Apenas Amigos escrita por Arii Vitória


Capítulo 4
Lindo sorriso satisfeito


Notas iniciais do capítulo

hello leitores!
Eu fiz uma fic nova hehehe. Se passa no mesmo universo que essa (e talvez tenha alguma chance delas se intercalarem), não é necessário, mas vocês são mais que bem-vindos para lê-la.
Outro coisinha: eu mesma fiz um edit meio tosco com os rostos da Cíntia e Logan e coloquei no primeiro capítulo pra quem quiser voltar lá pra conferir, é apenas o jeito que eu imagino, vocês podem imaginar da maneira que quiserem, okay?
brigadão!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780248/chapter/4

Cíntia

Não sei o que eu tinha na cabeça para simplesmente lascar um beijo em Logan do nada! Talvez Raddar tenha toda razão todas as vezes que me olha como se eu fosse louca, talvez eu seja mesma louca. Porque agora Logan também estava me olhando como se eu fosse.

—Alice estava olhando! -eu digo, tentando me explicar. Ainda estamos no brinquedo e nós dois parecemos confusos.

—É, eu vi. -ele diz e naturalmente tira o cinto, se levantando do brinquedo. É aí que percebo que ele não queria fazer ciúmes nela, mas A Genia supôs que era isso que ele queria e o beijou. Vou atrás dele tentando não virar um pimentão porque é o que acontece quando estou com vergonha.

—Você não queria fazer ciúmes nela?

—Na verdade, não. -ele responde, ainda andando na minha frente.

—Ah, nesse caso, me desculpa! -lamento porque nesse ponto não há mais nada que eu possa fazer, estraguei toda a amizade que eu poderia chegar a ter com o Logan, porque agora serei sempre a garota-que-o-beijou-do-nada.

—Não pode pedir desculpas depois de beijar alguém, Cíntia. -ele diz, parando de andar e voltando-se para me encarar. Ele está claramente se divertindo com toda a situação, o que é irritante!

—Se eu quiser, eu posso. -afirmo, agora irritada com o sorriso idiota no rosto dele, que por sua vez, apenas me encara. Quando ele começa a se aproximar de mim, ainda com o maldito sorriso no rosto, meu celular toca.

O toque é uma música do David Guetta, e é tão alto que assusta nós dois. Atendo imediatamente, já agradecendo a quem quer que seja.

O problema é que se trata de Raddar, e sei que ele está chorando pelo tom da sua voz, sei também que algo aconteceu com seu namorado, Felipe. Não consigo entender quase nada que ele diz além das frases “Ele está muito mal” e “Estou indo me encontrar com ele!”, mas é o suficiente para me fazer entender que tenho que ir para casa.

—Eu tenho que ir embora! -digo para Logan assim que desligo o celular. Ele deve perceber minha preocupação, porque pergunta:

—É algo grave?

—Parece que Raddar quer viajar três horas de carro sozinho para ver o namorado, e se ele fizer isso ele vai enlouquecer. Tenho que ir com ele!

—Quer que eu te levo em casa? Estou de carro. -Logan pergunta, mas quando me dou conta já estou andando em direção a saída.

—Eu moro bem na esquina, mas obrigado pela companhia e tudo mais! -digo virando-me para trás para vê-lo antes de sair correndo.

—Me procura pra gente terminar os brinquedos! -ele grita, mas já estou longe demais pra responder qualquer coisa.

( …)

Raddar me desperta na segunda-feira de manhã. Ele se joga em cima de mim na cama, mesmo sabendo que eu odeio quando ele me acorda dessa forma, mas dessa vez não digo nada porque Felipe terminou com ele ontem, o que me lembrou de quando meu ex-namorado Ed fez o mesmo comigo, e foi Raddar quem me ajudou a superar.

—Hoje tem aula. -ele diz desanimado, é um ótimo dia para faltar de aula mas não farei isso porque 1) Raddar precisa pensar em outra coisa que não seja seu término e se ficarmos em casa isso não vai acontecer, e 2) quero rever Logan. Quero saber se ele vai me cumprimentar no colégio, ou fingir que nunca me viu antes. Quero saber disso porque já faz muito tempo que não tenho novos amigos, principalmente novos amigos com quem eu troco saliva.

Então empurro Raddar de cima de mim e começo a me arrumar para ir ao colégio, em seguida tenho que empurrá-lo para seu quarto e forçá-lo a fazer o mesmo.

(...)

Para minha surpresa, vejo Logan antes da minha primeira aula acabar. Ele está do lado de fora da minha sala de aula, e está olhando pela janelinha que a porta possuí. Assim que percebe que eu estou o encarando, ele solta um sorriso e acena com a cabeça, quando eu faço o mesmo ele aponta para o seu relógio imaginário e faz um sinal como se a aula já devesse ter terminado há minutos atrás, o que é verdade, mas a professora de biologia ainda está anotando suas considerações finais da aula no quadro. 

A professora finalmente dá fim a aula, e assim que consigo juntar meus materiais e ir até a porta, Logan se junta ao meu lado para caminhar. 

—Não deu tempo de pedir seu número de telefone quando você saiu correndo depois de ter me beijado. -Ele diz, brincando. Fico imaginando quanto tempo ele levou para pensar na piada ridícula, afinal, ele sabe que não foi por isso que saí correndo. 

—Quem disse que eu te daria meu número? -pergunto a ele, entrando na brincadeira. 

—Eu sou amigo da diretora, posso conseguir o número de quem eu quiser facilmente. -ele responde, eu franzo as sobrancelhas porque sei que não é verdade. -Como foi com o Raddar?-ele pergunta, o que é gentil, principalmente porque eu achava que ele sequer se lembraria de mim, mas olha só! 

—Mais ou menos. Ele terminou com o namorado. -conto a Logan, mesmo sabendo que Raddar não iria gostar de saber que sua vida pessoal está sendo comentada por aí, mas fala sério, ele se lembrou! 

—Agora ele é só um de nós, meros perdedores! 

—E você? Falou com a Alice? -pergunto, curiosa, até porque foi eu quem dei um beijo no Logan pra fazer ciúmes nela e depois o abandonou no parque. 

—Vamos conversar hoje, na festa. Você vai na festa, não vai? -ele me pergunta, mudando o assunto facilmente. Não fazia ideia que haveria uma festa, então faço uma expressão confusa. -Vai ser na casa do Vitão, conhece o Vitão, certo? 

Continuo com a cara de quem não tem ideia do que ele está falando, então ele ri. 

—Eu odeio festas. -digo, por fim. Não é que eu realmente odeie festas, mas a maioria das festas do pessoal do colégio só é divertida se você estiver bêbada o suficiente para esquecer que é uma porcaria. 

—O quê? -ele está definitivamente indignado com minha afirmação. 

Paro de andar por um instante e olho pra ele. 

—Pense um pouco, Logan. Você realmente gosta dessas festas? -pergunto, ele demora um tempo para responder, mas depois diz: 

—É, eu também odeio festas. 

Solto um sorriso enquanto nós voltamos a andar. 

—Mas você precisa ir nessa, vai! O Raddar vai poder se distrair, e é a única maneira de você acreditar quando eu te disser que terminei oficialmente com a Alice. -ele argumenta, e seus argumentos são realmente bons, tudo que o Raddar precisa agora é de uma festa horrível do pessoal do colégio. 

—Talvez eu apareça, talvez! -respondo, por fim. 

Sei que não deveria ir. Assim como sei que a última coisa que posso fazer agora é me envolver com alguém. Mas é tão fácil conversar com Logan, e ele dá um lindo sorriso satisfeito com o meu "talvez", então eu casualmente passo meu número de celular quando ele pede, e assinto com a cabeça quando ele diz que vai me mandar o endereço. 

Tarde demais pra mudar de ideia. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas Amigos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.