Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Hope Marshall




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P.O.V. Hope.

Meu nome é Hope Marshall. Nasci nos Estados Unidos, mas tive que me mudar para Londres.

Sempre fomos só eu e a minha mãe. É esquisito porque eu sinto coisas e faço coisas que outras pessoas não fazem. Vamos á uma viagem pedagógica para a Itália, visitar os Castelos, falar sobre história.

Tenho sonhos esquisitos e ás vezes meus sonhos acontecem de verdade. Tipo, premonições.

Conforme adentrávamos no Castelo, eu tinha essa sensação ruim e quando olhei para um dos caras com os quais a guia estava conversando vi o símbolo pendurado no pescoço dele. Não era um símbolo, era um brasão.

—I'm slipping into the deep end, I in over my head...

—Você está pálida Hope, está passando mal?

—Não entra lá dentro professor. Não entrem dentro da sala. Não vamos lá pra dentro. Vamos fazer o caminho de volta.

Praticamente implorei para ele.

—Vai ficar tudo bem querida. Não tem o que temer.

—Eu não, mas você tem. E quem quer esteja do outro lado desta porta também. Bem, já que não vai ter jeito... vamos acabar logo com isso.

P.O.V. Dimitre.

Mas, que humana tola.

—O almoço está servido, Mestres.

Então começou a ceia. Cordeiros para o abate. A única que não parecia apavorada, não parecia se quer surpresa.

—Faz sentido agora. Tudo faz sentido agora.

Félix avançou, mas ela fechou a mão em punho ele ficou suspenso no ar. Todas as velas da sala do trono acenderam-se simultaneamente.

—Eu tenho uns truques também.

Félix começou a se contorcer. A berrar.

—Agora, eu quero respostas. E não me importo nem um pouco em fazer sangrarem por elas.

—Nós não sangramos.

Félix caiu no chão e ela continuou a fazer o que quer que fosse aquilo e senti cheiro de sangue, vi o líquido escarlate vazando pelos canais lagrimais do meu amigo.

—Tem certeza?

—Pare. Pelo amor de Deus pare!

—Tá bem. Agora, e quanto a aquelas respostas?

P.O.V. Hope.

Enquanto eles massacravam meus colegas de sala, uma enxurrada de imagens, vieram na minha cabeça. Memórias. Feitiços, sangue, vampiros.

Minha mãe tinha me ensinado tudo aquilo, mas porque não conseguia lembrar? Até agora?

Qual é a ligação?

O outro tentou me atacar. O loiro. Mas, eu me desviei dos golpes dele facilmente. Era chocante. Era como se ele estivesse se movendo em câmera lenta e eu conhecia aquele estilo de luta. O meu corpo foi sozinho.

—Icques!

Ele voou longe. Eu vi a rajada de energia que saiu... de dentro de mim.

P.O.V. Aro.

Bem, isso é algo novo. Com uma palavra ela fez Dimitre voar longe. Lutou contra ele corpo a corpo e o venceu. Deixou-o inconsciente.

E tirou o colar de seu pescoço.

—Porque eu vivo sonhando com isso?! Responde! Agora!

Perguntou irada praticamente esfregando o colar na minha cara.

—Eu temo que eu saiba tanto quanto você minha jovem. 

—Acho que conheço alguém que sabe.

Ela se virou para a porta e pensou por alguns instantes.

—Vissera Portus.

As portas se abriram para ela passar.

P.O.V. Hope.

Voltei para casa e minha mãe não parecia surpresa ou apavorada ou preocupada.

—Pergunte.

—Porque eu tenho sonhos estranhos? Como fiz a porta abrir? Como acendi as velas e como lutei contra um vampiro?

—Seus sonhos não são apenas sonhos. São memórias, suas memórias. Eu as suprimi.

—Como? 

—Com um feitiço.

—Feitiço? Isso não é possível! É?

—É claro que é. Você recebeu todo o treinamento apropriado quando era criança, lutar contra recém-criados, vampiros mais velhos, lançar feitiços. E depois disso, eu suprimi suas memórias.

—Porque?

—Para te manter á salvo. Para te esconder.

—De quem?

—De Aro. Aro Volturi.

Dei o colar na mão dela.

—Sim. Volturi. Como o seu pai.

—Meu pai?

—Ele não sabe sobre você. Ninguém sabe, nem mesmo minha família. As suas eu suprimi, as deles... eu apaguei. Seu vô, sua vó, eles não se lembram de você. Para todos os efeitos você não existe. Nunca existiu.

Senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

—E o suco de groselha?

—Sangue. Você sentiu o cheiro não é? 

Fiz que sim.

—Porque... você me escondeu desse Aro?

—Porque primeiramente a cobiça dele é insaciável. E segundo: Os Volturi? Eles prosperam no medo, no ódio e você... você minha doce garotinha é o pior pesadelo deles. Porque você é uma bruxa Levesque com o gene de lobisomem e um pai vampiro. Seu pai não é apenas um vampiro, ele é um híbrido. Um Volturi. Você herdou o gene dele. Ele obviamente já ativou a maldição dele, mas Aro contratou uma bruxa para suprimir seu lado lobisomem.

—Porque?

Minha mãe riu.

—Não há nada que Aro não faça por Poder. Se seu pai tivesse acesso ao seu verdadeiro eu, seu total potencial... ele poderia virar um adversário perigoso. Híbridos podem caminhar ao sol, se for metade lobisomem sua mordida é letal para vampiros. Eles tomariam o Castelo de São Marcus em menos duma semana. E Aro seria destronado. Aposto que seu pai nem se lembra do que ele realmente é.

Meu Deus! Isso é loucura.

—Se meu pai é meio lobisomem, minha vó é uma bruxa e você é meio vampira... isso me faz o que?

—Todas essas coisas. Eu gosto de chamar, Tribrida. Meu bebê unicórnio.

—Você mentiu pra mim esse tempo todo.

—Menti. Sinto muito, mas se eu tivesse que voltar e tivesse que tomar as mesmas decisões sob as mesmas circunstâncias... eu faria tudo igual. 

—Porque?

—Assim que Aro descobrir quem você realmente é e o que é... estará sob sentença de morte. Como a primeira e única da sua raça, neta da bruxa Original Genevieve Levesque e do primeiro lobisomem do mundo e é claro filha do seu pai, você é aquela que pode unir todas as facções. E isso seria inaceitável para ele. Mas, você pode. Você é a Hope Genevieve Cullen Volturi. Filha da Renesmee Cullen e do Alec Volturi.

Em vinte e quatro horas o mundo veio desabando na minha cabeça. Eu não era quem eu pensava ser, o que eu pensava ser.

—Seu potencial é praticamente ilimitado, querida. 

Estava chorando tanto e quando eu abri os meus olhos, vi que saia uma fumaça cor de rosa das minhas mãos.

—O que é isso? Você tá vendo isso mãe?

—Estou. Você tem o escudo da sua vó Bella, a telepatia do vovô Edward, minha habilidade de projeção, mas essa ai... você herdou do seu pai. Se eu estiver certa e provavelmente estou, a sua névoa surte o mesmo efeito que a do seu pai.

—E que efeito seria esse?

—Causa na pessoa a ilusão de estar cega, surda, sem tato. É uma espécie de anestésico. 

—Oh!

De repente, minha mãe ficou tensa.

—O que foi?

—Eles estão aqui. Dimitre deve ter te rastreado.


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