Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 22
Capítulo 22




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Antes de mais nada preciso dizer umas coisas, 1º tem dois capítulos porque eu precisei dividir esse. E 2 º BruhTekila  amiga que amo, ainda não é o capítulo que eu tenho planejado e você mais que ninguém sabe qual é, mas estou aqui roendo as unhas pra saber o que você vai achar já que conversamos sobre ele antes, então ele é todo seu, miga, espero que goste.. agora 3º e último, quero falar com as manas que tão um tanto apressadas pra ver as coisas se resolvendo entre Estevão e Maria. Manas como vocês leem os livros? Começando pelo final? Porque não é possível, mds que vocês façam comentários de quando Estevão vai saber a verdade comigo ainda nos 20 capítulos. Eu fico tipo???????? Em nome de jesus eu peço que deixem eu contar a história pra vocês como tem que ser e não me façam surtar não, tá? Porque escritora escrevendo suas fics felizes significa leitoras felizes também!  Agora sobre as demais é lógico que espero que vcs também gostem dos capítulos, tanto que tô nervosa com o que vcs vão achar com o final deles , enfim, Bjs e obrigada por lerem!!! 

Era manhã quando Maria despertou com o despertador soando ao lado dela, então ela tateou o móvel ao lado de sua cama, o desligou e ouviu um resmungo nas costas dela. Ela sorriu sabendo quem era ali e se virou para olhar Estrela encolhida do lado dela e então ela beijou os cabelos de sua menina com carinho e tirou um pouco dos fios loiros e bagunçados do rosto dela para vê-la e dizer, por lembrar das queixas dela na noite anterior.

— Maria: Bom dia, meu amor. Achei que estava brava comigo.

Estrela suspirou e abraçou Maria pela cintura escondendo o rosto no pescoço dela, sentindo ali o seu cheiro de mãe e disse ainda toda enciumada, mas querendo mudar de estratégia de como antes agiu.

— Estrela: Ainda estou, mas não quero que tenha Heitor como seu filho preferido com minha ausência. Então estou quebrando meu orgulho.

Maria suspirou, apertando a filha nos seus braços. Não ia voltar a falar sobre aquele ciúme bobo que Estrela sentia de Heitor, muito menos falar novamente sobre o amor igual que ela sentia por seus dois filhos que tinha. Ela sabia que não era hora de sermões. Que então ela disse, o que estava decidida fazer desde que havia chegado em casa pela noite para amansar sua ferinha loira.

—Maria: Hoje não vai a aula, meu amor. Vai passar o dia todo ao meu lado, vamos fazer coisas juntas e te levarei até no escritório que trabalho para conhecer. Quer?

Estrela levantou a cabeça alegre quando ouviu, Maria e perguntou sorrindo.

— Estrela: Está falando sério?

Maria tocou no rosto dela sorrindo como ela e a respondeu.

— Maria: Sim, meu amor. Ainda que tenha que ir em alguns compromissos um pouco chatos comigo.

E sem perder sua animação mesmo com o que havia escutado, Estrela disse.

— Estrela: Não importa. Ao seu lado tudo é legal, mamãe.

Estrela abraçou Maria e depois de receber um beijo no meio da testa, ela ao ouviu dizer.

— Maria: Então vamos começar se arrumar, que o dia vai ser longo.

Depois que tomaram café juntas, as duas já se arrumavam para sair. Que da porta do quarto de Maria, Estrela apareceu de cabelos úmidos enquanto via ela calçando os pés com um par de sapato de salto agulha. Que então ela disse, observando também o que ela estava vestindo, um look preto como o sapato, saia, terninho e meias.

— Estrela: Está linda.

Maria ergueu a cabeça e olhou a filha, ela estava vestida com um shorts jeans azul, uma blusa branca que tinha as mangas caídas nos ombros e curta na barriga, o que podia mostrar o umbigo dela. Que então ela disse.

— Maria: Você também querida e vejo que tem calor no umbigo.

Estrela sorriu entrando e indo direto na penteadeira dela para fuçar, dizendo.

— Estrela: O dia vai ser quente.

Maria ficou de pé depois de já ter os sapatos posto nos pés. E fixando os olhos aonde Estrela estava, ela disse lembrando que já não via uma de suas escovas de cabelo favorita.

— Maria: O que procura aí mocinha? Eu quero minha escova.

Estrela então se virou para Maria, por estar procurando exatamente a escova que ela falava e disse.

— Estrela: Se é aquela que sempre uso, estou procurando exatamente ela, mamãe. Aonde ela está?

Ela voltou olhar para a penteadeira que tinha muitos acessórios femininos da mãe dela e que ela  sempre pegava algo para usar. Enquanto Maria ao ouvi-la e notando que daquela vez Estrela não havia desaparecido com algo dela depois de usar, ela disse.

— Maria: Eu não sei aonde ela está, achei que estava com você, filha.

Estrela então usando uns dos perfumes de Maria, a respondeu.

— Estrela: Não está e perdi também a minha.

Depois de deixar o perfume aonde estava, Estrela abriu um batom vermelho de Maria e tocou na ponta com um dedo e levou aos lábios sabendo que se usasse ele normalmente ficaria no tom escuro que a mãe não permitiria usar. Enquanto Maria ficou do lado dela e passou seu perfume e depois pegou um pente que estava usando aqueles dias sem sua escova e disse, olhando a filha pelo espelho.

— Maria: Vejo que vamos ter que ir em uma loja e comprar escovas novas ainda hoje.

Estrela então olhou para seus pés com um par de all Star preto e branco neles e disse.

— Estrela: E sapatos novos também, estou precisando.

E assim momentos depois as duas entrando no carro, Estrela disse colocando o cinto.

— Estrela: Aonde vamos primeiro? No seu trabalho?

Maria prendeu o cinto de segurança no corpo dela também e já ligando o carro, ela disse, pegando Estrela de surpresa.

— Maria: Na casa de Socorro. Vamos pegar ela e Greco para matricula-lo na escola em qual estuda.

Maria sorriu e Estrela nervosa disse, em pensar que voltaria ver Greco.

— Estrela: Ai meu Deus mamãe eu nem me arrumei direito. Porque não disse que íamos vê-lo!

Maria revirou os olhos com graça sabendo da paixonite adolescente que sua menina começava ter por Greco e disse.

— Maria: Você está linda, filha não seja boba.

Estrela ansiosa mexeu na bolsinha que tinha no seu colo tirando um espelho e ficou mexendo nos cabelos olhando seu reflexo, enquanto já vendo a rua, Maria rindo guiou o carro em direção ao bairro que Socorro morava.

Enquanto na mansão San Roman.

Estevão terminava de se arrumar. Havia acordado mais tarde depois de ter passado a noite em claro, não havia dormido na maior parte dela e por isso mais uma vez não tinha tido uma noite boa e pelo mesmo motivo. Maria e tudo que tinha acontecido aquela noite levaram seu sono. Heitor estava contra ele por descobrir quem realmente foi Patrícia e aquilo parecia ser motivo suficiente para ele não dormir, mas também teve as imagens de Maria o provocando como tinha feito e depois ter o deixado excitado com a ousadia dela. A teve nos braços aquele jeito com ela indo de encontro ao corpo dele sem ele ter iniciado nada como andava fazendo em meio ao desejo que sentia cada vez mais forte por ela. Quando havia aberto os olhos contemplando ela sobre seu colo, Estevão pensou que mais um pouco, mais alguns segundos dela naquela posição sobre ele, teria sido capaz de cometer uma loucura que terminaria com os dois sem roupas com ele sem ter medo de serem pegos.

Que só em lembrar, Estevão já sentia o desejo latente percorrendo em suas veias. Ele era ciente que Maria o enlouquecia de muitas maneiras, muitas nas quais ele não tinha nenhum controle. E por isso desgraçadamente ele sabia que ela tinha razão, ela era o que ele mais estava querendo e que sabia que seu dinheiro não poderia compra-la, se ela não cedesse ao desejo que ele tinha certeza que ela também sentia.

E terminando de ajeitar a gravata no espelho, ele pegou seu relógio caríssimo sobre a cama, colocou no pulso e olhou mais uma vez sua aparência com um terno todo preto e impecavelmente alinhado sobre seu corpo, pensando que se Maria ousasse provocá-lo como havia feito o final seria outro. E assim com esse pensar descendo as escadas, ele viu Alba que mexia em umas rosas sobre uma mesa ao meio da entrada da casa e perguntou.

— Estevão: E Heitor, tia? Ele já foi?

E Alba sem olha-lo, mas seguindo arrumando as rosas dentro de um vaso, ela disse.

— Alba: Sim, Estevão. E bom dia.

Estevão suspirou pesadamente, pensando no filho que gostaria de ter visto antes dele sair de casa, mas como não havia conseguido, ele apenas respondeu Alba.

— Estevão: Bom dia, tia.

Ele então olhou entre a porta que dava para sala de jantar indeciso se tomaria café sem Heitor e claramente sem Alba e quando decidiu tomar ele na empresa, andando em direção a porta, ouviu pelas suas costas.

— Alba: Eu vi você e Maria ontem, Estevão. Não dou muito tempo para que ela esteja de volta nessa casa.

Estevão parou no meio do caminho e girou o corpo para voltar a ver Alba que se mantinha da mesma maneira depois de suas palavras. Que então ele disse arqueando uma de suas sobrancelhas.

— Estevão: E posso saber o que viu, hum?

Alba então tirou uma rosa do vaso e disse, se virando para agora olhar Estevão.

— Alba: Sabe muito bem o que vi.

Estevão ficou em silêncio por alguns segundos. Enquanto Alba só pensava pelo que tinha visto, que nem Patrícia, muito menos Ana Rosa podia ter Estevão como Maria claramente ainda conseguia ter.  E depois de um respirar pesado, ela ouviu Estevão dizendo por deduzir o que ela tinha visto.

— Estevão: Sabe que não devo explicações a você e nem a ninguém do que viu, não Alba?

Alba colocou a rosa no lugar e respondendo Estevão depois, ela disse querendo provoca-lo, mas já em alerta.

— Alba: Claro que não. Mas quando essa mulher te deixar no fundo do poço outra vez, não conte comigo.

Estevão pensou nas palavras de Alba, pensou lembrando do seu passado e como de início quando já não tinha Maria em sua vida o inferno que havia vivido para se encontrar agora como estava "bem". Que sério ele disse.

— Estevão: Era só isso que tinha a me dizer?

E Alba assentiu dizendo.

— Alba: Sim, adeus Estevão.

— Estevão: Até logo tia.

Longe dali, horas depois.

Maria depois de já ter deixado Socorro e Greco de volta em casa depois de ter o menino já matriculado na nova escola, com ela dirigindo agora em direção ao fórum judicial por um assunto de trabalho, ela ouviu Estrela dizendo orgulhosa dela.

— Estrela: A senhora é um anjo mamãe. Obrigada por ser quem é.

Maria sorriu ao ouvi-la e a respondeu, sem tirar os olhos da direção.

— Maria: Não sou um anjo querida, mas se posso ajudar pessoas como Socorro e o filho que foram gentis com a gente, eu farei isso.

Estrela sorriu mais orgulhosa e depois de um suspiro ela perguntou.

— Estrela: E agora, aonde vamos?

E Maria então a respondeu.

— Maria: No fórum judicial, preciso deixar uns documentos de um processo lá e depois iremos ao escritório em qual trabalho.

Ainda mantendo a animação Estrela sorriu ansiosa quando a ouviu.

E nas empresas San Roman.

Heitor tinha 2 documentos impressos em cópias na mão para entregar ao Bruno. Que por isso estava na frente da porta da sala dele que estava entreaberta. Heitor o ouvia de onde estava, ele parecendo cochichar falando ao telefone, que isso o deixou ali parado, atento na conversa dele.

— Bruno: Humhum... Tem uma transferência essa tarde. Onde? Entendi.

Heitor olhou outra vez os documentos que tinha nas mãos lembrando de Maria que suspeitava que algo acontecia nas empresas do pai dele e que depois de não ouvir mais nenhuma conversa de Bruno, ele bateu na porta e a abriu.

Ele olhou Bruno colocando o telefone no lugar e disse, de expressão séria.

— Heitor: Bom dia.

Bruno alinhou seu terno cinza no corpo e o respondeu.

— Bruno: Bom dia, Heitor. Precisa de algo?

E Heitor sem se conter e esquecendo o que de fato o trazia na sala de Bruno, ele disse um pouco rude demais.

— Heitor: Sim. Que me diga se sabe alguma coisa a mais sobre a tentativa de desfalque que supostamente foi cometida pela minha mãe aqui mesmo nessa empresa há 15 anos.

Heitor disparou logo suas palavras para Bruno lhe dando um olhar desconfiado. Bruno levou a mão no nó de sua gravata e sentou na cadeira por trás de sua mesa. Não havia gostado nada da forma que Heitor havia falado com ele, mas manteve sua postura e disse.

— Bruno: Eu só sei o que todos sabem e você também, meu querido Heitor.

Heitor manteve o olhar que tinha sobre Bruno por segundos, até que ele jogando os papéis que tinha na mão dele sobre a mesa, ele disse.

— Heitor: Hum. Aqui estão as cópias dos documentos que meu pai confiou ontem a mim para entrega-lo, mas quando fui fazer isso já não estava nas empresas.

Bruno encarou os papéis jogados na mesa dele e coçou o queixo em silêncio, tendo a certeza que algo passava ao filho de Estevão para ele se encontrar daquela maneira. E que Bruno sabia o que era e que nome esse algo tinha. Maria.

E que antes de ir, ele ouviu Heitor voltar a dizer.

— Heitor: Ando pensando que minha mãe é inocente, Bruno e se é assim, quem tentou incrimina-la está aqui dentro e eu vou descobrir!

Bruno se levantou rápido da mesa e vendo Heitor saindo da sala dele, ele pegou de novo o telefone e chamou por um número sua secretária para avisa-la que se ausentaria o resto do dia.

Enquanto no escritório de advogados que Maria trabalhava, ela sorriu olhando Estrela com Geraldo e uma advogada na sala de reuniões, mostrando algo para ela. Tinha mostrado para ela cada canto daquela firma e já perto do almoço depois de uma reunião que tiveram, Estrela a esperava para sair para almoçarem também juntas.

Que então a atenção de Maria foi desviada pelo seu celular que vibrou na mão dela que quando ela viu que era Heitor, ela pediu licença saindo da sala e caminhou sorrindo pra tela por ter ele a ligando pra ela depois também de responde-la mais cedo em uma doce mensagem que ela havia o enviado, o que significava para ela que ele ainda a queria por perto.

E que assim em um canto já sozinha, ela disse com ele na linha.

— Maria: Oi, meu querido.

E Heitor estava mais inquieto naquela manhã, ou melhor agoniado pela verdade dos fatos que Maria negava ter feito no passado que foi então depois de ter pensado demais ao ter deixado a sala de Bruno, que ele havia resolvido ligar para ela, que quando ele a ouviu ele disse direto.

— Heitor: Confrontei Bruno para dizer se ele sabia algo mais sobre o que houve no passado com a senhora, e eu senti que ele sabe senhora. Ele sabe!

Maria suspirou nervosa. O que não queria era Heitor fazendo o que tinha feito, que se ela e Luciano tivessem certos o que havia por trás de tudo que tinha acontecido a ela, era mais do que um plano de separa-la de Estevão. Que então ela disse.

— Maria: Meu amor eu prometi que buscaria a verdade, então deixe que eu faça isso, não confronte ninguém. Temo por você. Se quer me ajudar tem que ser em sigilo, filho. Eu que vou enfrenta-los quando chegar o momento. Por enquanto eu só quero ter a garantia que estamos bem.

Maria levou a mão na testa fechando os olhos cheia de temores, enquanto Heitor bufou inconformado lembrando da noite anterior que a teve na mansão, que assim ele disse a respondendo.

— Heitor: Estamos. Mas ficaríamos melhor se resolvêssemos tudo de uma vez senhora. Não quero que novamente quando esteja em minha casa seja recebida como foi. Eu quero poder estar nela ou em qualquer lugar com a senhora sem pensar que alguém vai te olhar com olhares acusatórios ou de julgamentos.

Maria suspirou triste. Podia entender Heitor. Claro que para ele era difícil estar com ela em qualquer lugar com ela tendo o caráter duvidoso graças ao que ela desgraçadamente foi acusada no passado. Que diferente de Estrela que sempre deixava claro a adoração e orgulho que tinha dela, Heitor não era capaz ainda de ter tais sentimentos tão genuínos por ela e sim vergonha. Que então ela perguntou.

—  Maria: Tem vergonha de mim, não é Heitor? Eu posso entender o que sente.

Heitor suspirou agora triste por ouvi-la falar que ele tinha vergonha dela. Ainda que sim havia sentido aquele sentimento e muito mais por ela, quando escondia dos seus amigos quando ia crescendo aonde estava a mãe dele e foi sustentando enquanto crescia sua revolta que foi muita mais que só vergonha. Mas que agora em duvida de tudo que acreditou desde da volta dela, ele só queria a verdade de uma vez para deixar qualquer sentimento que um dia teve por ela todos aqueles anos, para trás, ele disse.

— Heitor: Com sua volta senhora, não sei mais o que realmente sinto. Mas se diz que é inocente, não pensa no quão injusto é isso que segue acontecendo?

Maria suspirou quase chorando e mostrando desespero enquanto falava ela o respondeu sofrida.

— Maria: Penso todos os dias, mas me conformei com o passar dos anos, filho para poder viver ou ao menos tentar viver em paz com sua irmã.  Que se quero buscar agora a verdade é porque minha volta e você, me exigem isso.

Depois de Maria falar, ela e Heitor ficaram em silêncio por alguns segundos, até que ela voltou a dizer decidida a não esperar mais como ela e Luciano queria, que era ter uma brecha nas empresas San Roman como necessitavam para dar o primeiro passo de sua busca para descobrir a verdade.

— Maria: Não quero que volte confrontar meus inimigos. Eu farei isso. Então preciso dos dados pessoais de cada um. Pode conseguir pra mim?

Heitor pensou logo que aquilo seria muito fácil para ele conseguir e a respondeu, mas impondo uma condição.

— Heitor: Posso. Mas quero estar com senhora quando for enfrenta-los.

Maria suspirou tensa e o respondeu em um miado de voz.

—Maria: Heitor, filho, não sei se...

E Heitor então logo sobrepôs a voz dela dizendo.

— Heitor: Não estou pedindo senhora. Está é a minha condição para ter o que quer. Quero estar junto!

E Maria pensando que naquele momento não poderia fazer Heitor mudar de ideia, o respondeu se rendendo.

— Maria: Tudo bem, querido. Consiga pra mim e veremos o que vamos fazer, hum.

Segundos depois, Heitor desligou o telefone e ela voltou pra sala de reunião, ainda que preocupada pela conversa que acabava de ter com ele, ela se forçou sorrir dizendo, quando viu Estrela agora com Geraldo e Vivian.

— Maria: Filha, vamos?

Estrela em pé de bolsinha na mão olhou Maria de frente da porta e depois olhou para Geraldo que a olhava com um sorriso largo demais no rosto. As poucas horas que ela tinha passado no trabalho da mãe, tinha notado os olhares que o chefe dela lhe dava e a atenção exagerada que ele também deu exclusivamente a ela enquanto fizeram uma reunião com alguns advogados e que ela pôde ficar e olhar, o que Estrela pensou que essa regalia foi só porque ela era filha da aparente funcionária favorita do chefe daquele escritório.

Que querendo ver como Geraldo se sairia em um almoço com elas sabendo que iam almoçar, ela disse.

— Estrela: Se já vamos almoçar. Porque não convidamos Geraldo pra ir com a gente, mamãe?

Depois de falar Maria olhou sem graça para Geraldo que sorriu adorando a ideia de almoçar outra vez com ela, enquanto Vivian arqueou uma sobrancelha sacando a intenção de Estrela.

Que então, Maria disse ainda sem jeito pelo convite inesperado da filha.

— Maria: Filha, nem sabe se ele está livre ou se quer ir com a gente.

Estrela já estava do lado de Maria quando Geraldo não querendo perder tempo, pegou uma pasta da grande mesa dando na mão de Vivian e disse.

— Geraldo: Estou livre e será um prazer almoçar com você e sua filha, Maria.

Estrela sorriu mais animada, com Vivian pelas costas de Geraldo que só tinha olhos em Maria adorando ainda o plano da adolescente, que deixou a sala em seguida indo na frente, que fazendo o mesmo, saindo da sala ela disse.

— Vivian: Bom, vou indo, bom almoço para vocês.

Agarrada na pasta de documentos, Vivian passou beirando Maria e a olhando nos olhos com um riso nos lábios. E depois que Maria se viu sozinha com Geraldo e em sua mente ouvindo as palavras de Estevão, ela disse torcendo no fundo para que ele não fosse com elas.

— Maria: Não precisa ir, Geraldo se não quiser. As vezes minha filha é assim. Só porque ela quer algo, ela impõe esse algo para outras pessoas também não deixando elas negarem as vontades dela.

Geraldo todo grandão agora mais perto de Maria, deu um sorriso menos bobo e mais charmoso a ela e disse.

— Geraldo: Já disse que quero ir. E sobre sua filha, para mim ela tem o espirito de vencedora por isso é assim. Gostei dela, ela é tão inteligente e bonita como a mãe.

Ele ficou a olhando com intensidade por alguns segundos depois de suas palavras, que Maria teve que baixar a cabeça para quebrar o contato visual que calados tiveram. Que depois de um largo suspiro como que se tivesse espantando assim a sombra de Estevão sobre ela, que queria impor o que ela poderia fazer ou não ao lado de qualquer homem, ela disse, voltando a olha-lo dando a ele um sincero sorriso.

— Maria: Então se é assim, vamos?

3 horas depois, Maria saia sorrindo de um restaurante com Geraldo ao lado dela e Estrela, enquanto do outro lado da calçada dentro de um carro preto, Arnaldo, o motorista de Estevão via tudo.

Como em um estralar de dedos, o dia havia passado tornando noite. Estrela estava imensamente feliz chegando em casa com Maria e ambas com bolsas de lojas nas mãos. E dentro do elevador, Maria disse.

— Maria: Podemos ver um filme quando chegarmos até que nos dê sono, filha.

Estrela sorriu adorando a ideia de como terminariam aquele dia e disse.

— Estrela: Eu faço a pipoca e o suco.

E o elevador abriu e as duas assim que entraram no apartamento, colocaram as bolsas das lojas que dentro delas também havia suas escovas novas, sobre o sofá da sala.

E depois que largou as bolsas ali, ouvindo seu celular apitar, Estrela o tirou do bolso do short e viu uma mensagem nele.

"Vamos para uma festa, passo aí com o motorista do meus pais pra te pegar"

Estrela leu a mensagem que vinha de sua nova amiga Maggie que não a fazia uma pergunta e sim a convocava e digitou rápido para responde-la.

"Que festa? Já tenho planos com minha mãe, não vou poder ir, Maggie."

Outra mensagem veio rápido para Estrela, enquanto Maria já não estava mais por perto e sim no quarto dela tirando as roupas que vestia e se livrando dos saltos que usou o dia todo.

"Na casa da Roberta. Toda a turma vai estar lá. Você não pode faltar, Estrela!"

E Estrela então a respondeu com a mesma rapidez da amiga.

"Mas como eu não sabia dessa festa?"

Maggie mandou um emoji que virava os olhos e depois outra mensagem.

"Você não foi a aula hoje, né, como ia saber? Dannnn"

Estrela então suspirou convencida a ir ainda quando pensou em alguém na festa também com elas e digitou.

"Você passa na casa do Greco também? Quero que ele vá, além do mais tenho uma novidade"

E Maggie por ter ouvido Estrela falar de Greco sem parar, a respondeu.

"Passo!Mas não vai dizer que estão namorando, né!"

Estrela sentou no meio das bolsas no sofá rindo da amiga que não sabia ainda que Greco estudaria com elas e digitou a respondendo.

"Não, doida" Só somos amigos. Mas agora vou pedir para minha mãe. Torce por mim para ela deixar eu ir"

Maggie mandou dois emojis de figuinha em resposta. E então Estrela foi até o quarto de Maria, vendo ela se enrolando em um robe, que só tinha ele cobrindo o corpo dela por depois ela pretender tomar banho.

Que assim que ela viu a filha dentro do quarto dela, ela disse.

— Maria: Ainda está com as roupas que chegamos, querida. Vou pôr a pipoca no micro-ondas e você vai pro banho.

E Estrela sabendo que ia mudar aquela última programação do dia que teve com a mãe, disse sem querer dar rodeios.

— Estrela: Fui convidada para ir em uma festa.

Ela deu um sorriso mostrando os dentes e Maria sem entender que a festa era naquela mesma noite, disse contente por outro fato.

— Maria: Que bom, filha. Isso significa que segue fazendo novas amizades.

E assim Estrela rápido a respondeu.

— Estrela: A festa é hoje!

Maria parou para olha-la confusa e disse.

— Maria: Como assim hoje? Tiramos o dia para fazermos coisas juntas, filha.

Estrela suspirou sabendo que a festa que foi convidada estava sendo mais irresistível do que ver um filme mais uma vez ao lado da mãe que ela sabia que pelo dia cheio que tiveram, Maria dormiria no meio dele.

Que próxima a Maria, e passando como que não queria nada um lado do cabelo para trás da orelha dela em um carinho cheio de interesse ela a respondeu.

— Estrela: Sim, mas essa festa não dá pra te levar, seria o maior mico mamãe, só vai estar a minha turma nela. Mas eu te amo, viu.

Maria cruzou os braços tendo Estrela agora abraçando ela. Que dessa forma, ela disse depois de ouvi-la e consequentemente pensar na conversa que teve com Heitor também.

— Maria: Hum, então também está tendo vergonha de ser vista junto com sua mãe.

Estrela se afastou dela para olha-la e perguntou.

— Estrela: Como assim também?

Maria entendeu que tinha falado demais e disse firme.

— Maria: Esqueça. Mas não vai, Estrela. Esteve se queixando que não estou te dando atenção merecida, pois então, hoje serei sua sombra.

Estrela ficou de rosto rosado quando a ouviu e disse, querendo chorar.

— Estrela: Mas mamãe, por favor. É a primeira festa que vou nesse fim de mundo que agora vivemos!

Maria riu do drama que Estrela fazia e saindo do quarto ela disse.

—Maria: Não estamos no final no mundo, moramos em um país com mais de 129 milhões de habitantes, Estrela. Não seja dramática.

Ela cruzou a porta passando pelo corredor dos quartos e Estrela a seguiu agora derramando lágrimas para convence-la.

— Estrela: Aí por favor mamãe. Me tirou de Londres, das escolas que eu amava, de meus amigos, de Luciano, para me trazer pra esse lugar e agora que começo me sentir aceita não quer me deixar ir em uma misera festa? Eu não aguento mais sofrer!

Maria parou e Estrela fez o mesmo limpando os olhos. Que ao vê-la toda vermelha e os olhos lagrimejados depois de suas palavras, Maria sentida disse.

— Maria: Filha, isso que fez é apelação e chantagem também. Não sofre como fala.

Estrela virou o rosto de braços cruzados e disse jogando a última cartada que tinha de filha sofrida.

— Estrela: Está bem, eu vou mandar mensagem para Maggie e dizer que a mãe que elogio tanto pra ela, que amo tanto também e que é a mãe mais legal do mundo, não me deixou ir.

Estrela deu as costas e andou de cabeça baixa em direção ao quarto dela, que depois de Maria suspirar e passar a mão nos cabelos, ela disse escolhendo ver os sorrisos de antes na filha e não aquelas lágrimas.

— Maria: Aonde vai ser essa festa? Vai ter bebida alcoólica?

Estrela parou no caminho já vibrando de alegria e se virou para Maria e disse, sustentando o rosto ainda triste por precaução.

— Estrela: Na casa de uma menina da minha turma e não sei se vai ter.

Maria então suspirou outra vez e como uma mãe com suas normais preocupações ela disse.

— Maria: Bom, se é na casa de uma de suas amigas que tem sua idade, certamente ela tem responsáveis por ela. Então quero o número dos pais dela, ou quem for que vai estar nessa festa que é adulto e também quero o endereço aonde vai ser. Tem 5 minutos pra conseguir enquanto eu penso se deixo você ir ou não.

Estrela então correu para pegar o celular dela e quando o achou começou digitar desesperada para Maggie.

E momentos depois, Maria entrava no quarto de Estrela que já se arrumava para ir para festa. Ela tinha ligado e falado com a mãe da anfitriã da festa e descoberto, que ela estaria presente e de olho nos 15 adolescentes que na festa estariam garantindo que não teria bebidas alcoólicas para nenhum dos menores de idade.

Que assim, ela disse olhando Estrela penteando os cabelos.

— Maria: Já falei com a mãe de sua amiga, vou te deixar na festa e te buscar as 22:00.

E então parando o que fazia, Estrela disse.

— Estrela: Não precisa me levar, a Maggie vai me pegar com o motorista e pode me buscar as 23:00, mãe? Por favor, por favorzinho?

Maria suspirou séria e disse.

— Maria: Filha, já estou sendo boa demais. No dia seguinte você tem aula, todos vocês nessa festa irão ter.

Estrela jogou a escova de cabelo na cama agarrou Maria para compra-la com mais um abraço e disse a olhando nos olhos, mas sem solta-la.

— Estrela: Eu disse por favorzinho, mamãe. Vai me buscar as 23:00.

Maria abraçou ela também com ela manhosa entre seus braços e disse.

— Maria: As 22:45 e nada mais que isso, querida. Mas fique sempre de celular na mão, porque se eu resolver te ligar e eu não ser atendida vou pra essa festa no mesmo momento e te trago pra casa. Trato feito?

As duas se olharam sorrindo e Estrela a respondeu.

— Estrela: Trato feito!

Maria então beijou a testa de sua menina e disse.

— Maria: Te amo meu bebê, só quero vê-la feliz.

Estrela sentiu ser acariciada nas costas e sem querer sair daquele abraço ela disse.

— Estrela: Também te amo mamãe, mas não me chama de bebê na frente da Maggie, tá?

Maria riu assentindo com a cabeça e a respondeu antes de solta-la.

— Maria: Está bem.

Momentos depois.

Maria conhecia Maggie pessoalmente, a menina de cabelos cacheados e claros, era do tamanho de Estrela e agora Maria as olhava um do lado da outra e se vestindo praticamente iguais com blusinhas preta e saias jeans acima dos joelhos e botas de cano curto. E Maria de cara percebeu que as duas haviam combinado as roupas e sorriu.

E se despedindo delas, ela disse.

— Maria: Se comportem as duas, hum.

Maggie cutucou Estrela com o cotovelo, o que a fez olha-la de lado e entender o sinal dela, e dizer de olhos pidões.

— Estrela: Mãe, na volta Maggie pode dormir aqui?

As duas sorriram para Maria com os olhos pidões, que ela não quis nem pensar em negar e disse.

— Maria: Se avisarem aos pais dela, sim.

E Maggie que trouxe com ela sua mochila escolar com roupas também dentro, andou até o lado do sofá de Maria aonde ela tinha escondido ela, e disse a entregando a bolsa.

— Maggie: Eles já sabem senhora Maria e deixaram. Aqui está minha bolsa, pode deixar no quarto de Estrela se quiser. Obrigada.

Maria pegou a bolsa olhando Estrela, que tinha certeza por ter já pedido antes mesmo daquele dia em ter Maggie dormindo com ela que por isso a deixou já trazer a mochila com ela.

Que então Maria apenas disse.

— Maria: Então tudo bem, pego as duas as 22:00.

Estrela arqueou a sobrancelha e disse.

— Estrela: Mãe e o trato?

E Maria então a respondeu, diminuindo os minutos do trato.

— Maria: As 22:30 então.

Logo depois Maria beijou a filha que foi sozinha com Maggie até o carro do motorista dela, que já dentro dele ela disse.

— Estrela: Se vai dormir em casa o que fazemos com Greco na volta?

Maggie então respondeu teclando no celular dela.

— Maggie: O João, leva ele pra casa, né João?

E o motorista que era o tal João, coroa e sorridente, sorrindo para as meninas respondeu.

— X: Claro senhorita.

E Estrela então disse ao ouvi-lo.

— Estrela: Leva ele com cuidado João, ele pode ser meu futuro marido.

E as duas adolescentes riram indo em direção ao bairro de Greco.

E na casa de Greco, ele estava nervoso pelo convite, mas já a espera das meninas. E Socorro fazendo o sinal da cruz em seu filho amado feliz por ver a chance dele ter amigos e sendo um adolescente que fazia coisas normais em sua idade, o ouviu.

— Greco: Es, estou, estou, um um, pouco nervoso mã, mãe.

Ela alisou o rosto dele com amor e disse segura de suas palavras.

— Socorro: É normal filho, é a primeira festa que vai com pessoas da sua idade. Mas procure relaxar. Lá terá Estrela e sei que essa menina vale ouro como a mãe dela.

No canto da parede Lupita com um sorriso no rosto, só observa o irmão mais novo com a mãe que ela o ouviu responder.

— Greco: Estrela é linda, ma mas ela me me deixa também, nervoso!

E o marido de Socorro apareceu comendo bolo, e assim ele disse depois de ouvir o filho.

—Da Vinci: Reza a lenda que as mulheres que tem o poder de nos deixar nervoso, são o amor de nossas vidas, filhão. Sua mãe por exemplo me fazia tremer igual vara verde.

Greco riu junto com Socorro que disse vermelha.

— Socorro: Aí ursão, querido.

Longe dali em um bar no centro da cidade.

Estevão bebia. Ele estava no terceiro copo de um uísque caro e forte. Ele já sabia por Arnaldo que Maria havia estado em um novo almoço com Geraldo, mas que agora para sua desgraça ela estava acompanhada pela filha deles. Desgraça porque era um desconhecido que estava tendo a atenção das mulheres que ele mais estava querendo ter na vida. Ali sozinho enquanto bebia ele podia assumir isso, assumia que não só como pai queria sim ter os direitos sobre Estrela que Maria tinha lhe tirado, mas também a queria, queria a mãe como mulher e a filha para ser o pai dela como devia ter sempre sido. Já que ele se sentia assim, dono delas, como que devia ter sido desde sempre. Pai de Estrela e homem de Maria, o único homem daquela mulher que parecia querer ter todos menos ele, até um desconhecido que chegava na vida dela agora como Geraldo Salgado era. E Estevão se enfurecia, como se enfurecia quando pensava que Luciano havia ficado todos aqueles anos com Maria e Estrela. Estava sentindo ali enquanto, bebia a mesma fúria pensando em Geraldo agora fazendo aquilo que ele não podia.

Ele olhou o copo de líquido marrom e com gelo e pensou agora em Maria nos braços de Geraldo. A mente dele lhe dava um quarto com uma cama enorme e eles rolando nela e depois os via formando uma família que incluía sua menina, sua Estrela nela. E ele suspirou sentindo que cruéis lágrimas lhe vinham nos olhos junto com um nó na garganta.

E ele ouvindo um show ao vivo ali sentando na bancada do bar, o refrão de uma música que ele conhecia e que para ele, narrava a história dele com sua desilusão com Maria.

Supiste hacerme mal, banda la trakalosa

Supiste hacerme mal
Mataste, de golpe, todos mis sueños
No sé porqué tú me llevaste hasta el cielo. Para después abandonarme en este infierno.

Ele soltou um riso sem vontade se achando uma piada ouvindo aquele refrão que era sua história com a mulher que tanto queria odiar, mas amava, que tanto queria desprezar, mas que desejava.

Ele então bebeu mais com a música segiincot cutucando a ferida dele.

Supiste hacerme mal
Me diste, directo, en mi lado izquierdo
Te felicito pues tu plan salió perfecto
De a verte amado no sabes cuanto me arrepiento.

E ele então virou o copo todo e decidiu que seria o último, que não ficaria ali para chorar como no passado já tinha feito muito.


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