A Última Chance escrita por Caroline Oliveira


Capítulo 12
Ira


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mais um capítulo na área! A coisa ficou tensa no anterior, né? Quem será esse filho misterioso do Miraz? Será que ele está falando a verdade?

Boa leitura!



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Alguns momentos antes...

Edmundo Pevensie

— É sério? – Foi o que eu pude dizer diante das palavras de Caspian. – Não vai mais se casar com Liliandil?

Pedro e eu tínhamos acabado de nos despedir do Rei Naim e de sua família – que por sinal eram uma companhia muito agradável – e nos encaminhávamos para o corredor onde nossos aposentos estavam localizados quando Caspian apareceu. Entre uma conversa e outra, ele nos revelou que tinha acabado de desistir do noivado com Liliandil e Pedro e eu ficamos sem entender nada.

— Percebi que não era justo que ela estivesse comprometida comigo enquanto... – Ele hesitou – Enquanto eu estou apaixonado pela irmã de vocês.

Não deve ter sido fácil admitir isso para Pedro. Eu já tinha conversado com Caspian sobre isso, mas com Pedro as coisas sempre foram mais difíceis.

— Isso vai ser um escândalo e tanto – Foi o que Pedro comentou, sério – Susana já sabe?

— Eu creio que não – Caspian respondeu – Eu a vi sair do salão com Lúcia logo que encerramos a festa, não a vejo desde então. Acham que as cortes reagirão muito mal à minha decisão?

— Acho que ficarão muito confusos – Pedro cruzou os braços – Podem pensar que deram viagem perdida, ou coisa do tipo, mas nada além disso. Sua corte é que pode ficar irritada.

— É, eu imagino que os lordes telmarinos vão querer me escalpelar por não me casar – Caspian sorriu de canto – Estão mais preocupados com a falta de herdeiros do que eu mesmo.

— Não é como se você fosse um velho – Retruquei – Tem anos à beça para...

— Aí está! – Meu comentário foi interrompido pela voz estridente de Ramandu, cuja luz estava mais forte e eu podia jurar que seus passos causavam pequenos tremores no chão. – Seu traidor insolente!

Caspian arfou.

— Ramandu, eu pretendia conversar com você de maneira mais...

— Conversar? – O pai de Liliandil repetiu ultrajado – Crês realmente que quero dialogar contigo após teres desprezado a minha filha da forma mais vil?!

— Pai, pare! – Liliandil surgiu no corredor, ainda com o vestido da festa, porém com os cabelos soltos e já sem joias. Ela correu até nós com os pés descalços, segurando as saias – Está interpretando tudo errado!

— E você ainda o defende, Liliandil? – Bradou ele e ela se encolheu – Ele a tirou de casa, a trouxe para esse mundo mortal corrompido, jurou que a protegeria e faria feliz!

— Por esse mesmo motivo eu desfiz esse noivado! – Caspian subiu o tom de voz na mesma proporção – Eu jamais poderia fazer sua filha feliz amando outra mulher!

— Ah, por que eu estou tão surpreso?! – Ramandu sorriu com ironia, abrindo os braços como parte de sua performance – Eu deveria saber que seu coração fraco logo sucumbiria aos encantos de uma vadia qualquer!

— Dobre a língua! – Pedro rugiu e um ódio me subiu de imediato também.

— Não vai ofender a Rainha Susana no meu castelo! – Caspian bradou possesso – Saia dos meus domínios imediatamente antes que seja tarde!

— E o que acha que pode fazer contra mim, seu humano ridículo?! – Tive a impressão de que o rosto de Ramandu escureceu, ressaltando seus cruéis olhos azuis, tamanho ódio que lhe subia à cabeça – Eu vou lhe mostrar o quão insignificante e medíocre você é!

Das mãos de Ramandu surgiu uma esfera branca de energia que me fez estremecer mesmo tão longe. À medida que ele afastava uma mão da outra, a esfera crescia e uma ventania anormal nos rodeou.

Escondi o rosto contra a poeira que subia e senti o sobretudo e meus cabelos tremularem com o vento.

— Morra, rei Caspian! – E Ramandu lançou a esfera contra nós.

Eu sentia a energia querer rasgar o meu corpo antes mesmo de ela nos atingir e quando aquela luz estava prestes a me cegar, eu a vi.

Liliandil se colocou entre Pedro, Caspian e eu e a rajada de energia de Ramandu e com sua própria magia azulada e muito esforço, dissipou o feitiço.

Caspian e Pedro tiraram as mãos dos rostos para ver quando Liliandil finalizou e seus joelhos cederam. Ela estava ofegante, tamanho foi o esforço para desfazer a magia do pai.

Ousei olhar para Ramandu. Ele estava surpreso, ultrajado, duplamente furioso.

— Você se atreve a rebater o meu feitiço – O tom de Ramandu era baixo e ameaçador. Toda a sua fúria, antes dirigida a Caspian, se desviava para a filha.

— Pai, eu não... – Sua voz era de puro medo. Ela não queria desrespeitá-lo, ela jamais faria isso, ela queria apenas evitar uma tragédia.

— Eu lhe dei a chance de ser a rainha mais próspera e grandiosa que Nárnia já viu... E você desprezou o meu intento e a minha confiança!

— Pai, por favor, entenda – Apesar de Liliandil estar de costas para nós, eu sabia por sua voz que ela chorava.

Ele apontou a palma da mão para ela e lançou um feixe de energia contra a filha, atingindo-a no coração. Liliandil gritou a plenos pulmões, um grito de dor no corpo e na alma, um rugido de desespero.

— Por sua desobediência, audácia e desrespeito! – Anunciou Ramandu, impiedoso.

— Pare! – Caspian gritou.

— Está a machucando! – Gritei também.

— Eu a destituo da posição de minha herdeira, a proíbo de retornar aos céus e retiro toda a magia que lhe foi concedida até que se retrate! – Continuou Ramandu, a voz sequer falhava, sequer tinha remorso.

Tentei me aproximar, mas a magia era forte demais, não nos deixava aproximar.

Cada grito de Liliandil corroía a minha alma. Eu queria tirá-la dali, queria que acabasse logo.

Quando o desgraçado do Ramandu se deu por satisfeito, não só sua magia branca se voltou para ele, mas a essência azul de Liliandil também. Ele tomou dela todo o seu poder, tudo o que fazia dela uma estrela.

Liliandil desfaleceu e eu corri para evitar que caísse no chão. Segurei-a já desmaiada pelas costas e me abaixei junto a ela.

— Liliandil! Liliandil, fale comigo! – Eu pedia desesperado, fitando seu rosto pálido, seus lábios brancos. – O que você fez?! – Gritei contra Ramandu.

— Se quiser culpar alguém – Retrucou ele – Culpe sua irmã e seu amigo.

A figura humana de Ramandu se transformou na esfera de luz que atravessou a varanda do corredor e subiu aos céus sem um pingo de consideração.

— Socorro! Alguém me tira daqui! – Batidas fortes e frenéticas acompanhadas pela voz de Susana soaram pelo corredor, vindas do quarto dela.

— O que foi agora? – Pedro, ainda atordoado, murmurou.

Foi quando Susana também começou a gritar.

 

Caspian X

— Cuide dela! – Pedi a Edmundo, referindo-me a Liliandil – Pedro, vamos!

Pedro e eu saímos em disparada na direção do aposento de Susana, meu coração palpitando com a possibilidade de Ramandu ter feito algo contra ela também. Se o tivesse feito, eu o faria pagar caro, não importava como.

— Ed, o que houve? – Ouvi a voz de Lúcia no corredor, ela provavelmente ouviu a confusão.

— Susana! – Chamei ao chegar à porta. A maçaneta, como previ, estava trancada.

— Caspian, socorrro! – Bradou com a voz embargada.

— Calada! – Uma voz masculina gritou lá dentro.

Encarei Pedro e me afastei da porta para tomar impulso para arrombar a porta, que desabou quarto adentro com um estrondo.

Nada menos que Rilian, sobrinho da esposa do duque de Galma e de Lady Orestila, mantinha Susana refém, apontando-lhe uma espada. Quando nos viu, tentou correr até Susana para ameaçá-la, mas eu pulei em suas costas e caímos no chão.

Eu o imobilizei e Pedro arrancou a espada de suas mãos. Rilian conseguiu soltar uma das mãos e me acertou no rosto. Grunhi e me afastei e ele me empurrou, mas Pedro o agarrou pela camisa e colocou a espada em seu pescoço.

— Me dê uma boa razão para eu não arrancar sua cabeça fora! – Pedro disse a ele.

Corri até Susana e me abaixei perto dela.

— Você está bem? – Perguntei, olhando rapidamente para seus braços, seu pescoço, seu rosto, tudo para certificar-me de que ele não a tinha ferido.

— Estou, na medida do possível – Tranquilizou-me.

Ajudei-a a levantar e quando olhei em seus olhos marejados, os resquícios de lágrimas em seu rosto, não pude evitar dar-lhe um abraço apertado, que ela aceitou de bom grado. Fechei os olhos para apreciar o alívio que me preenchia.

Foi quando Garvis e mais alguns guardas apareceram, com as espadas em riste. Susana e eu nos afastamos.

— Levem este infeliz para a cela mais profunda das masmorras – Ordenei, indicando Rilian com o queixo. Ele me fulminou com os olhos, algum tipo de ressentimento que eu não consegui decifrar na hora perpassou por seu semblante.

Pedro deixou que Garvis e seus homens pegassem Rilian e o imobilizassem mais firmemente.

— Caspian, espere – Susana pediu, afastando-se de mim. Os guardas pararam de arrastar Rilian para fora. – Tem uma coisa que precisa saber.

Rilian arfou e abriu um sorriso falso, descrente.

— Acha que ele vai poupar a minha vida só pelo fato de que...

— Eu não matei o seu pai – Ela assegurou a Rilian e eu não entendi nada. – É verdade, ele foi morto com uma flecha minha, mas não fui eu quem o atingiu. Ele foi traído por um de seus lordes de confiança, Sopespian, que morreu no fim da batalha.

Arregalei os olhos. Cinco anos atrás, na guerra contra o domínio de Telmar, eu liberei Miraz de pagar com a vida por seus crimes, mas Sopespian o matou para nos acusar de traição.

Miraz...

— Isso é loucura! – Falei – Não pode ser filho de Miraz, ele e Prunaprismia...

— Ele traiu a sua tia, será que não vê?! – Falou com obviedade, agitando-se sob as mãos dos guardas – Ele visitou a Galma anos antes dessa guerra acontecer e minha mãe se tornou sua amante! Miraz passou anos prometendo que nos levaria para Nárnia quando se tornasse rei...

— E você acreditou nessa história? – Pedro questionou – Ele jamais deixaria a legítima esposa por causa da sua mãe!

— É claro que acreditei, eu era uma criança! – Gritou Rilian – E eu teria acertado as contas com ele por suas mentiras no dia em que cheguei aqui se... – E então ele parou, como se finamente percebesse que sua empreitada tinha sido em vão – Se ele não estivesse morto.

Eu ainda não acreditava. Não era possível, Miraz ainda tinha adultério a acrescentar na lista? Prunaprismia passou a vida se martirizando por não conseguir lhe dar um filho e para quê? Para que ele houvesse tido filhos bastardos do outro lado dos Mares Orientais!

— Levem ele daqui – Falei aos guardas, que arrastaram Rilian para fora do quarto. Só então percebi que sua cabeça sangrava. A borda da jarra de prata jogada ao chão tinha sangue. Susana havia se defendido.

— Você está bem? – Pedro perguntou a Susana, aproximando-se dela para dar-lhe um abraço, enquanto ele ainda segurava a espada com uma das mãos.

— Estou – Falou ela – Foi um susto e tanto, mas – Foi quando eu e ela trocamos um olhar – Eu estou bem.

— Como isso tudo aconteceu? – Perguntei a ela, confuso, atordoado – Como ele entrou aqui? O que aconteceu?

— Eu cheguei do baile a pouco – Tentou explicar – Ele já estava aqui, me esperava no escuro. Ele matou os dois guardas que faziam minha segurança para ficar a sós comigo. Não sei como ele chegou à conclusão de que eu matei Miraz, mas...

— Eu vou resolver isso de uma vez – Anunciei, deixando Susana e Pedro no quarto.

— Caspian, o que vai fazer?! – Ainda a ouvi perguntar.

Eu ainda não acreditava naquela história. Não estava completamente convencido do parentesco com Rilian, ou das motivações que o levaram a tentar "vingar-se" de Susana. Estava confuso demais e com raiva demais para pensar com clareza.

Havíamos procurado por ele, cuidado de seu irmão, tentado reconciliá-lo com sua família de Galma! Desloquei homens de suas funções habituais para encontrar aquele imbecil e ele ousa fazer mal a mulher que eu amava?

Caminhei decidido rumo às masmorras. Ao dobrar o corredor, no entanto, dei de cara com a corte de Galma, que me olhou desesperada.

— Majestade, o que Rilian fez para que... – Dizia Orestila.

— Conversamos depois – Cortei-a impiedoso.

Eu pensava que Miraz ficara no passado, que sua crueldade e desonestidade seriam apenas lembranças do longo período de mil e trezentos anos do jugo telmarino sobre os narnianos e que Nárnia – e eu mesmo – ficara livre da sombra da sua maldade depois de sua morte.

Ao que parecia, entretanto, eu estava enganado.

— Onde ele está? – Perguntei assim que cheguei às masmorras. Garvis logo notou meu semblante de ódio e dispensou o soldado que iria me responder para se aproximar.

— Está sendo colocado na cela, majestade – Ele interceptou minha passagem para o corredor das celas – Se me permite, é melhor interrogá-lo com tranquilidade amanhã.

— Não vou esperar até amanhã – Decretei.

Desviei de Garvis e disparei corredor adentro. As celas estavam vazias, não tínhamos feito prisioneiros nos últimos tempos.

Como eu havia ordenado, os guardas estavam colocando Rilian na cela mais distante. Eles o prendiam com correntes compridas, que permitiriam que ele caminhasse na cela, porém que não saísse dela.

— Deixem-nos – Ordenei severo. Meus punhos tremiam num misto de ódio, temor e ressentimento, parte dele não por Rilian, mas pelos motivos que o levaram a encontrar-me naquele dia. Sua vingança, seu atentado contra Susana, tudo passava pela minha mente.

Assim que os guardas se afastaram, acertei Rilian com um soco forte que o derrubou no chão. Ele grunhiu com a agressão e com o impacto.

— Acha que preservarei a sua vida por ser sobrinho de Macrino? Ou pior: por ser filho de Miraz?

— Pelo... – Cuspiu o sangue que entrou na boca, vindo do corte aberto na comissura – Contrário. Eu esperava já estar morto a essa altura, se você não fosse tão covarde.

A fúria reacendeu em mim. Andei até Rilian e o ergui pela gola da camisa, quase o sufocando no processo.

— O que você pretende? – Inquiri entredentes – Quem colocou a ideia estúpida na sua cabeça de que Susana matou Miraz? E o que diabos fez você resolver só agora se vingar?

— Isso não é da sua conta – Cuspiu as palavras. Eu o joguei no chão.

— Sabe o que os narnianos fariam com um moleque que tentou matar uma de suas rainhas? – Indaguei, caminhando pela sala.

— Do que você tem medo, rei Caspian? – Sua audácia se estendia até desdenhar do título que precedia meu nome. – Que eu reclame o trono como filho de Miraz? Acha que não sei que ainda existem lordes telmarinos que apoiam seu tio em segredo?

— Não se eu acabar com você antes!

— Caspian, pare! – Susana apareceu na cela de repente, correndo. – Não vai ganhar nada com isso! - Ela tocou meu braço.

Encarei Rilian mais uma vez. Sua boca sangrava, mas logo estancaria, nem fora um corte tão feio. Seus olhos refletiam todo o ressentimento que eu também compartilhava.

Larguei sua gola e ele se manteve firme, desafiando-me.

Deixei-me ser levado por Susana, sentindo algo terrível em meu íntimo. Meu coração estava acelerado, a respiração ofegante, coisas que só percebi quando permiti que a raiva se dissipasse.

— O que deu em você? – Perguntou ela quando chegamos a um dos corredores do castelo propriamente dito – Eu nunca o vi com tanta raiva, nem quando confrontou Miraz pela morte de seu pai!

Expirei.

— Perdoe-me – Falei sem olhar para ela. Sabia que tinha exagerado – São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo: Nárnia sucumbindo a uma seca jamais vista antes; a presença nada confiável dos calormanos no castelo; o surto de Ramandu que quase matou Liliandil e agora esse... moleque estúpido desgraçado que quase matou você.

— Eu sei que está sendo difícil – Ela tocou meu rosto, fazendo-me encarar seus olhos azuis cintilantes e tranquilos – Que a carga está muito pesada. Sei que é difícil controlar o estresse e a raiva em momentos de tanta pressão, mas... não se deixe dominar por esse ódio. – Ela pediu com tanta sinceridade e ternura que me fez ter profunda vergonha do que eu tinha feito – Não deixe que o Caspian doce, corajoso e bondoso que eu conheci se torne um espelho do Miraz cruel que Nárnia conheceu um dia.

Arfei, colocando a mão na testa. Uma leve dor de cabeça começou a me atormentar.

— Imagino que já tenham contado que rompi o compromisso com Liliandil – Falei por fim. Ao perceber que estávamos sozinhos, longe de todos que pudessem nos interromper, decidi continuar a conversa que começara no baile, antes de Ramandu aparecer.

— Sim – Ela recolheu a mão do meu rosto, com um sorriso de canto nos lábios – Pedro me contou. E disse que ela defendeu vocês quando Ramandu estava prestes a matá-lo. Espero que ela esteja bem.

— Eu também espero – Concordei. Foi quando tomei coragem de segurar suas mãos – Eu jamais desejaria que Liliandil sofresse pelas minhas decisões, porém... Não consigo mais esconder, ou ignorar o que sinto por você. Não consigo mais estar tão perto de você e não poder tê-la comigo.

— Caspian...

— Sei que estou sendo completamente inconsequente ao fazer isso, mas... nem que seja por pouco tempo... dias, semanas, um mês... eu quero ficar com você.

Susana parou por alguns segundos para assimilar minhas palavras, até que sorriu e fechou os olhos.

— Eu amo você – Disse ao me encarar outra vez – Eu te amo, Caspian.

Aquelas palavras foram mais do que música para meus ouvidos. Foram uma melodia encantada que dissipou todos os sentimentos ruins que me assolavam minutos antes.

Soltei as mãos se Susana e tomei seu rosto com uma das mãos. Aproximei meu rosto do dela devagar, apesar de ansioso por aquele momento mais do que qualquer coisa na vida. Fechamos os olhos quando meu nariz roçou no dela e eu pude aspirar seu cheiro que inebriou meus pulmões.

Nossos lábios se tocaram levemente e se separaram, voltando a se tocarem segundos depois. Foi quando a tomei num beijo calmo, porém apaixonado, passando a mão por sua cintura para trazê-la mais para perto de mim.

Meu corpo se arrepiava com aquele toque, eu jamais havia sentido algo assim. Cada parte do meu corpo vibrava com a presença dela, com o toque dela.

Susana envolveu minha nuca com uma das mãos, agarrando delicadamente meus cabelos, ao passo que a outra mão repousava no meu braço.

Quando nossos lábios se separaram, depois de um longo e ardente beijo, roçamos os narizes novamente e sorrimos.

— Eu te amo – Falei a ela e aquela frase foi símbolo de liberdade para meu coração – Jamais um homem amou tanto uma mulher como eu amo você.

— Não sabe o quanto eu estou feliz – Confessou – Depois de tanto tempo, depois de não ter esperança alguma... você está bem aqui! – Voltamos a sorrir – Mas... – Seu sorriso se desfez – O que vão pensar do rompimento do noivado?

Maneei com a cabeça.

— Vou me preocupar com isso amanhã – Assegurei – Agora, nós temos que ver como Liliandil está.

— Você tem razão – Foi quando nos afastamos, exceto pelas mãos dadas – Pelo que Pedro disse, ela foi bastante compreensiva.

— Ela é uma pessoa ótima – Concordei – Não posso dizer o mesmo do pai.

— Vamos lá – Soltou uma das mãos e me conduziu pelo corredor.


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Notas finais do capítulo

EU EU EU! O BEIJO ACONTECEU!
E então? Gostaram????
O que acharam do surto do Ramandu? O que acham que vai acontecer com a Liliandil? E o confronto do Caspian e do Rilian? E, claaaro, o que acharam do momento fofo do Caspian e da Susana! Essa reconciliação já tava demorando, né?
Vejo vocês nos comentários!



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