Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Going Under


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, mais um capítulo pra vocês.
Decidi fazer uma coisa nova, vou tentar plantar a dúvida nas cabeças de vocês. O que é real e o que não é? Se vocês gostarem ou comentem e eu paro ou continuo



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P.O.V. Henry.

Quando eu acordei, não conseguia achar a minha mãe. Mas, o meu pai estava de terno.

—Pai, porque está de terno? Onde está a mamãe?

—Ela se foi Henry. Vamos ao enterro.

Notei que o Angus também estava de terno. 

—Vai se arrumar filho.

Eu vesti o meu terno e desci. Quando chegamos á igreja o corpo da minha mãe estava deitado no caixão e o padre estava lá. O padre conduziu a missa, os nossos amigos vieram dizer adeus á nossa mãe.

E então, depois do cortejo já no cemitério começaram os discursos. Meu pai foi primeiro.

P.O.V. Max.

Subi no palanque e tinha que dizer alguma coisa. Mesmo ainda estando processando o que aconteceu.

—Bem, pela primeira vez em muito tempo eu não sei o que dizer. Palavras não são suficientes. Julia sempre foi melhor com palavras e emoções do que eu. E esta era uma das muitas razões pelas quais eu a amava. Ela me completava. Sempre fui muito racional, bom com números, equações, física, mas em se tratando de lidar com as pessoas... esta era a praia dela.

Disse tentando me expressar como ela. E as pessoas riram.

—Hoje o mundo é um lugar mais obscuro. Porque ela partiu.

Desci e o Angus subiu.

—Meu pai e eu nunca fomos muito próximos, sempre foi apenas eu e a minha mãe. Até que ela conheceu o Max e assim como minha mãe adotou o Henry, Max me adotou. Eu me lembro de que minha mãe nunca realmente entendeu o que eu fazia. Física, ciência, mas ainda assim ela me encorajava, me aplaudia, eu sabia que ela não entendia nada quando eu explicava, mas ela me encorajava mesmo assim. Poucos dias antes dela partir, minha mãe se chamou de ordinária. Só que eu sei que isso não é verdade. Minha mãe também era uma pessoa extra-ordinária. Ela podia sentir coisas, fazer coisas que outros não conseguiam. Ela sabia que o meu pai tinha morrido antes dele morrer. Não foi uma previsão, mas um dia antes de recebermos a notícia ela teve um pesadelo. No dia seguinte ela passou mal o dia todo. Ficou com dor de cabeça e passou o dia tomando chá. Quando deu umas seis horas tocaram a campainha e o sargento apareceu dando a notícia. Mas, isso não pegou-a de surpresa. Ela já sabia. Então, isso é o meu jeito de dizer que Julia Oliveira Fitzroy não tinha nada de ordinária e que vou sentir falta dela.

Depois dos discursos, do enterro nós fomos embora do cemitério. E quando chegamos em casa o sangue dela ainda estava no tapete, assim como o chá que ela estava bebendo e a xícara quebrada.

—Me ajudem a catar os cacos e... vamos mandar o tapete para lavar.

P.O.V. Henry.

Nós limpamos a bagunça na sala e fomos dormir, mas não mudou nada. A casa ainda tinha cheiro de ervas, chá e incenso. As fotos de nós ainda estavam espalhadas pela casa. Meu pai dormiu no quarto de hóspedes. Ele não teve força para entrar no quarto que era deles.

Sonho do Henry On.

Eu estava no quarto do Angus. Ele tinha a arma do pai dele. Era uma arma com silenciador, era coisa de profissional. A mãe vive tentando fazer ele se livrar da arma. Sem sucesso.

Eu peguei a arma, examinei-a e a levei pra baixo. Minha mãe estava sentada no sofá tomando chá.

—O que tá fazendo com isso ai na mão menino? Isso é uma arma. Seu irmão devia se livrar desta porcaria. Eu acho que vou ter que fazer isso sozinha.

Então, a arma disparou. A primeira vez e o tirou pegou na minha mãe, eu tentei soltar, mas disparou de novo e de novo.

Sonho do Henry Off.

Eu acordei apavorado.

—Henry! Calma filho.

—Pai, acho que eu matei a mãe. Eu acho que eu matei a mãe.

—O que? Do que está falando, filho?

—A arma do pai do Angus. Eu acho que usei para matá-la, foi um acidente. Aquela coisa disparou.

—Calma filho. Nós vamos descobrir o que está acontecendo.


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