Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 16
Capítulo 16




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Estevão pelas escadas, chegou no estacionamento do condomínio para deixa-lo como havia entrado. E então ele visou o carro dele estacionado em uma vaga, andou até ele e quando entrou, bateu a porta com força.

O que tinha vivido com Maria aquele momento estava ainda em sua pele as sensações, com seu corpo ainda queimando de desejo por ela e seu membro ainda latejando dentro da calça. E Estevão ali de frente para o volante do carro suspirou com tesão, levando uma mão no meio das pernas. De olhos fechados ele apertou seu membro duro e gemeu. Sabia que não iria aguentar dirigir com aquele incomodo no meio das pernas e aquele desejo que o queimava por dentro. O alívio tinha que ser de imediato. Como um rapaz novo era assim que Estevão se sentia quando seu desejo era por Maria. Se sonhava com ela chegava ao orgasmo dormindo e se estava acordado a ereção que cada contato sexual que começava ter com ela, tinha que ser de algum modo aliviado. E então ele bufou por ser ver naquela situação novamente. Queria terminar aquela noite entre as pernas de Maria, ouvindo-a gemer seu nome alto e em bom som, assim que queria terminar, assim queria aplacar seu desejo. Mas se via abrindo a calça e pondo sua ereção pra fora dela ali mesmo aonde estava.

Seu membro grosso, grande e rosado, estava melado o que para ele faria ele chegar mais fácil ao gozo, então ele desceu a mão e subiu fechando os olhos. Em seus pensamentos veio Maria e o que ele sentiu quando a tocou com seu membro. Molhada e quente assim que tinha a encontrado entre as pernas. E ele gemeu. Era uma maldição saber que perdia o controle, que desejava ela tão desesperadamente ainda depois de 15 anos passado e com tudo que houve. Mas aquela era uma verdade nua e crua que ele já levava todo aquele tempo ciente. Desejar Maria não era mais pior do que ainda amá-la como ele amava. Mas pelo menos Estevão sentia que naquela noite tinha o consolo por ver o estado de Maria com ele. Ela havia gemido, se entregado e ele tinha certeza que se não fosse com sua ereção, de alguma forma com mais empenho teria o gozo dela pra ele.

O que precisaram foi de tempo ou um lugar privado para consumarem o ato. E então ele abriu os olhos, largou sua ereção que apontava pro teto do carro e pegou seu celular que havia deixado no painel do carro.

E ele então fez uma chamada e como sabia, a ligação que fazia deu na caixa postal, e ele só esperou o toque para dizer de voz arrastada pelo intenso tesão que ainda tinha.

— Estevão: Sabe o que estou fazendo, hum?E por sua culpa?

Ele respirou fundo na linha se calando e trocou a mão que segurava o celular pra pegá-lo com a mão esquerda e a direita ele levou novamente para sua ereção, para voltar a dizer.

— Estevão: Isso mesmo o que pensa. Vou fazer com que me escute o que estou fazendo e imagine o que faço, que seria dentro de você até que nossos corpos caíssem exaustos. E isso não vai demorar, Maria. Depois de hoje, você vai voltar a ser minha.

Ele então começou mover a mão rápido. Deixando que o som de sua pele que cobria seu membro fizesse o som que levaria Maria imaginar quando ouvisse aquele recado, a mais suja e erótica cena que ele fazia no carro que acompanhava com seus suspiros de prazer e sua respiração cada vez irregular com cada movimento.

Ele determinava que Maria voltaria ser dele porquê a queria em sua cama. A queria porque no fundo a cima de todo seu desejo, queria mostra-la o homem que havia se tornado com o passar dos anos, queria tomá-la com força e vigor para ser o melhor entre qualquer outro que ela podia ter estado todos aqueles anos. Ele a queria como uma obsessão não dita em voz alta. A queria e nunca iria aceitar que ela havia o traído e buscado assim, prazer em outros braços.

Horas depois.

Maria estava no quarto de Estrela. Em pé ao lado da porta ela a via já adormecida. Estevão de fato havia estragado a noite de garotas delas, já que Estrela não quis mais ver filmes algum nem comer o lanche que seriam delas, que pelo que tinha passado só quis deitar depois de tomar um copo de leite morno, com a mãe ao lado dela na cama. Até que ela adormeceu e Maria ainda estava ali depois de ter deixado na ponta do pé a cama dela.

Antes de dormir, Estrela havia ficado sabendo que o motivo da visita inesperada de Estevão, era porquê o irmão dela no dia seguinte estaria ali. E Maria sentiu uma pontada de ciúmes vindo da menina quando ela ouviu, o que já não eram uma novidade. Maria sabia que teria que voltar conversar com ela, mas devagar, com paciência porque como mãe ela entendia que Estrela vivia todo aquele tempo só tendo ela e agora tinha um irmão e também um pai, sem mencionar que ela tinha uma tia avó quem nem imaginava ainda que tinha, mas que era a única família mais próxima de Estevão.

E depois de passar um tempo ali, Maria deixou o quarto e foi para o dela. E foi então que assim que entrou, ela fechou a porta se encostou nela e conseguiu pensar em tudo que houve, ou melhor em tudo que Estevão havia causado nela. Não havia nem podido deixar Estrela até aquele momento para se recompor depois que a viu no corredor a procura dela, nem ao menos para fazer a troca de sua peça de baixo daquele robe que havia uma poça nela que a lembrava de sua descarada entrega a Estevão. Sim descarada.

Maria levou as mãos entre os cabelos revivendo tudo. Só de lembrar ela sentia seu sexo querendo pulsar novamente e ela apertou as pernas como que se quisesse impedir que aquele desejo, aquele tesão que sentiu voltasse.

Havia sentindo tesão por seu ex marido que tanto lhe tinha feito mal e sido injusto. E que tipo de mulher era ela? Maria andou e sentou na cama se perguntando aquilo e levou as mãos nos olhos e os cobriu. E a resposta veio em sua mente. Era mais uma mulher entre tantas no mundo que sentia atração pelo homem errado, enquanto o certo não sentia nada.

Luciano era o certo, mas seu corpo queria o errado. Ele mostrava que queria Estevão. Mas e seu coração? Ele era capaz de fazer aquela escolha também? Maria se perguntou também totalmente atordoada com tudo que sentiu. Amor. Ela não acreditava mais nele e nem voltou mais sentir e tinha certeza que não amava Estevão mais.

O único amor que Maria ainda sentia bater em seu peito todos aqueles anos, era o amor de mãe.

Ela então se levantou tirando o robe que vestia e deixou na cama. E ela fechou os olhos e veio os verdes de Estevão que brilhou de desejo mais de uma vez a olhando aquela noite com ela com o robe aberto.

Para Maria começava a ficar claro como água que estavam sendo atraídos mesmo naquela guerra, por um intenso desejo. E aonde esse desejo os levariam?

Maria tirou o sutiã e deixou na cama também e logo tirou a calcinha, deixando ela descer até os pés que quando fez ela pegou aonde estava a prova do seu crime e levou para o banheiro junto com as outras peças.

Um banho de água morna depois caia no corpo de Maria, que ela não conseguiu não deixar seus cabelos livres da água. Os molhou para deixar a água descer por todo seu corpo na ilusão que ela o acalmasse.

Era surreal pensar que ele estava tão frio e frígido e de repente, ela não podia fechar os olhos que lembrava das sensações que teve ainda aquela noite com Estevão e sentia seu corpo se encendiando de novo. O membro dele quase lá, quase dentro dela. Ela havia sentindo sua ponta poderosa quase escorregando pra dentro e ela salivando para senti-lo.

E Maria salivando de novo como água na boca, ali debaixo do chuveiro baixou a cabeça olhando seu sexo bem depilado. Ela estava com tesão de novo só de lembrar o membro de Estevão quase entrando nela. Aquele quase poderia ter sido todo. E ela mordeu de leve os lábios descendo os dedos ali até seu sexo. Sentia que estava enlouquecendo por antes ter agradecido a interrupção de Estrela e agora estar desejando que não tivesse sido assim.

Mas Maria não queria aceitar que podia ser só por ser Estevão quase a penetrando que deixou ela na vontade, podia ser qualquer outro homem, outro pênis ali quase dentro dela. E ela pensando assim foi que seu dedo indicador afundou pra dentro dela.

E ela abriu a boca e abriu também uma de sua perna de um lado e botou o pé na parede fria, e a outra sua mão ela apoiou no box do banheiro. E era tarde demais pra voltar atrás quando ela se sentiu por dentro, molhada e quente. E Maria suspirou ardendo de desejo. Sabia que ela podia fazer aquilo, podia se dar prazer sem precisar de Estevão. Sem precisar de quem havia deixado ela como estava. E então ela fechou os olhos e o dedo dela começou ir e vim, que se juntou com o outro e foi mais rápido juntos. De olhos fechados e boca aberta, Maria começou gemer com agora três dedos dentro dela. E quando ela sentiu que gozaria, lembrou do seu ponto mais sensível que tanto o deixou abandonado, e então ela tirou os dedos de dentro dela desceu a perna e se encostou na parede e com um dedo ela encontrou seu clitóris inchado e começou tocá-lo, sentindo assim um prazer mais intenso que antes . Era ele o maior ponto de prazer de uma mulher, mas também existia os seios que Maria buscou um para tocar e inconsequentemente lembrou de Estevão o apertando e ela apertou igual, por lembrar que gostava assim. Havia casado jovem e virgem com Estevão mas teve tantas curiosidades já casada com seu corpo que descobriu cada uma dela sozinha e também com ele. E agora Maria sentia que voltava redescobri-la como mulher.

E foi de olhos fechados com seus dedos mais firmes, mais agíeis em seu clitóris que ela gemeu gozando, tremendo sentindo um orgasmo que a deixou de pernas moles mas também depois dele a consciência pesada, que fez Maria descer escorregando contra a parede até ficar agachada com o chuveiro ainda ligado e caindo água ao lado dela.

Havia se masturbado o que não podia se condenar por aquilo. Vivian por exemplo ficaria feliz em saber. Mas Maria sabia que tinha sido levada a fazer aquilo pelo tesão que se encontrava depois do que houve com Estevão. Havia tido um orgasmo que viveu todo aquele tempo achando que não necessitava mais ter se quer algum e tudo porque tinha ficado excitada demais.

E Maria não conseguia aceitar o que via acontecer com ela. Estevão estava a despertando outra vez como mulher. Mas ele em hipótese alguma poderia saber daquilo.

Pela manhã, Maria abriu os olhos e deu de cara com um par de olhos mais verdes que os dela a olhando. Era Estrela ali deitada de lado e a olhando, e quando ela viu que a mãe dela havia acordado antes do despertador soar ela disse, logo.

— Estrela: Não vou a aula. Estou doente.

Maria então já preocupada, tirou dela a coberta que lhe cobria e levou a mão na testa de Estrela para checar a temperatura dela que quando fez, ela se sentou dizendo.

— Maria: Não tem febre. O que tem filha?

Estrela também se sentou e a respondeu.

—Estrela: Cólica. Dói tudo. Não consigo nem respirar direito.

Estrela levou a mão ao pé da barriga para deixar mais convincente seu drama. Como já sabia que Heitor estaria a qualquer momento ali como visita, Estrela queria estar presente. Queria simplesmente por estar se sentindo incomodada por saber que ele ficaria sozinho com a mãe dela. Um incomodo que ela sabia que se dissesse de voz alta, a mãe dela saberia que era simplesmente ciúmes.

E Maria arqueando uma sobrancelha disse, desconfiada da do grau das cólicas dela.

— Maria: Quando que ficou menstruada? Essa noite foi dormir bem. Além de que, ficar menstruada não quer dizer ficar doente, Estrela.

Maria então se levantou e Estrela fez o mesmo ficando fora da cama. Que então ela respondeu a mãe ainda sem deixar seu drama.

— Estrela: Foi essa manhã. E Parece que tem um dinossauro dentro do meu útero, mamãe. Eu odeio ficar menstruada e por isso não quero ir a aula!

Estrela então abraçou a mãe. Desde dos treze anos ela menstruava e normalmente tinha cólicas, mas nada fora do normal que um remedinho que Maria dava a ela não resolvesse. Mas naquele dia ela queria fazer daquela cólica que ia e vinha a maior das dores para não arredar o pé de casa e Maria, ali a abraçando de volta havia percebido e já deduzia o porquê.

E então depois de beijar Estrela na cabeça, ela não cedendo ao drama dela e só esperando ela assumir suas reais intenções de querer ficar em casa, disse.

—Maria: Vou te dar um remedinho e vai sim a aula. Eu também odeio ficar menstruada, mas nem por isso deixo de cumprir com minhas obrigações, filha.

Estrela então se afastou de Maria e fez cara feia. E então ela virou a cara e disse de braços cruzados.

— Estrela: Não quer me deixar faltar porque vai receber Heitor aqui!

Maria então pôs a mão na cintura. Estrela tinha admitido mais rápido do que ela pensava seu real motivo de não querer ir a aula. E assim ela disse séria.

— Maria: E você quer faltar por conta disso e não porque tem cólicas. Então sem mais insistências Estrela.

Estrela bufou e viu Maria sair do quarto depois que vestiu um robe branco de mangas sobre sua camisola fina. E ela a seguindo, disse.

— Estrela: Não, eu não quero faltar por conta disso! Eu só estou doente de verdade. Eu só sou uma criança que não devia passar por isso, mãe!

Maria então parou no meio do corredor e olhou para Estrela. Ainda que na maioria do tempo a via como seu bebê, sua menina Estrela já não era tão bebê nem tão menina assim. Ela já era uma adolescente que muitas infelizmente na idade dela já podiam ser mães. E então ela disse a olhando fazer um bico enorme.

— Maria: Sabe que ainda que eu te veja como meu bebê não é mais uma criança, é uma adolescente que já tem que lidar com seu período menstrual, Estrela, não adianta fazer esse bico enorme. Já conversamos sobre isso. Você já é uma mulher ainda que te eu veja como um bebê.

Ao final de suas palavras, Maria tocou no rosto de Estrela fazendo uma caricia como que se quisesse acalmar a ferinha que ela tinha em casa, e depois a deixou voltando a andar. E então Estrela depois de ter suspirado e ficado aonde estava, ela voltou a seguir Maria e disse toda indignada.

— Estrela: Mas eu ainda sou uma criança quando eu quero ser e quando me chama de bebê. Mas agora que Heitor está chegando e vai ter ele também como filho, resolve me ver como adulta! Quem sabe ele será a partir de agora seu bebê!

Da porta da cozinha Estrela parou e agora arregalando os olhos quando viu Maria parar bruscamente perto do balcão da pia da cozinha. Ela iria preparar o café da manhã delas que Estrela com seu mal humor estava já amargando ele.


E então depois de respirar fundo para ignorar o que acabava de ouvir, Maria se virou novamente para ela e disse.


Maria: Não disse que é uma adulta, está falando muita bobagem. Então vá tomar banho para ir a aula que vou preparar seu café e seu remédio, Estrela.


Ela então foi até a geladeira sem querer falar mais do assunto que claramente Estrela queria falar. Mas ela ouviu a menina dizer agora de voz de choro.


— Estrela: Estou muito triste.

Maria então parou a frente da geladeira com ela aberta e olhou para Estrela que andou mais para dentro da cozinha e ficou de braços cruzados com os olhos já lhe vindo lágrimas.

E Maria então suspirou e fechou a porta. Havia sonhando pela noite com Heitor com o encontro deles então, o que tinha na cabeça dela depois da agitada noite que antes de adormecer, era seu filho mais velho. Que de coração ansioso ela esperava ainda a mensagem dele para dizer que horas chegaria. Estava então feliz, novamente cheia de ilusões e preparada para qualquer coisa aquela manhã, mas não em ver Estrela triste com o momento que ela desejava ter com o irmão mais velho dela. E então ela disse, indo até a menina.

— Maria: Vai ficar triste enquanto estou feliz e cheia de ilusões que agora sim posso falar com seu irmão e como eu queria que fosse, longe de Estevão e qualquer influência que ele tenha sobre ele, filha? Sabe que anseio esse encontro com seu irmão que já leva 15 anos de atraso e ele tem que ser só nós dois. Por favor não faça isso comigo, meu amor. Me entenda, sei que pode fazer isso.

Estrela ficou rosa e depois as lágrimas que segurava desceram. Seguia com medo de tudo novo que começava viver além de estar enciumada, mas entendia que tinha que apoiar a mãe, entendia a situação que ela estava, só não queria ter um irmão que nem havia pedido, para assim ter que dividir a mãe que amava tanto com ele.

E então ela avançou para a cintura de Maria a agarrou a abraçando e disse.

—Estrela: Eu posso entendê-la me desculpe, mamãe. Só estou com medo, Heitor vai me roubar seu amor.

Maria a abraçou forte e suspirou pensando que Estrela dizia besteiras, as maiores delas. E então ela beijou o topo da cabeça dela e lhe alisou as costas. Tinha que tranquiliza-la, sempre faria isso se fosse preciso e com toda paciência. E assim ela disse mansa.

—Maria: Sabe que não vai acontecer isso. Não fala assim, meu amor. Tenho amor de sobra e que daria para dar pra dez filhos se eu tivesse. Só está falando besteirinhas das paranoias bobas que está criando em sua mente.

Estrela ergueu a cabeça para olhar Maria e sentiu ela limpando as lagrimas dela e depois lhe beijando o meio da testa, e então depois dela ter baixado a cabeça de novo ela perguntou.

—Estrela: Depois de hoje ele sempre vai vim aqui?

Maria suspirou outra vez sem largar Estrela dos seus braços. Mesmo que estava cheia de esperança entre suas ilusões, tinha noção de como Heitor a via como mãe e a situação que ela estava, graças a Estevão. E então ela a respondeu.

— Maria: Não sei filha. Estou cheia de ilusões, mas tenho consciência de minha ausência e das mentiras que ele sempre ouviu de mim e que por isso vou ter que reconquista-lo e sei que não farei isso da noite pro dia.

Estrela então se afastou devagar de Maria e disse.

— Estrela: Hum. Boa sorte.


Maria a olhou e pensou em Estevão quando havia desejado sorte a ela, mas em meio as suas ironias. Estrela estava a lembrando tanto Estevão desde que voltaram que Maria começava notar que ela sempre foi como ele pelo menos no gênio, ela só tinha esquecido como Estevão era e como o tinha encontrado de um modo que ela não lembrava como ele era antes. E então ela disse séria.


— Maria: Não fale assim, Estrela.


E Estrela sem entender, disse.


—Estrela: Assim como?

Maria então se moveu voltando a fazer o que antes pretendia. E disse, mexendo na geladeira outra vez.

— Maria: Estevão já falou assim comigo me desejando sorte, mas claro que não é realmente isso que ele me deseja. E você falando também me lembrou ele filha.

Estrela fez careta e abraçou Maria por trás. Como chiclete ela vivia grudada nela daquela forma e então, sem larga-la ela disse.

— Estrela: Não quero te lembrar ele. Te desejo sorte ainda, mas cheia de amor porque não te quero ver sofrer.


Maria suspirou e acabou dando um leve sorriso e então parada ali, ela tocou nos braços de Estrela em volta de sua cintura e disse certa do que ia dizer.


— Maria: Isso que diferencia seu desejo do dele. Seu pai só quer me ver sofrer pelo que ele pensa que fiz. E eu ainda quase...

Maria parou de falar quando percebeu que ia falar demais e Estrela então se separou dela e perguntou curiosa.


— Estrela: Quase o que?

Maria sentiu seu corpo rígido com a cabeça quase dentro da geladeira ela quis morder a língua mas respirou fundo, tirando dentro dela algumas coisas para o café da manhã, como ovos leite e presunto.

E então ela entregando o presunto para Estrela, fingindo desentendida disse.

—Maria: Quase, eu disse quase?

Estrela estreitou os olhos vendo ela por os ovos e o leite sobre o balcão e fez o mesmo com o presunto, dizendo.

— Estrela: Humhum. Foi isso que disse.

Maria então deu as costas e esticou os braços para pegar os pães dentro do armário preso na parede, que ainda como estava ela respondeu Estrela o que lhe veio na mente.

—Maria: Quase sempre o mando para o inferno quando tenho a oportunidade. Isso que eu ia dizer.

Estrela então deu de ombros e disse.

— Estrela: Devia usar uns palavrões mais pesado com ele. Ele merece.

Maria se virou pra Estrela já menos nervosa, mostrando um riso nos lábios com o que ela havia dito. E então ela disse, já pensando que Estrela já tinha falado demais e ainda tão cedo.

— Maria: É melhor ir tomar banho logo. Já chega de conversas por hoje Estrela.

Maria então bateu no bumbum de Estrela para ela ir. E quando ela foi, ela passou a mão na cabeça puxando os cabelos para trás, pensando que ela também tinha falado demais.

Longe dali na mansão San Roman.

Estevão já estava de pé. Estava em uma felicidade que nem o fato de Heitor ter seu reencontro com Maria no dia que estavam poderia tirar ela. Havia dormido pouco de tanto que se revirou na cama mas ainda assim tinha levantado de bom humor e com as energias renovadas.


No banheiro ele colocava um creme no queixo, depois de passar sua maquininha de babar impedindo que a barba crescesse. Com rosto liso e pele macia ele se olhou no espelho e sorriu de lado.

Ele tinha o peito nu e algumas gotas de água nele e uma toalha em sua cintura. Havia pregado no sono quase com o dia raiando, mas dessa vez a sua falta de sono foi a certeza que Maria o queria tanto quanto ele e por isso se envaidecia. O amor que ela jurou por ele podia ter sido falso, mas ela de fato não tinha conseguido fingir e ainda não conseguia quando estava nos braços dele o desejo que sentia. E de novo ele pensou que se no passado, talvez tivesse sido esperto teria feito o casamento deles durar. Pensava que esteve tão cego que confiou tanto nela que não havia percebido que ela o traia. E agora ele só pensava que com a falta de amor dela, ele poderia lidar que se o casamento deles para ela, foi só interesse a faria ficar nele pra honrar os votos até que a morte os separassem. Sendo assim um marido menos bobo como ele pensava que foi, para ser um mais duro. Mas houve duas traição que ele não pôde perdoar e nem ser o mesmo depois delas. A vergonha principalmente o fez querer o divórcio e se vingar mesmo a amando como um doente que pensava que era.

E agora Estevão analisava a situação que se encontravam, depois de tantos “se”, de 15 anos passados e fortes ressentimentos de ambos, ainda estavam ali desejando um ao outro e ao mesmo tempo se odiando. E naquela noite enquanto custou dormir, ele não só pensou no que houve com Maria nos braços dele mas também como virar o placar do jogo que estavam jogando e ele achou como e por isso estava decidido, que se Maria já estava agindo por conta própria pra se aproximar de Heitor ele também faria para ter de uma vez todos seus direitos de pai de Estrela garantidos. Que naquele momento, Maria estava na frente mas ele poderia ainda passa-la pra trás.

Ele então momentos depois, desceu cheiroso e de bom ânimo como estava para o café.

Na mesa já estava Alba faltando ele e Heitor.


E assim que ele chegou, ele disse a cumprimentando.


— Estevão : Bom dia, tia.

Ele sorriu e puxou a cadeira da ponta da mesa pra sentar. Uma mocinha de uniforme foi servi-lo e ele também sorriu pra ela, a deixando vermelha. E Alba vendo a cena, com uma caneca de chá na mão, via de novo como Estevão podia ser bipolar com seu forte temperamento. Pela noite parecia possesso e pelo dia, sorria de orelha a orelha. E então ela disse.


— Alba : Levantou de bom humor, Estevão. Que raios aconteceu depois que sumiu na noite anterior.


Estevão abria um guardanapo e deixava sobre o colo que quando ouviu Alba, ele disse sorridente.


— Estevão : Tenho algumas coisas em mente que me está deixando assim, tia.


E Alba então o analisando disse.

— Alba : Me alegro, desde que Maria voltou está mais insuportável que o normal.

Ela disse uma verdade que todos que cercavam Estevão dentro aqueles 15 anos também achavam mas o tinham que aguentar e aguentavam calados, já que apesar de fácil manipulado, se Estevão despertasse pra verdade os deixariam como ratos de buero.

E Estevão depois de ouvi-la e beber um pouco do seu café, disse a respondendo.

— Estevão : Maria colocou minha vida toda para baixo com seu regresso só vou fazer o mesmo com ela, hum.


Heitor chegou na mesa pegando a conversa no final e disse, sério.

—Heitor : Bom dia.


Ele então sentou de frente pra Alba. Depois do seu café iria pegar seu carro e ir de encontro com Maria. Havia dito em mensagem há alguns minutos a ela a que horas estaria em sua porta. Havia chegado a hora. O grande dia que ambos esperavam. E então depois que o viu se servir, Estevão disse, tranquilo demais.

— Estevão : A que horas irá ver sua mãe?

Alba o olhou incrédula por vê-lo tão manso com aquele assunto. E Heitor o respondeu.

— Heitor : Deixei dito que no máximo em duas horas estaria em seu endereço.


E então Estevão o respondeu.


— Estevão : Sei aonde ela mora se quiser que eu o leve.


Alba cuspiu pra dentro de sua caneca evitando um engasgo o chá que bebia, e então de olhos arregalados ela perguntou a Estevão.

— Alba : O que tomou antes de descer, Estevão? Como quer leva-lo? Sabe que Maria pode influenciar Heitor contra você. E age assim. Não entendo.


Estevão então suspirou. Estava confiante em Heitor e focado em dar outro passo para devolver aquela jogada de Maria que o havia pegado de surpresa. E então ele respondeu Alba.


— Estevão : Sei, mas estou confiante que meu filho não cairá fácil, não é Heitor?


Heitor olhou a mesa, mas não vendo nada por estar com a mente cheia e saindo dali. Se sentia pressionado. Um lado tinha seu pai que esteve ao lado dele todo aquele tempo e do outro a mãe que tinha regressado depois de 15 anos de ausência. E então depois de ouvir Estevão o chamando mais uma vez, ele disse buscando os olhos do pai.


— Heitor : É melhor falarmos de outro assunto, pai já tenho o bastante em minha mente para que vocês dois a encham mais.

Ele então buscou agora os olhos de Alba e Estevão se moveu sentado aonde estava já não tão contente como antes. E ele ficou sério, pensando no que tinha em mente para virar aquele placar contra Maria. Que não importava se antes estava morrendo para tê-la a guerra seguia como ele sabia que ela pensava igual.

E mais tarde.

Maria já estava sozinha no apartamento.

Nervosa, ela já estava a espera de Heitor. Depois que botou Estrela na van pra ir pra escola, ela conseguiu respirar sozinha pra se preparar para aquele momento, que no meio de seu momento só, ela havia percebido que restava uma chamada na caixa postal que vinha do número de Estevão para ouvir. O que ela simplesmente ignorou. Não tinha cabeça pra ele, nem queria vê-lo. Depois do que houve entre eles, ela só pensava que para não voltar a repetir, teria que evita-lo e evitar ficar sozinha com ele.

E então o foco dela seria só Heitor. Tinha que ser ele pois era por ele que havia regressado. Tinha até reservado aquela manhã só pra estar com ele sem pressa de ir para o trabalho e não iria o resto do dia. Pois ela sabia que independente do resultado da conversa que teria cara a cara com Heitor, não seria capaz de pensar em mais nada muito menos em trabalho.

E então ela andou na sala dela e juntou as mãos uma na outra e fechou os olhos. Suplicava aos céus que aquele encontro com Heitor não fosse tão doloroso, que ainda que ela tivesse a consciência de como era sua imagem para ele, que pelo menos ela conseguisse plantar a dúvida nele que ela tinha sido uma vítima de tudo. Assim, ela saberia semear pouco a pouco aquela dúvida até que ela virasse certeza, e por fim ela o conquistasse.


E entre seus pensamentos que só tinha Heitor neles, o interfone tocou. Maria olhou pra parede que ele estava pregado e sentiu seu coração bater mais rápido. Sabia que era o porteiro anunciando a chegada de seu filho querido.


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