Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 20
Capítulo 20




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Oi lindas. Vamos com um novo capítulo? Ele ficou enorme, pensei até em cortá-lo em dois mas resolvi deixa-lo assim, espero que gostem!







Maria ficou muda perdida em seus pensamentos, ainda estando em uma chamada de vídeo com Luciano. Que então ele chamando a atenção dela, disse.

— Luciano: Terra chamando por Maria. O que está pensando, hum?

Maria então piscou os olhos e mexeu nos cabelos nervosa de novo. Estava pensando apenas loucuras. Loucuras vindo de uma mãe desesperada e disposta a tudo para limpar sua imagem que tinha suja diante do seu filho. Que então, com uma expressão fria no rosto, ela disse, respondendo Luciano.

— Maria: Estava pensando que pra recuperar meu filho e ter Estevão o perdendo, pagando assim tudo o que ele me fez, sou capaz de qualquer coisa, Luciano.

Luciano suspirou e coçou o queixo ao ouvir Maria. Ele era tão atento e pendente ao que acontecia a ela, que em qualquer ligação ou troca de mensagem que tinham com ela de volta ao México, ele não deixava passar nada ou esquecia do que eles conversavam, que assim, ele mostrou mais uma vez que era mais que um ouvinte para Maria, dizendo.

— Luciano: Pelo que me contou. Heitor parece justo e nobre. Então penso que quando ele ter a certeza que tudo que ouviu falar de você é mentira, Maria, com certeza Estevão o perderá.

Maria respirou fundo e passou seus cabelos para trás, quando fez ela torceu o lábio de lado com raiva, mas com sede de ver Estevão perder Heitor, de fazê-lo assim sentir o que ela sentiu e ainda sentia por não ter o primogênito deles também com ela. Que assim, mostrando todo seu rancor, ela disse.

— Maria: É tudo o que mais quero. Quero que Estevão chore o que chorei e que ele sofra também o que sofri.

Maria então virou o rosto. E Luciano depois de suspirar disse o que ela já sabia.

— Luciano: Não se esqueça que tem meu apoio incondicional, hum. Não está sozinha contra ele. Que se me der um sinal que precisa de mim aí, vou no mesmo instante, Maria.

Maria sorriu de coração alegre e ficou olhando Luciano com ele a olhando também. Luciano tinha todas as maiores características que fez um dia ela se sentir atraída por Estevão, sua gentileza, ele a colocando sempre em primeiro lugar, dando apoio, estando presente, sendo cavalheiro e acima de tudo romântico, mas que, agora Maria cria que tudo isso, que pensou ter visto um dia em Estevão havia sido falso enquanto em Luciano não. Nele, ela cada dia o via mais verdadeiro, mais intenso, ainda que com a tentativa de serem mais que amigos, ela sentia que tinha rompido algo em relação a eles, o que ela não queria fazer mais. O que era magoa-lo e até frustra-lo como homem por ele não ter o desejo de mulher dela.

Que assim vendo que havia se perdido em seus pensamentos outra vez, Maria tocou os cabelos olhando a hora mostrar na tela do notebook mostrando ser tarde da noite e buscou os olhos dele do outro lado da tela, que a olhava fixamente. Que então, sem saber o porquê quis saber, ela perguntou de repente.

— Maria: Conheceu alguém interessante aí, enquanto não estou?

A pergunta pegou Luciano de surpresa. Seu coração que nutria sentimentos por Maria ainda esperava por ela, não o deixando se envolver em um relacionamento sério com uma mulher, mas não significava que ele estava em um voto de castidade e Maria sabia, ainda que ele fosse muito discreto todos aqueles anos quando saía com uma mulher. E então ele perguntou rindo nervoso.

— Luciano: Me pegou de surpresa sua pergunta, Maria. Nunca se importou, pelo contrário sempre me incentiva a procurar alguém. O que tem agora pra me fazer essa pergunta?

Maria ficou nervosa também e desejou ter engolido as palavras que formaram sua pergunta. Já que sentiu medo de Luciano se ilusionar com ela. Mas que também, ainda que as palavras dele fossem certas que ela o incentivava tentar ser feliz com outro alguém, ela se importava sim quem seria esse alguém, quem seria a mulher que ele poderia chegar amar como dizia que a amava. Que então ela disse.

— Maria: Quero que ame uma mulher que não tenha as mesmas marcas que eu, que por elas nunca poderei estar com você como merece, Luciano. E desejar isso, não significa que não me importe quem será essa mulher ou com o que passa com você. Por isso minha pergunta.

Luciano riu ao ouvi-la. Era mais fácil para ele rir para fazer a piada que tinha em mente do que pensar na seriedade do desejo que Maria tinha dele ser feliz amando uma mulher que não podia ser ela. Que então ele disse.

— Luciano: Não quer perder seu posto em meu coração. É isso Maria.

Luciano riu mais e Maria revirou os olhos, mas disse rindo também.

— Maria: Não seja bobo, Luciano. É melhor irmos dormir. Já é tarde, boa noite.

Luciano ficou a olhando em silêncio. Que quando Maria estava pronta para desligar a chamada, ele disse rápido e cheio de coragem.

— Luciano: Não conheci ninguém interessante nessa sua ausência como não conseguia na sua presença. Então você segue sendo a dona do meu amor. Boa noite, Maria.

Um sorriso tomou os lábios de Maria sem ela conseguir definir ao certo o que sentiu ao ouvir Luciano, se havia sido um alívio ou um pesar, como um peso em sua consciência de saber que um homem como ele que merecia ser amado, a amava e ela não conseguia ama-lo de volta. E que depois do boa noite dele e a imagem dele sumir na tela, ela fechou o notebook. Que então em silêncio ali naquela noite, Maria se perguntou pela primeira vez em uma confusão em seu interior.

Poderia uma mulher amar um homem, mas desejar estar com outro?

Maria ficou de pé analisando as questões de sua pergunta. Estava lutando contra seus desejos que estiveram mais intensos aquela semana. Lutava firmemente contra o que Estevão estava causando nela. Mas ainda a pouco reconsiderava aceitar a proposta dele se em troca ela tivesse o que queria. Mas ela pensava em fazer isso só por seu lado mãe, ou também tinha o lado mulher que gritava para se entregar ao que ela voltava sentir?

Diferente do que sentia quando estava com Luciano, que era paz, segurança, um carinho verdadeiro e puro junto com um sentimento eterno de gratidão, Maria sentia que com Estevão não sentia nenhum sentimento leve e lindo como aqueles. Com Estevão agora depois de sua volta, ela só sentia tudo mais intenso, perturbador, devastador. O que incluía o desejo insano que começava reacender nela que era só causado por ele. Entre os sentimentos que sentia com ele, o desprezo sempre estava em pauta. Desprezava Estevão, tinha rancores por ele e titulava que todo amor que antes sentiu por ele, agora se resumia em puro ódio. E porquê seu corpo o queria? O reconhecia? O escolhia? Podia ser Luciano. Maria sabia que se chegasse a fazer amor com ele seria sem remorsos, enquanto com Estevão ela sabia mais ainda que nem seria amor que faria com ele, se ela se entregasse.

E ela gemeu frustrada, querendo chorar com tudo que pensava. Não bastava tantos problemas. Ainda tinha seu corpo de mulher e seus sentimentos que começavam se revelar dividido. Parecia uma maldição o corpo dela não ter se estremecido nos braços de Luciano quando esteve neles. Luciano o único que arrancou dela com os toques foi a frustração do sentimento que não poderia retribui-lo, com seu corpo frígido que ela tinha certeza que se voltasse ter a oportunidade de estar com ele, não teria mesmo remorso, mas sim pena dele o que era que Luciano não merecia e até parecia cruel.

Desgraçadamente ela estava tendo provas que só era Estevão que seguia despertando seu corpo e que estava a enlouquecendo aos poucos por isso. Que por reconhecer os efeitos que Estevão estava tendo sobre ela, que ela pensava que tinha que seguir distante dele. Que se ela se entregasse a ele, ela daria razão a ele quando havia dito ainda aquela tarde, que eram iguais. Que na verdade, se ela tinha que desejar um homem esse homem tinha que ser Luciano. Não outro, muito menos Estevão San Román.

Então Maria voltava atrás. Não se renderia a proposta dele. Buscaria outra forma de ter acesso a verdade sem aceitar ser render aos caprichos e os jogos de Estevão.

Uma nova semana começou, depois do descanso do sábado e domingo. E assim, Maria toda arrumada descia o elevador do condômino que morava para ir trabalhar cheia de expectativas, que no horário do almoço almoçaria com Heitor por haver convidado ele para almoçar com ela em um restaurante próximo, botando a desculpa que queria falar algo sério com ele. Que mesmo que quisesse falar sobre os meios que teriam pra chegar na verdade, ela só queria mesmo ter a oportunidade de fazer uma refeição ao lado dele e em um local público e que assim pudessem vê-los juntos como mãe e filho que eram. Mas ela ainda que já estava cheia de ilusões e um largo sorriso no rosto, ela esperava ainda a resposta dele.

E assim, vestindo um conjunto de terninho e calça branca, cabelos soltos e de bolsa na mão e ainda com o sorriso largo no rosto, Maria passava pela portaria, que quando fez, o porteiro a chamou.

O senhor robusto e de cabelos e cavanhaque grisalhos e de uniforme azul e branco, apareceu com 5 cartas direcionado a Maria e disse.

— X : Bom dia, Maria. Aqui estão suas cartas. Essa última assinei por você para recebê-la.

Maria pegou as cartas de Xavier, que era o nome do porteiro e disse sorrindo.

— Maria: Bom dia, Xavier.

Ela passou as outras cartas que eram boletos e apenas focou na última que Xavier falava que tinha assinado. E então ela leu o destinatário, que vinha do fórum jurídico. E ela sabia que já era sua primeira de muitas convocações que teria depois daquela, com a briga que Estevão depois dali começava trilhar pra reconhecer a paternidade de Estrela e também o que ela esperava depois do reconhecimento, que era que ele cumprisse suas ameaças de tentar ter a guarda dela. O que Maria estava 100% segura que ele não conseguiria.

E assim, ela então depois de agradecer ao senhor porteiro, ela andou guardando as cartas em sua bolsa. Não sentia medo já que esperava o feito de Estevão e já sabia o que tinha que fazer, sem precisar de um advogado que ela sabia também que por certo ele teria um.

Horas mais tarde.

Já na firma de advogados.

Maria estava na sala dela com Vivian. Estava pensativa, lendo algumas mudanças que Cecília pediu pra mudar na cláusula do acordo do divórcio dela com o marido. O que Maria via que ela estava com pena do senador ou simplesmente estava já sendo manipulada por ele, o que ela já temia a qualquer momento, ver Cecília dispensar o trabalho da firma e voltar atrás com sua decisão de se separar.

Maria por trabalhar por muito tempo defendendo mulheres, ela sabia que as que tinham mentes fracas e ainda nutrindo qualquer tipo de afeto por seu agressor, eram vulneráveis sempre nas mãos deles, que por isso, o melhor era não deixar de dar apoio sentimental a elas vindo da família e do profissional quando faziam a defesas delas. Já que uma mulher nas condições que Maria conhecia que Cecília estava, não podia pensar com coerência sem ser aconselhada por um profissional ou alguém que realmente se importasse com elas.

E assim a fazendo tirar os olhos dos papéis, ela ouviu Vivian dizer da sua mesa depois que havia bufado.

— Vivian: Vamos perder o caso. Está claro que logo Cecilia vai voltar abrir as pernas para o ex marido dela e vão se reconciliar.

Maria baixou as folhas que tinha em mãos e pôs na mesa se ajeitando no seu lugar. As palavras de Vivian tão diretas, de alguma maneira caíram como uma luva a ela. E então ela apenas disse, tentando não se ver no lugar de Cecília.

— Maria: Não vamos deixar que isso aconteça, Vivian

E Vivian soltou outro bufo. Ela era mulher e uma mulher poderia entender a outra, que assim ela disse, ironicamente.

— Vivian: Ah claro. Vamos ser como cães de guarda dela para que ela não volte para aquele crápula e não retire a queixa, que é o mais importante. E isso vai ser quase impossível se ela ainda nutrir algo por ele. Porque depois que ele voltar estar entre as pernas dela e jurar amor eterno, ele vai manipula-la, Maria!

Maria pigarreou. E buscou uma garrafinha de água mineral que ela tinha sobre a mesa dela. Estava ficando louca ao se ver na pele de Cecilia apenas com as palavras de Vivian. Que então depois dela molhar a garganta, ela disse.

— Maria: É isso que ele quer, manipula-la e se acontecer, sim será impossível defende-la e fazê-lo pagar pelo que fez. Mas nosso dever é aconselha-la a não ceder a ele. E sem julgamentos, porquê ela não pode nos ver como inimigos dela, Vivian.

Vivian cruzou os braços sentada ali entre a bagunça de sua mesa e rodou o corpo sobre a cadeira para ver melhor Maria. E se queixou mais.

— Vivian: Não tenho muita paciência com mulheres que voltam para seus exs, ainda mais um como esse senador, Maria. Porque elas sabem que tudo pode se repetir, é sempre assim. É como você se voltasse com o pai dos seus filhos. Aí vocês iam ter um terceiro filho e seria a mesma coisa. Ele tiraria esse filho de você!

Maria ficou séria com o desabafo de Vivian. Não pensava em voltar com Estevão como Vivian falava, mas havia pensando na hipótese de ceder a proposta dele, que por isso, a deixava tão desconfortável com as palavras de Vivian, como que tudo que ela seguisse falando, fosse destinado a ela também. Que então assim, ela também cruzou os braços e girou sua cadeira para o lado de Vivian e disse a ela.

— Maria: Fala como se tivesse muita experiência sobre isso Vivian. Você tem a idade para ser também minha filha e Cecília é uma mulher também mais velha que você. As vezes temos que diferenciar os casos das mulheres que te fazem ficar revoltadas assim. Cecilia por exemplo, é evidente que ela vive um relacionamento abusivo, mas que ainda assim, se vê nessa luta de querer se ver livre dele ou não.

Vivian fez um bico e depois deu de ombro. Podia sim enxergar a gravidade da situação que Cecilia se encontrava e que mais muitas mulheres também poderiam estar, mas não conseguia não sentir pelo menos um pouco de raiva por vê-las voltar atrás na decisão que as deixariam livres de seus agressores. Que então ela apenas contou o que levava de experiência com um ex.

— Vivian: Sei que não sou cheia de experiências, mas a que eu tive com um ex foi a suficiente. Ele me traiu. Aí eu o perdoei regressando com ele. E sabe o que ele me fez? Me traiu de novo, Maria! Eu fui corna duas vezes, acredita nisso?

Maria acabou rindo do jeito que Vivian havia falado e a viu se levantar inquieta. Que assim, ela a olhando ela disse.

— Maria: Que bom que pensa assim, só por ter sido traída e superou para me contar dessa forma. Mas com Cecília é diferente, ela faz parte das mulheres que tem dificuldade em fazer isso, superar, além de ser muito mais grave a condição dela, Vivian. Se Cecilia regressa com o marido, ela pode ser mais que traída. Ela pode dessa vez perder a vida ou perder a filha que ela tem. Então temos que ter paciência e sabedoria para que ela não cometa esse erro.

Vivian suspirou. O que Maria falava era certo. Então ela baixou a guarda e disse, agora sorrindo.

— Vivian: Claro. Somos como a liga da justiça. Onde você manda e eu e José obedece, claro depois de Geraldo mandar em nós.

Maria riu e então ela voltou ler o papel e riscou uma frase com uma caneta, enquanto Vivian chegava de fininho até a frente da mesa dela. Que quando esteve parada a frente da mesa com a ponta dos dedos a tocando, ela disse.

— Vivian: Então já fez?

Quando a ouviu, Maria levantou a cabeça e a olhou a frente da mesa dela e perguntou.

— Maria: Fiz o que?

Ocupada, ela voltou olhar os papéis e Vivian a respondeu quase em um sussurro, depois de olhar a porta escancarada da sala delas.

— Vivian: Fez aquilo que eu falei pra você fazer, Maria.

Maria então rápido entendeu e largou o que fazia, para dizer.

— Maria: Sexo? Não, não fiz.

Vivian revirou os olhos, acreditando que seria um milagre se Maria já tivesse feito sexo depois da conversa delas. Que por isso a pergunta dela se referia a outra coisa, uma que ela pensava que era mais provável ela ter feito. Que então ela reformulou sua pergunta, dizendo.

— Vivian: Está claro que não. Duvidaria que fizesse assim tão fácil, Maria. Mas falo da outra coisa, que falei que começasse por ela. Anda Maria não faça eu falar com todas as letras aqui, que eu falo hein.

Maria então cruzou os braços e tentou olhar para porta atrás de Vivian, antes de dizer.

— Maria: Ah sim aquilo... Que você escreveu em um papel e minha filha esse final de semana leu.

Vivian abriu a boca e sentou na cadeira da frente da mesa de Maria, e perguntou interessada em conversar mais sobre aquele tema.

— Vivian: E aí? Conversou com ela sobre isso? Na idade que ela tem eu já fazia muito, Maria.

Maria riu. Não duvidava das palavras de Vivian, mas só pensava que Estrela não fazia ainda o que ela havia lido. Que então ela disse.

— Maria: Ainda não conversei. Mas ela sabe dos outros temas que trazem esse. Só não tive a oportunidade de falar mais sobre isso com ela. Mas vou.

Vivian suspirou. Havia tido uma mãe muito rígida então o que havia aprendido sobre o que falavam, havia sido em qualquer lugar e pessoas, menos em casa e com a mãe que havia criado ela de uma forma muito conservadora. Que assim ela disse, admirando Maria.

— Vivian: Queria ter tido uma mãe assim, como você é para sua filha. Mas me responda, logo amiga. Fez?

Maria deu um sorrisinho contido. E resolvendo brincar com Vivian, ela apenas disse.

— Maria: Humhum.

Vivian viu ela tampar o rosto com as folhas em pé em sua frente mostrando que voltaria ler elas. Que eufórica, ela puxou das mãos de Maria e disse.

— Vivian: Humhum sim ou humhum não?

Maria então pegou de volta as folhas das mãos dela e disse ainda brincando.

— Maria: Humhum. Não sei se isso realmente é da sua conveniência, Vivian.

Vivian então ficou de pé e cruzou os braços, e disse enquanto Maria brincava com um riso mais largo nos lábios.

— Vivian : Achei que estávamos nos tornando amigas íntimas, Maria. Mas está bem não vou insistir.

Vivian então foi pra mesa dela quase se arrastando e então rindo Maria soltou.

— Maria: Não seja boba, Vivian. Revelei a você algo que me faria motivo de risos e também de julgamentos. Então sim já somos amigas íntimas. E é humhum sim.

Maria então depois de falar, se levantou da sua mesa e saiu da sala. E Vivian saiu quase correndo atrás dela.

Enquanto Maria andava em meio aquele escritório de caríssimos serviços de advogados, Vivian cochichou quando alcançou ela.

— Vivian: Como me joga essa bomba e sai assim? Eu estou curiosa pra saber o que te excitou tanto pra resolver fazer.

Maria então entrou no banheiro que era aonde ela estava indo. Dentro dele ela olhou para um dos espelhos quadrados que tinha nas pias brancas e disse, lembrando do que antes estavam conversando na sala delas.

— Maria: Me julgaria se eu dissesse.

Vivian riu jurando que não faria aquilo com Maria já que ela estava sentindo  orgulho dela ter a escutado e disse, fazendo sinal de redenção com as mãos.

— Vivian: Eu Jamais faria isso, Maria. Eu estou feliz por você ter conseguido se masturbar.

Maria prendeu o ar que estava respirando quando ouviu Vivian dar nome ao que elas falavam e ainda em um banheiro público, que assim ela a segurou pelos braços e disse.

— Maria: Não dê nomes no que estamos falando Vivian, estamos e um banheiro. E sim você me julgaria!

Maria então a soltou e voltou a olhar no espelho mexendo nos cabelos. Que assim, ela ouviu Vivian dizer mais eufórica.

— Vivian: Está bem. Não fale agora nem aqui, Maria. Vamos almoçar juntas e então conversamos.

Maria negou com a cabeça e se virou de frente para Vivian e disse sorrindo novamente feliz por já ter recebido a confirmação de Heitor que almoçariam juntos.

— Maria: Vou almoçar com Heitor, meu filho. É meu primeiro almoço com ele e em lugar público.

Vivian então sorriu também feliz por Maria e por saber que depois do número que ela havia conseguido de Heitor para ela era que agora Maria teria aquela oportunidade com o filho. Que feliz, ela disse.

— Vivian: Então ainda estão se levando bem. Isso é maravilhoso Maria. Eu fico feliz por isso também. Você merece recuperar seu filho e também ter alguns orgasmos, hein.

Vivian riu ao fim de suas palavras. Que depois de ouvi-la, Maria disse, resolvendo entrar em uma das cabines dos banheiros privados para usar.

— Maria: Viviannn. O que eu disse?

Vivian tampou a boca e disse, certa que seguiam sozinhas no banheiro, por não verem ninguém sair de nenhum deles, muito menos alguém entrar.

— Vivian: Saiu sem querer, amiga, mas estamos sozinhas.

Com Maria dentro do banheiro, Vivian sem querer sair da cola dela ficou esperando ela, de braços cruzados e encostada em uma das pias. Que então depois de pensar, ela disse expondo o que começava acontecer entre ela e Heitor.

— Vivian: Maria já que estamos falando de Heitor, seu filho. Eu queria dizer que estamos prestes a ter nosso terceiro encontro. E...

Vivian se calou e Maria antes de mostrar que sairia do banheiro ao apertar a descarga, ela disse para que ela continuasse.

— Maria: E?

E Vivian então desembuchou de uma vez.

— Vivian: E ainda não transamos. E meu Deus eu quero muito. Só Deus sabe quanto eu quero. Mas não estou conseguindo porquê quando eu me excito lembro de você que é a mãe dele e então meu tesão todo acaba.

Maria então saiu do banheiro em silêncio, desejando não ter escutado as palavras de Vivian e ter imaginado ela com o filho dela, e não porque não aprovaria e sim porque havia se sentido estranha como mãe saber que seu filho já era um homem que fazia sexo também. Que enquanto começou lavar as mãos, ela disse vendo Vivian por trás dela parecendo aflita com o silêncio dela.

— Maria: A vida privada do meu filho, ainda que eu tenha desejo de saber mais dele, mais de como ele pode ser e até poder ouvir suas experiências amorosas, não me corresponde opinar Vivian. Se saber que sou a mãe dele te faz pensar que não vou aprovar seja o que vocês, deseja ter um com o outro. Não pense mais. Se ele quer e você também, vai em frente e por favor sem lembrar de mim nesses momentos.

Vivian sorriu largamente e quando Maria virou para ela, ela a abraçou. Maria arregalou os olhos. Vivian era intensa demais, doida demais e fez Maria sorrir em pensar assim. Já que no caos que tinha sua vida, ter uma pessoa como ela ao lado dela, era como que se a tirasse por alguns instantes de seus maiores problemas e dilemas com algumas bobagens ditas e ações que arrancavam aquilo dela, sorrisos e gargalhadas. Que a abraçando de volta sem muito toca-la com as mãos por tê-las molhadas, ainda que o assunto que tinham não era oportuno para um abraço, Maria quando Vivian se afastou a ouviu.

— Vivian: Aí Maria você não existe. Obrigada. Hoje mesmo Heitor não me escapa!

Maria fez uma careta e a respondeu rindo.

— Maria: Eu só não preciso saber dos detalhes do que vão fazer, Vivian. Deixa eu ter a inocência do meu filho ainda intacta.

Vivian riu de lado vendo Maria secar as mãos em papéis toalha e disse.

— Vivian: Ah, mas ele não é nada Inocente, Maria. Aquela cara de anjo que seu filho tem é tudo enganação. Ele fez um...

Maria moveu as mãos agitadamente e rápido ela disse.

— Maria: Não. Não vou te ouvir, Vivian.

Maria então saiu quase correndo do banheiro tapando os ouvidos com Vivian atrás dela.

Enquanto mais tarde nas empresas San Román.

Heitor deixava as empresas no mesmo momento que Estevão fazia para também almoçar, que assim que ele viu o filho, ele disse sorrindo demais por ter recebido também a carta que era a primeira audiência com Maria sobre a briga pela paternidade de Estrela. Que por isso ele estava feliz pelo dia estar chegando para Maria perceber que a briga deles pularia uma etapa que demoraria muito por ele já ter encaminhado a prova de paternidade para um laboratório sem ela ainda saber.

— Estevão: Que bom que te vejo filho. Ia almoçar e queria que fosse comigo. Vamos? Hoje está sendo um bom dia e por isso quero almoçar ao lado do meu filho.

Estevão sorriu mais largamente e Heitor o olhou sem responder, só sendo empurrado em direção do elevador por ele. Que dessa forma já dentro do elevador, Heitor não conseguia achar um jeito para dizer que naquela mesma tarde já tinha marcado um almoço com Maria. Em um momento que ele também estava ciente que seria a primeira vez que ele ia estar em público com a mãe dele depois de 15 anos. Mas que ainda assim, entre ela que havia ficado ausente todo aquele tempo na vida dele e o pai que parecia feliz demais e sempre esteve com ele, Heitor não tinha dúvida em quem escolher passar um tempo enquanto almoçava aquela tarde.

Enquanto na firma de advogados, Maria também ia sorrindo demais em direção ao elevador. Iria almoçar com Heitor pela primeira vez em público e ainda que seguia em mente que teriam uma conversa séria como seguiam tendo, ela estava mais eufórica com o fato que passaria algumas horas com seu menino. Que assim, ela apertando o botão do elevador com uma mão e a outra segurando seu celular pronta pra mandar aonde seria o almoço para Heitor, ela viu uma mensagem dele chegar que fez seu sorriso morrer.

"Irei almoçar com meu pai, senhora. Outra hora nos vemos."

Ela olhou em silêncio, ignorando o elevador que já estava aberto. Estava cheia de ilusões para aquele almoço e parecia que Estevão tinha levado elas embora. E então de rosto frio, vendo ainda que pequena era uma batalha que Estevão fazia mais um ponto, ela entrou no elevador que quando foi apertar pra o térreo, Geraldo apareceu com uma pasta na mão e disse quase gritando.

— Geraldo: Segure o elevador pra mim Maria, por favor.

Maria então segurou e ele entrou inundando o pequeno quadrado com seu perfume de homem. Quando a porta se fechou só se ouviu as respirações de ambos. Que depois de tocar em sua gravata e olhar Maria do lado dele e de bolsa no ombro, ele disse, quebrando o silêncio que estavam.

— Geraldo: Eu ia pedir meu almoço aqui no escritório, mas fui ameaçado a deixar ele durante o expediente ao menos pra almoçar e eu não queria.

Maria estava séria enquanto depois de claramente estar puxando conversa com ela, Geraldo sorrir a olhando de lado. E então ela apenas olhou de volta para ele e deu um sorriso xoxo sem querer conversar nem mesmo com ele que era o chefe dela. E depois voltou olhar para porta do elevador. Estava tão animada até ler a mensagem de Heitor que agora só imaginava Estevão rindo pelas costas dela por aquele ponto ganhado.

Que então ela acabou suspirando e ainda que estivesse de cabeça erguida, desejou chorar de ódio.

E Geraldo a observando enquanto o elevador descia, disse por ouvir aquele suspiro dela longo demais.

—Geraldo: Passa algo, Maria? Está bem?

Maria olhou os pés e tocou nos cabelos com uma mão. Agora se esforçou sorrir mais amavelmente pela gentileza de Geraldo, quando voltou olha-lo e disse.

— Maria: Sim estou bem, Geraldo não se preocupe.

Geraldo a observou mais uma vez. E disse duvidando dela e disposto a passar mais um tempo com ela que não fosse aqueles segundos dentro de um elevador.

— Geraldo: Não sei se acredito. Mas se está saindo para o almoço, por que não fazemos isso juntos? Pense que não sou um chefe tirano e me faça essa caridade de almoçar comigo e depois dizer a todos no escritório que almocei direitinho.

Maria acabou agora rindo mais largamente e seus ombros que estavam mostrando sua tensão relaxaram, ao ouvir Geraldo e seu convite. Que sem pensar em recusa-lo depois do que ele teve o poder de fazer apenas por ser tão carismático, ela o respondeu.

— Maria: Tudo bem, Geraldo. Almoçamos aonde você quiser. E assim me encarrego dessa missão de dizer a todos que teve uma refeição decente fora do seu escritório.

O elevador abriu e os dois saíram juntos, que Geraldo rindo demais disse.

— Geraldo: Costumo deixar meu cavalheirismo falar primeiro, então pode escolher o lugar.

Maria então parou poucos passos depois do elevador e dentro do estacionamento, o respondeu.

— Maria: Pode ser aonde quiser, Geraldo. Afinal estou de volta depois de anos ao meu país e tenho a certeza que poderá me levar em um restaurante que eu ainda não conheça.

Geraldo sorriu. Estava se encantando por Maria e seu jeito simples, mas ao mesmo tempo elegante de falar e agir. Que então ele a respondeu ainda parado com ela e vendo por trás dela, inúmeros carros.

— Geraldo: Será como quiser então, Maria. Mas agora há outro dilema. Vamos no meu carro ou no seu?

Maria olhou o estacionamento que entraram e disse, vendo o carro dela já de cara.

—Maria: Depende. Aonde está o seu?

E rindo Geraldo disse, por o carro dele estar em uma vaga reservada aos sócios e donos dos escritórios que havia ali naquele prédio.

—Geraldo: Longe.

Maria riu e também e o respondeu.

—Maria: Nesse caso vamos no meu.

Longe dali em um restaurante. Estevão e Heitor eram guiados até uma mesa por um garçom que então, quando ambos sentaram de menu já na mão, Estevão disse ainda sem deixar a felicidade que tinha.

— Estevão: Estou feliz que de cara aceitou almoçar comigo filho. Ultimamente me tem muito abandonado, hum.

Ele chamou o garçom que tinha se afastado com a mão, já certo que bebida tomaria antes dos pedidos deles chegarem. Que então Heitor, sem poder não rir, o respondeu, também de menu na mão.

— Heitor: Jantamos ontem em família, papai.

E Estevão baixando o menu na mesa, olhou sério para Heitor mostrando seus intensos olhos verdes a ele e disse.

— Estevão: É diferente, filho. Agora estamos sozinhos. É de momentos assim que sinto falta. Desde da volta de sua mãe as coisas andam mudando entre nós. Essa é a verdade.

Heitor se moveu inquieto. Pensou no caminho todo até o restaurante em Maria e sua desfeita de almoçar com ela. Que por isso se sentia estranho, um pesar dentro de seu peito que pensava que tinha que resolver a questão daquele almoço desmarcado em cima da hora por ele, com outro que ele estaria. E assim ele disse.

— Heitor: Papai, não vamos falar dela. Estou aqui não estou?

Estevão respirou fundo. Andava pisando em ovos com Heitor desde da última discussão deles. Que por isso estava sendo obrigado ponderar no que falava em relação a Maria a ele. Que então ele disse com uma calma fingida.

— Estevão: Não se irrite, hum. Só estou fazendo uma observação. Disse para mim respeitar sua decisão. É o que estou fazendo, não?

Heitor assentiu, acreditando que era aquilo que Estevão fazia mesmo. Mas que na verdade ele só estava concentrando todas suas energias em sua nova jogada. E que surpreso por não ter tido discussões novas com o pai dele, Heitor o respondeu.

— Heitor: Sim. E está me surpreendendo, papai.

O garçom estava ao lado da mesa. E Estevão pediu uma forte bebida a ele e uma mais leve para Heitor depois que ele havia falado. E quando voltaram estar sozinhos na mesa, Estevão disse, o respondendo.

— Estevão: Você é o mais importante pra mim, filho. E se fico contra você o perco para Maria e é isso que ela quer. Ela quer me tirar você assim como tirou sua irmã de mim. Mas você e Estrela são meu sangue e por vocês serei também capaz de tudo.

Heitor suspirou. Ver Estevão citando sua irmã mais nova o fazia lembrar que ele apenas só a conhecia por foto, mesmo ter tido Maria insinuar o desejo dela de se conhecerem. Heitor sentia que não estava preparado para aquilo. Conhecer Estrela o deixaria mais próximo de Maria, da mãe que ele ainda que tivesse dado aquele voto a ela de dúvida de tudo que ela tinha sido acusada, era demais conhecer Estrela e os três agirem como uma família felizes que não eram. E assim ele disse.

— Heitor: Eu ainda não a vi papai, não vi ainda minha irmã porque penso não estar preparado para isso. Mas não significa que não penso nessa novidade de não ser mais seu filho único que por pensar, acho que você e minha mãe poderiam tentar se dar bem por ela. Ela só tem 15 anos, não? Se tudo está me deixando confuso imagina com ela que é uma adolescente.

Estevão respirou fundo. Só pensava em reconhecer a paternidade de Estrela de qualquer forma e ter seus direitos de pai garantidos e ainda lutar pra cumprir o que ainda ele queria, que era  a tutela de sua menina que Maria o tinha escondido dele. Enquanto a ela estando no meio da briga dos dois, ele não pensava em um só segundo, a não ser naquele momento que Heitor falava. Que então ele disse.

— Estevão: E você acha que Maria se importa com isso, hum? Ela me declarou guerra desde que regressou, Heitor. Jamais eu e ela iremos nos dar bem porque nessa guerra está vocês dois, que não darei meu braço a torcer. Sei que ela não irá desistir de tê-lo do lado dela e nem irá liberar por espontânea vontade que eu me aproxime de sua irmã. Então seguiremos nessa guerra. Mesmo que você possa ter razão.

As bebidas geladas chegaram e o garçom voltou com o pedido do almoço deles feito. Que bebendo de sua bebida, Heitor suspirou sem ter mais nada a dizer mesmo que na verdade ele tinha. Mas ele sabia como era Estevão. Conhecia o pai que tinha que por isso ele estava até o surpreendendo aqueles dias que ele seguia a margem da aproximação dele com Maria.

Enquanto a tranquilidade que Estevão fingia ter era isso, um fingimento, já que estava ansioso para expor pra Maria a carta que tinha em mão e assim virar o jogo e por mais fogo na guerra que travavam.

E assim momentos depois, começaram almoçar depois que seus pedidos haviam chegado. Que assim de onde estava sentado, Heitor conseguiu ver Maria que entrava no restaurante ao lado de um homem.

Ela olhou de lado e sorriu para o homem que tinha ao lado dela que depois ele levou uma mão nas costas dela como se estivesse guiando o caminho até a mesa deles.

Heitor ficou olhando a cena até vê-la sentar em uma mesa distante deles, mas ainda assim avista, que como ele estava sem mais comer só analisando o que via, Estevão parou de comer também, limpou os lábios e disse.

— Estevão: O que passa filho? O que tanto olha?

Heitor nada respondeu. Não podia. Pois em sua mente só vinha as palavras de Estevão, que era a fama de adúltera que a mãe dele era e que ele havia plantado na mente dele todos aqueles anos. Heitor ainda sabia muito pouco de Maria, tão pouco que não sabia se ela tinha um namorado, aonde trabalhava nem os gostos dela, nada e mesmo assim estava ali agora crendo ser um tonto dando um voto de confiança a ela por simplesmente ela chegar acompanhada de um homem em um restaurante. Ainda ferido e desconfiado, aquela ação de Maria para Heitor era como um tiro. Já que não a conhecia, conhecia só a mãe que ouviu todos falar e que tinha o abandonado por seu amante. Ouviu Estevão dizer por muitos anos que ela seduzia os homens, que teve sim amantes e que só se casou por interesse, então vê-la chegar ao lado de um desconhecido que ela não tinha mencionado a ele e ainda em um dia que era para estarem almoçando, afetava mais Heitor do que se podia imaginar. E ele só pensava agora com seus sentimentos revoltos, que talvez o cego naquela história era só ele e não o pai.

E já que Heitor não falava. Estevão olhou para trás e viu ali, em uma fileira longe das deles, mas visível a visão deles, Maria sentando em uma mesa com um homem que ele não conseguia identificar por ele estar de costa para o lado dele.

E Estevão sentiu que tudo parava ao seu redor, que seu sangue correu mais rápido no corpo, o esquentando e o pondo tenso enquanto seu coração disparava como um louco. Que então ao se virar não podendo esconder em sua voz o estado que ele estava morto de raiva e um doentio ciúmes, ele disse.

— Estevão: Eu falei pra você filho quem é sua mãe. Talvez agora acredite, que o que ela faz é enganar e seduzir os homens, que por isso ela me traiu sim, me roubou e foi embora com um amante levando sua irmã de mim. Talvez agora reveja sua decisão!

Nervoso Estevão pegou seu copo grosso de bebida e levou na boca já chamando com uma mão livre o garçom para pedir outra dose de bebida. Enquanto Heitor baixou o olhar. Lembrava de novo do caminho todo até ali aonde estavam, ter se sentido estranho por ter desmarcado o almoço com a mãe dele, o que ele pensava que havia errado pensar que ela poderia ter ficado da mesma forma que ele. Que pelos sorrisos que via ela dar, ela estava muito bem e que ele não passava de um tolo por ter se sentindo culpado de ter desmarcado aquele almoço com ela.

E longe deles.

Maria descobriu que Geraldo enquanto estavam no caminho para o restaurante tinha o poder de tirar fácil sorrisos dela, com sua gentileza e bom humor.

Que assim vendo a carta de bebidas, ele disse enquanto ela pensava no que ia escolher para beber.

— Geraldo: Estou pensando em pedir vinho pra nós. Um pouquinho não faz mal a ninguém.

Maria deu um sorriso gentil. Não gostava de beber no meio do expediente e nem quando dirigia, que então ela disse.

— Maria: Eu vou ficar com uma bebida gelada e sem álcool Geraldo. Já que é eu que estou dirigindo e ainda estamos no meio do expediente.

Geraldo sorriu com a seriedade de Maria falar, e deixou a carta de bebidas na mesa que ele também tinha na mão e disse, querendo que ela quebrasse aquelas regras que ele notou que ela tinha e seguia corretamente.

— Geraldo: Que isso Maria. Me acompanhe, hum. Como eu disse, um pouco de vinho não vai nos fazer mal além de que, mesmo estando em horário do expediente, estará bebendo com seu chefe e que também vai beber com você. Beber com um chefe e no meio do expediente raramente isso acontece. Então vamos aproveitar.

Ao terminar de falar ele chamou o garçom com a mão se virando ainda sentado. Enquanto Maria depois que ouviu as palavras de Geraldo, pensou em um chefe que ela também havia bebido mais de uma vez com ele, e a consequência dos copos a mais só veio bem depois com não só a confiança dela conquistada, mas também seu coração. Que então ela disse.

— Maria: Não tenho muitas lembranças boas da última vez que bebi com um chefe meu e enquanto eu ainda trabalhava, Geraldo.

O garçom deixava a mesa com os pedidos de bebida feito por Geraldo que depois voltando a olhar Maria, ele disse pensando pelas palavras dela que ela tinha tido problemas com seu antigo chefe ao beber com ele.

— Geraldo: Me diga então que o processou, por favor, Maria.

Maria deu um sorriso de lado movendo a cabeça em sinal de negação. Talvez se tivesse processado Estevão ou deixado de trabalhar com ele, ela não teria se apaixonado. Que então, ainda sorrindo por achar graça naquele momento de sua aparente desgraça, ela disse.

— Maria: Eu apenas em um copo atrás do outro em ocasiões assim como essa, me casei com ele e tive dois filhos, Geraldo.

Geraldo pigarreou e encarou de novo a mão esquerda dela não vendo aliança alguma como não via nunca quando ele fazia o mesmo. E depois que ele subiu o olhar para olha-la nos olhos, ele deu um suspiro silencioso. Maria era tão bela e uma mulher pelo currículo dela, tão inteligentíssima que ele pensava na sua vida de solteiro que com uma mulher como ela, a colocaria em risco fácil. E que desejando ter sido o chefe que ela havia falado, ele disse.

— Geraldo: Bom, agora eu que tenho medo de falar o que estou pensando e seja eu o processado, Maria.

Geraldo riu e Maria conseguiu entender a malicia contida dele nas palavras. Que então ela disse.

— Maria: Me arrependi de ter me casado com meu antigo chefe se quer saber, Geraldo. Então se quiser dizer o que pensou, diga.

A garrafa de vinho chegou na mesa e o Garçom a abriu e pôs uma quantidade de vinho em duas taças que antes dele ir, Maria entregou o menu mostrando o que ela desejava almoçar e Geraldo fez o mesmo. E que depois deles ficarem sozinho, Geraldo voltou ao tema da conversa.

— Geraldo: Agora só estou pensando em pedir mais que uma garrafa de vinho depois do que me revelou. Pronto me processe por assédio por esse meu flerte barato e ainda sabendo que é uma mulher casada e invejando a sorte desse seu chefe.

Geraldo levou a taça de vinho na boca olhando de novo para mão esquerda de Maria. O que ele tentava recordar se o currículo dela tinha que ela era casada e dois filhos, já que ele tinha focado mais no lado profissional dela, já que o pessoal Luciano tinha sido encarregado de endeusar ela para ele. Enquanto Maria balançou a cabeça e depois baixou ela enquanto sorria das palavras dele e então ela disse, quando subiu o olhar para vê-lo e moveu os dedos da sua mão esquerda que ela percebeu que ele encarava.

— Maria: Como nota, não uso aliança então não estou mais casada Geraldo. E esse meu antigo chefe não soube dar valor a sorte que diz que ele teve. Bom, e sobre o processo. Não faria isso jamais. É muita burocracia e já tenho muitos problemas para lidar.

Maria riu com o final de suas palavras e bebeu um pouco do seu vinho. Geraldo ficou por segundos olhando a boca dela pegar na taça e marca-la de batom, que só depois que ela voltou com a taça na mesa, ele foi capaz de dizer.

— Geraldo: É uma pena, sobre esse seu ex marido. Te conheço pouco Maria, mas se Luciano confia em você acredito que é merecedora dessa confiança. Então esse seu ex chefe realmente não soube dar valor a sorte que teve para se tornar seu marido.

Maria respirou fundo e bebeu de novo do seu vinho que quando fez, ela decidiu parar com o assunto que tinham, dizendo.

— Maria: Se não se importar, acho melhor mudarmos de assunto Geraldo.

Maria deu um sorriso fraco e Geraldo assentiu dizendo.

— Geraldo: Como quiser, Maria.

Os minutos corriam. E na mesa de Estevão com Heitor, por falta de um, Maria tinha os dois, mesmo longe de olho nela. Até que Heitor atirou o guardanapo da mesa e disse, mostrando que deixaria o restaurante.

— Heitor: Já chega papai, não posso mais ficar aqui. Me perdoe. Me perdoe, por ser esse tolo. Eu deveria ouvi-lo e não ouvir meu enganoso coração.

Estevão ficou todo vermelho. Ele estava fervendo de raiva por dentro, mas não admitiria ver Heitor da mesma forma e por culpa de Maria. Que então ele disse sério.

— Estevão: Acalme-se filho. Está nervoso. Chegamos juntos aqui e vamos embora juntos!

Heitor se levantou mirando de cara dura o lugar que Maria ocupava com Geraldo, mas ela não o via. E disse bravo.

— Heitor: Quero ir embora caminhando.

Estevão se apressou também ficando em pé e já tirando a carteira do bolso ele disse.

— Estevão: Estamos longe das empresas, me espere pagar a conta que vou contigo, hum.

Heitor bufou já mais alterado que antes. E apontou para Estevão e cuspiu com raiva de todos que o cercava.

— Heitor: O senhor, ela, tia alba, seus amigos, todos me manipulam, papai. Estou cansado disso!

Estevão ficou mudo e Heitor deixou a mesa sem olhar para trás. E então rápido Estevão chamou o garçom que veio até ele que quando ele já ia dar o cartão para ele, ele viu Maria passar entre 3 fileiras de mesa depois da dele. Ir atrás de Heitor já não dava mais, então ele deixou seu cartão na mesa e fez sinal para o garçom que vinha em direção a mesa dele que já voltava.

E então ele saiu de sangue nos olhos e a seguiu vendo que ela andava desfilando entre as mesas. Que no meio do caminho, Maria sentiu a mão firme dele em seu braço com seu corpo de repente se arrepiar, sem ela precisar que ele abrisse a boca para ela saber quem era que tomava o baço dela daquela forma. Que assim perto do ouvido dela sem querer causar um vexame ele disse.

— Estevão: Vou te seguir até o banheiro e sem alarme vamos conversar lá, Maria.

Maria respirou sentindo sua respiração acelerar e seu coração acelerando. Que baixo sem mover um músculo nem se quer para puxar o braço dela para terem atenção de ninguém, ela disse.

— Maria: Não tenho nada para falar com você, Estevão e não vou a lugar algum.

Estevão se aproximou mais do ouvido dela, ali em pé quase colando o corpo nela ele disse, firme mas ainda baixo.

— Estevão: Eu disse para não ferir meu filho e já está o ferindo, Maria.

Maria o olhou de lado só agora mirando o rosto dele sem entender o que ele falava, mas como ele havia mencionado Heitor, ela disse já aflita.

— Maria: O que está falando? O que tem ele?

Estevão fechou os olhos desejando para de respirar por segundos, ao menos para não sentir o cheiro do perfume que Maria trazia nos cabelos e na roupa, por conseguir sentir estando tão perto dela. Com até o perfume dela sendo algo que o enlouquecia, ele a respondeu.

—Estevão: Heitor estava a pouco comigo nesse mesmo restaurante, mas o deixou quando viu que tenho razão quando digo como é a mãe dele quando a viu muito contente na companhia de um homem.

Maria então ficou nervosa e procurou por cima dos ombros aonde estava sua mesa e viu Geraldo de longe e de costa para a direção que ela estava. Ao ouvir Estevão o coração dela só acelerou em pensar no que Heitor poderia estar pensando dela naquele momento. Que mesmo sabendo que fazia nada de mais ali, estando apenas desfrutando da companhia de seu chefe em um simples almoço, ela pôde entender que  para Heitor aquilo era muito ainda mais com ele ao lado de Estevão que ela sabia que ele não mediria nunca seus esforço para deixar a imagem dela ainda mais suja para o filho deles. Que então sabendo que não poderia discutiria ali o que acontecia. Ela puxou o braço da mão de Estevão e foi na frente em direção ao caminho que ela imaginava que era o banheiro, que quando viu as plaquinhas que indicava o feminino, ela disse de guarda baixa e de frente a porta.

— Maria: O que Heitor viu, Estevão? Eu não estava fazendo nada de mais. Estou apenas em um almoço com meu chefe.

Estevão bufou ao ouvi-la. Agora sabia que homem era que estava com Maria e sabia também o nome, por antes mesmo de descobrir que ela trabalhava para firma de advogados de Geraldo Salgado ele conhecia os serviços dele e ele pessoalmente. Que assim ele disse grosso.

— Estevão: Com seu chefe. Então está com Geraldo Salgado!

Maria franziu a testa por saber que ele sabia o nome de seu chefe e disse sem mesmo pensar que ele soube muita coisa dela sem ela ao menos precisar dizer.

— Maria: Como sabe o nome dele... Ah claro, sabe tudo da minha vida. Como um maldito ex perseguidor!

Ela riu sem vontade com o final das palavras dela e tocou a testa, totalmente preocupada com o que Heitor estava pensando dela aquele momento. Que Estevão já não pensando no filho, a respondeu morrendo de ciúmes.

— Estevão: Sei de você o que me convém saber, mas já conhecia a firma de advogados dele, Maria. E o que pensa estando nesse almoço com ele? Quer ter mais um chefe em suas mãos. Ou melhor entre suas ...

Maria torceu o lábio nervosa e puxou Estevão pela gravata, pegando perto do nó dela e disse, furiosa com os rostos quase colando um no outro.

— Maria: Não se atreva completar suas palavras que te esbofeteio aqui mesmo Estevão e armo um escândalo que fará com que jamais volte a pisar nesse restaurante. Então só fale de Heitor. Do meu filho!

Ela então soltou a gravata dele e Estevão levou a mão nela sentindo que respirava melhor quando ela a largou. E frouxando a gravata que antes Maria tinha nas mãos, ele disse ainda com um ciúme evidente.

— Estevão: Vamos comigo em outro lugar! Não vai voltar para aquela mesa!

Maria riu das palavras de Estevão. Ela riu levando a mão na boca e a tocando com as pontas dos dedos. Que o ouvindo respirando mais pesadamente enquanto ela ria dele, ela parou e o encarou séria para dizer.

— Maria: Não vou com você em nenhum lugar, Estevão. E acabo de pensar que não preciso de você para saber de meu filho. Vou eu mesma ligar para ele e falar eu mesma do porque eu estava aqui para desmentir qualquer mentira que com certeza você aproveitou a ocasião pra encher a cabeça dele.

Maria foi se afastar já que o celular dela havia ficado na mesa dentro da bolsa dela, que quando Estevão viu o que ela ia fazer, a pegou pelo braço outra vez e bateu com a mão na porta do banheiro feminino que estava atrás dela, a abriu e ele entrou com ela para dentro dele.

Logo de cara Maria se chocou contra a parede que tinha as cabines do banheiro e Estevão foi para cima dela com toda fúria que tinha e a beijou.

A beijou como sempre estava fazendo com fúria mas sentindo um vergonhoso ciúme. Ele tomava os lábios dela, a tocando possessivamente com uma mão na cintura dela e a outra pressa nos cabelos dela. E Maria em meio aquele beijo que lhe tirou o folego, virou o rosto ofegante. Estevão então desceu o rosto para o pescoço dela e cheirou, beijou e mordiscou fazendo ela soltar um gemido que se confundia com um choro. Que ofegante, ele subiu a boca e parou ela em uma das orelhas dela e depois disse sofrido.

—Estevão: O que tenho de errado que não quer estar comigo, Maria? É o que tive que te fez me trair? Diga! Não te sirvo como homem, nunca servi?

Maria respirava agitadamente, ali presa por Estevão. De rosto virado, ela ofegava com a boca entre aberta buscando ar, a razão. Estevão cheirou o pescoço dela mais uma vez sem ter a resposta dela. E Maria gemeu sofrida sentido que algo entre suas pernas pulsava e escorria molhando sua calcinha. Estevão se sentia um viciado que estava precisando de sua droga diária e que ela era Maria, que então ela sentindo o desesperado desejo dele lhe tocar na barriga ela, disse.

— Maria: Está fora de si, totalmente louco Estevão. Me solte.

Ela fechou os olhos e Estevão tomou o lábio dela outra vez, mas dessa vez ele brincou com eles e puxou com o dente dele no final de um beijo lento que ele não precisou ter Maria correspondendo, apenas bastou sentir o gosto dela.

Ele então se afastou apenas do rosto dela e ela levou a ponta dos dedos no lábio dela que pulsava com o que ele tinha feito. Que baixo e sem quebrar o olhar com o dela, ele a respondeu.

— Estevão: Estou. Estou completamente louco em te desejar dessa forma ao invés de despreze-la com todo meu ser, Maria. Estou tão louco que se eu souber que pretende estar na cama de Geraldo, serei capaz de fazer uma loucura. Uma loucura!

Ele a apertou nos braços dele levando o rosto no pescoço dela e Maria o apertou nos ombros movendo as mãos para ser solta, que ao ouvi-lo ela disse, nervosa.

— Maria: Isso é uma ameaça, Estevão. Está me ameaçando!

Estevão sorriu entre a pele do pescoço dela. Sorriu, sentindo ela estremecer. E depois ele buscou o rosto dela para olha-la, segurou eles nas mãos e disse, sustentando um sorriso perigoso nos lábios.

— Estevão: Tome minhas palavras como quiser, Maria. Diz que regressou por Heitor, então não vou permitir que tente estar com qualquer homem. Não vou permitir que seja feliz com outro enquanto destrói minha paz, a minha sanidade com sua presença ameaçando meu convívio com Heitor.

Maria o olhou sem piscar. As mãos dela pegou firme nos braços dele que estavam ao lado da cabeça dela, que assim ela o respondeu.

— Maria: Eu vou denuncia-lo se voltar a falar como fez. Me solte, Estevão!

Maria com raiva se livrou das mãos dele junto com a porta que abriu com uma moça que ia entrar, que então ela disse assustada com os dois ali.

—X: Aí desculpe-me.

Estevão então passou as mãos no rosto todo suado e vermelho e disse em um tom frio.

— Estevão: Se algo passar a Geraldo, a culpa será sua, hum.

Maria ficou muda e logo depois viu Estevão passar porta a fora.

Ela então caminhou até o espelho do banheiro em frente as pias e se olhou nele totalmente ofegante e incrédula com o que acabava de ouvir mais claramente de Estevão. E quem era direcionado a ameaça dele. Seria ele capaz de fazer algo contra Geraldo? Ela só pensava que o Estevão com quem havia se casado no passado, parecia ser um homem que não feriria nenhuma mosca. Mas aquele Estevão que ela havia se apaixonado era falso. E que agora o que ela teve na frente dela, era o que havia a humilhado e lhe tirado um filho. E esse Estevão seria capaz ferir alguém?

Ela suspirou. Estava certa que Estevão por sua atitude tinha ciúmes. Além de ter um desejo insano, incontrolável que queria leva-la junto com ele, Estevão estava com ciúmes também.

Ela então molhou as mãos na água da pia e levou um pouquinho por traz dos cabelos em sua nuca tentando se recuperar daquele mais um ataque de Estevão.

Na mesa. Geraldo já estava pronto para sair dela e ir atrás de Maria, que quando a viu chegar, ele disse brincando.

— Geraldo: Achei que teria a ousadia de deixar seu chefe que veio de carona almoçar, para trás Maria.

Maria deu um sorrisinho para esconder o nervoso que tinha enquanto corria os olhos em todo lugar do restaurante como tinha feito até chegar ali para ver se via Estevão. Que então sem vê-lo ela disse, sem mais poder seguir com aquele almoço apenas pensando agora em seu filho.

— Maria: Geraldo sinto-me não poder seguir nesse almoço. Estou com um problema familiar e preciso fazer uma ligação privada para resolver logo o que me incomoda antes de voltarmos ao escritório.

Geraldo suspirou. Tinha tido mais de Maria aquelas poucas horas do que pensou que teria tão cedo, já que o convite que havia feito há semanas para ela estar com ele e os demais do escritório em um bar, ela não tinha aceitado. Que paciente, ele disse.

— Geraldo: Não se preocupe, Maria. Desfrutei de sua companhia fora do escritório enquanto tive ela, resolva seus problemas que volto de táxi. Hum.

Maria deu um curto sorriso de alivio que Geraldo não fez perguntas e disse, já abrindo a bolsa dela para ela pagar o que havia pedido.

— Maria: Obrigada, Geraldo. Obrigada.

Geraldo então, fez um sinal com a cabeça e com o dedo e disse.

— Geraldo: Eu te convidei, eu pago, Maria. Não se preocupe.

Maria então soltou um suspiro e se despediu dele as pressas. Enquanto disposto a deixar o restaurante também, com o garçom ao seu lado, Geraldo disse.

— Geraldo: Tinha uma mulher nessa mesa comigo que em um momento se ausentou e demorou demais para voltar. Viu algo?

O garçom que passava o cartão de Geraldo, negou com a cabeça ainda que tinha a resposta dele. Que então Geraldo abriu a carteira dele e tirou duas notas gorda de dinheiro e disse.

— Geraldo: Tem certeza que não viu nada?

Discretamente o garçom pegou as notas e colocou no bolso e disse.

—x: Ela passou bastante tempo conversando com um de nossos clientes a frente do banheiro feminino, senhor e depois ele foi embora e não vi mais nada.

Geraldo então ficou sério e disse baixo, quando o garçom já ia.

— Geraldo: Que homem que era que conversava, Maria? Estava tudo bem e depois foi embora desse jeito.

Momentos depois. Sem sair ainda do estacionamento do restaurante. Maria estava dentro do carro dela com seu celular na mão. Ela ligava para Heitor e via que ele desligava a ligação para não atende-la. Heitor claramente não queria contato com ela e ela só amaldiçoava a sua escolha em ter ido naquele restaurante com Geraldo, sendo que tinha aquela imagem suja para seu filho, que com ajuda de Estevão qualquer cena dela ao lado de um homem ele usaria ela para mancha-la mais.

Que assim, chorando ela disse deixando mais uma mensagem de voz a ele.

— Maria: Filho, meu amor. Me atenda. Precisamos se falar. Sei que estava no mesmo restaurante que eu querido, e o que viu não foi nada do que pensou. Só estava em um almoço com meu chefe e em um lugar público. Precisa me ouvir para que reveja o que for que esteja pensando, Heitor. Por favor.

Maria então largou o celular e gritou chorando enquanto espancava o volante.

— Maria: Eu te odeio Estevão San Roman! Te odeio!


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