Lago dos cisnes escrita por laurenjaureguiiii


Capítulo 4
Vidente




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A noite estava fria e escura,Odile estava em seu castelo,embora fosse sua casa ela quase nunca ficava lá nem mesmo pra dormir,ninguém sabe pra onde ela ia e nem o que fazia,ela é um verdadeiro mistério até pro seu servo e conselheiro Julian,um homem muito branco,branco como leite,,com cabelos pretos penteados pra trás e olhos quase pretos,ele conhecia a história da rainha,ele se importava com ela mesmo sabendo de tudo de ruim que ela já fez,afinal ela não nasceu malvada,ela se tornou,ninguém sabia mais disso do que Julian e Rothbart,o culpado por tudo que tinha acontecido com ela.

Odile estava em seu quarto,com sua camisola curta e preta,ela se maquiava no espelho,sempre mantendo a cara de malvada e de mulher sedutora,fazia muitos anos que ela não dava um sorriso verdadeiro,um sorriso feliz,Odile pegou sua caixa pra  ver se encontrava seu batom preto,quando abriu encontrou um objeto que sempre a deixava ficar fraca,um colar com um cristal preto,o colar que sempre a fazia lembrar do seu pior trauma,seus olhos se encheram de água novamente,ela nunca havia conseguido superar e provavelmente nunca iria,sua pior lembrança,seu pai havia tirado toda luz,toda felicidade e tudo de bom que restava dela em uma noite só.

Flashback on

Odile tinha 15 anos,era uma garota completamente infeliz que havia acabado de ser obrigada a se casar com o rei Léon III,um homem de 30 anos que ela sequer conhecia ou amava,seu pai,Rothbart,havia trapaceado para que ela se casasse com o rei e se tornasse a rainha que ele sempre quis que ela fosse mesmo contra a vontade dela,sua dor e vontade de gritar era tão grande que a vontade que ela tinha era de se matar se isso significava acabar com aquilo pra sempre.

Odile havia nascido com uma maldição,tinha o poder de se transformar em um cisne,mas havia aprendido a controlar aquilo até determinado momento com a ajuda de seu pai,Rothbart que sempre abusou fisicamente,emocionalmente e psicologicamente dela,apesar de Rothbart dizer que a amava e que aquilo era pro próprio bem dela,Odile sempre suspeitou das palavras dele.

—Boa noite amo,bons sonhos,tem certeza de que não vai querer dormir comigo linda? - disse o rei Léon que estava atrás dela beijando o pescoço dela pra agonia e nojo de Odile.

—Não,obrigada,mas prefiro ficar aqui - respondeu Odile

—Está bem,mas só por hoje,lembre-se de que é minha esposa e que vai começar a dormir comigo por bem ou por mal - o rei falou e foi embora do quarto.

Odile não estava mais aguentando,tudo o que ela queria era se livrar daquilo não importa o que acontecesse,ela estava completamente infeliz e gritando por dentro,não aguentava mais sua vida,ela chorou baixinho,depois saiu daquele quarto,tinha que fugir daquilo tudo,não aguentava mais.

Do lado debaixo do castelo,haviam soldados que tinham acabado de ser recrutados,um deles era Peter Brun,um garoto de 16 anos,orfão,extremamente pobre e sem recursos pra sustentar sua irmãzinha,a unica família que lhe restava,apesar disso,ele estava sempre de bom humor e o mais feliz possível,pois não adiantava lamentar pelo fato da vida não ter sido justa com ele,ele tinha que seguir em frente e mandar recursos pra poder salvar sua irmã,então se aliou a guarda real.

—Ei,moleque,o que está fazendo com esses trapos,vista-se agora! - mandou um dos soldados,Harry.

Peter tinha um cabelo escuro e liso com franja,e olhos verdes,usava roupas de lã e uma capa azul um pouco grande com capuz apesar de não está usando.

—Está bem,pessoal,está bem,tenham um pouco de paciência - pediu Peter,ninguém lhe deu atenção,ele tentava se vestir com as roupas de couro mas se atrapalhou todo,até que viu algo que lhe chamou atenção e que os outros pareciam não notar,uma menina parecia estar fugindo do castelo,ela tinha cabelos escuros e lisos,ele resolveu ir até lá.

Odile apenas corria do castelo,tentava fugir da sua vida,do sufocamento,de tudo,mas tropeçou em um galho de caiu.

—Senhorita,você está bem? - perguntou um menino que chegou perto dela.

—Saia daqui! Me deixe em paz! - disse Odile chorando.

—Deixe eu ajuda-lá - pediu o garoto,Peter.

—Você não pode me ajudar,ninguém pode - falou Odile.

—Porque não?Está tudo bem,eu prometo - disse Peter.

—Não! Não está! Aposto que você vai correndo contar pro rei que a esposa dele tentou fugir pra ele lhe dar uma recompensa - Odile disse.

—Você é a rainha? - perguntou ele.

—Não te interessa,vai embora! - pediu Odile.

—Eu não vou contar pro rei,eu prometo,eu só quero ajuda-lá,a senhorita não parece muito bem - disse Peter.

—Como eu sei se posso confiar em você? - perguntou Odile.

—Eu sou um homem de palavra,olhe pra mim,você sabe que estou dizendo a verdade - disse ele.

Odile olhou nos olhos dele,por algum motivo ela sentiu que podia confiar nele,sentiu que ele estava sendo sincero,sentiu que ele realmente queria ajuda-lá

Flashback off

Odile fechou os olhos limpando as lágrimas e guardou o colar,se ela ao menos soubesse das consequências de se aproximar de Peter não teria deixado ajuda-lá

Na vila perto do reino de Label,Luna e Phillipe haviam resolvido entrar no lugar onde sempre comiam e bebiam,eles estavam comendo enquanto conversavam sobre o relacionamento deles.

—Poderiamos fazer a cerimônia no campo,aposto que você ficaria linda de branco no campo - falou Phillipe sorrindo.

—Mas branco é tão chichê,porque todas as noivas tem que ir de branco pro casamento,eu queria algo mais simples - comentou Luna.

—Não há nada mais simples que branco,eu choro só de imaginar você entrando de branco sorrindo e indo até mim - disse Phillipe.

Luna deu um pequeno sorriso.

—Está bem,por você eu faço qualquer coisa,você sabe - Luna disse.

Phillipe sorriu e deu um rápido beijo nela.

—Ora ora ora,que casalzinho mais romântico - interrompeu Fleury chegando até a mesa deles,Luna fechou a cara.

—O que você tá fazendo aqui Fleury? - perguntou Luna.

—Só quero parabenlizar os pombinhos pelo noivado ora,eu não soube,não vão nem me convidar? - perguntou Fleury.

—Você não é bem vindo aqui - falou Phillipe furioso.

—Nossa Perrot,você está meio revoltado hoje não é mesmo? Será que a sua linda noiva anda chifrando você? - perguntou Fleury que parecia estar colocando alguma coisa na comida de Phillipe

—Chega! vai embora daqui agora! - disse Luna se levantando e chegando perto dele fazendo cara de ódio.

—Calma princesa,já estou indo,foi só uma brincadeira,porque levou ela tão a sério? Talvez seja verdade o que eu estou falando,talvez você seja mesmo uma vadia chifrando esse corno - falou Fleury.

Phillipe se levantou imediatamente e deu um soco forte na cara de Fleury,as pessoas chegaram lá pra agarrar os braços de Phillipe e Fleury.

—Phillipe não! - falou Luna enquanto Phillipe tentava bater mais em Fleury.

—Saiam já daqui! - disse o dono do pequeno bar pra Luna e Phillipe.

—Vamos - Luna falou levando o noivo que estava com a boca sangrando até fora do bar.

Ao chegarem em casa,Luna pegou água para limpar a boca dele.

—Não deveria ter feito isso,você fez exatamente o que ele queria que fizesse para que sejamos vistos como violentos e perigosos pra ser líder da aldeia - disse Luna.

—Aquele desgraçado mereceu - falou Phillipe.

—Eu sei,acha que eu não tive vontade de dar um soco na cara dele? Mas não podemos fazer o que ele quer,você sabe o pesadelo que seria se ele virasse o líder - lembrou Luna.

Quando Phillipe ia falar ele fez uma cara estranha e caiu no chão.

—Phillipe! - gritou Luna indo até o chão.

—O rosto dele estava ficando inchado,Luna se desesperou.

—PHILLIPE! - gritou ela mais uma vez,ele estava ficando mal,ela se lembrou de Fleury,ela tinha certeza de que ele havia feito algo,ela resolveu voltar imediatamente pro bar.

Ela invadiu o bar e viu Fleury sorrindo com seu sorriso amarelo.

—Princesa! Que surpresa,eu achei que tivessem te expulsado do...

Luna o interrompeu jogando ele contra a parede e prendendo ele lá.

—O QUE VOCÊ FEZ COM O PHILLIPE?! - perguntou ela descontrolada.

—Do que você está falando?! Eu...

—FALE AGORA! - gritou Luna girando a mão dele fazendo ele gritar de dor.

—Eu não fiz nada eu juro! Tudo o que eu fiz foi colocar uma planta na comida dele,uma planta que diziam que dava má sorte - disse Fleury.

Luna soltou ele e sem seguida puxou a camisa dele empurrando ele contra parede.

—Que planta é essa?! - perguntou Luna olhando pra ele.

—Disseram que é uma tal de samambia venenious - respondeu Fleury.

Luna se desesperou,sabia exatamente que planta era aquela e o que ela fazia,Phillipe não tinha muito tempo.

Ela olhou com uma cara de ódio pra Fleury,quando ia partir pra cima dela de novo chegou um homem da vila perto dela,ele tinha um cabelo escuro bagunçado e barba mal feita,parecia ser bem jovem.

—Com licença moça,esse homem acabou de dizer que seu marido foi envenenado pela samambaia venenious? - perguntou o homem.

—Ele é meu noivo,e sim ele disse,porque? Você tem como ajudar? - perguntou Luna.

—Sim,há uma casa na floresta de um homem que pode ajudar,o nome dele é Raif,ele é um vidente,ele tem um antídoto,eu sei porque eu também já fui envenenado e ele me deu um pouco da poção,eu me curei - disse o homem levantando a camisa a mostrando alguns inchaços na pele que estava desaparecendo.

—Tem certeza que esse antídoto é eficiente? - perguntou Luna mais calma.

—Sim,falo por experiência própria - falou ele.

Luna olhou novamente com odio para Fleury.

—Se algo der errado vai ser o seu fim - disse ela pra Fleury e deu um soco na cara dele fazendo ele desmaiar.

Luna pegou seu arco e suas flechas e foi até a floresta procurar o tal Raif,ela viu uma movimentação nas plantas,pegou seu arco e apontou pra onde via o barulho,mas era só um esquilo,ela suspirou de alivio e guardou seu arco,em seguida continuou a caminhada o mais rápido possível,ela procurou em várias partes da floresta até achar uma casa velha e pequena,parecia ser uma armazém,ela foi imediatamente pra lá e tocou na porta.

Um homem careca,com os olhos puxados e longa barba preta e fina atendeu.

—Bom dia senhorita,meu nome é Raif,a que posso ajuda-lá? - perguntou Raif.

—Olá,eu estou a procura de um antídoto para meu noivo,ele foi envenenado pela samambaia venenous - explicou Luna.

—Oh,está bem,venha comigo - disse Raif.

Luna entrou na casa do vidente,era de madeira e bem pequena,tinha várias pratileiras com poções em cada uma delas,além disso tinha uma fogueira,um sofá velho,uma estante de livros e uma mesa.

—Você mora aqui? - perguntou Luna dando uma olhada no local.

—Claro minha senhorita,há muitos anos,quem morava aqui antes era a minha avó,mas ela desapareceu há 22 anos,ninguém nunca a encontrou - explicou Raif mexendo nas poções.

—É vidente certo? - perguntou Luna.

—Sim,minha jovem,sou vidente - respondeu ele - Aqui está.

Ele mostrou um queno frasco com um líquido verde,Luna pegou,teve vontade de fazer algumas perguntas pra el sobre o futuro,mas priorizou Phillipe e resolveu ir embora.

—Obrigada,muito obrigada mesmo - disse Luna.

—De nada,minha jovem - falou Raif.

Em seguida Luna foi embora correndo até sua vila,quando chegou lá encontrou o mesmo homem que lhe disse sobre o antídoto perto da casa dela.

—Achou? - perguntou o homem.

—Sim,está aqui,funciona mesmo certo? - perguntou Luna ofegando.

—Sim,tem minhas palavras - respondeu o homem.

Luna entrou em seu chalé onde morava com Phillipe e viu ele no chão,o homem entrou também e a ajudou a colocar Phillipe na cama.

—Os batimentos cardíacos dele estão fracos,por favor me dê o frasco - disse Luna,o homem a deu,em seguida ela colocou na boca do noivo e começou a fazer respiração boca a boca nele.

—Vamos Phillipe - falou Luna desesperada.

Phillipe acordou respirando fundo.

—Graças a Deus! - disse Luna abraçando ele,em seguida o beijou fortemente.

—Luna - Phillipe falou a abraçando de volta.

—Obrigada - Luna falou pro homem quase chorando de tanto alivio.

—De nada - disse ele sorrindo,em seguida foi embora do chalé.

Passou um tempo e Luna decidiu ir novamente pra casa do vidente,tinha que agradece-ló por ter salvado a vida do homem que amava e não pode deixar de ter curiosidade sobre seu futuro com Phillipe.

Ela entrou devagar na casa,ele ainda estava lá.

—Pois não minha jovem? O antidoto funcionou? - perguntou ele sorrindo.

—Funcionou sim,obrigada - disse Luna.

O homem ficou calado mexendo em suas poções.

—Mas você não veio aqui somente para agradecer não é? - perguntou Raif.

—Bom..não,eu só não pude deixar de ficar curiosa...

—Quer saber do seu futuro com seu noivo? - perguntou o senhor sorridente olhando pra ela

—Isso mesmo - respondeu Luna.

—Bem,deixe me ver sua mão - disse Raif,Luna deu sua bela mão pra ele,ele olhou e seu sorriso virou uma expressão preocupante mas ainda feliz.

—Você irá se apaixonar por outra pessoa - falou Raif.

—O que? Mas...não! Isso tá errado,Phillipe é a unica pessoa que é eu sempre amei e que sempre vou amar - disse Luna.

—Lamento minha jovem,mas não há uma previsão minha que tenha dado errado,a pessoa irá lhe enlouquecer,você tentará de todas as formas lutar contra o sentimento mas não irá conseguir,se sentirá mais culpada do que nunca por estar apaixonada pela pessoa - explicou Raif.

—Não! Não vou,quer saber?! Obrigada mais uma vez mas eu preciso me retirar,você já fez muito,vou provar que está enganado! - Luna disse se afastando da casa.

—Pode tentar fugir o quanto quiser do futuro minha jovem,mas o futuro não irá fugir de você - Raif falou enquanto Luna se afastava.

Ele estava maluco! Luna ficou desesperada,aquilo não podia estar certo,ela nunca poderia amar outra pessoa! Seu coração sempre iria pertencer á Phillipe.

Ou pelo menos ela achava que iria


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