O Diário de uma Princesa III escrita por Alina Black
Abri os olhos e não estava mais na floresta, era uma casa simples, sentei na cama e sentia sede, levantei e havia uma caneca de alumínio e um pote artesanal com agua, bebi de forma desesperada a água, lentamente caminhei até a porta, vi Collin conversando com alguns senhores e logo Adam vinha em minha direção.
—Onde estamos? Perguntei confuso.
—Até que enfim acordou Jake, cara você está horrível deveria ir tomar um banho.
Um senhor se aproximou e me olhou de forma gentil.
—Se sente bem meu rapaz, seus amigos estavam preocupados está dormindo a dois dias, venha comigo, precisa de um banho e comer alguma coisa.
Segui o senhor para dentro da casa e logo saímos, ele me dava um tecido para usar como toalha e algumas roupas surradas – acho que cabe em você filho.
— Obrigado! Agradeci
Entrei em um pequeno local cercado de bambus, era pequeno, tinha alguns canos de bambus fiquei olhando em sem entender, então ouvi a voz de Adam.
— Puxa a cordinha Jake!
Puxei a pequena corda e me assustei quando uma grande quantidade de agua caia sobre minha cabeça, peguei o sabão que pelo aspecto era artesanal e me ensaboei, depois puxei novamente a cordinha retirando o sabão do corpo, me enxuguei e sai, dei de cara com os rapazes que riam da minha cara.
—Onde estamos? Perguntei passando o tecido no cabelo.
—Estamos na ilha da concha, segundo os poucos moradores longe da civilização.
— Telefone? Perguntei
—Não tem sinal, não tem luz, nem água encanada, nem telefone, nem barcos.
—Estamos presos aqui?
— Segundo o senhor gentil e sua esposa sim, eles recebem ajuda do governo uma vez ao ano, um navio da marinha entra para essas bandas trazendo alimentos, roupas, remédios.
— Então temos que esperar o navio!
—Sim Jake, Adam falava.
— Poderia ser pior! Collin falava
—Podemos ficar aqui até a marinha vir, explicamos sobre o acidente, mais ou menos dez famílias vivem aqui- Jared completava.
Olhei para o lado e alguns idosos carregavam alguns cestos com peixes e frutas, e outros itens que eles cultivavam.
— Já que vamos ficar por aqui vamos ser uteis, ao menos para pagar nossa estádia! Falei caminhando até o senhor e oferecendo ajuda para carregar os peixes.
O senhor agradeceu de forma gentil, logo os rapazes decidiram fazer o mesmo.
Acreditávamos que logo voltaríamos para casa, porém meses se passaram...
8 meses depois...
— Está pronto!
Falei descendo do telhado do senhor Bonny, ele reclamava a dias sobre a goteira em sua cama.
— Obrigado filho, você e seus amigos são uns anjos para nosso pequeno povoado.
— Só fazemos nossa obrigação Bonny, fomos acolhidos por vocês, nos deram comida, abrigo! Falei o ajudando a sentar.
—Em breve irão para casa! Ele respondia.
— Assim espero! Suspirei olhando para o mar.
— Está próximo o dia filho, os homens de branco chegaram em alguns dias como sempre, nunca falhei em minhas contas- ele falou apertando meu ombro.
Fiquei pensativo, como certeza eu estava dado como morto, imaginava o sofrimento do meu pai, e Nessie? Como minha pequena estaria?
Durante todos aqueles meses ajudávamos os mais velhos, Adam ajudava na colheita com Collin, Jared na caça e pesca e eu cuidava das casas como marceneiro, tivemos que nos adaptar a uma vida totalmente contrária a nossa, sem luxos, sem mordomias, as crianças brincavam nas noites em volta da fogueira, faziam festas com bolos e doces de frutas, tinham uma vida simples mas eram felizes.
— Bom senhor Bonny preciso ir, prometi a dona Elsa que iria arrumar a sua porta hoje! Falei me despedindo do velho e bom Bonny.
— Até mais meu rapaz! Ele respondia.
Caminhei por entre as cabanas e brinquei por alguns minutos com as crianças, alguns garotinhos jogavam futebol.
— Ei tio Jake! Não vai querer revanche hoje?
— Olha quando eu terminar a porta da dona Elsa eu quero sim!
— Vamos esperar!
Sorri seguindo meu caminho então ouvimos o barulho.
Era a buzina de um navio.
Corri em direção à praia e logo Jared, Collin e Adam também corriam, meu sorriso se alargou, Jared e Collin se abraçavam e Adam pulava em meu ombro.
— O navio Jake, é o navio.
Era hora de voltar para casa.
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