Never Be The Same escrita por Yasmin Abreu


Capítulo 7
Consequências


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Eu voltei :D

Então, primeiro eu queria dizer: como assim vocês não me avisam que eu escrevi "sinico" >:( (o certo é cínico). Eu tenho um probleminha com falta de atenção, e acaba que eu me confundo muito nos gêneros de palavras, vocês já devem ter notado eu escrevendo "um" onde era "uma" e vice e versa, e as vezes, mesmo relendo tudo, eu não percebo esses errinhos, e acaba que fica assim :( Eu sempre tento corrigir depois, então se vocês forem reler os caps, vão notar que as vezes tem palavra diferentes.

Outra coisa que quero falar: sobre o +16 que eu falei, então, eu não sei se devo ou não classificar essa fic como +16 ou +14, então me digam vocês o que acham, eu esperarei ansiosa.

Vocês viram sobre o homem aranha sair do mcu? :( espero que a michelle ainda apareça mesmo fora do mcu. to muito preocupada, eu gosto muito da michelle, vcs n entendemmm

enfim, espero que gostem do cap ;-;



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Eles andaram em silêncio por todo o caminho para casa, pois não tinham coragem de falar sobre o que tinha acabado de acontecer.

Quando estavam perto de casa, o céu já estava escurecendo e a lua minguante aparecia por entre as casas, enquanto os postes já começavam a se acender nas ruas, indicando que a noite chegara.

Peter e Michelle caminhavam lado a lado, com seus passos sincronizados, os dois sentiam ansiedade e insegurança, tentando adivinhar sem sucesso o que o outro estava pensando. Eles se espiavam, revezando sem perceberem, e apertavam os lábios enquanto olhavam para baixo.

Michelle tinha suas duas mãos juntas, as apertando levemente por causa do seu nervosismo, enquanto Peter mantinha suas mãos parcialmente suadas juntas atrás de seu corpo.

Quando finalmente chegaram ao seu destino, eles se entreolharam rapidamente, então riram em desconforto, acenando um para o outro, indo embora rapidamente.

Michelle então correu até seu quarto, fechando a porta e indo em direção a janela para fechar as cortinas. Ela respirou fundo e se jogou em sua cama, de bruços, agarrando seu travesseiro e finalmente surtando com o acontecido.

A memória dos lábios de Peter e a maneira como ele a segurava firme contra a parede eram tão recentes, e ela podia até reproduzir parte da cena em sua mente.

Já havia imaginado algumas vezes em como seria beija-lo, mas a realidade era muito melhor do que sua imaginação, e ela não podia evitar, sorria grandemente em seu travesseiro, soltando algumas risadas envergonhadas e tampando sua cara, enquanto sentia seu rosto arder.

Ela pensava em como poderia repetir a sessão. Peter parecia querer aquilo tanto quanto ela, se não, qual seria o motivo para beija-la tão ardentemente? Afinal, ela se separou da boca dele duas vezes, eram chances o suficiente para ele simplesmente parar ali, mas não, ele parecia querer mais, e ela também.

Porém, ela não podia tomar nada com certeza. Mesmo que imaginasse que Peter queria aquilo, ela precisava ainda confirmar, eles precisavam conversar sobre aquilo, pois ela podia simplesmente estar cega pelo desejo, e ter se enganado. Ela não queria pensar demais, mas ao mesmo tempo, não iria agir por impulso, sempre foi muito racional, e mesmo que os sentimentos dela estivessem totalmente aflorados em seu interior, seu cérebro ainda tinha capacidade de diferenciar as coisas.

Já do outro lado da janela, há alguns metros de distância, Peter estava estirado em sua cama, olhando para o teto, com um sorriso bobo, ele soltava algumas risadinhas enquanto pensava em Michelle, e em como aquilo era tudo que ele queria, só não sabia até ter.

Mas uma parte dele temia que isso significasse que ela iria se afastar novamente. Afinal, quando pararam, ela tinha uma expressão ilegível e não olhou para ele por muito tempo.

Michelle também gostava de Brad, então a possibilidade de que ela sentisse algo por ele eram baixas, o que fazia Peter se sentir um pouco triste. E ele imaginava porque ela o beijou, já que não tinha ninguém naquele corredor. Ele poderia estar errado? Ela poderia realmente ter deixado de gostar de Brad? E talvez... gostar dele?

Peter afastou esses pensamentos, que rapidamente foram substituídos por lembranças do beijo que compartilharam. Ele nem mesmo tentava se impedir de pensar no que aconteceu, em como ele simplesmente toco-a sem pudor, e como ficou envergonhado depois que pararam.

Quando Peter pensava em porque tinham parado, ele sentia um desconforto estranho e uma felicidade desconhecida, orgulho... talvez? Fazer Michelle gemer era uma coisa que nunca imaginaria fazer, mas agora ele só queria poder repetir.

Pensar isso deixava-o extremamente envergonhado, com seu rosto sendo tomado pelo vermelho, enquanto sentia o calor em suas bochechas.

Ele se advertiu sobre esses pensamentos... errados, entretanto eles não paravam de aparecer, fazendo-o aceitar que seria uma longa noite.

Ele então se virou, rindo um pouco, e encarou a parede, enquanto abraçava seu travesseiro.

Michelle Jones era tudo que ele tinha em sua mente até adormecer.

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Eles acordaram ansiosos para o dia de aula. Como as coisas seriam agora? Algo mudaria? Ficariam da mesma maneira? Iriam ignorar o acontecido ou falar sobre ele?

Ambos se perguntavam isso, enquanto sem notar, se arrumavam mais do que o normal para ir à escola. Suas mentes cheias de pensamentos sobre o dia anterior, com memórias dos sentimentos e toques, enquanto sentiam seus corações acelerarem.

Michelle agarrou as alças de sua mochila com força enquanto descia as escadas da frente de sua casa. Era um dia um pouco frio, então ela usava uma blusa de frio roxa com um capuz, o que a dava um sentimento de segurança, como uma espécie de casco.

Ela observou a casa ao lado, se perguntando onde estava Peter, e se ele já tinha ido... sem ela.

Não era nada combinado, é só que nos últimos dias, os dois sempre faziam isso, então é normal esperar que hoje não seria diferente, certo?

Michelle se perguntava se talvez assim seria melhor, já que ela ainda não se sentia preparada para falar sobre o que aconteceu, e nem tinha ideia do que ia fazer sobre isso, se ia fazer algo.

Enquanto ela pensava e encarava o nada, apertando suas mãos na mochila. Peter atravessou a porta de madeira de sua casa, e em seguida olhou para o lado de Michelle, logo avistando-a e sentindo a ansiedade começar a tomar conta dele, com seu coração tremendo levemente.

Seus olhares se encontraram, e eles caminharam lentamente em direção um ao outro, ainda se encarando estranhamente, não que eles tenham percebido, as dúvidas em suas mentes sobre o que aconteceria agora eram tantas que os cegaram.

Eles andaram tanto por estarem distraídos que ficaram a centímetros de distância, e sorriram, até perceberam a aproximação, e então se separam, soltando risadinhas envergonhadas.

“Oi.” Peter falou primeiro, levantando sua mão, tentando acenar, mas ele esqueceu de mexer sua mão, o que Michelle notou, e começou a se sentir mais tranquila percebendo que não era só ela que estava nervosa.

“Oi.” Ela sorriu para ele, revirando os olhos e soltando um pouco do ar que estava segurando. “A gente deveria ir logo” Ela terminou, saindo da frente de Peter e começando a andar, e ele novamente, a seguiu.

Eles andaram lado a lado, e como o dia anterior, não conseguiam conversar porque a única coisa que passava por suas mentes era o beijo que haviam compartilhado. Então, só depois de vários minutos caminhando em silêncio, Michelle começou um assunto aleatório, e eles tentaram ao máximo que podiam agir normalmente.

Chegaram até a escola finalmente, e caminharam até sua classe que teriam juntos. Eles falaram de assuntos diversos, porém ainda sentiam o clima tenso que insistia em aparecer, e só tentaram ignorar o máximo que podiam.

Michelle estava decepcionada consigo mesma por ter ido por esse caminho depois de ter tomado a decisão de beija-lo. Mas o que mais ela poderia ter feito? Ele estava ali, a tocando, sendo perfeito e preocupado, e cuidando de cada detalhe de maneira tão perfeita, ela não conseguiu se controlar.

Enquanto Peter só conseguia pensar que talvez ela tenha se arrependido de tê-lo beijado, e se sentir triste e desiludido, mas ao mesmo tempo grato por não ter estragado o progresso que fizeram em recuperar sua amizade. Mesmo que doesse em seu coração ela talvez não gostar dele, ele ainda estava feliz em ser amigo dela, e que ela não havia decidido se afastar novamente.

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“Srta. Jones, você arranjou alguém para o trabalho?” O Sr. Greg a perguntou quando ela entrou na sala.

“Sim.” Ela respondeu distraída, e o professor a olhou com surpresa. Não achou que ela iria realmente trabalhar com outras pessoas, e começou a imaginar se os rumores que ouvia seus colegas cochicharem era verdade.

“Poderia me dizer quem seria essa pessoa?” Ele perguntou, mostrando interesse, e Michelle voltou sua atenção para o homem em pé ao lado de sua mesa.

“Peter Parker.” Ela disse casualmente, sem dar muita importância, enquanto o Sr. Greg tentava disfarçar a surpresa em sua expressão.

“Muito bem.” Ele começou, limpando sua garganta. “Espero que saiba que a data de entrega limite é semana que vem.” Terminou, se virando para ir até sua mesa, e Michelle ficou um pouco assustada. Tudo que haviam dito a ela era que precisava de alguém como dupla, mas ninguém falou sobre entregar na semana seguinte. Deveriam estar com tudo pronto com tanta rapidez? Era muita coisa, e nem tinham começado, já que Brad tinha atrapalhado eles na biblioteca, e ao invés de irem para casa fazer o trabalho, fizeram outra coisa.

Já faziam dois dias desde o beijo, e eles realmente não haviam falado sobre o que aconteceu. Os dois com medo das consequências, e de admitir o que sentiam com medo da rejeição. Peter temia que Michelle não sentisse o mesmo por achar que ela gostava de Brad, enquanto ela tinha medo de receber sua temida rejeição indireta que ela tardou por 5 anos, com sua carta de declaração.

Eles eventualmente deveriam conversar, não podiam fugir pra sempre disso, mesmo que tentassem.

Michelle então pensou em tocar no assunto depois que fizessem o trabalho, e logo pegou seu celular para falar com Peter.

“Ei, Peter.” Ela enviou a mensagem e logo guardando o aparelho em seu bolso, visto que ele demoraria para responder.

Mas Peter não demorou em responder, e logo ela sentiu seu bolso vibrar, e depois de pegar o telefone em suas mãos novamente, ela leu “Oi”.

“A gente precisa fazer aquele trabalho, lembra? É pra semana que vem.” Ela escreveu rapidamente, dessa vez esperando uma resposta rápida.

“Ah, é verdade.” Peter, do outro lado da escola, digitava para Michelle enquanto não prestava atenção na aula. “Você tem algo em mente? Quando a gente vai se encontrar para fazer?” Ele enviou a mensagem, um pouco desconfortável com a palavra que usou.

“A gente precisa começar hoje mesmo.” Ela começou, mas logo adicionou “Podemos fazer na minha casa, depois da escola, já que da última vez o Brad atrapalhou.” Ela nem mesmo prestou atenção no assunto delicado tocou, e quando se deu conta, Peter já tinha lido. Agora, os dois estavam envergonhados olhando a tela de seus celulares, pensando no que tinha acontecido depois.

“Ok.” Foi tudo que Peter respondeu, sem saber o que dizer, e Michelle suspirou aliviada, pensando que talvez ele não tenha notado, porém uma pontada de tristeza a incomodou quando pensava que talvez ele simplesmente tenha ignorado.

—_______________________________________

Pra Michelle era estranho ter Peter em seu quarto depois de tanto tempo.

Ele costumava ir à casa dela quase todos os dias para jogarem vídeo games, ou só conversarem e brincarem, então agora Michelle sentia um pouco de nostalgia com as memórias, enquanto observava o garoto agir timidamente, olhando para as coisas espalhadas.

Ele sorria suavemente, o quarto dela era o mesmo de antes. Ela realmente não tinha mudado nada nele, uma parte organizada e outra desorganizada. Sua mesa cheia de coisas em volta, sua cama com roupas jogadas, e seu armário, que tinha um espelho no meio, todo arrumado e limpo.

“Eu sei, eu sei. Agora vamos ao que interessa.” Michelle disse fechando a porta de seu quarto, e apontando para Peter se sentar na cadeira de sua escrivaninha.

“Ok, eu trouxe alguns livros para ler.” Peter pegou sua mochila para mostra-la, e ela o observou atentamente, pensando no trabalho, mas com uma baixa voz no fundo de sua mente gritando como ele era fofo quando parecia interessado em algo.

Logo ela também começou a reunir as coisas que tinha preparado para fazerem tudo, e então eles começaram a ler e escrever textos.

Divergiram um pouco sobre o trabalho, e quando percebiam, começavam a rir um para o outro, e então insistiam em combinar suas ideias para deixar tudo melhor.

...

“Biologia é chato.” Michelle disse enquanto recortava a imagem de uma tartaruga. Ela agora estava sentada no chão, com vários papéis coloridos em volta dela.

“É verdade.” Peter estava colorindo algo no cartaz principal que tinha preparado.

Com a fala do garoto, Michelle que estava concentrada em sua tarefa, voltou sua atenção para ele, que percebeu o olhar, e retribuiu, com uma expressão confusa.

“O quê?” Perguntou, rindo um pouco e levantando suas costas, que antes estavam inclinadas para o chão.

“Você tem mais facilidade em biologia, mas também não gosta?” Michelle riu um pouco.

“É, acontece. ” Ele deu de ombros e voltou a colorir, enquanto ela observava seus movimentos precisamente, e se notar, mordeu seus lábios. Mas se lembrou do que precisava fazer, e então deixou os pensamentos de lado.

“Acho que terminei.” Peter falou algum tempo depois, mordendo sua língua e fazendo últimos retoques.

Michelle avaliou o trabalho dele no cartaz, e então afirmou com a cabeça. “Ficou bom.” Ela disse, o aprovando, o que o fez sorrir, e perguntar “E você?”

“Ah, acho que vou demorar um pouco...” Ela olhava as imagens recortadas no chão. “Pode me ajudar?” Perguntou com insegurança, nem sabia porquê.

“Claro.” Ele se levantou, e então se sentou ao lado dela, pegando uma das tesouras no chão e a acompanhando. Aquela era a última tarefa que teriam, e então iriam juntar tudo no dia seguinte, e o tudo estaria pronto.

“Qual nota acha que vamos conseguir com isso?” Michelle iniciou um assunto aleatório.

“Um A+” Peter respondeu, e eles riram. Realmente, eles sempre conseguiam notas máximas, e dessa vez não seria diferente, já que se esforçaram.

...

Ao terminarem, Peter continuou sentado ao lado de Michelle, e olhou para ela, perguntando “Então? Falta mais alguma coisa?”.

E ela começou a se sentir nervosa, pois se lembrou que havia prometido a si mesma conversar com ele sobre o que aconteceu, apesar de agora estar começando a se arrepender e pensar que seria estúpido voltar naquilo, quando eles estavam ignorando.

Peter notou que ela estava hesitando, parecendo querer dizer alguma coisa, e se perguntou se tinham esquecido de algo, ou feito algo errado.

“Hm... Peter...” Ela dizia lentamente, olhando para a parede que estava a um metro de distância deles.

Estavam sentados no chão entre sua cama e a escrivaninha, que era um lugar um pouco apertado, por isso estavam perto até demais, e antes Michelle tinha até sentido seus joelhos se tocarem algumas vezes, o que só fazia ela prender a respiração, como agora, em que precisava, mesmo que relutantemente, falar sobre o que acorreu.

“Acho que devíamos falar sobre aquele dia na biblioteca.” Ela reuniu um pouco de coragem e olhou para ele, que depois de ouvir o final da frase, mudou sua expressão de neutra para preocupada, e ela já estava se sentido mal de trazer o assunto de volta.

“A-Ah sim...” Ele dizia envergonhado, “O... O que você quer falar... sobre isso?” Ele parecia tão inseguro quanto ela.

“Ah... Eu só queria entender o que aconteceu.” Ela deu de ombros, tentando parecer tranquila, enquanto seu coração batia tão alto, que ela até podia ouvir.

Peter fez uma cara de confusão com a fala dela, o que fez com que Michelle tentasse reformular.

“Quero dizer... Não tinha ninguém lá.” Ela alternava entre olhar para ele, e para a mesa atrás dele. “Então, por que você... bem... fez aquilo?” Ela não queria dizer diretamente, não era confiante o suficiente, podia admitir isso.

E Peter então pareceu relaxar um pouco, inclinando sua cabeça levemente para o lado, e pensando numa resposta.

“Porque... você... fez primeiro?” Nenhum dos dois sabia se aquilo era uma resposta ou outra pergunta, ou os dois.

Michelle voltou a olhar para a parede, agora ainda mais assustada com tudo isso, e nervosa, enquanto engolia em seco, pensando no que dizer.

“Sobre isso... eu...” Ela começou, e dessa vez foi interrompida por Peter, que colocou uma de suas mãos no rosto dela, e o virou suavemente para que ela voltasse a vê-lo, e então a puxou para si, a beijando ternamente.

Ela segurou um de seus braços, e fechou seus olhos, sentindo os lábios do garoto contra os seus, percebendo sua mente se esvaziar de todos os seus pensamentos anteriores.

Peter começou a aproximar seu corpo ao dela, fazendo ela se voltar totalmente para ele, que se distraia sentido ele dar pequenas mordiscadas em seu lábio inferior e sorrir para depois voltar a beija-la.

Quando percebeu, ela estava com suas costas pressionadas contra o pé de sua cama, com Peter ajoelhado em cima dela, a beijando com paixão, enquanto ela tocava o pescoço e nuca dele, enterrando seus dedos em seu cabelo.

Peter segurava o rosto de Michelle com as duas mãos, tocando seu queixo com seus polegares, e mexendo sua cabeça para o lado para poder pressionar mais ainda sua boca contra a dela.

Ela tinha feito o mesmo antes, beijando-o sem que ele esperasse, e agora, ele tinha resolvido devolver o beijo. Ela queria falar sobre o que aconteceu, e Peter também quis, mas só até ele notar como só queria poder não se preocupar, e como estava cansado de simplesmente se segurar.

Agora, ele puxava o rosto dela, explorando sua boca, e dedilhando seu queixo e pescoço, fazendo Michelle se sentir com a mente vazia e cheia ao mesmo tempo, pensando em como os lábios dele eram macios, e em como ela parecia estar queimando por dentro com todo o fervor que Peter a beijava.

Quando ficaram ofegantes, Michelle empurrou o rosto de Peter levemente, se separando dele por algum tempo, e por entre respirações rápidas ela indagou.

“Parece que nós nunca vamos conseguir falar sobre isso” Ela sorriu, e Peter podia sentir a respiração quente dela tocar seu rosto.

“Você quer realmente falar sobre isso?” Ele perguntou, provocando-a com um selinho, e ela cedeu, sua resposta sendo se pressionar contra ele novamente, beijando-o apaixonadamente.

Parecia decidido. Eles não iriam falar mais nisso, não queriam ter que lidar com as consequências que isso poderia trazer.

Michelle então o soltou novamente, dessa vez, saindo debaixo dele e trazendo-o junto.

Ele a olhou com confusão quando ficaram em pé, e ela apenas agarrou sua mão, puxando seu corpo para ela, e o beijando novamente.

Logo, eles estavam deitados na cama dela, se tocando freneticamente, enquanto Peter mordiscava o seu queixo, e ela se contorcia com seu toque, mexendo suas mãos nas costas dele, enquanto o abraçava.

Talvez eles estivessem indo longe demais, e talvez eles não quisessem parar, mesmo com a consciência de ambos alertando que a mãe de Michelle chegaria do trabalho a qualquer momento.

Peter tocou a cintura de Michelle por dentro de sua blusa, a fazendo sentir arrepios, subindo-a para seu estômago, o que fez com que ela agarrasse os braços do garoto, e entrelaçasse suas pernas.

Ela subiu suas mãos até o rosto de Peter, fazendo-o parar o que estava fazendo em seu queixo.

Eles se encararam por alguns segundos, e sorriram com um pouco de vergonha, mas Michelle não quis ficar assim por muito tempo, logo o puxando novamente, porém dessa vez, ela desceu sua boca para o pescoço do garoto, chupando-o levemente.

Peter em resposta desceu uma de suas mãos e agarrou uma das coxas de Michelle, levantando-a. Enquanto se pressionava mais ainda sobre o corpo dela, os dois se sentiam mais quentes do que antes, com suas peles borbulhando, parecia que cada toque era um choque elétrico diferente.

Michelle então o soltou finalmente, transferindo suas mãos para a borda da camisa do garoto. Ela não estava mais em si, ao menos é o que ela usaria para responder o porquê de estar tentando fazer Peter fica sem camisa na frente dela.

Ele prontamente atendeu seu pedido indireto, ficando agora de joelhos sobre ela, ele retirou sua camisa rapidamente, jogando a no chão do quarto, e ela sorriu maliciosa. Com certeza não estava em si.

Ele voltou a se pressionar contra ela, se abaixando e se apoiando em um de seus cotovelos, enquanto uma de suas mãos acariciavam o queixo dela e ele a beijava carinhosamente.

Ela se perdia tocando a pele agora nua de Peter, e cada aperto que ela fazia com seus dedos e unhas, sentia os músculos dele se contorcendo com o toque, e ela só queria poder fazer aquilo para sempre.

Peter resolveu então descer até o pescoço de Michelle, retribuindo o roxo que ela havia feito no dele e que com certeza estaria visível depois.

Ele procurou o ponto de pulso que havia achado da última vez, e quando finalmente o encontrou, focou nele, fazendo Michelle gemer novamente. Ele sorriu contra a pele dela com o som, e ela simplesmente riu, encarando o teto, mas logo fechando seus olhos, sentindo os lábios e língua dele.

Ele continuou sua ação, e ela tentava se conter, agora segurando o cabelo do garoto com força, e ele ria e voltava a lamber e chupar a área, criando um ciclo com certeza viciante, e que deixaria marcas depois.

Ela então passou suas unhas nas costas dele, fazendo-o arfar. Michelle sorriu com a reação do garoto, e ele se vingou apertando a coxa dela e sorrindo contra a pele dela de novo. Tudo isso iria acabar com Michelle com toda certeza, mas ela não queria parar.

Já Peter tinha sua mente totalmente escura agora. Seus pensamentos se confundiam e sumiam a todo momento, enquanto ele explorava o corpo de Michelle com paixão.

Enquanto eles se distraiam um com o outro, ouviram o som da porta de entrada abrindo.

Mesmo no segundo andar, era possível ouvir o barulho, uma vez que a porta de madeira se arrastava pelo chão por ter inchado com o clima úmido.

Michelle e Peter se entreolharam, e depois de alguns segundos, eles perceberam que era a mãe de Michelle, e suas expressões se tornaram assustadas, enquanto Peter rapidamente saiu de cima de Michelle, procurando sua camisa no chão cheio de papéis.

O rosto de Michelle parecia queimar, e ela com certeza estava vermelha. Não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer.

Com os pensamentos voltando a fazer sentido, Michelle respirou fundo, colocando uma de suas mãos em sua testa, se sentando em sua cama.

Peter volto seu olhar para ela depois de colocar sua camisa de volta e pegar sua mochila.

“Ah...” Ele começou, sem saber exatamente o que dizer.

“Eu acho que... acho que eu já vou.” Ele disse rapidamente, começando a andar em direção a porta, e Michelle apenas o observou, e quando ele sumiu de sua vista, ela soltou o ar que estava segurando.

Ele com certeza iria encontrar sua mãe e ela iria perguntar sobre um monte de coisas, porém Michelle não estava com cabeça para ver a cena, ou participar disso.

Ela realmente acabou de se pegar com Peter Parker? Não conseguia acreditar.

Realmente, depois que ele havia começado a ser tão carinhoso e grudento, era praticamente tudo que ela queria, mas assim como quando se beijaram pela primeira vez, a realidade era muito melhor.

Ela se jogou contra a cama, agora encarando o teto com um sorriso bobo.

Não dava pra acreditar.

—_______________________________________

O pai e a irmã de Brad avisaram para ele por mensagem que iriam busca-lo para comprar um presente de aniversário para sua mãe. Brad então estava esperando-os na porta da escola, olhando pelos lados, tentando avistar o carro preto.

Com isso, ele notou Peter e Michelle saindo da escola de mãos dadas, enquanto sorriam um para o outro e riam de alguma coisa.

Brad os olhou de cima a baixo, julgando-os e pensando em como Michelle deveria ser fácil para um dia se declarar para ele, e no outro já aparecer namorando.

O som da buzina do carro de seu pai o tirou de seus pensamentos, fazendo-o notar seu pai e sua irmã nos bancos da frente, o encarando, esperando que entrasse, e foi o que ele fez.

Eles então partiram em direção a loja favorita da Sra. Davis, que ficava do outro lado da cidade.

Enquanto eles tentavam sair da rua da escola, que tinha bastante movimento, Brad olhava pela janela, observando os pedestres distraidamente, até notar dois especiais: Peter e Michelle.

Eles iam para casa juntos, e de mãos dadas? Que clichê, ele pensou.

Porém o que realmente surpreendeu Brad foi que quando eles finalmente viraram a esquina, saindo de vista dos alunos, mas não da dele, os dois soltaram as mãos, e mudaram sua postura completamente, fazendo Brad ficar curioso e se perguntar o que estava acontecendo.

Seu pai então conseguiu sair do trânsito, levando o garoto para longe, perdendo a vista de Peter e Michelle. Mas Brad agora pensava em por que eles soltaram as mãos ao sair de vista, e em como isso era estranho de se fazer.

E depois de algum tempo usando seu cérebro, ele percebeu que a única hipótese para que algo assim aconteça seria se eles estivessem fingindo estar namorando.

Foi quando ele percebeu algo que parecia tão óbvio desde o começo: Peter e Michelle estavam fingindo estar namorando.


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Notas finais do capítulo

7/10 galera, tamo quase no fim e eu ainda não consigo acreditar :OO

sobre a pegação: esse capítulo teria saido um dia depois do 6 se não fosse por essa cena de pegação dos dois, porque o resto tava todo escrito já kkkkkkkk Eu demorei pra fazer a cena porque eu me confundia na ação deles, além dos ataques de vergonha em escrever um négocio simples desse né kkkkkkk porque assim, eu não escrevo +18, mas eu só leio explicit no ao3, mas meu pai, escrever da mta vergonha ai ai

sobre o """pov brad""": gostaram? kkkkkkkkkk aposto que todo mundo odeia o brad, bom, eu tambem

enfim, essa cena de pegação foi inspirada em 1 paragrafo de uma fic inglês spideychelle que eu li, acho que eu citei ela em rascunhos (one shot q eu postei). se chama five times michelle kissed peter, and one time peter kissed first

acho que não posso colocar o link :x



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