Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 9
Capítulo 9




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Olá minhas lindas. Aqui está o capítulo prometido.





Na manhã seguinte. Maria tomava café com o telefone sobre a mesa. Às 11:00 da manhã faria uma entrevista  com a diarista que Estrela e ela pelas informações do jornal, escolheram. Marta era o nome da mulher de 51 anos que ela ia entrevistar.



E com Estrela já na escola, Maria pegou a bolsa dela e saiu do apartamento. Estava nervosa, começaria trabalhar em uma firma nova, o que Luciano ao fim da noite por vídeo chamada a tinha tentado acalma-la, além de aconselha-la em como agir com Estevão no almoço que teriam. 


Ela sabia que em relação a Estevão ela poderia esperar tudo. O conhecia e sabia o que ele poderia fazer se soubesse da verdade, a que Estrela era sim filha dele. Mas que agora, ela estaria preparada para qualquer jogada dele. E por isso, ela queria fazer de qualquer tentativa dele em um inferno, com uma perturbada batalha judicial para que ele conseguisse reconhecer a paternidade de Estrela e ter qualquer direito como pai. 



E assim dirigindo com todas questões na mente, ela chegou na firma de advogados, de Geraldo Salgado. Maria respirou fundo e assim que o elevador abriu, ela deixou seus problemas pessoais dentro dele e saiu, tocando o chão com seus finos saltos e balançando o cabelo .


E assim que atravessou a porta da sala que dividiria com uma advogada, diferente da sala que tinha em Londres que uma só pra ela, deixou suas coisas em sua mesa. E pronta pra sentar, da porta ela ouviu chama-la.


— x : Maria, Geraldo deixou avisado que assim que chegasse fosse a sala principal. A propósito, sei que não me conhece, me chamo Katherine, e pelo que ouvi sobre você, posso dizer que admiro seu trabalho. Estávamos precisando de uma mulher como você em nosso time. 

Maria sorriu para moça simpática, de óculos, cabelos presos e preto, roupa social de saia e terninho azul e de sorriso gentil. E então ela deu a mão para ela que era oferecida, e disse. 

— Maria : Muito prazer em conhecê-la Katherine. E obrigada. Sei que como é bom ter sempre mais uma mulher em nossa área. As vezes temos que mostrar como se trabalha, para eles. 

Katherine riu sem soltar a mão de Maria e disse com graça. 


— Katherine: Vou te confessar, Maria que as vezes penso que sem nós esse escritório entraria em colapso. Os rapazes parecem mais nervosos que nós. 

Maria riu das palavras de Katherine e olhou porta a fora o movimento dos advogados. 

E então ela disse, por saber do que a advogada falava, ainda mais, sendo a única sócia mulher de dois homens no escritório de advocacia que deixou em Londres.  

— Maria : Não vou duvidar do que diz. Mas então, já vou aonde Geraldo está. Mas antes, quem irá dividir a sala comigo? Você? 

Maria olhou para mesa ao lado na sala que ia trabalhar, e Katherine sorriu picara e disse. 


— Katherine : Infelizmente, não. Mas ela é a mais maluquinha de todas. Mas venha comigo, Maria. 


Maria então sorriu. Pelo menos, ouviu Katherine dizer maluquinha e não maluquinho. E então ela a seguiu assim que a jovem advogada saiu da sala. 


Quando enfim chegaram na sala de porta de vidro como metade da parede, Maria viu Geraldo debruçado de mãos sobre a mesa grande no meio da sala e outro rapaz bem mais jovem que ele, negro e bem arrumado dando um lenço para agora uma mulher que ela via sentada em uma cadeira preta de frente para mesa e eles. E assim que Geraldo notou que Maria havia chegado, ele disse para sua cliente. 

— Geraldo : Hoje é seu dia de sorte, Cecília. Terá uma de nossas melhores advogada em seu caso. 

Maria observou Geraldo e o outro advogado presente, Katherine a tinha deixado na porta e saiu. E então, ela entrou mais na sala e se apresentou. 

— Maria : Olá, Cecília, me chamo Maria. E se Geraldo diz que está com sorte, é porquê está. Já que estou aqui para fazer o que tiver em meu alcance para ajuda-la.


Cecília, era uma mulher jovem de trinta anos, de cabelos lisos e loiros que deu um riso nada feliz por estar de frente a mais uma advogada apostando sua última ficha de esperança. Que assim que ela tirou os óculos escuro do rosto. Uma marca roxa estava em volta de um olho claro dela. E com o lenço que tinha na mão ela tocando o nariz com ele por ter chorado ali, ela disse. 


— Cecília : Pode conseguir o divórcio que tanto luto para ter de meu marido que me agride todos os dias, sem que ele me tire minha filha de cinco anos e me deixe na rua? 

Maria ergueu a cabeça vendo Cecília limpar agora os olhos com o lenço. E ela não conseguiu impedir que o passado lhe voltasse na mente. Maria só pensava que um dia foi uma mulher indefesa como Cecília também e com um filho que Estevão havia conseguido tirar, o que diferenciava era a marca no rosto que ela via nos olhos de sua agora cliente. E por mais aquele “bônus” Maria se desafiava a fazer realmente tudo que tivesse em seu alcance para que o covarde agressor perdesse qualquer batalha contra sua cliente.  E então ela disse, antes que começasse trabalhar a favor dela. 

— Maria : Posso fazer com que fique livre de seu marido e vença qualquer batalha judicial. Mas não antes que faça uma queixa formal contra ele, que quando passar por exames e constatar as agressões, a única opção que ele vai ter é de deixá-la livre, com seu filho e com todo direito como esposa que irei exigir que receba!  

Cecília riu amarga. Queria o filho e queria sim os direitos que lhe cabia como esposa dele. Mas não era tão simples assim, não com o marido que ela tinha. E então, ela olhou para Geraldo e disse. 

— Cecília : Conta para ela, Geraldo. 


Geraldo tinha os braços cruzados, que assim então informou a Maria o maior obstáculo que a cliente deles enfrentava já por anos naquele casamento . 


— Geraldo: O marido dela é uma figura pública, Maria. Ele é o senador Manolo Canedo do estado do México. Denuncia-lo significa expor na mídia que elegemos um agressor de mulheres. 

Maria então olhou séria para Geraldo e depois seus olhos buscou os olhos chorosos e marcados de Cecília. Ela parecia doce ainda que nos seus olhos não tivesse brilho algum. Brigar por mulheres que sofriam violências domésticas de seus próprios maridos era o que mais despertava a fera em Maria. E quando já ia dizer algo, ela ouviu o outro advogado que estava presente com eles, falar, o que fez ela olha-lo. 


— X: Temos um peixão na rede, pronto pra ser abatido. E a propósito, me chamo José. 

O simpático rapaz ao lado da mesa estendeu a mão direita para Maria, e ela pegou na mão dele e que lhe sorriu com dentes perfeitamente brancos e reto. E ouviram Geraldo dizer, do outro lado dela. 

— Geraldo : E então Maria. Vai, abater esse peixe e nos mostrar como você trabalha?


Maria sorriu de lado, mas não era um riso feliz, nem gentil, era um riso ardiloso e sedento para despenar e tirar até o último centavo de um homem covarde, que naquele caso, ela estava certa que levaria a carreira dele e sua dignidade junto naquela briga e porquê não tentar colocá-lo na cadeia também. E então ela disse, trazendo esperança para Cecília que os olhava chorosa. 

— Maria : Claro que sim, Geraldo. Há anos vivo apenas para isso. Esses covardes agressores, merecem serem abatidos como se devem. Pois não são tão intocáveis como pensam. E irei mostrar isso a esse senador! 

E José riu eufórico e sedento para acompanhar Maria no caso que ela aceitava, disse.


— José: Ótimo agora temos um caso!


Geraldo havia ficado olhando os olhos de Maria que brilharam sedentos pelo sangue do marido de sua nova cliente. E então ele disse sorrindo, sem quebrar o olhar com ela só para deixar ciente em como trabalhar com ele.  

— Geraldo : Maria faça o que precisar ser feito, o caso já é seu. Lembre-se, a firma cobre tudo o que precisar para vence-lo. E José e Vivian estará em sua disposição. A propósito aonde está, Vivian?


E aparecendo na porta com uma pasta na mão, Vivian disse já entrando. 

— Vivian : Estou aqui chefinho. E acredita que estou dividindo uma sala com uma tal Maria que ficou no lugar de Paolo? Mas claro que o senhor sabe disso, a contratou e agora ficarei de serviços dela. Só espero que só porquê ela leva anos de profissão não seja tão soberba e metida como ele era! 

Vivian finalmente se calou e observou melhor todos na sala. E então ela disse, baixo para Geraldo mas com todo mundo a escutando. 

— Vivian : Não me diga que ela é a tal, Maria? 

Geraldo riu com a saia justa que Vivian entrou. Ele tinha uma conexão e intimidade com seus sócios e funcionários que faziam carreira na firma dele, que não só Vivian a mais maluquinha mas eficiente de sua firma, falava daquela forma íntima com ele. E Maria ria de lado, vendo o rosto branco demais da jovem em sua frente e então ela deu a mão pra Vivian e disse. 

— Maria : Sim, sou eu a tal Maria. E não, não sou o que te causa tanto asco, Vivian. Te darei a oportunidade de me conhecer e você dirá o que pensa de mim depois. O que acha? 


Vivian sorriu de orelha a orelha e disse, de mão dada a Maria.


— Vivian: Acho ótimo, Maria! 


Momentos depois, Maria dirigiu de volta pra casa. Tinha nas mãos seu primeiro caso e ela pensava nele. De cara pegava um caso daquele tamanho. Uma briga grande viria para ela como advogada. Mas estava feliz que o dividiria com Vivian e José que a auxiliariam em tudo.  E Maria sorriu de lado. Pensava que talvez se acostumaria rápido trabalhar aquele tempo naquela firma, aonde todos pareciam amigos e o melhor, ela tinha voz .  Geraldo lhe dava voz como profissional e mulher dentro de seu novo local de trabalho, e ela havia notado que não só a ela como todos os advogados independente do sexo. E Maria concluía que era por essa justa e competente direção de Geraldo Salgado, que sua firma de advocacia era bem procurada no México. Geraldo sabia dirigi-la muito bem e eticamente .  E ela se deixou ilusionar por um momento que sua vida profissional pelo menos, já estava  voltando aos eixos que gostava e trabalhou para isso. E agora só faltava resolver o que a via trazido para o México outra vez, e o que era mais importante e talvez a maiores da batalhas que teria. Heitor. Recuperar o amor dele e o respeito, que uma mentira havia tirado dela junto com a covardia de Estevão, era o que mais ela queria. E que para fazer isso, ela seria capaz de tudo, até de buscar a verdade que limparia seu nome se fosse preciso. Apenas para ter o amor de seu filho de volta. 


E assim as pressas, Maria desceu do carro, passou pela portaria do seu apartamento e que ali, Marta já a esperava . A  senhora de pele parda cabelos pretos e lisos de estatura baixa, era a imagem que não fazia falta em nenhum traço suas origens de uma mulher mexicana. 


Estevão ligou para Maria, ligou tanto que ela resolveu atendê-lo e passar o endereço do restaurante que ela escolheu para almoçarem e para ele esperar ela nele, o que Estevão não gostou muito . Queria já vê-la, já tratar dos assuntos que tinham pendentes, mas em troca ele já levava 40 minutos a esperando no restaurante. E quando ela passou entrando no restaurante vestindo preto e um echarpe xadrez sobre os ombros e cabelos soltos, trazendo olhares dos demais clientes, ele se levantou rapidamente da mesa. 

Quando Maria o viu, ela caminhou de passos firmes até a mesa que ele estava, sustentando seu olhar nele sem que deixasse sua cabeça baixar. Que, enquanto andava Maria notava como Estevão a olhava. Ela sentia que era um olhar que se nãotivesse insana, parecia que ele lhe arrancava toda a roupa que ela tinha no corpo enquanto ela andava. E assim que ela parou na frente da mesa, Estevão a mediu com os olhos. Subiu e desceu o olhar e depois suspirou quando encontrou o olhar dela.  E então, depois de um puxar longo de ar, ele disse, mostrando a impaciência que ele estava.


— Estevão: Demorou demais, Maria. Aonde esteve?


Estevão suspirou novamente sem resistir, desceu o olhar por todo corpo de Maria. Ele estava certo que aquela roupa que ela vestia ainda escondia um belo corpo apenas por ver suas medidas finas, que qualquer um não acreditaria que ela já era mãe de um homem feito e uma moça. O que, o lembrou o que os traziam ali. 


E assim, ele foi até o lado que ela sentaria puxou a cadeira e voltou a dizer ironicamente já que não teve resposta dela. 


— Estevão: Faça o favor de se sentar nessa ilustre cadeira para resolvermos nossas pendências de uma vez. Me fez esperar por você por uma hora, Maria! 


Maria de bolsa a frente do corpo, apenas tinha se movido pro lado para Estevão afastar a cadeira irritado. E o vendo, voltar ao seu lugar, fazendo o tique que ela lembrava que ele tinha quando estava nervoso ao mexer na gravata, ela disse sem se importar com o estado de humor dele. 

— Maria : Uma hora não é nada perto dos quinze anos que fiquei longe do meu filho, Estevão!


Maria depois de suas palavras revirou os olhos e sentou na cadeira. Depois que acomodou sua bolsa no cabideiro próximo a mesa deles próprio pra bolsas e casacos de clientes, ela novamente disse, pegando a carta de bebida da mesa, enquanto podia ouvir a respiração irregular de Estevão a frente dela e sentir seus olhos a fulminando. 


— Maria : Antes de mais nada. Estou com sede e vou pedir uma bebida. O que só vou tomar ela e nada mais ao seu lado, Estevão.


Ela folheou o menu ainda mostrando desdém . Ela tinha fome mas não queria comer ao lado de Estevão, já que tinha certeza que o que tinham que conversar fácil lhe tiraria a fome.  E Estevão deu um riso sarcástico de pura raiva. Pela demora dela, ele já havia pedido o almoço de ambos. E  assim ele disse seco e direto.


— Estevão : Tarde demais. Demorou uma eternidade pra chegar, pedi nosso almoço e agora vai me acompanhar, Maria.


Maria então deixou a carta de bebidas sobre a mesa e disse, tão seca e direta como ele .


— Maria : Talvez a conversa que vamos ter agora Estevão, tire não só a minha mas também a sua apetite. Na verdade, estar contigo me tira qualquer vontade de fazer algo que eu goste que eu possa ter Estevão.


Ela olhou de lado e chamou o garçom que se aproximou do lado dela e ela apontou na carta de bebida o que queria, e depois ela voltou a olhar Estevão que a olhava sério e de rosto vermelho. Quando a ouviu lembrou do primeiro encontro deles depois de 15 anos . Ainda era recente a volta dela, e ele ainda podia lembrar do que sentiu de cada detalhe, mas não só de todo ressentimento que ela trouxe a tona, mas também o desejo quando não suportou e a beijou. Ele estava certo que entre aquele beijo tinha acontecido algo, algo que ele tinha vergonha de assumir o que ela ainda podia lhe causar como mulher, mas também estava certo que algo ele causava nela ainda como homem. Afinal ela tinha correspondido ao beijo dele, na mesma fúria com a mesma intensidade .  E foi naquela vontade que ele se questionou se Maria tinha ao dizer tais palavras. E assim, como nada dizia apenas a olhava, Maria pigarreou tocando a garganta nervosa, por sentir Estevão a olhando como antes quando chegou. E então ela disse rápido. 



— Maria : Se vai fazer algo com que Heitor aceite ter uma conversa comigo, diga logo Estevão. Assim não perco muito meu tempo aqui! O que acredito que não é só eu que tenho muito o que fazer hoje, para ficarmos olhando um para cara do outro. 


Estevão tinha um copo grosso de uísque e gelo na frente dele. E ele piscou saindo de seus pensamentos depois que ouviu Maria. E então, ele pegou o copo na mão e disse, nada bobo.


— Estevão: Acha que vou entregar o que precisa sem me dar o que preciso? Preciso da verdade, Maria!


Estevão falou baixo mas não estava calmo.  Só em pensar que Maria poderia ter feito o mesmo que ele fez com Heitor, com Estrela o deixava furioso. Furioso em pensar que ela tinha tirado a filha que ele tanto quis ter. Maria por seu lado, começava degustar melhor de frente para ele o desespero que ele parecia estar para saber de uma vez se era pai de Estrela. E ela riu de lado. Um riso que fez Estevão sentir vítima dela.  E então ela disse.


— Maria : Achei que pra você não passava de uma mentirosa Estevão, falsa, oportunista, vagabunda. Tantos nomes que me recordo que me titulou, assim. Então porque agora acha que sairia alguma verdade de minha boca? 

Estevão bebeu de seu uísque. Ele deixou o líquido descer e suspirou pesadamente. Pensava que era verdade, que não podia confiar na palavra de Maria. Mas só na palavra de mulher dela. A mulher o feriu. Ele acreditava assim. Mas a mãe era diferente da mulher que ele pensava que ela era. Havia tirado Heitor dela, porquê sabia que ela sofreria como ele, pois sempre soube que ela o havia amado de verdade. E só a ele, porquê ela era mãe. E então ele disse, certo que da mãe que Maria era, ele tiraria a verdade dela . 


— Estevão : Não busco a verdade da mulher e sim da mãe que você é, Maria! E sei que a mãe que é, não vai mentir. Então me responda, Estrela pode ser minha filha? Essa menina é minha filha?


Os olhos de Estevão brilharam depois de suas últimas palavras. Ele sofria. E queria a verdade. Queria que Estrela  realmente fosse filha dele. E Maria conseguiu notar o querer dele nos olhos dele, além de ver  no seu olhar cristalizado por um momento o Estevão que pensou que havia se casado. E ela pensou que ele poderia estar tão desesperado pela verdade da paternidade de Estrela, que talvez ela ouviria um por favor dele a qualquer momento para que ela lhe contasse a verdade.  E ela resolveu começar jogar. Pois Maria queria que ele sentisse o que ela sentiu todos aqueles anos sem Heitor. Pelo menos a metade de sua dor e agora seu desespero de tê-lo por perto. E assim, ela o respondeu.


— Maria : Depende, meu bem. 

Estevão sentiu sua ferida cutucada, apenas com aquelas duas palavras de Maria. Se sentiu tolo, iludido e que Alba novamente tinha razão. Estrela não podia ser filha dele. Era mais certo não ser. Mas em troca estava ali sentindo que mais um pouco poderia implorar saber e querer ouvir que Estrela era sim a filha dele. E ele riu disfarçando a dor que sentia e fez o que sabia fazer de melhor, atacou Maria.


— Estevão : Depende do que, hum? Esteve com tantos homens que não sabe quem é o pai daquela menina? 


Maria torceu os lábios de lado sentindo que seu sangue esquentou. Estevão havia falado baixo mas rude. Tinha mesas ao redor dele, o restaurante enchia mais pelo horário. Então ambos manteria a educação ainda que já sentiam que poderiam se matar.

E assim, Maria disse, baixo mais firme com aquele insulto mais que esperado por ele.


— Maria : Me ofenda mais uma vez Estevão que deixarei esse restaurante, pegarei minha filha e a levarei para longe e não saberá nada dela muito menos o que busca saber! 


Maria olhou sua bebida chegar pelas mãos do garçom que trazia ela em uma bandeja. E não era álcool, era um coquetel de frutas bem gelado, já que ela ainda voltaria para o trabalho. 

Estevão tomou mais um gole, mas mais longo que o outro de seu uísque. Havia visto nos olhos de Maria que ela poderia cumprir a ameaça que havia dito . Pois tinha entendido, que a parte de levar Estrela para longe, ela falava só dela e não que sairia novamente do país. E  depois que o garçom deixou a mesa ele disse, cheio de medo dela cumprir o que havia dito, mas não se contendo em querer saber a verdade da paternidade da menina .


— Estevão : Se tornou uma advogada, viveu em Londres. E por que, lá? Por que viveu tão longe todo esse tempo, Maria? Pra mim está claro que esteve escondendo sua filha de mim todo esse tempo! Escondeu existência a dela porque ela também é minha filha! 

Maria olhou Estevão tão atualizado da vida dela como ele havia deixado claro estar na ligação pela noite, que se fosse indefesa como antes, se sentiria nas mãos dele. Ele havia feito duas perguntas que no final ele mesmo deu todos os porquês que ele questionou. Já que Estrela foi o maior motivo que a levou aceitar a ajuda de Luciano. O maior. Mas também, lembrou que ele mesmo exigiu que ela fosse embora para longe. Havia ele mesmo dado dinheiro para ela fazer aquilo. E tudo depois de tomar o corpo dela que ela lembrava como que se não tivesse passado quinze anos.  


E então ela disse, cheia de magoa e temendo que sua voz fraquejasse. 


— Maria: Parece que está sofrendo de amnésia Estevão. Me deixou em uma vida miserável depois de friamente me tirar Heitor. Eu tinha que recomeçar de algum lado e longe de você! Que te recordo que foi você que exigiu que eu fosse para longe, e tudo depois, depois...


Maria não conseguiu terminar suas palavras. Mas Estevão entendeu o que ela iria dizer . Sua mente o levou no momento que tomou o corpo dela e depois lhe deu o xeque mate ainda com ela dentro de uma cela. Pelo menos aquele momento ele lembrava como foi real. Que o corpo dela não pôde ter mentido pra ele. E assim ele disse de tom frio na voz, pensando em Luciano quando lembrou da última vez que a teve nos braços. 


— Estevão : E teve que ir embora lado de Luciano? Eram amantes, não eram? Todo o tempo me enganou com ele. Sei que viveu todos esses 15 anos ao lado dele. O amava? Aonde ele está, Maria? 


Estevão sentiu suar ainda que estivesse em um estabelecimento requintado, o calor era causado no ódio que saia pelos poros de sua pele que trazia agora com toda certeza também por Luciano. Morria por tê-lo em sua frente, tão mais como o homem que viu Maria nua ao lado dele. Tão mais, já que julgou que Luciano foi um amigo dele.  De nariz dilatado, pele vermelha e testa suada, era assim que Maria via Estevão . E ela temeu que ele se exaltasse e trouxesse toda atenção dos clientes nas mesas ao redor deles para eles. E assim ela disse.


— Maria : Achei que não iríamos falar do passado, Estevão.


Estevão não pôde se conter, já fora de si, buscou a mão de Maria sobre e a mesa e pegou ela pelo pulso e disse firme, a olhando nos olhos . 

— Estevão : A onde ele está? Luciano me deve contas que irei cobra-lo! E ele terá que ser homem para me encarar de frente! 

Maria mordeu o lábio com raiva e puxou a mão que Estevão agarrava pelo pulso. E então ela disse, aumentando consideravelmente a voz, para que duas cabeças ao lado se virassem para eles. 

— Maria : Não se atreva a tocar ou tentar algo contra Luciano, Estevão! Não se atreva!


Estevão bufou de ódio sentindo seu ego ferido mais uma vez. Já que não era primeira vez que ouvia Maria defender Luciano. Ela havia feito isso na ligação dele para ela, mas agora parecia doer mais agora. Doía mais porquê ele só pensava que por defende-lo, ela o amava. E então ele disse.


— Estevão : O ama! O que aquele infeliz te deu todos esses anos, que eu não podia dar Maria? O que buscou nele e naquele maldito que tentou me roubar, que eu não tinha? 


Estevão moveu a gravata frouxando ela como que se ele não conseguisse respirar, e Maria atenta ao gesto dele e seu rosto vermelho disse. 


— Maria : Se acalme Estevão, vai ter um ataque se seguir assim! Não siga com esse assunto!


Sem saber que Estevão já tinha sofrido um ataque do coração, Maria disparou. E Estevão riu sem vontade, e depois bebeu todo seu uísque como que se fosse água. E logo em seguida o almoço chegou. Maria observou que o pedido dela, era seu prato preferido e a ira que tinha no rosto dela perdeu para a expressão de surpresa. O que tinha no prato a frente dela era, Parmentier de canarf, o que era um dos seus pratos francês preferidos. 


Estevão observou Maria olhar o prato dela sem ao menos pegar os talheres para toca-lo, e como que o fato dele lembrar um de seus pratos preferidos não fosse nada, ele disse.


— Estevão : Não me faça essa desfeita, que penso que vai fazer e coma Maria! 


Maria engoliu em seco depois que ouviu Estevão falar. E ela pensou que se ele não iria falar nada do fato que ele conseguia lembrar de uns de seus pratos favoritos, tão pouco ela falaria. E então, assim ficaram em silêncio por tempo suficiente para degustarem de boa parte dos pratos servidos para eles. E que Maria então, depois de limpar os lábios e molha-los com água gelada que tinha no lado direito dela, ela disse, de ânimo mais acalmado. 

— Maria : Quero estar frente a Heitor, amanhã mesmo, Estevão. Conseguirá que ele aceite me ver em um restaurante como esse pelo menos? 

Estevão suspirou, terminando de digerir o que ele acabava de levar a boca.  Ele mais que todos sabia o que esperava Maria não era abraços e beijos de Heitor  e então ele disse, também mais calmo e depois de limpar os lábios para falar. 


— Estevão: Deve saber que um lugar público não é o melhor lugar para se estar a frente de um filho que abandonou por quinze anos para viver outra vida com seus amantes.  Então vai ser na minha casa, Maria. E considere como um gesto de boa ação de minha parte, hum. 

Estevão ao terminar de falar, encheu a taça de vinho dele com a garrafa que tinha vindo junto com seu almoço. Já estava na segunda taça e antes já tinha tomado todo seu uísque. E Maria riu incrédula e passou uma mão nos cabelos. Achava um cúmulo Estevão sugerir que ela pisasse na mansão San Román outra vez, e ainda ele pensar que ao sugerir tal coisa, estava fazendo algo bom a ela. Ainda doía, doía lembrar tudo que tinha passado injustamente e tudo havia começado na casa que ela viveu por cinco anos feliz. O que não a fazia desejar voltar pisar na casa dele. E então ela disse. 


— Maria : Não volto pisar nunca mais naquele lugar, Estevão. A última vez que deixei sua casa, foi algemada. Como vê, diferente de você eu lembro de tudo! Lembro de cada detalhe que passei! Não! Não volto pisar lá, ainda que pense que sugerir isso, é um gesto bondoso de sua parte!


Estevão afastou o prato, assim como Maria não comia mais ele também não ia, e então depois de ouvi-la e bebericar do seu vinho, ele disse cheio de suas razões. Ao recordar assim como ela, como ela deixou a mansão San Román. 

— Estevão :  Se não tivesse me roubado não teria passado por isso, hum. E tudo para que? Pra ter dinheiro para dar para aquele homem que te vi dividindo uma cama. Porquê, já tinha tudo comigo, meus bens, meu dinheiro, minha empresa, estava tudo em suas mãos! Não precisava me roubar, Maria! 

Estevão ao final das palavras encarou Maria, que suspirou e nos seus olhos chegou lágrimas que ele pôde ver . Ela tremeu. Estava sendo chamada de ladra e adúltera sem precisar que Estevão dissesse as palavras certas. E lhe doía a alma novamente. Doía ainda que não quisesse mais sentir aquela dor.  E então, sem querer jogar com ele apenas expor sua verdade, ela disse, ainda que soubesse que ele nunca acreditaria nela. 

— Maria : Cala-se, Estevão! Sabe que não fiz isso! Hoje tenho meu próprio dinheiro e antes nunca quis o seu, sempre deixei claro isso! Mas o meu erro foi me tornar totalmente dependente de você, o que o fez me deixar na miséria. Por isso tive que deixar Heitor, porque não podia lutar por ele, ainda mais estando, estan...


Maria gaguejou e não completou as últimas palavras, o que fez Estevão bufar e falar alto demais para estarem aonde estavam. 


— Estevão: Grávida! Sabia que estava grávida quando foi embora! Essa filha que teve pode ser minha, Maria pelo simples fato de ter me escondido essa gravidez! 

Maria ergueu a cabeça. Não negaria o que deixou tão claro mas também não confirmaria, e então ela disse, certa da batalha que Estevão teria pela frente. 

— Maria : O que vai ter que provar isso, Estevão. E como fará? Te disse ontem que não conseguirá a prova de paternidade, não com minha ajuda. E se tentar se aproximar de minha minha filha, vou denuncia-lo! Serei capaz até de fazer com o que fique longe de nós duas pela lei!


Estevão sentiu o corpo todo tenso. Se sentia mais que vítima de Maria. Antes, só doía mais a traição nele, mas agora ele sentia que mais que ela, o fato dela esconder uma filha que ele tanto quis, doía mais.  Para ele só esse fato dizia a ele o quanto ela quis feri-lo. Não só enganando mais também levando uma filha dele. E então ele disse, furioso. 

— Estevão : Sabe que sempre quis ter uma filha, Maria! E se Estrela é essa filha que eu sempre quis, não medirei esforço para tê-la. Então não me desafie, Maria. Os anos passaram mas as regras do jogo que quer jogar comigo seguem o mesmo! 


Maria ia respondê-lo, mas apareceu o garçom, que antes de retirar os pratos, perguntou se tudo estava bem. A tensão deles radiava de longe, ainda que o restaurante fosse grande e já mais cheio que antes. E depois que ficaram sozinhos, Maria disse, baixo mas séria, agora o respondendo. 

— Maria : Quero que recorde que não tenho medo de você, Estevão nem de suas ameaças. No passado, destruiu uma pobre mãe ingênua sem ter aonde cair morta . Mas agora é diferente. Agora esse jogo que quer voltar a jogar comigo pode virar e te surpreender! 


Estevão riu das palavras de Maria. Riu brincando com o vinho da sua taça quase raza, enquanto Maria acabava de tomar um gole de sua água ao falar. E então ele disse, certo de suas palavras.


— Estevão : Heitor nunca vai querer você Maria. Ele já é um homem. Acha que vai convencê-lo só se fazendo de vítima? Não vai. Conheço meu filho. Eu vou exigir os direitos de minha menina que você me tirou e não medirei esforços para isso. 

Ele bebeu todo o vinho e Maria se abalou com as palavras dele. Sempre se abalaria quando ele falasse de Heitor expondo assim o que a esperava. Mas, Maria respirou fundo, não deixaria se abater. Já estava de volta e reconquistaria Heitor . E quando o tivesse ao seu lado assim como tinha Estrela, ela tinha certeza que nesse momento, era ela que riria e não Estevão. E então, ela lhe cuspiu as verdades que trazia dentro de si . 


— Maria : Sei que não medirá esforço, Estevão, em relação a minha filha. É um monstro sem coração que Estrela, já sabe que você é! E ela nunca vai te aceitar, Estevão. Sua luta vai ser em vão! E a minha com Heitor vai ser justa. Porquê nunca fiz o que me acusa e agora mais que nunca vou provar! Agora e tudo que me fez? Me humilhou. Me jogou na cadeia, tirou tudo de mim, e quando digo tudo falo de Heitor! Ele era meu tudo e você friamente me tirou ele! O que fez não tem defesa, não tem justificativa, dessa vez você vai perder, Estevão!


Estevão tremeu no seu lugar. Se morria de medo de algo, era de perder o amor de Heitor e sua admiração, agora também entrava Estrela que com cada palavra que Maria dizia, ele tinha certeza que era o pai dela, ainda que ela não assumisse.  E então, cheio de temor do mal que fez voltar pra ele, ele disse se defendendo. 

— Estevão: Você! Só você me fez fazer isso, Maria! Quando optou me trair e me roubar, abriu mão de nosso filho! 

Estevão soltou sua cega defesa e que usou todos aqueles anos, para tirar seu encargo de consciência. E Maria não aguentou e deixou uma lágrima descer do seu rosto, o que ela limpou desesperada e disse, nervosa. 

— Maria: Você é um infeliz, Estevão. O que te dói é seu ego, em pensar que estive com outro homem. Não liga para o dinheiro. Nunca foi porquê pensa que foi eu que cometi aquele desfalque, foi por pensar que quis estar com outro homem que não era você! Só por isso me tirou Heitor! Não suportou e ainda não suporta pensar que pude estar com outro homem! 

Estevão possesso bateu na mesa e gritou trazendo olhares para eles. 

— Estevão : Cala-se, Maria! 

E Maria também esquecendo da onde estava o respondeu no mesmo tom. 

— Maria : Não grite comigo, Estevão e nem me mande calar! 

Estevão já estava cego. Assim como Maria havia chorado, ele estava abalado. Diferente de Maria, mas ele sofria, por lembrar tudo o que acreditava que ela lhe havia feito. E então, como seguia, ele disse, expondo o erro que pensava que havia cometido.


— Estevão : Meu erro foi ama-la!  Meu erro foi acreditar em tudo que me dizia, meu erro foi acreditar no falso amor que jurou sentir por mim, Maria! Esse amor que senti, que me fez em quem sou hoje! Você me destruiu, destruiu quem eu era!


Maria riu, levando as costas da mão na boca, enquanto lágrimas nervosas desciam de seus olhos. Estevão novamente falava algo que ela via como um absurdo, aonde que a vítima de tudo e dele, havia sido ela. Ela que havia sido destruída por ama-lo... E então ela disse, depois que tratou de limpar os olhos e gargalhou da dor que Estevão, para ela só estava fingindo sentir.


— Maria : Quem me destruiu foi você Estevão! Como pode ser tão sínico em me dizer essas coisas? Eu que tenho que me arrepender por ter ama-lo um dia, de ter me entregado a você de corpo e alma! Fui tola! 


Estevão  pegou a garrafa de vinho, tinha um resto e ele virou na taça e fez sinal para que o garçom  lhe trouxesse outra. Maria acabava de entrar em um tema da conversa que o interessava muito e então, ele disse, assim que pegou sua taça cheia de vinho para levar na boca. 

— Estevão: Aí está, Maria, seu corpo foi sua maior arma usada contra mim com sua falsa inocência. Mas pelo menos ele não me mentia, não? Porque me lembro muito bem o que te causava! Pelo menos isso era real. Mas não o suficiente para que só ficasse ao meu lado! 

Maria virou o rosto. Daquele assunto ela não queria falar. O corpo dela que nas mãos de Estevão queimava como brasa, hoje era frígido e gélido para qualquer outro homem. Seu desejo de mulher estava morto. Tanto que nos anos que passou, só foi mãe e se dedicou a carreira, deixando de ser mulher, mesmo quando tentou ser ao lado de Luciano. Era como uma maldição jogada pelo homem em sua frente. E então, ela o buscou e disse, tirando o tema que ela sem querer expôs ali com ele. 

— Maria : Não vou aceitar sua proposta. Não vou ver Heitor em sua casa! E não vai chegar perto de minha filha! Esse momento foi em vão, Estevão!


Maria fez que ia pegar sua bolsa e Estevão disse, grosso e sem querer deixar ela ir . 


— Estevão : Não vai sair daqui Maria até que eu diga que pode ir! 


Maria riu e pegou a sua bolsa. O Estevão que ela via quinze anos depois se sentia o rei do mundo, o único homem da terra aonde todo mundo tinha lhe prestar reverência e obedece-lo. E ela de frente para ele, pronta para se levantar e ir, disse sem ao menos pensar em acatar alguma ordem dele. 


— Maria : Me pergunto como foi que não vi o homem que agora é, quando me casei com você. Acha que pode tudo Estevão? Alguém andou inflando demais seu ego todo esse tempo!


Maria se moveu de bolsa no colo . Pensou em pagar ela mesma o seu almoço, pelo menos a bebida tomou, então ela abriu a bolsa para pegar um de seus cartão, quando ouviu Estevão lhe cuspir palavras de puro ressentimento a respondendo.


— Estevão: Acredite que me faço a mesma pergunta sobre você, Maria. Foi sempre essa mulher, ardilosa e promíscua para que eu tolo desse o valor que não merecia! Me casei com uma qual... 

Estevão deixou de falar, pois um jato de água gelada voou na cara dele e Maria em pé que lhe tacou a água, em seguida o esbofeteou com força e gritou.


— Maria : Eu disse para não voltar me ofender, Estevão!


Estevão então  se levantou de blusa e rosto molhado, vermelho e pingando, e pegou um guardanapo da mesa e secou seu rosto. O que Maria acabava de fazer tinha tido mais platéia do que ele gostaria.  E ele bufando ali em pé, a via passar entre as mesas sem olhar para trás, movendo o quadril que o pano da calça desenhava perfeitamente toda sua parte traseira, que movia em um rebolado natural, que ele não conseguiu tirar os olhos até que ela sumisse e ele voltasse a sentar no lugar e pedir a conta com o humor dos infernos. 

A guerra para ele com ela só estava começando. E ele sabia como poderia fazer Maria aceitar sua proposta e ainda fazê-la aceitar que ele fizesse o teste de paternidade em Estrela. Heitor. Ele era seu triunfo e a arma contra ela. Mas o que Estevão não colocava na balança, era que uma menina de quinze anos, poderia ser tão mais terrível de ser domada como a mãe estava sendo. E Maria era ciente disso, o que a faria rir como ele muito fazia. 




 


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