Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 13
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780159/chapter/13

Oi manas. Maria aqui, não é a mocinha que necessariamente vai precisar sempre de um macho pra socorrê—la confiram isso lendo kkkk bjs e espero que gostem do capítulo!

Maria foi empurrada para dentro de um carro por um homem alto e todo de preto. E quando ela caiu de qualquer jeito sentada no banco, vendo um motorista no volante e o outro que havia a empurrado para dentro do carro sentado ao lado dele, ela abriu a boca para pedir socorro quando ouviu.

— X: Desculpe o mal jeito de meu segurança, Maria, mas acredito que de outra maneira não aceitaria meu convite para termos essa conversa.

Maria então se virou de lado e estava ali um homem sentado ao lado dela, todo vestido de social óculos preto e de cavanhaque. Que depois ela o viu tirar os óculos e ela o reconheceu, ainda que não tivessem sido apresentados ainda. Ele era o senador Manolo Canedo e marido de Cecília.

 

 

 

Manolo Canedo (Sérgio Sendel)


Maria suspirou mudando sua postura de assustada por pensar que estava sendo sequestrada, para olhá-lo séria por entender o que acontecia. Estava ali com aquele monstro que foi capaz de machucar a própria esposa.

E então ela de corpo tenso sem mais o medo em seus olhos, e sim todo o ódio que tinha de homens como aquele eram, ela disse.

— Maria: O que quer comigo? Nossa conversa seria a frente de seus advogados! Mande parar esse carro e me deixe descer dele agora mesmo!

Manolo deu um sorriso de lado. Tinha visto como Maria era valentona em frente das câmeras pelos jornais que ela fez questão de sujar a imagem dele com fortes declarações. Que depois daquelas imagens, ele desafiou conhecer quem era aquela bela mulher e advogada por trás daqueles jornais e câmeras que usou como plataforma para tentar derrubá-lo.

E assim ele disse de voz mansa.

— Manolo: Acalma-se Maria, o que tenho a oferecer beneficiara a nós dois.

E o motorista olhando pelo retrovisor um carro os seguindo, disse.

— X: Senhor, tem um carro nos seguindo.

Manolo então tocou a testa e Maria buscou olhar para ver quem era olhando para trás, mas viu que o vidro da frente do carro que os seguiam era escuro e então ela não pôde ver quem era o motorista por trás dele.

E quando ela viu que o carro que estava aumentava a velocidade, ela levou a mão para porta dele. Não pensava em pular com ele em movimento, mas se abrisse a porta e pudesse gritar ela tinha certeza que se a vissem pudesse entender o que estava acontecendo. Mas quando pensou em arriscar o feito, ela sentiu a mão de Manolo no braço dela e agora falando mais grosso com ela.

— Manolo: Eu falei que vamos conversar, Maria. Não me tire do sério porque não vai gostar de ver como fico desse modo.

Maria então puxou o ar do peito e se virou para o lado dele, ergueu a cabeça e empinou o nariz. Já que não tinha escolha e era uma conversa que aquele homem queria ter com ela, ela o ouviria para logo se ver longe dele e daquele carro. E então ela disse.

— Maria: Tenho certeza que minha cliente no hospital é uma prova de como fica, e que vou usá-la contra você, Senador. Vamos derrubá-lo e não trarei só justiça para ela, mas também para seus eleitores que confiaram em sua integridade!

Ela puxou então o braço e Manolo fechou a cara. Sua popularidade depois das notas que saiu nos jornais estava cada vez caindo e tudo por culpa dela que serviu de porta voz de sua tola esposa. E então ele disse indo direto ao ponto.

— Manolo: Pois bem, Maria vamos falar de números. Parece uma mulher inteligente então deve saber que do meu lado sairá ganhando mais do que ao lado de minha querida e desquiciada esposa.

Ele fez um gesto com seu dedo indicador e o polegar roçando um no outro, que Maria entendeu que ele falava de dinheiro e que pelas suas palavras ele queria comprá-la. E então ela torceu os lábios de lado, nervosa e enojada por estar na presença daquele homem e disse.

— Maria: Nunca ficaria do lado de um agressor de mulheres! Por valor nenhum, por nada ficaria do seu lado!

Manolo suspirou. Tinha ainda meia hora de sua lotada agenda para convencer Maria a jogar com ele e virar o jogo que poderia afunda-lo, o tombando para o lado mais frágil que era Cecília. Que assim ele disse, insistindo.

— Manolo: Pense bem Maria. Cecilia sairá perdendo no final e você não sairá levando um centavo nessa história. Porque vou provar que estou sendo vítima de uma calúnia de uma mulher totalmente desiquilibrada e você será motivos de piadas.

Mais uma vez Maria o ouvia insinuar que Cecília não estava bem mentalmente a titulando antes de desquiciada e agora de louca. E ela começava entender melhor aonde ele queria chegar, qual era o plano dele para querê-la ao lado dele naquela história. E então ela o desafiou, o respondendo.

— Maria: Isso é o que veremos, senador! Cecilia está bem com suas faculdades mentais e podemos provar. O louco aqui é você se pensa que irá me comprar e farei parte do que está planejando!

Manolo tocou a testa outra vez. Era acostumado a arrumar tudo com dinheiro. Suas sujeiras ao longo da vida e carreira, na maioria das vezes, eram varridas para baixo do tapete e esquecidas com apenas algumas notas em cima da mesa. E era isso que ele queria fazer com Maria, o que parecia que ele não teria êxito. A mulher em sua frente sabia o que queria e não era seu dinheiro. E então ele disse.

— Manolo: Me chame pelo nome, querida Maria. E sabe que Cecília não tem nada. Tudo dela está em meu nome, imóveis, carros, empresas. Você só terá seu pagamento se ganharem esse caso. Então eu já adianto que não vão. Eu sou o poder aqui, sobre ela e até sobre você. Porque eu tenho o que move tudo isso, o dinheiro. Entendeu?

Ao final de suas palavras, Manolo deu um riso presunçoso, enquanto Maria mais que antes estava, se sentiu furiosa depois de ouvi-lo. Seu sangue lhe tomou mais nas veias e parecia que ela tinha ficado surda e cega de nervoso e que sua mente não funcionava. A forma como Manolo falava expondo a situação que Cecília estava só a lembrou de seu passado com Estevão, que ele teve o mesmo poder sobre ela, o mesmo que aquele escrupuloso homem tinha sobre sua cliente e que poderia destruí-la.

Enquanto o carro seguia andando em meio ao trânsito movimentado que era aquela hora na cidade do México, Estevão ultrapassava os semáforos e os carros que passavam sua frente. Ele dirigia ignorando todas as regras de trânsito. Até que ele perdeu de vista o carro que Maria estava, encostou o dele, saltou do carro e tirou seu celular do terno, todo vermelho de nervoso. Já que para ele Maria havia sido sequestrada.

E assim então ele primeiro ligou para seu motorista, que com ele e mais de seus seguranças que trabalhavam para ele na mansão e nas empresas San Roman eles ajudariam encontrar Maria e quem a levou.

— Estevão: Preciso que procure um carro agora mesmo...

Ele passou a mão na cabeça, falando ao celular e depois o número da placa do carro que tinha marcado em sua mente com aqueles minutos que ficou o perseguindo. E momentos depois, ele desligou a ligação e fez outras para as autoridades, que se Maria havia sido mesmo sequestrada, ela corria perigo.

E abrindo a porta do carro ele entrou e bateu, pondo o cinto de novo e ligando o carro. Voltaria dirigir no centro todo da cidade, na esperança que ele voltasse avistar o carro que Maria estava, ou que seus seguranças o achassem primeiro e ele ainda dirigindo iria aonde estivesse Maria.

Enquanto dirigia de corpo rígido e pensativo, Estevão lembrava do grito que ouviu de Maria antes dela ser levada e ele pensava que ela não podia ter entrado de boa vontade naquele carro e ter gritado como fez. E então respirou fundo querendo entender o que tinha visto. Quem levaria Maria daquela forma? E por que? E então minutos depois ele bufou chutando uma resposta para suas perguntas.

E então ainda dirigindo ele pegou o celular dele outra vez, abriu sua agenda e ligou para um número nela.

Maria ainda dentro do carro de Manolo já não podia mais ouvi-lo. Ele insistia em comprá-la com dinheiro. Que com ela abandonando o caso e o apoiando, Cecília seria dada como louca, ele tomaria a guarda da filha deles e sairia ileso de todas acusações. Aquele era o plano dele. Um que nunca Maria iria ser capaz de aceitar e fazer parte daquele acordo que ele queria com ela. E então ela só tinha que declarar mais uma guerra com um homem. Que para Manolo, se Maria não seria uma aliada dele, ela passaria ser uma inimiga, uma inimiga que ele achava muito bela e inteligente por sinal. Ou não, já que ela rejeitava aquela aliança com ele.

Que então ali com o motorista já fazendo o caminho de volta de onde pegou Maria, ele disse.

— Manolo: É um desperdiço Maria ter você como uma inimiga, quando poderíamos ser bons amigos se aceitasse o que lhe propus.

Ele ao final de suas palavras, tocou com a ponta de seu dedão no rosto de Maria e ela bateu na mão dele dizendo sem medo.

— Maria: Não me toque! E se era só isso que tinha que me falar, já tem minha resposta senador, que é não! Não vou me aliar ao seu plano covarde e sujo contra a mãe de sua filha!

Manolo então fechou a mão e virou o rosto para janela, olhou a paisagem da rua e a respondeu sem olha-la.

— Manolo: Péssima escolha advogada que acaba de fazer. Porque nem você e nem Cecília aquela imprestável vai me derrubar.

Ele voltou a olhá-la e deu um sorriso de dentes a mostra. E então o carro parou e Maria suspirou e viu que o homem que estava do lado do motorista desceu do carro. E então entendendo que ali era a parada dela, ela disse para sair dali com sua alma lavada.

— Maria: Homens como você pensa que fazem a lei, mas é por ela que sempre caiem, seja a lei que vem das autoridades ou a do retorno, senador Manolo. E eu vou fazer de tudo junto com Cecília para que pague pelo que fez terminando atrás das grades como merece!

Maria então pelo braço quando a porta foi aberta, foi tirada do carro. Enquanto Manolo cruzou as pernas e pôs a mão no queixo sem nenhum sorriso no rosto. Maria era um problema que ele pensou que ia resolver com dinheiro e como que não havia conseguido, tinha que pensar em outra maneira de como conseguir.

Quando o calor já fora do carro luxuoso com seu ar condicionado ligado, recebendo agora aquele ar quente da rua batendo no seu rosto, Maria, fechou os olhos e suspirou, respirando fundo enquanto tentava conciliar tudo que acabava de acontecer em menos de meia hora com ela e o marido de sua cliente.

E em seguida que abriu os olhos, ela olhou então ao redor sobre a calçada que foi deixada, vendo pessoas passando e na rua o trânsito movimentado. Que então ela reconheceu que estava apenas há duas quadras do escritório de advogados de Geraldo Salgado que ela trabalhava. E ela suspirou novamente, vendo que não tinha outra opção a não ser fazer ele a pé, sobre saltos finos que usava nos pés.

E ela então começou andar pensando em tudo. O que Manolo queria era intimidá-la depois de tentar comprar o lado dela daquela história tão covarde, que depois de ouvi-lo ela teve mais certeza do homem que ele era, a deixando assim mais certa que representaria Cecília até o final daquele processo de divórcio. Agora aquela justiça também era dela. Ela brigaria pela justiça que Cecília merecia como que não teve alguém para brigar por ela quando Estevão tinha o poder sobre ela, assim como viu que com Cecília era igual nas mãos de seu marido.

Enquanto já longe de onde deixou Maria, no carro Manolo recebeu uma ligação de seu assessor. E então ele o ouviu o homem dizer.

— X: Senador, Estevão San Roman ligou. E como não o achou deixou um recado...

Manolo ouviu seu assessor pigarrear sem seguir o que dizia, e então ele disse, tranquilo por ter Estevão como um amigo, não tão íntimo, mas como cada um em cada ramo tinha seu reconhecimento conquistado pelo peso de suas contas bancárias, ele disse por ter um respeito pelo empresário de umas das empresas mais famosa do país.

— Manolo: Que recado meu estimado, Estevão San Roman deixou?

E então o assessor finalmente disse.

— X: Ele disse, que se o senhor ousar tocar em um fio de cabelo da mulher que é advogada de sua esposa, ele vai matá-lo com as próprias mãos dele.

Manolo então nada respondeu, apenas desligou o celular e disse sério, para seu segurança ao lado do seu motorista.

— Manolo: Quero saber melhor quem é Maria e que ligação ela tem com Estevão San Roman.

E o homem de dois metros apenas assentiu com a cabeça.

E já próxima do prédio já com os pés doendo, Maria ouvia pela milésima vez o som de uma buzina de carro, o que ela pensou que era mais um homem fazendo alguma gracinha, até que ela ouviu uma voz conhecida chama-la e ela virou o rosto para ver Estevão, que passou a frente dela para estacionar o carro dele.

E então ela ficou parada na calçada há poucos metros do escritório que trabalhava. E ela suspirou pensando como não pensou antes que ele sabia até aonde ela trabalhava como já sabia tudo dela. Mas que mesmo assim, pelo que já tinha passado com poucas horas do dia, o que menos ela queria ter, era uma discussão com Estevão naquele momento.

Estevão saltou do carro e chegou até ela que afobado, ele levou as mãos no rosto dela para olhá-la e dizer.

— Estevão: Está bem? Quem te levou? Aonde esteve Maria?

Estevão a abraçou fazendo com o que a cabeça de Maria encostasse no peito dele e ali ela conseguiu ouvir o coração dele que batia rápido demais.

De olhos abertos entre o peito de Estevão, Maria não sabia o que fazer, não sabia o que dizer qual reação ter diante do que ele fazia com ela. Na noite anterior ele a expulsava da casa dele com o total desprezo provocado por ela mesma, e aquele momento ele a abraçava de um modo que ela não conseguia sequer respirar direito nem agir pelo choque de sua ação.

E parecia que naquele momento a bandeira branca estava sendo levantada. Pelo menos com um pedido de tempo na guerra que já travavam.

E então ela foi afastada do peito dele. Ainda em choque ela piscou alguma vez com ele a encarando. Estevão queria vê-la, queria mirá-la melhor. E ele em seu alto exame visual, não via nenhum hematoma pelo rosto dela, nem nenhuma expressão de abalo como nenhum vestígio de lagrimas e então ele desceu os olhos para o corpo dela, a roupa intacta e ela bela como ele tinha visto antes dela ser levada pelo carro. E então ele a soltou se sentindo de repente o maior dos tontos. Maria estava bem e ele entregando que ainda nele existia sentimentos em relação a ela, que não era o forte rancor que nutria por ela e que titulava como ódio.

E assim Estevão fechou a cara e cerrou os punhos ao lado do corpo. E sua voz de preocupação tornou dura ao dizer.

— Estevão: Foi o senador Manolo que te levou, não foi? Se não foi ele, foi alguém que ele mandou! Eu falei para você, Maria! Eu a avisei que não sabe no que está se metendo indo contra esse homem!

Maria então ergueu a cabeça e respirou fundo. Para ela ver Estevão falar grosso daquela forma era melhor do que tê-lo a envolvendo em seus braços outra vez. E então ela o respondeu no mesmo tom que ele.

— Maria: Como sabe que foi ele? Como sabe que fui levada? E por que está aqui Estevão? Deixe de me seguir! Eu só quero meu filho e distância de você! Então deixe de me perseguir! Deixe-me em paz!

Ela bateu no peito dele com uma mão e depois com a outra e Estevão bravo, segurou os pulsos dela com força. A paz tinha acabado entre eles e então, ele disse.

— Estevão: Pare de me bater! E deixe de ser ingrata, Maria! Me preocupei contigo, chamei a polícia! Mas vejo que não tem nem o valor de me agradecer.

E depois de ouvi-lo ainda segurada por ele, Maria riu com sarcasmo e disse.

— Maria: Oras, te recordo que ontem mesmo disse que não se preocupava comigo Estevão, que só me subestimava porque pensa que não posso com esse caso que estou representando. E por que agora mudou de ideia? Solte-me, já!

Quando a ouviu, Estevão a soltou e então vermelho ele disse, sem ter a capacidade de respondê-la por isso mudou de assunto.

— Estevão: Se estou aqui e te vi sendo levada, é porque quero que saiba em primeira mão, que já comecei cumprir o que falei Maria! A essa manhã meu advogado já entrou com o pedido de reconhecimento de paternidade de Estrela. E te juro Maria que se for para alegar que minha filha não está segura contigo com esse seu trabalho eu alegarei diante de um juiz e tirarei ela de você sem piedade!

Maria quando o ouviu sentiu seu coração acelerado. O que Estevão alegava poderia sim prejudicá-la. Um juiz não tira um menor do seio de sua mãe se ele vive seguro e cercado de tudo que uma criança necessita. Mas caso ambas coisas não existir e ele tiver provas que a criança viverá melhor com o pai, ela é levada sem muita dificuldade para ficar aos cuidados dele ou qualquer parente que possa dar a segurança e tudo que ela precisa e que a mãe não pode dar. E aquela ameaça pela primeira vez Maria temeu por saber que era real. A segurança que tinha já não era tão grande assim. E então ela o gritou quase chorando.

— Maria: Você não se atreveria a mentir assim diante de um juiz para me tirar ela Estevão! Não se atreveria!

E foi então que dessa vez foi Estevão que riu com sarcasmo, dizendo.

— Estevão: Sabe muito bem que me atreveria sim. Ainda mais com o que acaba de acontecer e eu presenciar. Não seria totalmente uma mentira, hum. Sabe disso!

Maria então não pensou mais. Não pensou que estavam em uma calçada na rua e avançou em Estevão mais furiosa que antes, e ele tão cego como ela, pegou nos braços dela e a girou de costa para ele a controlando daquela forma.

Uma mão dele estava no pescoço dela e a outra ele havia deixado sobre a barriga dela. E dessa forma com ela ofegante e rendida a ele, ele disse.

— Estevão: Quando vai deixar de me agredir? Quando eu fizer uma loucura, Maria?

Maria ainda ofegante se mexeu, mas como na noite anterior se viu presa nos braços dele e então, ela disse nervosa.

— Maria: Estamos na rua, em público Estevão! Me solte!

Estevão suspirou perto do ouvindo de Maria, arrastou seu nariz na pele do pescoço dela, a cheirando e fechando os olhos enquanto aspirava o cheiro dela. E Maria se arrepiando com o que ele fazia, de olhos também fechados, abriu a boca sem imitir som algum. Estava desarmada com ele daquela forma com ela. Mas sem esperar, ela foi solta bruscamente por ele.

E Estevão arrumando a roupa dele, longe dela, ele disse seco.

— Estevão: Pode achar que tem tudo sobre seu controle Maria, mas não tem, hum.

Ele então deu meia volta e abriu a porta do seu carro e entrou sem voltar olhá-la. Que durante sua viagem para longe de Maria, ele ligou para seus seguranças e o fez também entrar em contato com a polícia, que naquele momento podiam ainda estarem em busca do carro que ele também passou a placa para eles.

Enquanto, Maria ficou ali por alguns segundos de respiração acelerada e mão no coração. Nunca mais tinha vivido dias tão intensos como estava vivendo com sua volta aquele país.

E longe dali, mais tarde nas empresas San Román.

Heitor estava distraído em sua sala que dividia com Leonel. Ele mexia com uma caneta com os pensamentos longe. Até que ele ouviu Leonel dizer.

— Leonel: Não tem nenhuma curiosidade de voltar a ver sua mãe?

Heitor parou e olhou de lado para Leonel que estava na mesa dele. E ele suspirou, pois era naquele tema que ele mesmo pensava. E então ele disse.

— Heitor: É complicado, Leonel.

Leonel então suspirou pensativo, pois depois que voltou para seu apartamento na noite passada com Heitor nele, não havia deixado de pensar no dilema que seu amigo passava e consequentemente na mãe dele. E então ele disse.

— Leonel: Ontem eu a vi saindo da sua casa, mas ela não me viu. Ela parecia estar com pressa.

Heitor então o olhou confuso e perguntou, por imaginar que Leonel nunca tinha visto sua mãe antes.

— Heitor: E como sabe que era ela?

E Leonel então confessou.

— Leonel: A vi antes aqui quando veio procurar seu pai.

Heitor então mudou sua postura e disse mais sério.

— Heitor: Não me disse isso, Leonel.

Leonel então deu de ombros e seguiu.

— Leonel: Queria ter certeza se era ela. Sua mãe é linda Heitor. Devia marcar um encontro com ela.

Heitor então fechou a cara. Não gostou das palavras de Leonel tão pouco do que ele estava propondo.

— Heitor: E só porque achou ela linda, eu devia marcar esse encontro? Sabe que ela foi embora com seu amante e me deixou ainda criança.

E Leonel por ter pensado também naquilo por conhecer a história de seu amigo em relação a mãe, disse o que pensava.

— Leonel: Isso Estevão disse. Acho que agora devia ouvi-la e saber como houve tudo. Minha vó sempre dizia que toda história tem dois lados e você todos esses anos só ouviu um lado dela.

Heitor ficou calado por um momento. Mas não querendo mais falar do que falavam ele disse.

— Heitor: Vamos parar com essa conversa e trabalhar Leonel. Não quero falar dessa mulher mais por hoje.

Leonel então para evitar brigas com Heitor deu de ombros, até que ouviu o celular dele apitar com um som que ele muito bem conhecia. E então ele disse, rindo.

— Leonel: Alguém instalou o tinder.

Heitor riu pensando que falar agora daquele aplicativo de encontros com pessoas era melhor do que falar de sua mãe. E então ele disse animado.

— Heitor: Eu ainda não sei mexer nele. Mas tem muita gata aqui.

Leonel então tão animado como ele, se levantou para ir até o lado da mesa dele e disse.

— Leonel: Deixa eu ver Heitor, e quem sabe descolamos duas gatas ainda essa noite, hum.

Era final de tarde quando Maria chegava com Estrela em casa depois de pegá-la em sua segunda escola. A menina estava quieta demais ao lado dela. E então Maria disse, descendo com o carro para o estacionamento do apartamento.

— Maria: Está calada demais. Está tudo bem, filha?

Estrela assentiu e se virou para ela, dando o primeiro sorriso desde que entrou no carro e disse.

— Estrela: Fiz uma nova melhor amiga. Ela chama Maggie. Posso trazê-la um dia em casa?

Maria então sorriu feliz por saber que Estrela estava com novas amizades e queria que ela seguisse assim, e então ela disse.

— Maria: Claro que pode, minha vida. Traga ela quando quiser.

Ela tocou no rosto de Estrela e depois as duas saíram para fora do carro e usaram o elevador do estacionamento para subirem ao andar que moravam.

E quando chegaram no apartamento, Marta estava nele preparando o jantar que daquela vez Maria sabia que ficaria pelo menos para comer na mesa com sua filha, antes que comunicasse a ela que tinha que passar no hospital sem saber que horas voltava fazendo assim Marta dormir com ela.

Já era noite. Quando Patrícia ouviu a campainha dela tocar. E ela já de baby doo, abriu a porta se surpreendendo com quem estava por trás dela. E assim ela disse sorrindo.

— Patrícia: Estevão, que surpresa.

Ela o mediu de cima a baixo e viu que no seu rosto mostrava que ele não dormia bem há dias. Ela podia sabia o porquê, todos sabiam. E assim, como a teve só o olhando, Estevão disse seco como era com ela.

— Estevão: Me ligou o dia todo. Não sei para que a surpresa.

E Patrícia suspirou. Era certo que ela havia ligado para ele o dia todo e em todo ele, ter sido ignorada. E Estevão então passou entrando sem que ela o chamasse para entrar. E assim, familiarizado com o lugar, ele mexendo em sua gravata sentou no sofá da sala dela, voltando a dizer.

— Estevão: Tem alguma bebida que seja forte o suficiente para que eu possa tomar? Estou realmente precisando.

Ele desceu a mão abrindo seu terno preto para tirá-lo e ficar mais a vontade no apartamento dela. E então sem mais nem menos, Patrícia foi para o colo dele e de frente para ele, ela o abraçou pelo pescoço e disse.

— Patrícia: Parece tenso. Não sei se só uma forte bebida te ajudará.

Estevão suspirou a olhando com as mãos na cintura dela, e ele subiu elas desenhando o corpo dela, e então ele teve a boca tomada por ela, que depois do beijo ele levou o rosto no pescoço dela. Os cabelos de Patrícia, caia nos ombros dela e Estevão os cheirou, os cheirou de olhos fechados, buscando outro cheiro e não encontrando. Seu nariz também passeou logo em seguida na pele do pescoço dela, e o mesmo cheiro que antes buscou nos cabelos dela, não encontrou.

Com aquelas carícias, Estevão já tinha uma ereção entre as pernas que Patrícia já gemia se esfregando ali, mas então ela o ouviu dizer baixo, enquanto ele tinha as mãos entre os cabelos dela e o rosto enterrado no pescoço dela.

— Estevão: Te quero Maria. Te quero...

Estevão de novo falava o nome de Maria estando com ela. O que muitas das vezes Patrícia ouvia e simplesmente engolia seu orgulho. Mas agora era tudo diferente, a mulher que ele não esquecia nunca até na cama com ela, antes estava longe sem ninguém saber dela, mas agora ela estava de volta. Maria estava de volta e mais presente entre eles. E então Patrícia saltou do colo de Estevão, dizendo.

— Patrícia: Que droga Estevão! Eu não sou Maria! Não sou essa maldita mulher!

Estevão piscou como que se tivesse saído de um transe que tinha entrado. Tinha falado o nome de Maria alto demais e ele via que pelo escândalo que ele via que Patrícia estava disposta a fazer, não a teria como tampouco teria Maria.

E então ele disse, se levantando para deixar o apartamento dela.

— Estevão: Foi um erro eu vim aqui.

Ele pegou o terno que largou no sofá e Patrícia de braços cruzados tentava não olhá-lo. Ela só pensava em Bruno que queria que ela tivesse Estevão seguro e era entre as pernas dela, para tê-lo assim longe de Maria. Que para isso ela tinha que engolir seu orgulho mais uma vez.

E então ela se virou pegando no braço dele e disse.

— Patrícia: Não vai, Estevão. Vou pegar sua bebida e depois conversamos ou fazemos o que quiser.

Estevão então suspirou tendo Patrícia, fazendo ele sentar no sofá novamente.

Enquanto no hospital.

Maria estava na sala de espera com uma pasta de cópias das cláusulas do divórcio que ela precisava mostrat para Cecília, que ainda se recuperando da cirurgia, ela estava consciente, ainda não podendo falar, mas ouvia bem. Vivian estava no hospital com ela, enquanto José tirando a noite de babá de folga.

E então pensativa em tudo que tinha acontecido naquele dia e ela escondendo ainda de seus colegas de trabalho e até de seu chefe que era Geraldo seu " encontro" com o marido de sua cliente, ela ouviu Vivian dizer que chegava perto dela com o celular em uma mão, uma bolsa debaixo do braço e um copo de café em outra mão.

— Vivian: Consegui o que queria. Agora me explica, Maria, porque precisou de mim para conseguir o número do seu próprio filho. Bom se quiser falar é claro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Falso amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.