O Diário de uma Princesa III escrita por Alina Black


Capítulo 67
A ilha esquecida




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Abri os olhos e não estava mais na floresta, era uma casa simples, sentei na cama e sentia sede, levantei e havia uma caneca de alumínio e um pote artesanal com agua, bebi de forma desesperada a água, lentamente caminhei até a porta, vi Collin conversando com alguns senhores e logo Adam vinha em minha direção.

—Onde estamos? Perguntei confuso.

—Até que enfim acordou Jake, cara você está horrível deveria ir tomar um banho.

Um senhor se aproximou e me olhou de forma gentil.

—Se sente bem meu rapaz, seus amigos estavam preocupados está dormindo a dois dias, venha comigo, precisa de um banho e comer alguma coisa.

Segui o senhor para dentro da casa e logo saímos, ele me dava um tecido para usar como toalha e algumas roupas surradas – acho que cabe em você filho.

— Obrigado! Agradeci

Entrei em um pequeno local cercado de bambus, era pequeno, tinha alguns canos de bambus fiquei olhando em sem entender, então ouvi a voz de Adam.

— Puxa a cordinha Jake!

Puxei a pequena corda e me assustei quando uma grande quantidade de agua caia sobre minha cabeça, peguei o sabão que pelo aspecto era artesanal e me ensaboei, depois puxei novamente a cordinha retirando o sabão do corpo, me enxuguei e sai, dei de cara com os rapazes que riam da minha cara.

—Onde estamos? Perguntei passando o tecido no cabelo.

—Estamos na ilha da concha, segundo os poucos moradores longe da civilização.

— Telefone? Perguntei

—Não tem sinal, não tem luz, nem água encanada, nem telefone, nem barcos.

—Estamos presos aqui?

— Segundo o senhor gentil e sua esposa sim, eles recebem ajuda do governo uma vez ao ano, um navio da marinha entra para essas bandas trazendo alimentos, roupas, remédios.

— Então temos que esperar o navio!

—Sim Jake, Adam falava.

— Poderia ser pior! Collin falava

—Podemos ficar aqui até a marinha vir, explicamos sobre o acidente, mais ou menos dez famílias vivem aqui- Jared completava.

Olhei para o lado e alguns idosos carregavam alguns cestos com peixes e frutas, e outros itens que eles cultivavam.

— Já que vamos ficar por aqui vamos ser uteis, ao menos para pagar nossa estádia! Falei caminhando até o senhor e oferecendo ajuda para carregar os peixes.

O senhor agradeceu de forma gentil, logo os rapazes decidiram fazer o mesmo.

Acreditávamos que logo voltaríamos para casa, porém meses se passaram...

 8 meses depois...

— Está pronto!

Falei descendo do telhado do senhor Bonny, ele reclamava a dias sobre a goteira em sua cama.

— Obrigado filho, você e seus amigos são uns anjos para nosso pequeno povoado.

— Só fazemos nossa obrigação Bonny, fomos acolhidos por vocês, nos deram comida, abrigo! Falei o ajudando a sentar.

—Em breve irão para casa! Ele respondia.

— Assim espero! Suspirei olhando para o mar.

— Está próximo o dia filho, os homens de branco chegaram em alguns dias como sempre, nunca falhei em minhas contas- ele falou apertando meu ombro.

Fiquei pensativo, como certeza eu estava dado como morto, imaginava o sofrimento do meu pai, e Nessie? Como minha pequena estaria?

Durante todos aqueles meses ajudávamos os mais velhos, Adam ajudava na colheita com Collin, Jared na caça e pesca e eu cuidava das casas como marceneiro, tivemos que nos adaptar a uma vida totalmente contrária a nossa, sem luxos, sem mordomias, as crianças brincavam nas noites em volta da fogueira, faziam festas com bolos e doces de frutas, tinham uma vida simples mas eram felizes.

— Bom senhor Bonny preciso ir, prometi a dona Elsa que iria arrumar a sua porta hoje! Falei me despedindo do velho e bom Bonny.

— Até mais meu rapaz! Ele respondia.

Caminhei por entre as cabanas e brinquei por alguns minutos com as crianças, alguns garotinhos jogavam futebol.

— Ei tio Jake! Não vai querer revanche hoje?

— Olha quando eu terminar a porta da dona Elsa eu quero sim!

— Vamos esperar!

Sorri seguindo meu caminho então ouvimos o barulho.

Era a buzina de um navio.

Corri em direção à praia e logo Jared, Collin e Adam também corriam, meu sorriso se alargou, Jared e Collin se abraçavam e Adam pulava em meu ombro.

— O navio Jake, é o navio.

 Era hora de voltar para casa.


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