine a minha cara quando eu passo pra dentro da sede da Fênix.

—Hope?

—Eu dei um perdido no seu agente. O idiota me acertou com dardos de tranquilizante e me enfiou num porta malas!

—Nenhum dos meus agentes te atacou ou te enfiou num porta malas.

Ela realmente tava dizendo a verdade.

—Bem, alguém fez. E eu acabei aqui. Que coincidência.

Então, alarmes começaram o soar.

—Ai! Ai!

Tapei os ouvidos para proteger os meus tímpanos.

—Estamos sendo invadidos!

—Desliga os alarmes. Desliga para eu poder ajudar.

O MacGyver correu para fazer uma de suas geringonças para desligar os alarmes.

—Obrigado. Empresta o seu canivete.

Ela cortou uma mecha do seu próprio cabelo e fez um feitiço.

—Pra que isso?

—Estou completamente oculta. Nenhuma magia vai conseguir me rastrear.

—E porque isso?

—Porque o motorista do veículo estava compelido e esta invasão são um Coven de bruxos. E aviso desde já que as coisas vão ficar violentas.

Ela avançou encima da Matty e segurou-a contra a parede.

—Estou fazendo isso pela minha família e pelos meus povos. Se eu descobrir que você ou qualquer um do seu governo teve algo a ver com isso, virei atrás de você Matty... e eu vou te estraçalhar.

—Quando descobrir que eu falei a verdade, vai me dever um pedido de desculpas.

—Veremos.

Ai ela saiu. Nós podíamos ver tudo pelas câmeras de segurança. 

P.O.V. Matty.

Haviam várias delas, mas ela chegou de surpresa e mordeu o pescoço da líder, quebrando-o logo em seguida. Mas, as outras atacaram, seus ossos quebrando duma forma grotesca e suas íris mudando do azul para o amarelo, do humano para lobo.

Mas, parou antes de terminar. Infelizmente para ela, as bruxas tinham algum truque. E ele caiu no chão berrando e apertando a cabeça. Só que Hope era mais poderosa. Ela desmembrou as bruxas, arrancou seus braços, suas pernas, quebrou seus pescoços, arrancou seus corações, bebeu seu sangue. Até uma cabeça ela arrancou.

Quando voltou para a sala estava coberta de sangue, a boca, a blusa, a calça.

—Prontinho.

Então, pegou umas caixas, plastico bolha e durex. E começou a embalar as cabeças. Enquanto cantava.

—Você acaba da matar sei lá quantas pessoas e está cantando?

—Heros, villains, whatever. Heróis, vilões não importa. É igual.

—Não é não.

—É sim. Essa visão, é simplista demais. É quase infantil. Quer dizer, quando somos crianças nos ensinam essa diferença entre um herói e um vilão, um ente querido a ser salvo, alguém digno de redenção e uma causa perdida. Mas, no fim... a única verdadeira diferença é só quem está contando a história. Eu sou a Hope Volturi. Venho de uma linhagem muito longa de vilões das suas histórias. Sou filha de um lobisomem e uma vampira, neta de uma bruxa malvada que praticamente inventou as artes negras. Eu nasci do mal, mas luto todo dia pra ser boa. Essas bruxas, estão do lado da Greta. Uma vampira obcecada com a pureza da raça. Uma versão feminina e vampira do Hitler. Ela tem um culto.

—Vampiros membros de um culto. E porque estão atrás de você?

—Eles defendem a supremacia da raça vampira, a pureza do sangue. Prosperam no ódio, mas eu... sem querer me gabar, mas sou o pior pesadelo deles. Sou uma bruxa Levesque, com uma mãe vampira Cullen e um pai lobisomem/ vampiro Volturi. Sou aquela que pode unir todas as facções e isso vai contra tudo o que eles acreditam. Greta tem seus apoiadores, eu tenho os meus. Isso é o submundo, isso é guerra. Eles não tem só medo dos meus poderes, tem medo da minha influência.

—Sua influência?

—É política querida. Minha vó era a bruxa Original, ela veio da linhagem mais antiga de bruxas que existe no mundo. Meu gene de lobisomem, minha linhagem de lobisomem é...

—Realeza.

—Sim. E meu pai é Volturi e minha mãe é Cullen. Eu venho de três famílias de manda-chuvas, famílias poderosas. Sou o que os humanos me chamariam de aristocrata.

Então, veio uma mulher ele soprou um pó na cara de Hope, deixando-a inconsciente. Ela era vampira. Os olhos vermelhos, ninguém é belo assim.

Ai apareceu outra pessoa.

—Se encostar um dedo na minha filha...

—Eu diria que está numa posição terrível para fazer ameaças.

A mulher de cabelos e olhos castanhos estava acorrentada.

—Mãe... você disse que se apenas suprimissemos o lado bruxo dela...

—Alec Volturi foi suprimido, mas encontrou uma maneira de quebrar a maldição. Sempre há brechas filho. E não podemos permitir mais híbridos!

O garoto olhou em volta. E viu a Hope.

—O que diabos fez com ela? Hope! Ei, Hope.

—Assim será mais fácil para ela filho.

—O que quer dizer?

—Filho, se queremos paz não podemos permitir a existência de nenhum predador alfa.

Estava uma confusão do lado de fora. Uma briga.

—Você sabe no fundo do seu coração que esta é coisa certa a se fazer.

Disse a mulher estendendo uma estaca prateada para o garoto. Ele pegou.

—Me mostre que acredita.

—Espera ai, espera ai. Você não pode simplesmente matá-la. Ela está inconsciente. Indefesa. Isso não é certo. Isso é covardia!

—Mac.

—Roman, não precisa fazer isso. Ela não é uma lobisomem ou uma híbrida, ela é sua amiga. E você se importa com ela, sei que sim.

Disse a mulher acorrentada.

—Mãe não me faça fazer isso.

—Então está a meu cargo!

A mulher loira tomou a estaca da mão do garoto e a morena acorrentada avançou encima dela. Elas se moviam tão depressa que era um borrão.

A loira estava sufocando a outra quando a porta foi arrombada.

—Alec.

—Está tudo bem, vai ficar tudo bem.

Ele tirou uma estaca também prateada do casaco e atravessou no peito de um dos capangas da mulher.

Mas, a mulher atravessou a mão no peito da outra que berrou. Mas, algo aconteceu com a mulher. 

Ela caiu no chão apertando a cabeça. E soltou a morena.

—MacGyver?

—Tira as correntes da Hope.

O Jack obedeceu e a garota recuperou a consciência. E a magia.

—Fica longe da minha mãe sua piranha!

Ela fez a mulher atravessar a sala.

—Mãe, você está bem?

—Estou bem.

—Hope...

—Você!

Hope agarrou o garoto. E logo o prédio estava cercado.

—O que é tudo isso?

—Guerra.

Um homem entrou, ele não era vampiro e estava do lado da Hope. Ela arrastou o garoto pra fora e a tal Greta com ele.

—Vocês vieram se curvar diante do Poder da Tribrida?

—Não. Eles precisam saber quem eu sou de verdade, Marcel. Então, eu proponho uma trégua. Porque do jeito que eu vejo, vocês idiotas não me conhecem e estão em considerável desvantagem.

—Diplomacia? Sério? Nós não negociamos com abominações.

—Tá bem. Não podem dizer que eu não tentei.

Ela jogou Greta longe e afundou as presas no pescoço do garoto.

—Não! Roman! Roman!

—É. Nós duas sabemos o que acontece. Então, discípulos e acólitos da maligna Greta! Se eu fosse o monstro que ela diz que eu sou... eu deixaria o filho dela morrer da pior forma que um vampiro pode morrer. Cheio de veneno de lobisomem no corpo. As alucinações, a febre, a histeria e finalmente o alívio da morte. Mas, há muita coisa que ela não sabe de mim. Meu sangue transforma lobisomens em híbridos de vampiro... verdade. Mas, meu sangue pode fazer outra coisa.

O garoto já tava surtando. Ele estava morrendo.

Ela se mordeu e ofereceu pra ele.

—Bebe.

—O que?

—Rápido. Porque se o ferimento fechar não vou fazer de novo. Ou bebe ou morre.

Ele bebeu. E... 

—Eu... eu não... estou morto.

—Não. Está curado. Eu curei você. Tive misericórdia de você. Então! Agora vocês sabem que o filho de Greta viveu porque eu sou superior a ela em todos os aspectos! Ele viveu porque eu tive misericórdia dele! Ele viveu porque eu deixei ele viver! Porque o meu sangue, curou-o! Mas, a você, Greta... não vou demonstrar tamanha misericórdia.

P.O.V. Greta.

Senti as presas da criatura no meu pescoço.

—Então, agora que sua Mestra foi subjugada, o status e Poder que ela prometeu foram revogados! Mas, lhes darei uma chance de viver. Desistam. Desistam desta ideia estúpida de matar os híbridos, de me matar e minha família. E quanto a você... tem algumas horas antes de cair morta. Sugiro que use estas horas para pensar na minha oferta, renda-se e eu salvo sua vida. Rendam-se e eu prometo serão poupados.

Ela entregou a mulher moribunda para o filho.

—Leve isso muito para o lado pessoal. Porque é.


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