O Diário de uma Princesa III escrita por Alina Black


Capítulo 5
Os Maccartney




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Por Emmet 

No condado metropolitano da Inglaterra, localizado na região de Yorkshire e Humber existe uma pequena cidade chamada Leeds, população 443.247 habitantes, mas na zona urbana estima-se mais de 700.000, incluindo as vilas e povoados nos arredores que estiveram adicionados recentemente à organização administrativa, lá eu começava minha carreira como jogador do Leads United e me refugiava com Rosalie dos últimos acontecimentos que haviam ocorrido em nossas vidas.

— Tenho um convite a fazer a minha linda, bela, maravilhosa e deliciosa esposa o qual ela não recusará! Falei enquanto entrava em nosso quarto, tentava tirar Rosie do transe o qual se encontrava enquanto olhava novamente aquela foto da nossa filha que havia falecido há alguns meses.

— Não sei, não estou com vontade! Ela me respondia com uma voz de desânimo, eu odiava vê-la assim.

— Rose! Me aproximei e ajoelhei em sua frente levando uma das mãos ao seu queixo a fazendo olhar para mim – Precisa reagir, ainda podemos...

— Sabe que não, que as chances são pequenas! Ela me cortava antes mesmo que eu terminasse a frase.

— Enquanto houver chances a esperança! Falei a puxando para um abraço.

— Emmet, o que seria de mim sem você?

— Bom, digamos que eu sou lindo como o sol e aqueço seus dias!

— Essa sua humildade me convenceu a aceitar o convite! Ela respondia dando um leve sorriso, pronto meu dia havia sido ganho, eu havia arrancando um sorrio seu.

Rosalie pediu alguns minutos para se arrumar, mas a conhecendo isso demoraria uma hora no mínimo, sai do quarto indo para o escritório, aproveitaria a noite para dar a ela a notícia sobre a proposta de jogar em um time maior nos Estados Unidos, Rose sempre me apoiava com essas mudanças loucas e eu sabia que não seria diferente dessa vez.

Após exatas 1 hora e 23 minutos finalmente saímos de casa, jantamos em um excelente restaurante e mesmo em meio aos pedidos para fotos e autógrafos conseguimos aproveitar a noite, Rose adorava caminhar, então após driblar os fanáticos torcedores do Leeds saímos pelos fundos.

Estacionei o carro na estrada próximo a um dos belos parques que ali havia, o favorito de Rose era um que ficava próximo a uma área de preservação, ela sempre dizia que o cheiro das arvores e o barulho dos pássaros a acalmavam, eu gostava de ser seu semblante quando estava ali, saímos do carro e caminhamos lentamente enquanto Rosie ria de algumas piadas sem graça contadas por mim, porém sua risada cessou e ela parou me segurando e olhando seriamente para mim.

— Não ouviu isso?

— Amor, o que foi?

— Esse barulho, não está ouvindo?

Eu podia ouvir um pouco distante o choro de um bebê, poderia ser de algum morador da região pensei.

— Rose querida, deve ser de algum morador...

—Morador, Emmett estamos no meio do nada praticamente! Ela respondeu apressando os passos em direção ao choro.

—Rose! Não pode entrar assim na floresta é perigoso.

Rose ligava a lanterna do celular, e caminhava rapidamente entre a vegetação, uma coisa que sempre me encantava era toda a sua coragem, a segui e logo nos surpreendemos com o que encontrávamos.

— Era um bebê.

Sem perder tempo Rosie pegou a criança nos braços, tirei meu casaco e o cobri, era uma menina, estava um pouco machucada devido as horas que deveria estar ali sendo praticamente comida viva pelos insetos, senti uma mistura de raiva e tristeza, como alguém era capaz de fazer aquilo.

A criança não parava de chorar, talvez estivesse com fome, imediatamente Rosie a afagava em seu seio, haviam poucos meses que nossa filha recém-nascida havia falecido e Rosie ainda tinha leite, então a menina se calou.

—Temos que ir a policia!

—Não! Rosie respondeu de forma agressiva.

—Amor, se ela tiver pais? Se eles estiverem preocupados?

— Emmett não percebe, ela foi largada aqui para morrer, com certeza a mãe não quis e tentou se livrar dela, se levarmos a policia e devolverem a mãe com certeza ela fará novamente! Ela falou aflita.

— Calma! Falei a abraçando.

—Vamos para casa! Ela me olhou com os olhos cheios de lagrimas- Vamos ficar com ela por favor!

Senti um nó na garganta, era a primeira vez que Rosie sorria depois da morte de Clara, eu sabia que a coisa certa a se fazer era dar queixa à polícia, mas Rosie não me perdoaria, então assim que chegamos em casa ela tratou de providenciar algumas coisas para a bebê enquanto eu falava com alguns advogados de confiança para ver o que eles poderiam fazer para me ajudar.

Logo nos preparávamos para viajar, ainda segurei Rosie por alguns dias na esperança de alguém reclamar o desaparecimento da menina, mas não havia nada, nenhuma notícia, logo os documentos estavam prontos, tinha que admitir que a fama estava me trazendo alguns benefícios, a menina agora legalmente era nossa filha, a história que contamos a todos é que Rosie teve gêmeas e apenas uma bebê morreu, como o médico que atendeu Rosie também era um amigo ele confirmaria a história.

Logo estava tudo pronto para nossa viagem, uma nova vida nos esperava nos Estados Unidos e vê-la tão feliz me deixava feliz, eu admirava como em tão pouco tempo ela já amava, Rosie sorria enquanto mimava a menina em seus braços, eu também já a amava.

— Acho que deveria ter dado outro nome a ela! Falei um pouco preocupado enquanto pegava a documentação no aeroporto.

—Ela tinha a medalhinha com esse nome, por alguma razão eu acho que devemos manter esse nome! Ela respondia.

— Não tem medo de..

— Não, estamos partindo e tenho certeza que agora ninguém a tirará de nós!

Rosie Respondia sorrindo, e logo embarcávamos rumo aos Estados Unidos, e realmente ela tinha razão.


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