A Mais Nova Geração escrita por LilyLuna16


Capítulo 17
Amiga!


Notas iniciais do capítulo

Oiii! Desculpa a demora gente! Eu tive um pequeno problema de saúde e tive que ficar correndo de um médico pra outro, então eu realmente sinto muito. Bom, esse capítulo explica algumas coisas do capítulo anterior, espero que vocês gostem dele, sem mais demorar, boa leitura!



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           P.O.V.  Sophie

   Finalmente tínhamos recuperado o Mapa do Maroto e a Lily ia parar de me incomodar falando que o Alvo estava cobrando dela, provavelmente isso nem era verdade já que o Alvo é bem esquecido deve ter cobrado dela só uma vez. Mas agora que tínhamos conseguido todos estávamos mais calmos, o Hugo tinha o mesmo sorriso no rosto de quando foi selecionado para a Grifinória, a Lily parecia satisfeita, já a Lucy, o Louis e o Lorc conversavam sobre algo e riam, provavelmente sobre como eles tinham contornado o Flich, enquanto isso o Lysander estava com uma cara pensativa, um pouco assustada, parecia que tinha visto um fantasma, mas quando perguntei o que tinha acontecido ele respondeu que só estava cansado, claro que eu não acreditei, mas achei melhor não insistir ele realmente parecia mal.

    Todos foram para seus dormitórios e eu fui para o meu, sozinha, eu sei que não posso reclamar já que tenho amigos, mas é que eu meio que sou a mais excluída, a Lily e o Hugo sempre foram melhores amigos, a Lucy também era bem próxima a Lily e o Louis do Hugo, e os gêmeos, bom, eles eram os gêmeos! Estavam praticamente sempre juntos, era difícil diferenciar um do outro, sério, até hoje não conheci alguém que conseguisse diferenciar eles (sem contar os pais deles né), então por conta disso eu sempre fui meio que a reserva, não que eles não fossem meus amigos, não, é só que eu meio que entrei depois e todos os grupinhos já estavam formados. Subi as longas escadas em espiral e respondi o enigma para entrar na Sala Comunal da Corvinal, ela é uma sala grande e circular, com paredes enfeitadas com tecido de seda azul e bronze, um carpete azul-meia-noite. O teto é ornamentado com estrelas. As janelas em arco estabelecidas nas paredes têm vista para o lago, a Floresta Proibida, o campo de Quadribol e os jardins de Herbiologia, a vista era linda e nenhuma outra escola tinha uma vista como essa. Entre as entradas dos dormitórios tinha uma estatua em mármore de Rowena Ravenclaw. Fui em direção a lareira e me sentei no sofá que tinha na frente dele, queria me aquecer, as vezes na torre da Corvinal fazia um pouco de frio já que era uma das mais altas de toda Hogwarts. Estava viajando em meus pensamentos que nem reparei que alguém tocava o piano de cauda branco que tínhamos, tocava uma musica trouxa, não sei exatamente qual, mas era linda, olhei em direção ao piano para ver quem tocava, era a Diana Blanc, ela estava no sexto ano, ela era bem legal e era um pouco popular já que ela andava com as populares, mas não conversávamos tanto já que ela era dois anos mais velha que eu. Ela era tinha uma altura mediana, acho que mais ou menos 1,65, por ai, tinha cabelo loiro claro e olhos castanhos esverdeados, mais para verde de que pra castanho, era tipo um verde escuro, ela tinha um rosto delicado e sua voz era calma, isso era uma coisa que eu não entendia, a metade dos garotos queriam ficar com as amigas dela, mas nunca vi ela ficando com alguém como as outras, não sei porque já que ela era bem bonita. Parei para ouvir a musica um pouco, respirei fundo e um suspiro saiu dos meus lábios, quase que instantaneamente a musica parou.

   - O que aconteceu?- Diana perguntou me surpreendendo, não imaginava que ela fosse ouvir o meu suspiro então olhei para ela assustada- Não me faça essa cara, eu sei que aconteceu alguma coisa!- Ela se levantou do banquinho do piano e veio se sentar do meu lado no sofá na frente da lareira.

   - É só que...- Dei um suspiro no meio da frase- As vezes me sinto sozinha, sei que tenho amigos, mas mesmo assim parece que todos tem alguém e eu não.

   - Eu sei como é- Ela disse olhando para o fogo que se mexia na lareira- Também me sinto sozinha as vezes..

   - Sério?- Perguntei olhando para ela, não imaginava que ela se sentisse assim, ela é uma das popularzinhas! Ela percebeu meu espanto e deu um risinho.

— Sabe- Ela disse ainda olhando para as chamas- Algumas pessoas são falsas, mas são as únicas pessoas que temos- Podia jurar que vi ela dar uma fungada, mas não vi uma lagrima cair de seu rosto, ela continuava encarando o fogo como se sua vida dependesse disso, então ela balança a cabeça como se tirasse algo de sua cabeça e se vira para mim com um sorriso- É por isso que quando você acha alguém que é verdadeiro, realmente verdadeiro, se apegue a ela, e não solte, porque não é tão fácil quanto parece achar alguém que não quer algo de você. Entendeu?

   - Sim- Falei olhando seriamente para ela que estava  com um sorriso gentil no rosto, mas que ao mesmo tempo passava um ar de seriedade para o que ela tinha dito- Obrigada!

   - Eu não fiz nada!- Ela disse se levantando e indo em direção as escadas do dormitório feminino, mas antes de subir ela para e olha para mim- Boa noite! E não se esqueça do que eu disse!- Então ela subiu as  escadas.

   Fiquei pensando um pouco no que ela disse, não imaginava que ela se sentisse sozinha, percebi que eu tinha amigos, amigos de verdade que se importavam comigo, e o que eu estava dizendo?! Meus amigos eram maravilhosos, mas então porque eu me sentia assim? Decidi que ia tirar isso da minha cabeça, eu tinha amigos ótimos! Fui para meu quarto dormir, estava cansada e ia precisar estar descansada para encarar um dia de aulas amanhã, e amanhã eu ia estar me sentindo melhor, amanhã eu ia acordar sorrindo porque ia estar feliz!  As vezes uma conversa pode mudar tudo!

   Estava adiantada, meia hora, meia hora adiantada, fui andando para a  sala de adivinhação com a maior calma do mundo, escolhi ir pelo caminho mais longo já que ele tinha uma vista para o lago, era mais bonito, mas aconteceu uma coisa que eu não esperava. Passei pelo banheiro da Murta-Que-Geme, para pegar o caminho mais bonito eu tinha que passar ali, ouvi um barulho vindo de dentro, um choro, imaginei que fosse a Murta, mas o banheiro não estava trasbordando de água, então pensei em entrar, mas e se fosse a Murta, eu ia me arrepender profundamente, mas eu ia me arrepender mais se não fosse a Murta então entrei com os dedos cruzados e por sorte meus pedidos se realizaram, não sei se isso era bom, não era a murta, era uma menina de cabelos loiros escuros como ouro, ela estava encolhida abraçada nas pernada, chorava e soluçava, acho que ela percebeu que eu tinha entrado, porque segundos depois ela parou de soluçar e me encarou com os olhos vermelhos, seu olhar me fez me sentir triste, triste por ela, sem nem mesmo saber porque ela chorava eu tive vontade de chorar junto a ela.

   - Não aguento mais mentiras!- Ela disse voltando a chorar, foi então que percebi de quem se tratava, se tratava da menina mais sorridente que eu já vi, ela sempre andava com aquele sorriso, sabe, confiante, se tratava de uma das pessoas mais bem arrumadas que eu já conheci, se tratava de alguém que eu nunca imaginaria chorando, se tratava da Luiza Zabini, é, ela estava chorando- Eu não aguento mais!

   - Esta tudo bem!- Falei me sentando ao lado dela debaixo das pias- Esta tudo bem!

   - Eu quero contar...- Ela disse soluçando- Mas não consigo!

   - Quer contar o que?- Perguntei curiosa e preocupada, não é minha culpa ser curiosa! Aposto que se tivesse uma menina chorando na sua frente você também ia querer saber porque!

   - Eles não sabem- Ela disse parando de chorar um pouco, mas ainda soluçava- Meus avós, eles não sabem- ela disse me entregando o seu cachecol amarelo e preto. Amarelo e preto, as cores da Lufa-Lufa, uma casa onde nenhum Zabini nunca botou os pés, pelo menos não antes dela, e foi ai que percebi, os avós dela não sabiam que ela era lufana, e se soubessem não aceitariam bem- E ele esta usando isso contra mim!

   - Quem?- Perguntei realmente preocupada, isso estava chegando em um nível que eu não imaginava!

   - O-o...- Luiza tentou falar, mas voltou a chorar só que dessa vez levou as mãos ao rosto tapando o mesmo, a manga da capa dela escorregou pelo braço me deixando ver um enorme roxo em sua pele, tinha um formato de uma mão o que deixava claro que ela não tinha se machucado sozinha.

   - Quem fez isso com você?!- Falei pegando o braço dela e fazendo ela olhar para mim- Quem?!

   - Não conta pra ninguém?- Ela me perguntou ainda em um tom choroso, mas pelo lado bom ela já não chorava como antes, eu relutei, mas decidi que era melhor eu não sair espalhando isso mesmo que fosse para algum adulto que ajudaria então dei um aceno com a cabeça- Foi o Goyle...

   - O QUE?!- Perguntei me levantando um pouco o que fez com que eu batesse minha cabeça na beirada da pia- POR QUÊ?!

   - Ele descobriu que meus avós não sabem e falou que eu tinha q-que..- Ela deu uma forte respirada- que namorar com ele senão ele conta para eles.

   - Que coisa horrível!- Eu sei que o Goyle é um imbecil, mas não se deve fazer isso com ninguém! E sem contar que eles têm quase três anos de diferença!- Você não pode aceitar!

   - Eu tenho!- Ela falou me olhando séria- Meus avós não podem saber! Nem em sonho!

   - Mas ele fez isso com você!- Falei apontando para o braço dela- Isso é detestável!

   - Isso não é nada. É fácil de resolver- Ela disse e apontou a varinha para o braço o que fez o machucado sumir- Eu não tenho escolha!

   - Todos têm- Falei e abracei ela quase chorando.

   - Eu não- Ela disse escondendo o rosto- Não posso deixar eles descobrirem desse modo! Um dia conto para eles, mas até lá eu não tenho escolha!

   Eu não disse mais nada, sabia que não adiantaria em nada, a única coisa que poderia fazer a partir de agora era ajudar ela nessa ideia maluca, tentar convencer ela pouco a pouco que isso era insano e a fazer mudar de ideia.

   Uma semana, uma semana que encontrei a Luiza chorando no banheiro da Murta-Que-Geme, uma semana que fiz uma nova amiga, talvez tenha sido em um situação meio ruim, mas mesmo assim foi bom, ela pode até ser de outro casa, mas parece que ela me entende e que sabe o que eu estou sentindo. Estava indo para a aula de DCAT que por coincidência era com a Lufa-Lufa, eu normalmente ia com o Lorcan ou quando o Lysander já tinha convidado ele antes eu ia com algum aluno que tinha sobrado, mas nessa aula eu ia com a Luiza, precisava conversar com ela, dar minha doze diária de juízo e tentar convencer ela a dar um soco na cara do Goyle. Quando ia virar para o corredor da sala eu ouvi vozes e já sabia de quem era.

   - Não toque na minha irmã!- Era a voz do Luke, o irmão da Luiza- Como você ousa?!

   - Sua irmã está bem ciente do que está fazendo!- Goyle disse com um tom debochado.

   - Luke!- Ouvi Luiza dizer- Eu resolvo isso!

   - Você só pode estar de brincadeira se acha que eu vou deixar ele encostar em você!

   - Tem muita coisa por trás disso!- Ela disse com uma voz tristonha- Por favor! Deixa que eu resolvo isso!

   - Escuta a sua irmãzinha Zabini, não vai querer...- Goyle disse, mas foi interrompido por um barulho que eu jurava ser um soco.

   - Não fala assim com meu irmão se não eu mesma estraçalho sua cara, pior do que fiz agora!- Ouvi Luiza dizer e percebi que ela tinha socado a cara do Goyle, segurei uma pequena risada com o pensamento- E eu só concordei em “namorar com você”, não falei que você podia me beijar ou coisa assim!

   - HA!- Percebi que o Luke deu uma risada- Toma!

   - Agora vem cá! Vou te explicar!- Ouvi a Luiza dizer e vi ela atravessar o corredor a minha frente segurando o irmão pelo braço, por sorte ela não me viu.

   Entrei na sala e sentei em uma cadeira, pensei talvez que não fosse com ninguém na aula já que a Luiza estava ocupada, mas assim que o Teddy começou a primeira palavra ela entrou na sala, olhou para ele com um sorrisinho e se sentou ao meu lado.

   - Vamos continuar com o assunto da aula anterior!- O Teddy falou dando um sorriso em nossa direção e se virando para o quadro- Na ultima aula tivemos alguns alunos que conseguiram produzir o feitiço muito bem, mas alguns ainda não então vamos novamente formar duplas, só que agora diferentes, para trinar de novo!

   - E então?- Ela me olhou com aquele sorriso que ela sempre carregava- Dupla amiga?

   - Claro!- Falei sorrindo- Amiga!


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