Lago dos cisnes escrita por laurenjaureguiiii


Capítulo 11
A maldição




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Passou uma semana, Siegfried foi ao encontro de Odette no lago, ela esperava por ele como sempre.

—Como foi? - perguntou Odette.

—Eu conversei com minha mãe e ela entendeu, mas ela disse que quer conhecer você - explicou Siegfried.

—Isso não pode acontecer, ela não sabe que eu sou um cisne - Odette disse.

—Você não é um cisne, apenas sofre de uma maldição, você é mais humana do que qualquer outra pessoa e nós vamos conseguir quebrar a maldição juntos, eu prometo - falou o príncipe colocando a mão no rosto dela.

—Ela não pode me ver enquanto a maldição não acabar, Siegfried - falou ela.

—Ela não vai saber, ninguém vai, eu prometo que vou conseguir acabar com Rothbart o mais rápido possível, depois nos casaremos e seremos felizes - o príncipe disse e a beijou com delicadeza em um longe beijo lento e delicado.

—SIEGFRIED! - eles ouviram um grito de longe.

—Escuta, eu  tenho que ir agora, mas eu volto, eu juro, eu sempre vou voltar pra você - Siegrfried falou com as mãos no rosto da jovem.

—Eu esperarei, príncipe, eu te amo - Odette falou.

—Eu também te amo - disse ele dando um último beijo nela antes de ir ao encontro de Mihkail que estava gritando o nome dele.

Depois que Siegfreid foi embora, Odette pensou em ir até a floresta mas foi surpreendida por uma mulher que estava encostada em uma árvore de braços cruzados e com um sorriso maldoso.

—Parece que ele tá mesmo caidinho por você - comentou ela.

O rosto de Odette se encheu de fúria.

—O que você está fazendo aqui, Odile? - perguntou ela.

—Não posso ver a minha irmãzinha agora? - perguntou a rainha debochando.

—Se veio atrás de Siegfried eu garanto que ele já sabe sobre você, você não vai ficar no nosso caminho, nós vamos ficar juntos - Odette explicou.

—Vão mesmo? Será? Eu não creio que isso vá acontecer, irmãzinha, sinto muito lhe avisar - disse ela com um sorriso diabólico.

—O que quer dizer com isso? - Odette perguntou.

—Quero dizer que...o seu destino é bem mais cruel do que imagina - Odile explicou.

—O que quer que você esteja tramando, não vai conseguir, Siegfried vai acabar com você - Odette disse.

Odile soltou uma risada.

—Que ele se sinta livre pra tentar - ela disse sorrindo e se transformou em cisne negro voando pra longe.

Odette tinha que encontrar Siegfried agora, tinha que lhe avisar sobre a conversa que acabara de ter com sua irmã gêmea.

Flashback on

Odile se encontrava no castelo, fazia uma semana desde sua primeira vez, tudo havia sido perfeito, ela estava apaixonada como nunca por Peter, os dois não poderiam estar mais próximos, ela estava se olhando no espelho quando ouviu uma batida de porta.

Era Peter.

Por melhor que Odile se sentisse com ele, ela não poderia mais esconder o segredo que estava a matando por dentro, ela havia faltado muitos compromissos com o seu marido, o rei Léon III e desaparecido misteriosamente não só quando estava ocupada com os compromissos de rainha mas também quando deveria estar com Peter e ele estranhava isso, ela não havia contado tudo.

—Oi, linda - disse o jovem beijando ela, ele havia cortado o cabelo, estava bem mais curto mas estava mais lindo do que nunca.

—Oi - ela falou sorrindo.

—Adivinha o que eu fiz pra você - ele falou mostrando um colar com um cristal preto.

—É lindo - comentou Odile olhando de perto o colar.

Peter colocou o colar em seu pescoço e a beijou mais uma vez.

—Toda vez que usa-ló, lembre de mim - pediu ele.

—Eu nunca vou esquecer você com colar ou não, Peter - Odile falou com os braços ao redor dele.

Ele a beijou profundamente de novo.

—Tem uma coisa que eu preciso te contar - Odile disse.

Peter estava calado olhando pra ela.

—Lembra quando eu contei que quando eu era criança tentei fugir do castelo, mas meu pai me impediu e me puniu pra que eu nunca mais pensasse em fugir dele novamente? - perguntou a rainha.

—Sim - Peter respondeu.

—Ele me transformou em um cisne, mas nem ele mesmo era capaz de desfazer a maldição que criou quando se arrependeu de ter feito aquilo, eu sou um cisne negro durante metade do dia e não consigo controlar minha transformação, muitas vezes acabo machucando pessoas - Odile explicou.

—É por isso que você desaparece boa parte do dia? - Peter perguntou.

—Sim, mas eu tenho controlado mais a minha transformação, quero dizer, desde que te conheci tenho ficado mais humana do que cisne e acho que estou aprendendo cada vez mais rápido como me controlar - Odile falou.

—Entendo, eu quero ficar com você mesmo assim, pra mim não importa se seja cisne ou humana, você continua sendo a minha Odile...e sempre será - Peter disse e beijou ela.

Eles ficaram um tempo desse jeito até os olhos da garota se encherem de água.

—Nós deveríamos fugir - Peter falou.

—O que? - Odile perguntou.

—Tudo bem se não quiser, é só uma sugestão - Peter disse.

—Eu quero, mais que tudo, só que não vamos conseguir nunca, você não faz ideia do que meu pai é capaz, se ele souber....

—Ele não vai saber, você está comigo, eu já fugi e escapei de muitas armadilhas antes, você ficaria longe dele, seriamos só eu e você, faríamos o que quiser, poderemos se tornar plebeus ou algo do tipo, formar uma família, não importa, eu só quero ficar com você durante toda minha vida, Odile, eu te amo e sempre vou te amar, nós conseguimos desfazer essa maldição juntos, eu prometo - Peter explicou.

—Tem certeza? - perguntou a recém-rainha.

—Nunca tive tanta certeza na minha vida - Peter respondeu

Flashback off

Na vila, Maia e Luna estavam dentro da Taverna, havia como sempre muita gente lá bebendo, conversando e dançando, mas graças a Deus Fleury não estava lá hoje, William já estava pegando o jeito e Luna parecia satisfeita com aquilo, mas ainda não conseguia esquecer a briga com Phillipe e se sentia muito mal por aquilo.

—Então, como foi com o William? - perguntou Maia.

—Foi bem, exceto pelo fato de que agora ele faz questão de treinar toda hora, parece até que está me perseguindo, ele fala que quer se tornar um guerreiro, mas quando treinamos ele presta mais atenção em mim do que em minhas palavras e os assuntos dele estão mais ligados à mim do que em como usar as armas corretamente - explicou Luna.

—Nossa, talvez ele esteja mesmo afim de você, mas é você? Não está a fim dele? - Maia perguntou.

—Não, quer dizer...não sei, eu sinto algo quando ele está perto de mim, talvez ele me deixe um pouco nervosa,não sei, tudo isso é tão confuso - falou Luna.

—Talvez então aquele vidente, o tal Raif estivesse certo, talvez você realmente está apaixonada por outra pessoa...pelo William - Maia disse.

—Não, não acho que seja verdade, eu sei quando estou apaixonada, além disso por mais que alguma coisa nele mexa comigo eu ainda desconfio dele de alguma forma, ele é estranho - Luna falou.

Maia ia falar algo mas foi interrompida pela entrada de alguém na Taverna, era William.

—Luna, preciso falar com você - William disse.

—Agora? Não pode esperar pra depois? - perguntou a arqueira.

—Não, precisa ser agora - ele explicou.

Maia deu um sorriso sem graça.

—Te vejo depois, Maia - disse Luna e saiu de lá com William.

—Eu gostaria de mostrar o meu estábulo - William contou.

—Foi pra isso que me chamou? - perguntou ela.

—Não, você já vai ver, a propósito, está linda hoje, é impressionante como a cada dia você fica mais linda - comentou ele olhando pro corpo dela com um olhar safado.

—Está bem, o-obrigada - disse Luna estranhando, algo nele parecia errado.

Eles chegaram ao estábulos e William fechou a porta a trancando com um pedaço de pau.

Não havia cavalos no estábulo, havia apenas feno e um amplo espaço, Luna olhava ao redor e William sorria pra ela.

Ele a beijou antes  que ela pudesse falar qualquer coisa, Luna deu um chute nele fazendo o mesmo se afastar gemendo de dor.

—O que pensa que está fazendo? - perguntou ela furiosa.

—O que eu já deveria ter feito há muito tempo, desde que eu te vi eu fiquei obcecado por você, no começo eu só queria aproximação porque você é muito gostosa...e gata também e eu queria muito te comer, mas depois eu fui me afeiçoando, você é mais do que isso, então eu resolvi treinar mais e mais, derrepente todos os meus pensamentos está em você, fiz dezenas de desenhos seus na minha casa, todos retratando nossos encontros, mas nenhum deles retrata o que eu realmente quero fazer com você, ainda - ele explicou.

—Me solte - Luna falou empurrando ele.

—Ah, vamos lá,Luna, eu sei que você sente o mesmo por mim,acha que eu não percebo quando fica nervosa quando eu chego perto? - perguntou William

—Eu sou noiva, William! - Luna disse.

—Aquele coxinha não te merece, olha pra você e olha pra ele, você  merece bem mais - ele disse agarrando ela, Luna o empurrou novamente.

—Isso nunca vai acontecer, você nunca vai conseguir o que quer, eu não vou deixar - Luna falou.

—Ah, mas vai sim, por que senão eu mesmo te mato com essa espada daqui - ele falou puxando uma espada.

Luna se arrependeu de não ter levado seu arco e suas flechas.

—Não devia ter me ensinado a lutar - William comentou.

—William...

—Se você não é minha, não é mais de ninguém! - falou ele pegando no rosto dela com violência

Enquanto isso na floresta, Siegfried andava com Mihkail quando escutou alguém gritar seu nome, era Odette.

—ODETTE! - ele gritou e foi correndo pra trás, atrás dela.

—ALTEZA! - gritou Mihkail e correu atrás do príncipe.

O príncipe foi até o encontro dela e encontrou ela respirando pesadamente até se equilibrar nele ofegando.

—O  que aconteceu? - perguntou o príncipe, Mihkail havia chegado lá também.

—É minha irmã, a que eu falei lembra? A Odile, ela veio me visitar - explicou Odette.

—Ela te machucou? - perguntou o príncipe.

—N-não, ela...ela falou algo sobre meu destino, disse que eu estou condenada a desgraça, falou algo sobre nós não ficarmos juntos, eu acho que ela está tramando alguma coisa - explicou Odette.

—Eu sei quem pode nos ajudar, há um vidente perto daqui, o nome dele é Raif - explicou Mihkail.

—Vamos até lá, eu prometo que ela não vai encostar um dedo em você - falou Siegfried.

Eles foram imediatamente em uma longa caminhada até a casa do vidente, eles abriram a porta e lá estava Raif.

—Você é Raif? - perguntou Odette.

—Sim minha cara, eu sei o que vieram fazer aqui, querem saber sobre a rainha Odile - Raif falou.

—Isso mesmo, sabemos que ela está tramando algo, mas não sabemos o que e nem porque - Siegfried falou.

—Interessante - disse Raif.

—Pode nos explicar? - perguntou Mihkail.

—Digamos que, como o cisne branco já sabe, o cisne negro cresceu com uma terrível maldição, e somente o amor verdadeiro pode quebra-lá, mas como as gêmeas estão ligadas, o cisne negro não quer que o cisne branco conheça o amor verdadeiro pois há um equilíbrio entre as duas maldições, o cisne negro sabe que se o cisne branco não for mais o cisne branco, ela será pra sempre um cisne negro, o que ela quer é que aconteça o contrário, ela quer a maldição dela acabe enquanto a sua permaneça pra sempre ativa - explicou Raif pra Odette.

—E como ela pretende fazer isso? - perguntou Siegfried.

—Não é facil? Tomando o amor verdadeiro do cisne branco - explicou Raif


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