Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 5
Capítulo 5




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Olá lindas. Capítulo novo! Espero que gostem!

Maria saiu as pressas do elevador da empresa. Necessitava respirar o ar puro que não tinha dentro daquele lugar. Cega ela andava rápido demais até às grandes portas de vidro daquele prédio e quando atravessou elas, ela sentiu o vento fresco bater no seu rosto de novo e depois de sentir que respirava melhor, sentiu um forte enjoo.

E então ela correu para um lado e se encostou na parede, baixou a cabeça e soltou uma água amarga pela boca que podia se igualar ao gosto que sentiu em ter Estevão novamente em sua frente e o pior de tudo, tinha o beijado. O amargor que ela tinha agora nos lábios, era o mesmo que sentia com o arrependimento de ter amado um dia um homem como ele.

Diferente dos contos de fadas que a mocinha pobre casa com o mocinho rico e contam que são felizes para sempre. Na história de Maria ela tinha certeza que foi o contrário, o mocinho rico destruiu a mocinha pobre. Mas agora ela estava de volta e poderia mudar o fim daquele conto que viveu. E erguendo a cabeça depois de pegar um lenço da bolsa e limpar os lábios, Maria olhou pro prédio novamente. Iria recuperar Heitor, mas também decidia mais ainda naquele momento buscar o porquê. O porque foi ela a cobaia que foi acusada de tentar desfalcar com uma quantia milionária a empresa do próprio marido. Por que ela? Enfim ela buscaria respostas. E não só para aquela acusação, mas também buscaria respostas sobre a traição que fizeram Estevão acreditar. Quem foi o homem que prestou o papel de se passar por amante dela. Precisava saber, precisava estar cara acara com ele e olhar em seus olhos para então também encontrar a resposta que tanto se perguntou dentro daqueles 15 anos. Quem era e o que tinha acontecido de verdade naquele quarto.

E depois de jogar os cabelos para um lado, de cabeça erguida e disposta a tudo, Maria visou um táxi e saiu dali para encontrar outra pessoa do seu passado.

E horas depois.

Estevão havia sofrido um ataque do coração. Maria com sua volta tinha causado isso nele. E então ele estava em um hospital e nele, tinha passado por uma bateria de exames e por isso vestia uma ridícula camisola de hospital e tinha fios no peito. Mas já estava acordado e ainda no mesmo estado de nervos que Maria o tinha deixado ao sair da sala dele nas empresas San Roman.

E assim como estava, Estevão arrancou os fios que estavam em seu peito e que marcavam seus batimentos cardíacos. Não era um doente e não se permitiria ser. Não quando tinha Maria respirando o mesmo ar que ele de novo. Que agora mais que nunca queria saber tudo dela. Agora estava decidido cavoucar pedra sobre pedra da vida dela durante aqueles 15 anos que não via. Na verdade, ele desejava naquele mesmo momento saber do paradeiro dela para confronta-la e dizer tudo que pensou que ainda não foi dito naquele breve tempo que a teve em sua frente. Mas estava preso naquele leito que para ele não tinha necessidade alguma. O que o deixava ainda mais possesso.

E enquanto Estevão se livrava dos fios em seu peito. Patrícia entrou no quarto. Ela soube que Estevão tinha passado mal nas empresas e correu para o hospital. Mas soube não por Alba, é claro. Patrícia sabia que a mulher a detestava então só soube por Lupita quando ligou para falar com ele no escritório dele.

Ninguém sabia o que tinha ocasionado o princípio de infarto em Estevão. Ele não teve oportunidade de dizer e por isso, Alba que estava na sala de espera no hospital junto ao Bruno e Demétrio queriam respostas.

E então Patrícia disse, toda cheia de preocupação quando viu o que ele fazia.

— Patrícia: O que está fazendo meu querido?

Patrícia largou a bolsa na cama e tentou parar Estevão, mas ele já segurava todos os fios fora do seu peito e largava eles pendurados ao lado na cama. E ele não aceitando que fosse tocado, ele segurou ela pelos pulsos e disse sério.

— Estevão: Eu preciso sair desse hospital! Chame o médico, o presidente até o papa, Patrícia se for preciso, mas que me liberem daqui!

Ele largou Patrícia e ela por ver ele nada calmo. Nada como devia estar depois de sofrer um infarto, ela disse.

— Patrícia: Acalme- se, Estevão! Vai morrer assim! Acaba de enfartar! Se eu chamar um médico vai ser para conte-lo!

Estevão olhou feio para Patrícia e saltou da cama e viu melhor como estava. Debaixo daquela camisola ele só usava uma cueca. E se sentindo o mais ridículo dos homens por querer não estar daquele modo quando tinha a mulher que tanto o perturbou em sua ausência agora presente na vida dele, o fazendo sentir tão fraco com a volta dela. Ele disse mudando de ideia em chamar alguém para que o liberassem, optando fazer aquilo sozinho.

— Estevão: Aonde estão? Aonde estão minha calça e meus sapatos! Minhas roupas!

Patrícia acabava de chegar e então se viu louca com as perguntas de Estevão e entre seu forte temperamento. Quando soube que ele tinha parado no hospital pensou que poderia ser algo grave, que quando chegou na recepção vendo Alba nervosa confirmou aquilo. Mas em troca o via forte como um touro e no mesmo temperamento de que se acostumou vê-lo estar. E assim ela disse, pegando nos braços dele.

— Patrícia: Parece um louco, Estevão! Se acalme e me diga com calma o que aconteceu! Por que parou em um hospital?

Estevão então puxou o ar do peito. Precisava mesmo se calmar. Parecia um louco, mas era porque sentia que podia ficar. Maria estava de volta. A causadora de seus ressentimentos, mas também ainda dona de seu amor estava de volta. E como não ficar louco? A mulher que amava, mas que também odiava estava de volta. E então trincando os dentes ele respondeu Patrícia.

— Estevão: Maria! Maria aconteceu! Ela regressou, Patrícia! Ela, está de volta!

Estevão passou as mãos no rosto e Patrícia deu alguns passos para trás levando a mão na boca. E então ela disse incrédula.

— Patrícia: Não pode ser Estevão!

Estevão procurou um sofá de couro da cor creme e sentou. Nem ligava mais que vestia um vestido e que estava daquela maneira por causa de Maria. E assim que sentou de pernas abertas e levou a mão na cabeça baixando ela disse sério.

— Estevão: Acredite Patrícia, ela está de volta! Maria não está nos meus sonhos ou nas minhas alucinações mais. Agora é real ela está de volta!

Quando Estevão terminou suas palavras ele lembrou da alucinação que pensou que tinha tido há alguns dias onde pensou em ter visto Maria na rua. E então ele ergueu a cabeça para olhar Patrícia nos olhos com a certeza que a mulher que tinha visto não foi uma alucinação e sim realmente Maria. E assim que fez ele se levantou voltando a ficar como antes estava, possesso e disposto a ir atrás dela aonde ela estivesse.

E longe dali em uma igreja.

No meio dos bancos dela. Maria tinha ao seu lado seu querido padre e confessor que não o via em todos aqueles anos. Ele era a única pessoa do passado dela que soube para aonde ela estava indo quando deixou a capital do México e esperando Estrela. E que a menina também estava na igreja, pois Maria enquanto ia para basílica do padre Belisário, recebeu uma ligação que a fez mudar o caminho e pegar mais cedo Estrela em seu primeiro dia de aula na ginástica. O que foi bom, assim o padre conheceria sua filha também além de voltar a vê-la.

E então a frente deles enquanto conversavam, a menina adolescente virou uma estrelinha com perfeição em frente aos altares da santa de Guadalupe. Estrela praticava ginástica olímpica desde dos 9 anos de idade depois que desistiu do balé, então a menina tinha uma incrível elasticidade e coordenação nos seus movimentos para cada manobra e assim apaixonada naquele esporte. Tão apaixonada que faltava limites aonde ela poderia exibir eles, como fazia aquele momento no meio de uma igreja.

E então, Maria deixando sua conversa em sussurros com o Padre Belisário depois que viu o que Estrela tinha feito, disse.

— Maria: Filha. Aqui não é lugar para isso, meu amor.

Estrela então passou as mãos nos cabelos e fez uma cara que a mãe estava certa e o padre Belisário, sorriu todo encantado com a juventude da menina e disse.

— Padre Belisário: Deixe a menina filha, só estamos nós aqui.

Maria sorriu vendo que Estrela voltava a se aproximar deles e disse.

— Maria: Ah, não Padre não faça isso você também. Estrela ama ser bajulada e poder fazer o que quer.

Estrela riu e passou por trás de Maria que como ela estava sentada a abraçou daquele modo e disse.

— Estrela: Eu amo mesmo!

O Padre Belisário que estava sentado ao lado de Maria se levantou e observou as duas. Enquanto Estrela brincava, pôde conversar pouco com Maria. Ele se calou naquele segredo que sabia que ela tinha deixado a capital grávida porque Maria o confessou em segredo de confissão e manteve contato com ele ainda exigindo segredo. Mas ele não aprovava ele. Não aprovou o que Estevão tinha feito com Heitor o separando de Maria e o condenou todas as vezes que ele buscou ele para conversar como mentor espiritual e o mesmo agora fazia apenas com um olhar com Maria. Heitor ainda criança não teve culpa de tudo que houve, mas ainda assim Estevão o condenou ficar sem a mãe e agora Maria fazia o mesmo com Estrela que era já uma jovem que não tinha o pai ao seu lado. E ele só via que naquela história ambos estavam errados como pais, que estavam prejudicando os filhos que tinha durante aqueles 15 anos.

Mas ele sabendo que teria que ter uma longa conversa com Maria a sós sobre o que via ela também fazer. Disse, dando atenção a filha que Estevão desconhecia.

— Padre Belisário: Ainda não posso acreditar que está de volta filha e com sua filha. Só a via por fotos.

O padre Belisário andou e Maria se levantou para ir até ele que ia até o altar da santa e Estrela que tomou um lado do braço dela, disse curiosa.

— Estrela: Mandava fotos minha para o padre, mamãe?

Maria virou o rosto para Estrela e sorriu. Manteve contato boa parte do tempo com o Padre Belisário por cartas e algumas vezes por telefonemas que não foram constantes durantes aqueles anos .E assim ela explicou .

— Maria : Sim, meu amor. Padre Belisário sempre foi meu confessor e sabia que deixava esse país esperando você. E por isso cheguei mandar fotos suas por cartas.

Estrela sorriu e encostou a cabeça no ombro de Maria. As duas olhavam o Padra Belisário acender algumas velas no altar. E então, depois de soltar um suspiro, Estrela voltou a dizer.

— Estrela: Nessa história toda vejo que só Estevão não sabia de mim. E deve seguir assim, não é mamãe?

Maria então rápido tomou o rosto de sua menina nas mãos. Queria Estevão seguisse sem saber que tinha uma filha, ainda mais depois de estar em frente a ele e ela ver que ele continuava o mesmo. Estevão não merecia sua pequena Estrela, mas ela tinha consciência e o conhecia muito bem para saber que logo ele saberia da existência dela. E então ela disse olhando nos olhos de sua filha.

— Maria: Se depender de mim meu amor, ele seguirá não sabendo de você. Mas tem que ficar ciente que cedo ou tarde ele saberá, não por mim, mas ele saberá filha.

Estrela depois de ouvir Maria, pegou nas mãos dela. Ela tinha o coração acelerado e olhos inundando lágrimas. Não gostava de pensar nem se quer ter Estevão em sua frente. Sentia seu coração desesperado em só pensar em ter que conviver com ele como pai e filha. Pois alguém que tinha feito tanto mal a mãe dela não merecia ter a atenção dela, além dela começar a ter medo dele fazer como fez com Heitor em tira-la da mãe dela. E então querendo chorar, ela disse.

— Estrela: Mas não o quero perto de mim! Não pode deixar que ele saiba de mim, mãe!

Estrela tirou as mãos de Maria do rosto dela. Por algum motivo sentia que ela poderia falhar e deixar Estevão próximo a ela. E então Maria preocupada como via a filha ficar diante dela e do Padre Belisário, ela disse.

— Maria: Filha, vamos conversar sobre isso em casa.

E então se virando para o padre Belisário que só via o horror que ela tinha do próprio pai estampado no rosto dela, ela disse.

— Estrela: Padre. Estevão é um homem mal! Diz isso a minha mãe! Ela não pode deixar que ele saiba de mim! Ele vai me tirar dela!

Estrela então, pegou sua bolsa escolar que estava entre uns bancos da igreja e saiu correndo deixando Maria para trás. Ela não entendia porque parecia ver a mãe dela voltar na palavra que antes deu a ela, que ela não seria obrigada estar com o homem que era seu pai. Estrela só pensava que não queria ter Estevão como pai, que não precisava dele. Na verdade, ela não queria um pai tão pouco um irmão que teria que dividir a mãe que foi só dela tanto tempo. E com tudo na cabeça, ela começou chorar desejando que sua vida em Londres ao lado da mãe voltasse.

E assim Maria apressada sobre o olhar de reprovação do Padre Belisário que viu o que o segredo dela em não ter revelado antes sobre outras circunstâncias quem era o pai de Estrela o que estava causando na menina, mas que também Estevão tinha culpa, ela disse já indo atrás de sua filha.

— Maria: Padre, eu volto em outro momento!

O padre Belisário assentiu, vendo Maria pegar sua bolsa e correr para saída da igreja. Iria mesmo querer que Maria voltasse. Estevão e ela eram vitimas de um passado de enganos e dor, mas as maiores vítimas de tudo aquilo era o filho deles.

E já fora da igreja, Maria que correu para alcançar Estrela, a viu mais a frente ainda correndo tropeçar em seguida em uma barraca de tapetes artesanais. A menina arregalou os olhos parando no lugar e Maria alcançou ela, pegando no braço dela e dizendo pra senhora que pegava os tapetes do chão.

— Maria: Desculpe a minha filha, eu posso pagar o prejuízo. Por favor me desculpe.

Maria começou ajudar a levantar a mesinha da senhora e então a senhora pegou na mão dela e disse, gentil.

— X: Não tem prejuízo nenhum. Incidentes assim acontecem bastante com a gente, acredite.

A senhora montou a mesinha de madeira que depois dela tinha mais vendedores ambulantes como ela que vendiam matérias primas da cultura mexicana. E Maria com alguns tapetes na mão, disse ainda sentindo muito.

— Maria: Bom, pelo menos aceite nossas desculpas e me venda umas dessas artes que faz tão linda.

A senhora então sorriu vendo a jovem presa nos braços dela, aparentemente envergonhada e disse.

— X: Escolha o que tiver do seu agrado.

Maria então buscou os olhos da filha que estava muda e escondendo o rosto nela. Faltava as desculpas dela, e Estrela que buscou o olhar da mãe logo depois entendeu pelo olhar dela e então ela disse, envergonhada.

— Estrela: Me desculpe senhora.

Estrela então voltou agarrar no braço de Maria e esconder o rosto nele e Maria riu dela. E depois de separar dois tapetes pequenos de cores vivas, ela disse.

— Maria: Vou levar esses dois. Um para meu quarto e o outro para o dela. E nos desculpe de novo, senhora...

E Maria sorrindo buscando voltar a fazer amigos aonde estava sua raiz, esperava a mulher lhe dizer o nome, que ainda com toda gentileza e simpatia disse.

X : Socorro de Montes. Me chamo assim.

A senhora pegou na mão de Maria depois se apresentar e Maria fazendo o mesmo, disse.

— Maria: E eu Maria Fernandez e minha filha, a desastrada, chama, Estrela. Espero voltarmos a nos ver, Socorro. Estou de volta ao meu país e entre minha gente e é bom ter alguém como você no meu caminho.

Socorro pareceu sorrir mais. Era como que se o santo tivesse batido com aquela mulher e então também querendo vê-la mais vezes, ela disse.

— Socorro: Então esteve longe? Porque não visita os Caneiros. Em alguns dias será o dia de San Valentin e será lindo. Eu estou sempre lá, então me verá e vou te apresentar, meu Ursão que é meu marido, e meus bons amigos para que volte se familiarizar com nosso povo!

Maria sabia aonde era o local que Socorro convidava para ela ir. Os barcos que tinham o nome de Caneiros, a la mexicana, era o maior ponto turístico na região de Xochimilco e ela já esteve muito neles, inclusive nos dias de San Valentin. Mas ela se viu toda tensa quando lembrou o quanto gostava de passear nos Caneiros e com quem ainda mais naquele dia tão especial. E curiosa por nunca ter ouvido falar do dia de San Valentin, Estrela disse baixinho.

— Estrela: Que dia é esse de San Valentin, mamãe?

Maria espantou os pensamentos. Não iria naquele dia especial, mas poderia ir em outros já que ela não queria dispensar a oportunidade de fazer amigos. E então, ela disse.

— Maria : Bom. Posso ir antes, Socorro. Tenho saudades da cultura de nosso povo.

E sorrindo Socorro apenas acrescentou.

— Socorro: Se sinta, a vontade em ir quando quiser, Maria. Eu estarei lá qual for o dia e então nos veremos!

E Maria sorrindo se despediu de Socorro e saiu dali. Mas já desfazendo o sorriso quando deu as costas para a senhora tão simpática. O dia de San Valentin não trazia boas lembranças a Maria. Só trazia as falsas juras de amor daquele dia que era especial aos casais de namorados e casados.

E então no táxi. Estrela via Maria perdida em seus pensamentos e então ela cochichou ainda querendo a reposta da pergunta dela que não vinha.

— Estrela: Mãe. Que dia é esse tal de San Valentin?

Maria novamente não quis responder. E o motorista que pareceu que tinha ouvido biônico disse. 

— X : É o dia dos namorados aqui no México, jovencita. São turistas?

Estrela então quando ouviu o motorista, entendeu o silêncio de Maria, que olhava a janela como que se não estivesse ali.

E logo depois entravam no apartamento delas. Estrela largou logo a bolsa no meio da sala e disse por ver a mãe ainda em silêncio.

— Estrela: Não quer falar comigo mais? Mãe fala comigo!

Maria sentou no sofá cruzou as pernas e tirou os saltos relando um no outro e suspirou. Não passou o caminho todo pensando naquele bobo dia de San Valentin. O silêncio dela seguiu enquanto passava tudo que houve naquele dia na mente dela. Tinha visto Estevão e agora estava mais perto de Heitor do que antes como ele também estava perto de Estrela. E assim que viu que estava preparada para ter mais uma conversa séria com sua menina, ela disse.

— Maria: Vi Estevão hoje, filha. Vi seu pai. E por isso quero prepara-la que não vai demorar que ele saiba que tivemos também uma filha. Mesmo que eu não queira, ele vai saber de você filha. Por isso sei que ele vai procurar por você filha e exigir os diretos dele. Então tem que estar ciente disso meu amor.

Estrela então deixou cair seu corpo desanimada no sofá e ao lado de Maria. Queria chorar com o que seguia ouvindo. E então ela disse chorosa.

— Estrela :Não, mãe! Eu avisei que não queria Estevão perto de mim e me disse que não me obrigaria a isso! Estava mentindo pra mim o tempo todo!

Maria tomou o rosto de Estrela que começou chorar ente suas mãos, e então ela disse.

— Maria: Não, filha! Não estou mentindo! Eu não vou falar da sua existência a ele! Mas, não o conhece como o conheço, meu amor. Seu pai tem muito dinheiro e vai usar ele pra chegar até você!

Estrela com as palavras de Maria se desesperou mais e seu medo maior foi exposto a ela entre mais lágrimas.

— Estrela: E não vai deixar ele me tirar da senhora, não vai? Diz que não vai mamãe! Diz que não vai deixar, ele fazer como fez com Heitor! Eu não quero que nos separem!

Maria então a fez sentar nas pernas dela enquanto a puxava para seus braços. E assim ela disse convicta em suas palavras de mãe enquanto limpava os olhos dela.

— Maria: Isso nunca meu amor! O fato dele saber que tive mais uma filha com ele, não significa que vou deixar que ele tenha contato com você! Meu amor, tudo mudou. Ele não vai poder nem que tente te tirar de mim.

Maria abraçou forte Estrela. O que dizia não era só para consolar ela, era a verdade. Faria de tudo que tivesse ao alcance dela para que Estevão seguisse longe da filha deles. Ele poderia descobrir que tiveram ela, mas na lei ele não podia fazer nada se ela não permitisse. Já que Estrela levava na certidão só o nome da mãe e se Estevão quisesse mudar aquilo teria que lutar juridicamente para que seus direitos fossem reconhecidos como pai dela além de provar que era pai biológico. Agora Maria estava preparada, tinha conhecimentos e poderia lutar por sua filha se fosse preciso. Então Estevão teria uma árdua briga se decidisse reclamar a paternidade de Estrela.

E naquele abraço apertado, Estrela disse querendo a certeza das palavras que ouviu.

— Estrela: Tem certeza mãe? Tem certeza?

Maria a olhou nos olhos e tirou um pouco dos fios loiros do rosto dela e disse.

— Maria: Absoluta! Antes que ele tente te tirar de mim eu o mato, mas ele não tira você de mim, filha!

Maria então abraçou forte outra vez Estrela pensando nas suas palavras. Não poderia passar pela mesma dor de novo. Não perderia mais um filho então só pensou naquele modo de deter Estevão. E respirando ambas quietas por alguns minutos, Estrela se arrastou para o lado do sofá e pediu.

— Estrela: Fala logo com Heitor e vamos embora daqui mamãe. Eu não gostei daqui.

Maria deu um riso fraco. Não era fácil como Estrela falava. Sabia que não seria. Para recuperar um filho sacrificava o outro a conviver próximo a um pai que ela não queria e em um país que não conhecia. O pior seria se não recuperasse Heitor e perdesse também sua Estrela. E então cheia de medo, Maria se virou para a filha e apertou ela novamente em um abraço. Não tinha só uma filha, tinha uma amiga, companheira, cúmplice, tudo. Estrela era tudo para ela. E por isso não permitiria que Estevão se quer tentasse tira-la. Que se tentasse, daquela vez Maria sentia que realmente seria capaz de uma loucura.

Já era noite. E Estevão estava de observação no hospital depois de sua falha tentativa em deixa-lo ainda sem alta. Mas ficaria só uma noite até que os resultados de seus exames ficassem prontos. Uma noite e nada mais, assim Estevão tinha deixado claro ao seu médico e cardiologista, Rubéns que não passaria nem mais uma noite no hospital.

E assim vestido com a camisola que ele seguia achando ridícula do hospital, ele estava sentado de braços cruzados no seu leito. Ele pensava em Maria. Tinha ela e sua visita na cabeça, o que fez ele depois do ataque que teve no coração também sofrer de pressão alta. O que o médico, o recomendou uma alimentação mais saudável quando voltasse pra casa e exercícios. Que por ele estar assim, talvez fosse o fato de ter passado uma vida dentro daqueles 15 anos sem ao menos ter uma mulher cuidando sem interesse algum de sua saúde e seu bem-estar era o que fazia falta a Estevão San Román. Que naqueles anos todos só pensava em trabalho e era sempre azedo na maior parte de seu dia. Mesmo que fingisse muito bem não sentir falta de amar e ser amado, de voltar pra casa e ter um amor a sua espera. Um amor que lhe foi dado, mas com um tempo de validade.

E então a porta se abriu o tirando de seus pensamentos e ele viu Alba. Só ela ainda estava no hospital. Durante o dia além de Patrícia, Demétrio, Bruno haviam conseguido ver Estevão no quarto e agora só estava ela para passar a noite com ele.

E então assim que ele a viu, ele disse não gostando de ter tirado sua tia de uma noite que ela podia dormir bem, longe daquele ambiente de um hospital.

— Estevão: Não precisava passar a noite comigo, tia. Estou bem. Devia voltar para casa, hum.

Alba fechou a porta calada. A bomba de que Maria estava de volta já tinha caído no colo de todos. Menos de Heitor que longe, não sabia ainda que a mãe estava de volta mas sabia que o pai estava em um hospital que por isso estava querendo voltar para casa o quanto antes. E assim, Alba disse.

— Alba: Vou ficar para garantir que no meio da noite não fuja para ir atrás daquela mulher.

Estevão bufou quando ouviu Alba e se perguntou se estava estampado a necessidade que ele tinha de voltar a vê-la no rosto dele. Na visita de Demétrio, ele havia pedido que o deixassem só no quarto e exigiu que ele ajudasse saber aonde Maria estava, da onde ela veio e de tudo que ela andou fazendo dentro aqueles 15 anos. E Demétrio com seus conhecimentos como advogado e seus contatos prometeu fazer tudo que ele pediu. E em 48 horas, foi que Estevão exigiu ter o que precisava na mesa dele sobre Maria. Não importando como ele conseguiria, não importando quanto custaria, só querendo saber dela, saber tudo e pegar ela agora de surpresa como ela fez com ele, fosse aonde ela estivesse.

E então ele disse, ignorando as palavras de Alba e se preocupando com Heitor.

— Estevão: Não devia ter contado a Heitor que estou em um hospital. Amanhã já estaria de volta em casa e conversaria com ele quando ele chegasse!

Alba então, sentou no sofá do quarto e pegou uma revista que tinha nele e disse.

— Alba: Ele ligou, não ia mentir quando me perguntou de você. E por isso, a essa hora ele já deve estar voltando pra casa, Estevão. E aconselho que já vá ensaiando como dizer a ele que Maria está de volta.

Estevão bufou outra vez. Queria tempo para falar a Heitor que a mãe dele estava de volta e iria procura-lo. Mas pelo visto não teria já que ele voltava antes de viajem. E então ele disse descontente.

— Estevão: Pelo menos sobre a volta de Maria não disse nada. Quero que seja eu que fale com meu filho. Não sei como ele vai reagir, mas espero que siga do meu lado.

Estevão se calou pensativo. Teve poucos momentos enquanto via Heitor crescer sem Maria ao lado, que ele havia se perguntado se o que tinha feito foi o certo a fazer. Mas aquela pergunta nunca foi respondida e ela foi morrendo enquanto tinha o amor incondicional de seu único filho.

E longe dali.

Patrícia estava pronta pra deixar sua clínica aonde atendia como psicóloga com mais dois psicólogos. E sozinha na sua sala, ela pegou a bolsa e chave do carro dela para ir embora. Estava exausta, saiu do hospital de cabeça quente e voltou para sua clínica, atendeu mais dois pacientes no fim do dia e por isso deixava ela aquele momento bem depois dos seus funcionários da clínica. E de costa, ela ouviu a porta da sala dela dela bater.

Patrícia então olhou e viu Bruno. Ela então largou suas coisas na mesa e disse em um tom de desespero, com ele a olhando sério.

— Patrícia: Ela voltou! Aquela mulher voltou. E agora?

Bruno nada disse. Apenas ficou olhando o desespero de Patrícia que fácil poderiam entrega-los. Em alguns momentos eram amantes e ele amava aquela mulher mesmo que não fosse correspondido, já que ela só tinha olhos pra Estevão mesmo antes dele se casar com Maria. Mas mais que amá-la, ele amava o dinheiro fácil que tinha. E então ele se aproximou da mulher loira e alta e pegou na bochecha dela e apertou entre os dedos, e disse sério.

— Bruno: Agora com a volta de Maria, tem que manter Estevão ao seu lado. Ao seu lado Patrícia! Porque se ele pensar em agora acreditar nela, nosso mundinho pode acabar.

Ele a soltou e Patrícia tocou na bochecha dela e disse histérica com ele.

— Patrícia: Aí seu imbecil! Eu sei o que fazer! Estevão a odeia isso nunca vai mudar!

Bruno então riu. Sabia pela confiança que Estevão tinha nele, que aquele ódio que ele tentava mostrar que tinha de Maria era feito de amor. O que só impedia ele de acreditar nela era o rancor que ainda tinha forte no peito e que ele chamava de ódio. E assim ele a respondeu.

— Bruno: Essa situação mudaria se ele descobrisse a verdade! Então não deixe que isso aconteça, Patrícia! Eu estarei fazendo meu trabalho, faça o seu, que pra isso você foi muito bem recompensada!

Bruno falou olhando aquela sala de Patrícia. Aquela clínica foi construída com o dinheiro desviados das empresas San Román. A clínica de Patrícia era localizada em um bairro nobre, frequentada só pela classe média alta e bem conhecida, o que sozinha há 15 anos atrás ela não conseguiria levantar nem um tijolo. E por isso era mais uma beneficiada com a saída de Maria da vida de Estevão, já que Patrícia tinha tudo e ainda tinha ele ou quase tinha já que ela não tinha conseguido em todo aquele tempo seu casamento desejado com ele. Mas era um detalhe que ela insistia ainda em mudar. E com a volta de Maria mais ainda.

E assim ela disse, certa.

— Patrícia: Derrubamos Maria uma vez. Por que não faríamos outra?

Bruno a olhou. Sabia que se precisassem se livrar de Maria de novo, não seria tão simples quanto joga-la nua na cama de alguém e criar uma conta fantasma para dizer que ela estava roubando de novo. Agora seria mais complicado, mas não impossível. Já que para não perder a boa vida que levavam dentro daqueles 15 anos ele seria capaz e tudo. E então ele disse.

— Bruno: Porque se precisarmos derrubar Maria mais uma vez, nossas mãos sairiam muito mais suja minha querida, Patrícia.

Patrícia arregalou os olhos entendo a mensagem de Bruno. Ela poderia ter sido a amiga mais falsa e traiçoeira que alguém poderia ter tido, mas não era capaz de fazer o que Bruno insinuava, então ela disse.

— Patrícia: Você teria, teria coragem de fazer isso? Teria coragem... de matá-la?

Bruno então puxou Patrícia pela cintura e mordeu o queixo dela e depois que ela virou o rosto com o toque dele, ele disse sem larga-la.

— Bruno: Você não? Estamos vivendo uma santa paz. Temos Estevão e as empresas San Roman em nossas mãos. A volta de Maria pode estragar tudo. Está disposta a perder tudo, Patrícia?

Patrícia baixou os olhos. Para aquela pergunta ela só tinha uma resposta. E então ela disse quando voltou olha-lo.

— Patrícia: Não.

Bruno riu e disse.

— Bruno: Então você faria isso também, querida.

Depois de suas palavras, Bruno beijou Patrícia e a mesa dela foi testemunha de um sexo bruto com aquela aliança de maldade.

E no meio da noite.

Maria estava sozinha na sala do apartamento, a meia luz do abajur ao lado do sofá que ela estava e tinha também seu notebook outra vez no colo e uma taça de vinho junto com uma garrafa na mesinha de vidro a frente do sofá. Ela bebia enquanto meditava no seu dia outra vez e buscava na internet salas para alugar para trabalhar. E Estrela já dormia tranquila no quarto dela e aquele silêncio da noite era o que Maria sentia que estava precisando.

Maria tinha cada detalhe na mente de seu reencontro com Estevão, tinha também o gosto do beijo dele ainda em seu lábio que escondeu esse beijo na conversa que teve com Estrela quando chegaram em casa. Maria tinha tanta coisa na mente, tantas pra resolver. Não sabia onde Heitor estava e sabia que não teria ajuda nenhuma para chegar até ele de Estevão. Ele tinha deixado claro aquilo.

— Maria: Desgraçado.

E Maria o xingou baixinho e buscou sua taça de vinho na mesa. Ela bebeu olhando a tela de seu notebook brilhar. Iria resolver tudo sozinha. Buscaria Heitor aonde tivesse, conseguiria voltar a trabalhar, e caçaria as razões e quem estavam por trás do que tinham feito com ela. Tudo sozinha. Não precisaria de Estevão. Não precisou dele todos aqueles anos.

E então o telefone tocou. Maria olhou de lado e pegou logo o aparelho que estava na mesinha do abajur. Quem só tinha aquele número era Luciano e então ela disse, sorrindo.

— Maria: Olá Luciano.

Luciano chegava no apartamento dele. Em Londres o sol começava se esconder enquanto no México ele já tinha feito aquilo. E então sorrindo ao ouvir a voz de Maria, enquanto segurava o seu celular em uma mão e outra mexia em sua gravata, ele disse.

— Luciano: Tomara que eu não tenha te acordado com esse fuso horário que estamos, Maria.

Maria riu deixando seu notebook do lado no sofá e disse depois de molhar os lábios com mais de seu vinho.

— Maria: Não, Luciano. Nem me deitei ainda. Creio que essa noite dormirei mal.

Luciano então suspirou, sentou no sofá da casa dele e disse, incomodado por imaginar do porquê, Maria falava daquela forma.

— Luciano: Já esteve com Estevão? Me conte como foi.

Maria suspirou aliviada que ele havia mostrado interesse em saber. Queria falar de como foi estar outra vez em frente de Estevão sem ser com uma menina de 15 anos. E então ela disse.

— Maria: Sim, eu estive com ele. E ele segue o mesmo Luciano. O mesmo homem que tirou meu filho e que me deixou na rua esperando uma filha dele. Ele segue acreditando que o trai que o roubei. Enfim, ele segue me odiando.

Luciano passou a mão nos cabelos de novo. Não sabia se ficava feliz por saber que Estevão tinha os mesmos ressentimentos por Maria ou lamentava por ela, que seguia sendo condenada por algo que conforme os anos passava ele tinha ainda mais certeza que ela nunca tinha feito nada que a acusaram, e que por isso sabia que ela poderia ter sido tratada mal por ele, como não merecia ser. E assim ele disse.

— Luciano : Imagino que ele não mediu nenhuma palavra diante dessa mentira que ele ainda acredita que fez. Maria por Deus, volte. Não sabe quem foi quem armou tudo. Talvez tenha algo maior em tudo que houve com vocês.

Não era a primeira vez que Luciano insinuava que poderia ter alguma armação maior por trás do que fizeram com Maria e ela nunca dava tantos créditos que ressentida só pensava no falso amor que Estevão teve por ela e que não foi capaz de estar com ela. Mas que ao regressar, ela começava a pensar como ele. E então ele disse.

— Maria: Agora começo pensar igual Luciano. Mas não posso voltar. Além de querer recuperar meu filho, agora mais que nunca quero limpar meu nome. Não trai Estevão, não quis desfalcar a empresa dele e não é justo que eu siga sendo acusada por ele e julgada! Eu quero descobrir o porquê eu! Porque me separaram de Estevão!

Luciano suspirou e se levantou do sofá. Ia em busca de café, pois sabia que aquela conversa com Maria ia ser longa. E então enquanto ia até a cozinha, ele falava.

— Luciano: Me preocupo com você, Maria e por vários motivos. Disse que Estevão segue o mesmo. Então ele vai te ofender, o que penso que ele já fez! Mas me preocupo mais ainda por acharmos que por trás de tudo tem algo maior do que só acabarem com o casamento que vocês tiveram! E estou pensando em ir até você para que não pensem que está só.

Maria então sorriu. Seria bom ter alguém com ela, mas não podia pedir aquilo a Luciano e nem metê-lo mais em seus problemas. E assim ela disse.

—Maria: Eu sei que faria isso por mim, Luciano, mas não posso mais coloca-lo em meus problemas. Já fiz isso durante 15 anos.

Luciano da cozinha dele já fazia café em uma cafeteira vermelha e enquanto esperava ficar pronto, ele disse.

— Luciano: Não fale assim. Sabe que eu te amo Maria.

Maria da onde estava no sofá se deitou nele e fechou os olhos. Luciano era um homem honesto que a amava e ela devia muito a ele. E por isso ela pensava que ele merecia o amor dela. Mas ela não tinha mais um para dar a outro homem. Não tinha mais amor. Luciano só conseguia ter dela a eterna gratidão e um amor puro, como de irmãos e amigos. Porque quando tentou dar a ele seu amor de mulher foi um fracasso. Então ela disse com pesar.

— Maria: Eu queria te amar como me ama Luciano. Deus sabe como eu queria.

Os dois ficaram em silêncio logo depois. Luciano sabia por ter namorado Maria alguns meses que não teve êxito em deixar que ela se entregasse a ele. Naqueles 15 anos, não falou de cara que a amava. Não a ajudou por interesse também. A ajudou porque podia fazer algo para ela e o amor veio depois, quando a cumplicidade, a amizade que tinha dela já não era suficiente. E quando ele viu que a amava ainda chegou esconder o que sentia por anos e quando revelou, Maria demorou aceitar uma relação que não fosse de amizade e profissional que começaram ter, que quando aceitou, o fim dela foi tão frustrante que Luciano cria que só podia ser um sadomasoquista por seguir amando uma mulher que nunca seria capaz de corresponde-lo.

E então acostumado com o que acabava de acontecer e sair de uma conversa onde ambos terminavam no silêncio, Luciano disse por ter recebido um aviso já que era sócio de um escritório de advocacia com ela, um primo e mais duas mulheres junto a alguns jovens estagiários em direito que trabalhavam com eles.

— Luciano: Me mandou um e-mail. Quer trabalhar aí e avisou nosso escritório.

Maria então sentou segurando o telefone com uma mão e a outra enchendo de mais vinho sua taça que achou que devia parar de beber, mas depois de ouvir de novo que Luciano amava e ela se lamentar por não conseguir corresponde-lo, sentiu que devia beber mais. E então ela disse.

— Maria: Sim. Eu quero. Estou procurando salas para alugar para fazer meu escritório.

E Luciano então disse com uma solução rápida enquanto já desfrutava de seu café.

— Luciano: Disse que não vai ficar mais que um ano aí e é nossa sócia, então penso que poderia trabalhar para algum escritório ao invés de abrir um, Maria. E penso que já tenho um para que possa trabalhar. 

Nos próximos capítulos Heitor vai começar aparecer mais na história e começarei fazer alguns flashback que vão ser essências para mostrar o passado!! Obrigada por lerem!

 


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