Belong escrita por Kim Nari


Capítulo 22
21- This is real happiness




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Gaara

 

Ainda sinto um misto de felicidade e medo o tempo todo, mesmo com a chegada dos três meses não me sinto completamente seguro, acho que só vou ficar completamente seguro quando sentir a minha filhotinha em meus braços, sentindo seu corpinho quente contra o meu.

 

Itachi tem sido ainda mais amoroso e presente para mim e para a nossa filhotinha, o presente que ele comprou para ela me deixou tão feliz, queria ter ficado mais tempo acordado, mas, ultimamente tenho sentido tanto sono, pelo menos os enjoos diminuíram.

 

Estou tomando todos os cuidados que Sakura recomendou para que a minha filhotinha nasça bem e saudável, principalmente depois do sangramento que tive, aquilo me assustou tanto, na verdade ainda me assusta, mas estou fazendo o possível para ser um pai mais forte para minha bebezinha, as caminhadas que Sakura recomendou mesmo que só no jardim da nossa casa me animam muito, daqui a uns dias eu vou poder passear um pouco mais longe, eu só preciso que as temperaturas fiquem um pouquinho mais quentes.

 

Uma coisa que ainda me preocupava era como a família de Itachi receberia a notícia, não me preocupava com Sasuke e Naruto ou Mikoto-sama, e sim com Fugaku-sama, apesar dele estar muito mais próximo agora, até mesmo me presenteando com sementes para aumentar o meu jardim ainda me lembrava como ele me tratou desde que cheguei aqui, ele não parecia gostar de mim.

 

─ Vai ficar tudo bem meu amor ─ Itachi aperta a minha mão que ele segurava gentilmente entre as suas quando nos aproximamos da casa de seus pais. ─ Não precisa se preocupar eles vão amar a notícia.

 

Tomo uma longa respiração criando coragem para prosseguir os passos que faltavam para entrarmos na casa de meus sogros, ao soltar o ar vejo a fumacinha branca que sai. Está tão frio nunca achei que fosse gostar tanto da neve, quanto eu gosto.

 

─ Você vai continuar segurando a minha mão? ─ Pergunto baixinho segurando suas mãos que estão felpudas e macias por conta das luvas que usamos.

 

─ Sempre ─ Um sorriso suave se abre em seus lábios. Tendo Itachi ao meu lado sei que posso enfrentar qualquer coisa.

 

Fico na ponta dos pés para lhe dar um beijo rápido nos lábios o que o faz sorrir ainda mais, adoro ver seus sorrisos, eles se parecem com o sol, capazes de iluminar tudo.

 

Prosseguimos até a casa, seguindo o corredor de lanternas penduradas para iluminar o caminho, uma coisa que descobri é que os dias no inverno são muito mais curtos, o deus sol nos dá adeus mais cedo deixando que Tsuki reine no céu, por mais tempo.

 

Tomo outra longa respiração antes de Itachi empurrar o shogi, permitindo que nós entremos na sala quentinha, deixando o ar frio para trás.

 

A sala está completamente cheia, quase não cabe mais pessoas, todos com um sorriso enorme no rosto e kimonos de festa, pelo que posso ver a sala também está decorada como se fosse uma festa.

 

─ O que está havendo? ─ Pergunto para Itachi que está tão perdido quanto eu.

 

─ É o ainari de vocês ─ Haku que estava no canto ao meu lado diz todo feliz.

 

Continuo sem entender o que ele quer dizer com isso, olho para Itachi esperando uma reação, afinal ele parece já ter entendido o que é esse ainari.

 

─ Itachi o que é...

 

Antes que possa concluir a minha pergunta sou puxado para uma abraço forte e caloroso por parte de Mikoto-sama, que está chorando, fico aflito ao ver essa ômega forte e gentil chorar, sinto a mão de Itachi nas minhas costas fazendo um carinho circular me fazendo relaxar um pouco, com um pouquinho de esforço me viro um pouco a cabeça em sua direção o vendo também emocionado não a ponto de chorar, mas há um brilho diferente em seu olhar.

 

Estou a prestes a perguntar novamente quando sou surpreendido por um novo abraço e dessa vez é Fugaku-sama a me abraçar, estou tão surpreso que não consigo retribuir a cada minuto que se passa estou mais perdido.

 

─ Itachi ─ Chamo meio choroso me sentindo confuso e perdido, outra coisa que veio com a gravidez foi o choro frequente por qualquer motivo.

 

Fugaku-sama ri, e me solta do abraço trazendo suas mãos para o meu rosto o segurando delicadamente para que eu olhe para ele.

 

─ Eu te devo um grande pedido de desculpas Gaara, o ainari é a recepção de boas vindas que fazemos aos noivos quando eles se casam, e por culpa da minha teimosia não permiti que fizessem uma para vocês dois, peço perdão por isso, à você Gaara a quem recebo como um filho e a Itachi, espero que não seja tarde demais para sermos realmente uma família ─ a última parte ele diz baixinho apenas para mim ouvir, imagino que como Itachi está do meu lado ele também tenha ouvido.

 

Sinto as lágrimas caírem ao finalmente entender o que o ainari é, é muito mais que uma recepção, é uma cerimônia de aceitação para o novo integrante da família, é o momento que os pais ganham um novo filho e o filho ganha novos pais.

 

Fugaku-sama deixa um beijo em minhas testa, limpando as lágrimas que correm pelo meu rosto, todos nos observam, posso ver seus rostos felizes e contentes, Haku e Naruto tem lágrimas no rosto, assim como Temari que está lutando para não deixar as lágrima saírem, sorrio para eles antes de me afundar no abraço de Itachi escondendo meu rosto em seu peito.

 

Itachi como sempre me acolhe em seus braços apertando a minha cintura de leve e deixando beijos em meu cabelo, ele me pergunta se estou bem, e tudo o que posso fazer e olhar para seu lindo rosto e dizer que sim com um simples balanço de cabeça, não consigo falar agora, mas consigo sorrir, ao me ver sorrir, Itachi sorri também, ainda o vejo dizer um obrigada mudo em direção a mãe e o pai.

 

─ Vamos celebrar a chegada de um novo filho ─ Fugaku diz alto.

 

Uma música animada começa, as vozes se misturam assim como os votos de boas vindas que todos fazem para nós, fico ao lado de Itachi o tempo todo sentindo sua calma e conforto, volta e meia sua mão vai até a minha barriga fazendo um carinho singelo em nossa bebezinha.

 

Em algum momento durante a comemoração sou puxado por Temari, Haku e Naruto para um canto.

 

Temari ainda luta contra suas lágrimas que creio que seja de felicidade já que um grande sorriso está fixado em seus lábios desde o começo.

 

Haku e Naruto também parecem muito felizes.

 

─ Não vou dizer bem vindo a família porque você já é da nossa família desde que Itachi pôs os olhos em você Gaara, Fugaku-sama só tornou de conhecimento de todos e deu o que vocês merecem. ─ Haku diz tudo em um fôlego só ─ Rio feliz.

 

─ Faço das palavras dele as minhas ─ Naru diz me abraçando carinhosamente.

 

Ficamos um tempo na nossa bolinha só de ômegas fofocando até Itachi, chegar com mais uma daqueles chás ruins que eu tenho que tomar para o bem do meu bebê.

 

Ao sentir o cheiro forte de ervas, o sorriso de Temari some imediatamente, uma carranca assume o lugar do seu lindo sorriso, Haku tapa imediatamente a boca e o nariz ao ficar enjoado pelo cheiro, Naru segue o mesmo rumo, eles fogem me deixando com o chá e uma Temari zangada.

 

─ Até aqui? ─ Pergunto divertido para Itachi, que sempre me traz esse chá não importa onde estou ou o que estou fazendo, se deu a hora de tomar o chá fortalecedor ele me traz.

 

─ Até aqui ─ Ele responde divertido me vendo tomar o chá amargo, ao fim faço uma careta lhe entregando o copo.

 

─ Você está doente Gaara? ─ Temari que ficou nos encarou o tempo todo finalmente se manifesta.

 

─ Não, eu estou perfeitamente bem ─ Por um momento me esqueci completamente do por que de termos marcado um jantar com a família ─ Não poderia estar melhor ─ Levo minhas mãos até o meu ventre sorrindo cúmplice para Itachi.

 

─ Acho que está na hora deles saberem─ Diz colocando suas mãos por cima da minha.

 

─ Saber o que? ─ Temari parece alarmada.

 

Sorrio cúmplice para Itachi, sabendo que vamos dar uma grande felicidade à nossa família.

 

─ É uma coisa muito boa ─ Sorrio ainda mais, acho que não consigo parar de sorrir. ─ Boa mesmo.

 

Itachi me abraça e me guia para o centro da sala, chamando a atenção de todos para o comunicado que ele quer fazer não só como o líder, mas como filho.

 

Assim que a atenção está toda voltada para nós, ele me abraça e uma de suas mãos vai direto para o meu ventre, assim como eu Itachi, não consegue parar de sorrir. Alguns rostos se iluminam parecendo saber o que está por vir.

 

─ O que é meu filho? ─ Mikoto-sama pergunta um sorriso cúmplice brinca em seu rosto ─ Qual é a novidade conte-nos, não nos deixe ansiosos assim.

 

─ Os deuses nos abençoaram grandemente, Gaara me deu o melhor presente que eu poderia ganhar, depois de ter aceitado ser meu parceiro, ele é a luz da minha vida e agora essa luz vai aumentar ainda mais, Gaara está grávido.

 

A primeira reação é um silêncio que aos poucos vai sendo substituído por sorrisos e exclamações de alegrias e felicitações e muitos votos de saúde para mim e para o meu bebê.

 

Temari é a primeira a vir me abraçar, me desejando tudo de bom para mim nessa nova fase.

 

─ Eu sabia que você tinha feito algo com o meu irmão ─ diz antes de se afastar, deixando os outros se aproximarem para nos abraçar, ─ Só não sabia que era algo tão bom assim. ─ Rio, Temari sendo Temari como sempre. De longe a vejo ser abraçada por Shikamaru e o sorriso feliz que eles trocam.

 

Acho que nunca fui tão abraçado como nesse dia, todos os que estavam presentes no meu ainari fizeram questão de me abraçar e saudar Itachi, os mais próximos fizeram brincadeiras bobas que me deixaram envergonhado.

 

Haku era um dos mais felizes, agora não sei porque eu o faria companhia como grávido ou por mal poder esperar para ver Itachi agindo tão preocupado quanto Zabuza, o fato é que ele estava pronto para se divertir com isso, afinal ele não seria o único a passar os perrengues que um alfa preocupado além do normal pode proporcionar.

 

Fiquei um pouquinho receoso ao lembrar disso, mas resolvi deixar para lá não queria estragar esse momento com isso.

 

Naru tinha um sorriso doce nos lábios e planos mirabolantes de mimar muito o sobrinho, ele estava nitidamente feliz, especialmente desde o hanami era como se uma paz houvesse se assentado sobre ele, assim como em seu relacionamento, ele e Sasuke pareciam ainda mais unidos e grudados.

 

Nunca fui tão feliz em toda a minha vida, podia sentir a felicidade, era como se fosse uma criatura viva e espessa a qual eu podia tocar e sentir nitidamente pressionada contra meu peito me enchendo dos mais puros e belos sentimentos.

 

Neste momento não existia dor, infelicidade ou qualquer lembrança ruim, muito menos o medo do futuro, tudo o que existia era o amor transbordando de todas as pessoas que estavam conosco, nos envolvendo e protegendo. Sentindo todo esse amor eu me sentia forte e capaz de qualquer coisa.

 

Quando a movimentação se acalmou e os convidados foram embora, restando apenas Itachi e eu na casa, tínhamos sido impedidos de partir, Mikoto e Fugaku-sama queriam curtir um pouco mais a novidade de que seriam avós pela primeira vez.

 

Sentia que estava ainda mais próximos deles depois de uma longa conversa acompanhada de mochis e chá de pêssego, que só foi interrompida por mim quase caindo de cara contra a mesa devido ao sono.

 

Não consigo lembrar exatamente de tudo desse momento, mas sei que acordei a algum tempo, meu kimono festivo foi trocado por roupas de dormir, quentinhas e fofas, e como sempre eu fazia tronco quente de Itachi de travesseiro, seu cabelo espalhado contra o travesseiro, a boca levemente aberta e uma expressão completamente relaxada tomava seu rosto, ele dormia profundamente, cansado desses últimos dias.

 

Aproveitei seu calor e segurança para pensar em todos as coisas que haviam acontecido e mal vendo o tempo pensar, só percebi que estava completamente perdido em pensamentos quando vi os raios dourados entrarem pelas frestas da janela anunciando que um novo dia estava prestes a começar.

 

Me aconcheguei mais a Itachi sentindo pouco tempo depois seu braço esquerdo envolvendo minha cintura protetoramente enquanto ele ainda dormia.

 

Me deixei descansar sendo inundado pelo sentimento de que esses momentos com Itachi e em família eram a verdadeira felicidade, era o comprimento de tudo o que eu sempre sonhei. 

 


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