Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 3
Capítulo 3




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Olá lindonas! Aqui está mais um capítulo. Espero que estejam gostando da história!!! Bjsss ❤️

E mais tarde de volta para o quarto de hotel. Maria, de calcinha e sutiã preto e um robe por cima da mesma cor, desfilava com um notebook na mão pela suíte enquanto tinha Estrela tomando banho de piscina na área de lazer do hotel .

Maria então sentou na cama. Tinha sobre a cama um pote de sorvete de morango para refrescar aquele calor, e ela então pegou a colher do pote e levou na boca enquanto olhava a tela do seu notebook na frente dela. Nele, tinha várias abas, e Maria via uma que tinha uma foto de, Estevão, sentado em uma poltrona branca todo de social preto e com uma perna cruzada sobre a outra. Era uma das fotos que mais cedo, Estrela mostrou em destaque e Maria viu. E ela então clicou na foto que vinha com um título de uma extensa matéria que dava lugar a empresários como ele.

" O cobiçado e solteiro, empresário bilionário, Estevão San Román"

O título fez, Maria, derramar sorvete entre os seios dela. Não mentiria para si mesma, que nunca tinha feito uma busca rápida com o nome de Estevão no Google. Mas já fazia quase 10 anos que ela não se atualizava de como estava a vida de seu ex marido. Nas buscas que já fez no passado ansiou buscar Heitor nelas, mas sempre em vão que por saber que tinha vivido em um casamento de 5 anos com um homem reservado e que por isso nunca havia deixado que fotografassem Heitor pequeno mesmo que fosse com eles em qualquer evento que foram. O que Maria via que aquela condição parecia seguir depois de anos por não ver nada de Heitor na internet e nem uma foto ao lado do pai enquanto fazia sua pesquisa. Que Estrela com sua curiosidade, havia plantado a ideia em Maria, que depois de todos aqueles anos para viver em paz deixou de querer ver algo de Estevão, mas que agora claramente mudava de ideia querendo achar algo do pai dela com o irmão. Mas descobrir que Estevão ainda estava solteiro havia pegado, Maria de surpresa e a enchido de perguntas.

Já que, desgraçadamente, Maria via que o pai dos filhos dela, parecia que tinha se tornado mais belo e mais charmoso do que há 15 anos foi. Ela notava que os anos com certeza haviam caído bem em Estevão.

Maria então sacudiu a cabeça nervosa. O que Estevão tinha de bonito, tinha de cruel. Porque o que tinha feito com uma mãe como ela, tinha sido cruel. Havia tirado dela um filho e do filho deles uma mãe. Como perdoaria um homem como ele?

Ela então limpou o sorvete entre os seios dela com um paninho que tinha ao lado do pote do gelado doce. Maria era tão bela fisicamente como era por dentro. Mas sua beleza que atraia olhares de atenção e cobiça, não adiantava nada para ela, que tinha se decepcionado com o homem que mais amou e que desde então não soube confiar seu amor a outro muito menos seu corpo, que adormeceu todos aqueles anos.

E assim, sem que esperasse interrompendo todos os seus pensamentos, Estrela entrou no quarto toda eufórica.

A menina estava de biquíni amarelo e uma canga branca enrolada na cintura . Ela tinha subido o elevador daquela maneira, e Maria a vendo disse, enquanto um dedo dela fechava a aba na internet que tinha Estevão e abria a que ela lia e-mails, de uma corretora que já enviava fotos para ela de apartamentos.

— Maria: O que faz desfilando por aí assim, mocinha?

Estrela deu de ombros sem ligar, havia visto hóspedes que eram mulheres mais velhas que ela, sair da piscina e ir para dentro do hotel de biquíni e ela apenas as imitou como uma boa adolescente. E assim ela respondeu Maria.

— Estrela: Vi hospedes fazer o mesmo, mamãe. Não tem problema.

Maria, fechou o notebook e olhou sério a filha. Estrela era uma mocinha que tinha o corpo em constante mudança e que Maria sabia muito bem que uma menina como ela já podia despertar desejos libidinosos em homens muito mais velhos que ela. E ela tinha experiência com aquilo. E então ela voltou a recorda-la.

— Maria : Lembra de nossa conversa sobre pedófilos e homens sem escrúpulos algum? Eles estão em todos lugares, filha. As mulheres que viu são adultas e você só uma menina indefesa!

Estrela virou o rosto e revirou os olhos sem Maria ver. Maria não ensinava nada aos berros a Estrela, nem quando ela merecia eles. Então a menina apenas esqueceu a repreensão que acabou de levar e sorriu, indo até a mãe, empurrando o notebook para o lado ao subir na cama com ela para pedir em expectativa.

— Estrela : Vim te buscar para ir pra piscina comigo e não aceito não como resposta!

Estrela abraçou Maria pelo pescoço depois das suas palavras, e ela sorriu esquecendo qualquer seriedade que antes esteve. Era ainda 15:30 da tarde e dava tempo para um banho de piscina se Maria quisesse. O traje de banho que Estrela usava, haviam comprado na volta pra o hotel, que a menina se queixando do calor depois do almoço pediu para comprarem trajes de banho para usarem a piscina, deixando assim o passeio que teriam até o monumento da independência do México para outro dia.

Mas, Maria, não queria aquele momento de lazer . Queria, sim, seguir na sua pesquisa desejando ver alguma foto de Heitor. E então ela disse.

— Maria : A mamãe não quer descer agora, Estrela. Deixamos para outro dia, sim?

Estrela, não aceitou o não fácil. Era teimosa quando queria e sabia jogar com as armas certas quando queria algo da mãe. O que, Maria, via muito de Estevão naquelas características dela. E assim, ela agarrou mais Maria, e disse.

— Estrela: Ah, por favor, por favor, mãezinha!

Estrela largou Maria, não esperaria ela dizer não de novo e saiu da cama a puxando por um braço.

E Maria que tentava fechar o robe que vestia com um mão enquanto Estrela puxava ela até o closet do quarto, disse, agora rindo enquanto deixava ser levada por sua filha adolescente.

— Maria : Aonde está me levando, Estrela?

Estrela parou e fez Maria entrar no closet dizendo.

— Estrela : Vamos, se veste com aquele biquíni que compramos. Por favorzinho, mamãe!

Estrela uniu as mãos uma na outra pedindo aquilo para Maria e ela gargalhou, já estava decidida em ir mas queria ver a filha implorar mais.

E meia hora depois, as duas pegavam o elevador juntas. Maria vestia um biquíni vermelho por baixo de um vestido de praia branco e tinha um óculos na cabeça preto e uma bolsa de pano no braço, enquanto ela via Estrela com um vestido também de praia mas rosa que ela tinha feito ela usar e um óculos como o dela acima da cabeça e seus cabelos loiros.

Mas Estrela não estava muito contente como deveria estar por ver Maria fazendo suas vontades. O vestido que usava tinha ursinhos, o que ela tinha achado lindos quando comprou mas agora via que estava muito infantil depois dela ver outras mulheres na piscina todas mais velhas e sensuais. E então, Maria com um riso no rosto, por saber que ela não tinha gostado muito de ter os pequenos seios tampados disse, segurando um riso.

— Maria : O que foi, meu bebê?

Estrela olhou Maria com um bico sem dizer nada. E o elevador se abriu. As duas então desceram os óculos de sol que tinham sobre a cabeça e saíram em direção a área das piscinas do hotel. E segundos depois, o bico de Estrela se desfez quando teve Maria nadando com ela o resto da tarde.

E assim exaustas pela noite. Já no quarto de hotel, dividindo a cama, Maria via tv, enquanto Estrela sonolenta estava agarrada nela, com a cabeça deitada em sua perna e abraçando pela cintura.

Maria, sentada na cama com Estrela, mudava de canal sem querer assistir nada. Sua mente estava cheia. No dia seguinte, iria visitar alguns apartamentos. Maria ansiava logo ajeitar tudo para já ter um lar aonde agora ficariam para depois surpreender Estevão com sua volta. Que por falar nele a foto dele não saia da mente dela. E mais, ainda queria tentar pesquisar alguma foto de Heitor. Iria conhecer o filho já homem, e ela não tinha a mínima ideia de como ele era já adulto.

— Estrela : Quero ser sempre seu bebê . Mesmo que encontre Heitor. Eu vou ser a única!

Como se tivesse lido os pensamentos de Maria, Estrela resmungou. E Maria, olhou para baixo para buscar os olhos dela que verdes, a olhavam. E de mãos naqueles cabelos lisos e loiros ela a respondeu sorrindo.

— Maria : Mais cedo quando te chamei de bebê me fez um bico torto.

Estrela então se virou, ainda tinha a cabeça sobre as pernas de Maria mas agora estava deitada de frente para ela. E então, ela rebateu a questão que Maria levantava dela ser o bebê da mamãe.

— Estrela: Eu não posso ser seu bebê em público. Mas quando estivermos assim, serei.

Maria riu acariciando os cabelos de Estrela, enquanto a jovem escondia o rosto na barriga dela a abraçando pela cintura. E entre risos ela a respondeu.

— Maria : Está bem meu bebê.

Estrela riu um pouco também mas depois parou afastou a cabeça da barriga de Maria, a olhou e disse séria.

— Estrela: Mãe .

Maria quando ouviu Estrela a chamado de mãe e não de mamãe, parou de rir e arqueou uma sobrancelha sabendo que a menina queria falar sério. E então, ela apenas disse.

— Maria : Sim, filha.

Estrela então suspirou sentindo um medo bobo e disse.

— Estrela : Falei sério . Não vai me trocar por Heitor, não é ?

Maria, então tocou com carinho o rosto de Estrela e sorriu com amor. Era uma bobagem aquela pergunta que ela fazia e Maria queria deixar claro aquilo, dizendo.

— Maria : Mas claro que não filha. Os dois são meus filhos que amo. São meus tesouros. Não pense mais em uma bobagem como essa, meu amor.

Ela acariciou o rosto de sua menina a olhando. E Estrela, justificou seu medo bobo.

— Estrela: Estevão te tirou Heitor, vai ser natural que agora só queira estar com ele. Só não me esquece.

Estrela abraçou a cintura de Maria depois de suas palavras escondendo o rosto na barriga dela de novo. E Maria, a afastou ela devagar para vê-la e garantir o que pareceu que antes não tinha feito que em nenhuma hipótese, ela deixaria de amar e querê-la como a filha e sua bebê de 15 anos ainda que tivesse Heitor novamente. E assim vendo que Estrela tinha os olhos vermelhos, Maria disse a ela.

— Maria: Preste atenção, filha. Tem razão, eu vou querer estar com seu irmão. Passamos anos separados. Mas não vou te esquecer filha. Sempre será minha menina, meu bebê. Eu quero recuperar Heitor e não perder mais um filho! Nunca vou esquece-la. Então não volte a insinuar mais uma vez isso, está bem?

Estrela assentiu com a cabeça e Maria a abraçou entre os braços com amor.

E na mansão San Román.

Na sala de porta fechada. Estevão, estava sozinho enquanto bebia. Ele enchia o copo dele de mais uma dose de conhaque, enquanto seus pensamentos ia de novo pela tarde quando pensou ter visto Maria.

Mas ele insistia que não era ela. Não podia ser! Estevão foi até o sofá, sentou, pôs o copo na mesinha a frente dele e desapertou a gravata em um gesto nervoso. O dia depois daquele pequeno incidente no trânsito, tinha passado lento. Estevão esteve uma pilha de nervos na reunião dos acionistas distribuindo palavras nada gentis aos presentes. Ele não havia nem perdoado daquela vez a ausência de Evandro Maldonado, que nem sempre tinha saúde para estar nas reuniões da empresa. E, Bruno e Demétrio, que tiveram que escutar todo descontentamento por uma hora de Estevão naquela pesada reunião. E depois de um dia cheio e perturbado, era naquela sala que Estevão estava se escondendo.

A mulher que viu na rua, tão parecida com Maria, não saia da mente dele. Não saia. E o perturbava por agora querer saber como ela estaria com mais de 30 anos depois de todos aqueles anos passados. Estaria tão bela como antes? Estevão pegou seu copo de bebida outra vez e bebeu mais dela. Em todos aqueles anos havia enterrado Maria em vida para ele. Pelo menos tentou fazer aquilo, resistindo as ganas de saber do paradeiro dela, que só soube quando deixou o país e com quem e nada mais quis saber dela.

Estevão sentia que era um inferno pensar ainda em Maria e fazer tais perguntas que sabia que não teria resposta. E agora mais do que pensar nela, começava vê-la nas ruas. Estevão esfregou os olhos impaciente e puxou profundamente o ar do peito. Não entendia qual era o feitiço que Maria tinha jogado nele. Mas sabia que foi bem feito, que até então não tinha se livrado dele.

E ali perdido em seus pensamentos, Estevão ouviu alguém bater na porta, ele olhou por um momento para ela, respirou fundo quando ouviu a voz de quem era por trás dela e logo depois permitiu que a pessoa entrasse.

E assim, Alba entrou. O jantar tinha passado e ela sentado na mesa sozinha para a refeição em família, que teve só ela na mesa. E então quando andou alguns passos até o sofá que tinha as costas para porta, Alba, em pé colocou as mãos sobre ele e olhando Estevão que estava no outro sofá na parede, disse.

— Alba: Não foi jantar, tão pouco Heitor, Estevão. Ambos me abandonaram essa noite.

Estevão olhou de lado para ela. Suspirou e depois disse, de copo na mão em sem ânimo na voz.

— Estevão : Não seria uma boa companhia para você essa noite no jantar, tia, acredite nisso. Mas Heitor, aonde esteve que não jantou junto a mesa contigo?

Alba caminhou e sentou no sofá. Heitor tinha saído cedo com Leonel, que era um amigo um pouco mais velho que ele que trabalhava nas empresas San Román, na área de recursos humanos. E assim, ela respondeu Estevão.

— Alba : Ele foi a uma festa com Leonel e me deixou só. E o que tem, Estevão? Parece abatido.

Estevão soltou um riso irônico. Estava mais do que abatido. Estava remoendo o passado de novo. Mas não querendo falar do que se passava com ele, ele respondeu Alba.

— Estevão: Estou bem. Só quero ficar só, tia. E sobre Heitor, é bom que alguém da família esteja tendo uma ótima noite.

Alba investigou com um olhar Estevão. Conhecia o sobrinho de cabo a rabo e sabia que ele tinha muita coisa por trás daquele ar de desânimo que ele estava. E podia apostar que Maria poderia ser a culpada mais uma vez dela encontrar ele como estava. Mas já que ele parecia não querer conversar com ela, ela disse.

— Alba: Bom, se é assim vou deixá-lo, Estevão.

Estevão viu Alba se levantar. E do nada, ele quis desabafar com ela o que tinha acontecido no seu enfadado dia, e então mudando de ideia de ficar só ele disse.

— Estevão : Por favor, tia. Não vai. Me faça companhia.

Alba então que se levantou, sentou de novo dizendo.

— Alba: Acaba de dizer que queria ficar só.

Estevão então suspirou e a respondeu, depois de virar o restinho de bebida que tinha no seu copo.

— Estevão : Mudei de ideia. Bebe, comigo?

Estevão se levantou para ir até a mesa de bar e se servir de mais bebida. E Alba então, decidindo ficar, disse vendo Estevão tirar um copo pra ela.

—Alba: Uma dose de licor apenas, Estevão.

Estevão assentiu. Encheu um copo de licor para Alba, depois o dele de conhaque de novo. E foi com dois copos na mão até ela, a entregou um e ficou com o dele. E depois que ele se sentou, bebeu de um gole do seu conhaque e soltou de uma vez o que não tinha compartilhado com ninguém.

— Estevão : Vi, Maria, está tarde.

Alba que tinha levado o licor aos lábios e bebia, ao ouvir o que Estevão havia falado se engasgou. Os olhos dela saltaram pra fora enquanto tossia nervosa.

Estevão, observando ela, disse preocupado e quase se levantando para socorre-la.

— Estevão: Tia! Está tudo bem?

Alba levou uma mão no coração que tinha acelerado, e depois de controlar seu engasgo ela olhou para Estevão e disse nervosa.

— Alba: Disse que viu, Maria?

Estevão assentiu se movendo inquieto no sofá e a respondeu, para continuar o que começou.

— Estevão: Disse. Mas não a vi exatamente, eu vi uma mulher parecida com ela e me ilusionei! Viu a que ponto eu cheguei?

Como que se voltasse respirar melhor, Alba deixou o copo dela na mesinha. Ter escutado Estevão dizer que viu Maria, tinha arrepiado todos os fios de cabelos dela. Ter Maria de volta significava o fim de muitas regalias que a ausência dela brindou aqueles que a quis longe, os beneficiando em conjunto. E que consequentemente, ela saiu beneficiada também. O que houve com Maria, tinha muitos laços que podiam ser soltos com a volta dela. E Alba vivendo na comodidade que estava já há 15 anos, não queria sair dela e ela sabia que tão pouco os envolvidos.

E assim ela disse para Estevão rindo nervosa.

— Alba: Me assustou, Estevão. Achei que realmente tinha visto ela.

Estevão então olhando seu copo de bebida e pensando que um dia de fato poderia ver Maria outra vez, a respondeu pensativo.

— Estevão :Não a vi. Mas isso poderia acontecer. Como dizem, uma hora as pedras se encontram, tia. Talvez um dia meu encontro com Maria aconteça. E só Deus sabe o que serei capaz de fazer se vê-la em minha frente novamente.

Alba tocou a testa, repreendendo mil vezes o que Estevão falava. Maria de volta colocaria em jogo muitas coisas. E então ela disse, querendo arrancar de vez aquela ideia da mente de Estevão.

— Alba: Passou 15 anos, Estevão, e nem pelo filho dela, Maria, voltou aparecer. Supere essa mulher, querido.

Estevão bebeu mais de sua bebida depois que ouviu Alba. E a respondeu rancoroso.

— Estevão : Já superei tia. Já superei essa mulher! E tem razão. Nem Heitor fez Maria, sair da onde foi com aquele maldito advogado.

Estevão ficou todo vermelho com o fim de suas palavras e se levantou já de copo vazio. Estava decidido beber até cair anestesiado pelo álcool na cama e dormir facilmente assim. Então ele caminhou até a mesa de bar ouvindo Alba questiona-lo.

— Alba : Sabe aonde ela está, Estevão?

Alba fez aquela pergunta temorosa. As vezes temia que Estevão, soubesse mais de Maria do que dizia. Depois de 15 anos ele ainda era obcecado por ela. Porque era aquele nome que Alba dava ao que ele seguia sentindo por Maria. Porque só podia ser aquilo. Uma obsessão.

E de pé, Alba esperou Estevão responde-la. O que ele fez de copo já cheio ao virar para ela, e com uma expressão nada feliz no rosto.

— Estevão : Mas é claro que não sei, tia! E ainda não sei porque não quis! O pago de Maria foi perder nosso filho. Depois que o tirei dela. Não quis saber para que raios ela iria depois! Só a queria longe de mim e dele! E assim que quero que ela siga, fora de nossas vidas!

Estevão bebeu com raiva . Enquanto sentia uma pontada que vinha do coração dele que queria denunciar que o que ele dizia não era o que realmente sentia.

E no hotel.

Sem sono, sentada em uma poltrona enquanto via Estrela dormir na cama de casal. Maria, tinha uma caneca na mão com chá, enquanto meditava no que ia fazer .

Tinha visto Heitor em uma pesquisa, feita quando Estrela já dormia. Não tinha muita foto do rapaz na internet, o que dizia que Estevão seguia reservado quando o assunto era a família dele. E ver Heitor já todo um homem feito, fez Maria derramar algumas lágrimas de tristeza. O menino que foi obrigada a deixar já era um homem . E ela ainda que estivesse disposta a recuperar os anos que perdeu longe dele, não tinha ideia por onde começar. Não sabia até que ponto Estevão tinha contado para Heitor o que tinha acontecido no passado, mas tinha ainda a certeza podia que de nada ele o poupou. Não seria ingênua mais em pensar que Estevão tinha dado mais aquele voto de misericórdia a ela. Mas assim como ela acreditava que teria que lutar pelo amor do filho sabia que com Estevão passaria igual com Estrela. Haviam dividido os irmãos. Cada um teria que lutar por um. E Maria desejava no fundo da alma que Estrela mantivesse, com os mesmo pensamento que tinha contra o pai. Ela riu de lado com um certo brilho malvado nos olhos.

Estevão, merecia. Merecia o desprezo da filha menina que tanto quis. Merecia pelo menos sofrer um pouco do que ela sofria e sofreria para fazer Heitor acreditar que não tinha feito o que sem dúvida Estevão contou.

E então sozinha com o coração frio e cheio de rancor, Maria disse em um sussurro.

— Maria : Meu prazer seria vê-lo sofrer o que me fez sofrer, Estevão, tirando nosso filho de mim...

Alguns dias depois...

Maria, girou o corpo no meio de uma bonita sala mobiliada de um apartamento alugado em um condomínio nobre.

Estava sorrindo e tinha uma bolsa entre os braços por estar pronta para sair . Tinha alugado aquele apartamento no 10° andar, e já levava 5 dias morando nele com Estrela. E agora, Maria podia ver que as coisas estava tudo no lugar ou quase tudo. Ela ainda queria um lugar para começar a trabalhar para deixar tudo como queria, mas antes, faltava seu confronto com Estevão e que tinha chegado o dia. Com Estrela na aula pela manhã, e a tarde em seu primeiro dia de aula na sua nova escola de ginástica olímpica, que a tinha matriculado. Maria sabia que assim, a menina passaria horas ocupada e ela livre para lidar com o covarde pai dela.

Era a ocasião perfeita para ela ir até às empresas San Román. O dia tinha chegado. Iria estar de frente com Estevão e iria exigir estar com Heitor no mesmo dia.

E então ela saiu do apartamento, batendo os saltos no chão, preparada para aquele confronto pendente há 15 anos com Estevão.

E nas empresas San Román.

Bruno Mendizábal, estava na sala dele. Era um dos acionistas das empresas, onde Estevão era o presidente dela e ele mais um súdito de pouca porcentagem de ações na empresa. E ele estava com Demétrio Rivero.

Graças a Bruno, que Demetrio, fazia parte agora das empresas sendo um sócio também. Foi um pago que Bruno, sorrindo fez questão de pagar ao amigo de longa data. Pois precisava do advogado, não só fora da empresa mas também dentro dela.

E assim Bruno, dizia sério.

— Bruno: Ontem, nosso querido, Estevão estava mais insuportável do que de costume.

Demétrio que estava sentado na frente da mesa de Bruno, o respondeu com seus sentidos em alerta.

— Demétrio: Tem que tomar cuidado com essas reuniões repetidas vezes que ele faz, Bruno. Estevão pode nos pegar!

Bruno riu alto. Passou um dedo indicador em uma de suas sobrancelhas bem alinhada e pintada de lápis preto e disse.

— Bruno : Quer dar aula para o mestre, Demétrio?

Demétrio se calou. E Bruno, então se levantou, tirou um charuto cubano de uma caixa sobre a mesa dele e voltou a dizer, enquanto acendia com um isqueiro o charuto .

— Bruno: Não esquece quem foi que te colocou aqui. Não queira me dar aulas, querido Demétrio.

Demétrio mexeu na gravata vermelha bravo. Tinha feito muito também para estar ali e não era um Zé ninguém para estar abaixo e ordens do homem que ele via. Ele tinha a total confiança de Estevão, tinha sua amizade que via que Bruno não tinha tanto assim. E então, ele disse.

— Demérito: Tomar mais cuidado, nunca é demais, Bruno. Além do mais meu amigo, não sou seu subordinado aqui. Tive meus méritos para fazer parte das empresas San Román.

Bruno, fumou seu charuto. E depois que ouviu Demétrio, disse bravo.

— Bruno : Cuide do seu departamento, e deixe o meu que me viro!

Demétrio bufou e se levantou, pegando a alça de sua maleta que estava sobre a mesa de Bruno. Mas antes de ir, ele pensou em mais alguém e disse.

— Demérito: Mas e Evandro? Cada dia vejo que ele pode voltar a trás com tudo.

Bruno sentou na mesa outra vez. Evandro era um velho, podre de rico que seu único interesse foi ter um dia a mulher que o dono das empresas que faziam parte e invejavam, foi casado. E que por não conseguir, compactuo como pôde para se beneficiar da infelicidade alheia. E por isso, ficava em silêncio enquanto enchia mais o bolso de dinheiro e esvaziava silenciosamente o bolso de agora infeliz e solteiro, Estevão San Román. E certo que do velho não sairia nada do que, Demétrio temia. Bruno o respondeu.

— Bruno : Ele só era mais um obcecado, por ela, você sabe. Evandro tem todo o dinheiro que pode gastar mas não tinha a mulher que queria. O silêncio dele é comprado todo mês.

Demétrio então pensou em Maria. Era dela que Bruno falava... Só a conheceu já presa e sendo massacrada por Estevão com ele o representando. E pela conversa ter ido, para as obsessão que tinham. Demétrio jogou na cara de Bruno a dele e que por isso, tinha uma rivalidade secreta com Estevão.

— Demétrio: E nem você. Nem você tem quem quer.

Bruno então trocou aquela moeda com Demétrio, dizendo.

— Bruno : Acredito que é muito feliz com Daniela. Tanto que tentou enfiar Ana Rosa como mulher de Estevão. Queria mais poder, não é? Só assim para se ver satisfeito em seu fracassado casamento.

Demétrio bufou, fulminando com o olhar Bruno . E então ele formulou o que antes só tinha insinuado.

— Demérito : E Patrícia, como está? Já superou que entra ano e sai ano ela só quer saber dele?

Bruno se levantou com sangue nos olhos. Eram homens, traiçoeiros e muito perigosos se quisessem naquela luta de poder . Então ambos sabiam que era melhor serem aliados do que inimigos. E assim Bruno, disse.

— Bruno : É melhor que saia.

Demétrio então riu de lado. Podia se deixar ser pisado por Bruno até quando quisesse, por ser grato a ele. Mas era só quando quisesse, mesmo! E então ele o respondeu sério.

— Demétrio: Eu também posso te atacar, Bruno. Aqui estamos no mesmo barco, que se um afundar todos nós afundamos com ele!

E fora dali.

Estevão da sala dele, estava feliz. Tinha amanhecido de bom humor e cheio de energia. Marcava um jantar a noite com Patrícia e pretendia dormir na casa dela. Precisava esfriar a cabeça e seria nela e com ela que ele faria aquilo. E sorrindo o telefone da mesa dele tocou, Estevão apertou o botão dele, deixando ele no viva voz e disse.

— Estevão : Sim, Lupita.

— Lupita: Senhor, San Román, é Heitor na linha 2.

Estevão sorriu mais. Morria de saudades de Heitor. O jovem estava nos EUA a trabalho há dois dias. Era todo um empresário que futuramente tomaria posse do cargo de presidente da empresa da família. E todo orgulhoso do filho, Estevão, disse com um riso maior nos lábios.

— Estevão : Passe a ligação, Lupita!

E não demorou muito para Estevão ouvir a voz alegre de Heitor, na ligação.

E fora da sala de Estevão. Na frente do bonito prédio das empresas San Román.

Maria descia de um táxi. Primeiro, uma perna dela saiu pra fora do táxi e um bonito scarpin preto, de ponta fina e salto agulha, se mostrou no pé dela. E depois a outra perna dela elegantemente saiu pra fora, e corpo dela já recebia o vento da rua.

E então com o vento batendo nos cabelos soltos de Maria, ela olhou para cima. O grande prédio das empresas San Román estava diante dos olhos dela depois de 15 anos e parecia que nada tinha mudado. Seguia bonito e chamava atenção de quem passava.

Maria então, respirou fundo puxando o ar do peito e alisando suas roupas, enquanto o táxi já ia embora . Ela vestia vermelho sangue, calça social e um terninho que cobria uma blusa fina e preta que ela usava por baixo dele. E a bolsa preta e de coro dela, estava sendo segurada por uma mão. E depois de passar, uma mecha de cabelo de um lado que o vento bagunçou, Maria caminhou, sentindo que agora tinha poder, suficiente para estar de volta. Tinha voz, tinha forças e nada e nem ninguém ia mais cala-la e nem humilha-la. Estevão não ia fazer mais aquilo com ela.

 


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