Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente, tudo bem ?
Obrigado pelos comentários, pelas visualizações e por quem está acompanhando.

Deixem eu explicar uma coisa, que esqueci de falar, o relacionamento EmmXRose vai caminhar vagarosamente, foquei um pouco nesses primeiros capítulos no dia a dia deles.

Me deixem sugestão se quiserem.
beijos



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O verão nem tinha começado e eu já andava irritada com o calor,  eu gostava do sol, mas para uma cidade como Seattle que no alto verão chega a 25 graus, os termômetros estarem marcando 24 º em pleno começo de junho era pra matar qualquer amante do inverno, como eu. Estacionei na frente da escola de Aggie e fiquei esperando por eles saírem.  Eu andava bem animada, eu nunca imaginei que criar laços séria uma coisa boa na vida. Ter Emmett e as crianças comigo, todos os dias, me fazia me sentir completa. Sem contar que, agora eu via os Cullens e os McCarty toda a semana e, meu Deus, como me sentia acolhida por eles. 

Não demorou muito para Alex e Peter se juntaram a mim, eles me abraçaram e antes de começarmos a conversar, Aggie também saiu. Entramos no Carro, Alex na frente comigo, Pete e Aggie atrás. Nem havia dado a partida no carro e Alex já começou a falar: 

— Rose, aconteceu uma parada muito chata hoje! 

— Duas paradas Rose, foi ridículo e estou com tanta raiva! - Peter também falou e não parou mais. – Você acredita que hoje encontrei o Levi escondido dentro do banheiro no horário da aula, sabe o Levi né ? 

— Sim, o irmão da Sky! Que por sinal, são seus primos. – Respondi - Por que ele estava escondido? - Sai do estacionamento da escola e peguei o caminho sentido a casa da Carmen. 

— Por que a turma dele tinha que fazer uma atividade em dupla e ninguém quis fazer com ele. 

— Porque ninguém quis fazer com ele ?

— Ele não me falou, mas ele estava muito de cara,  daí peguei e fui lá na sala dele e perguntei - Ele imitou ele mesmo falando - O seus bostas, por que ninguém fez dupla com o Levi, ele é o garoto mais inteligente da escola.  Lógico que a professora não estava na sala né, se ela tivesse não teria gritado com ele! - Ele revirou os olhos. 

— É alguém te respondeu? - Perguntei interessada.

— Sim, o Simas aquele idiota, falou que o Levi era um Nerd pobre e que ninguém gostava de nerds pobres.

— Capaz! - Falei séria. 

— Eu fiquei muito bravo, daí empurrei ele e disse que ele não podia falar mal do Levi, mas a professora chegou e me expulsou da sala. 

— E porque você não falou para ela o que aconteceu? 

— Eu ia falar direto com a Madre superiora, mas daí encontrei Sky e a Alex no corredor! 

— Você estava sem aula? - Perguntei 

— Era minha aula de Educação física! - Pete falou - Já Alex estava zanzando pelos corredores. 

— Eu não estava zanzando. - Alex reclamou - Tinha ido no banheiro e encontrei com a Sky, mas essa não é a questão, o fato é que ela também estava chorando Rose. Ela estava brava, primeiro os meninos expulsaram ela da quadra de basquete, de novo, daí a gente sentou para conversar, porque eu não aguentava mais ouvir o professor falando sobre como devemos aproveitar bem nosso verão,  e ela me contou que a tia Kate perdeu o emprego e não está conseguindo pagar todas as contas, ela disse que eles vão até ter que sair de onde eles moram e provavelmente vão mudar de escola também. 

— Eu sinto muito Alex! - Falei para ela 

— É foi por isso que os Simas chamou o Levi de pobre. - Peter falou.

— Rose, não quero que Skye saia do colégio, além de ser minha prima, ela é minha melhor amiga, pensei em vender alguns brinquedos meu no E-bay e entregar o dinheiro para a tia Kate, você acha que o papai vai ficar muito bravo? 

— Acho que vender suas coisas ajuda, mas não dá forma que eles precisam ser ajudados querida! – Falei tristemente, eu sabia o quanto era difícil pagar as contas sozinhas, ainda que eu não tinha filhos para sustentar, imagina o que essa mulher estava passando. – E só os  três na casa?

— Sim, eu não sei direito o que aconteceu, tia Kate e a mamãe só tinham uma a outra, então a mamãe morreu e eles ficaram sozinhos – Peter falou - O que podemos fazer para ajudar eles Rose? 

— Querido, são duas situações difíceis, temos que pensar em algo para ajudar Levi e Sky  aqui na escola e, pensar em algo ajudar a mãe deles! 

— Sky sempre fica bem chateada quando os garotos não deixam ela jogar por ela ser uma menina! - Alex me explicou 

— Eu sempre falo para eles deixarem Skye jogar por que ela manda muito bem, mas acaba que eles me tiram da quadra também! - Peter comentou – Na minha sala é só a Skye que gosta de jogar basquete e o professor nem faz muita questão de colocar ela no time dos meninos. Ele também é o tecnico da equipe da escola, tem umas três garotas que jogam muito bem, mas ele deixa elas no banco sempre.- Ele falava desanimado. -  Porque as pessoas são assim Rose?  

— O mundo é um lugar horrível as vezes Pete, eu tive uma ideia que pode ajudar vocês!

— O que? – Alex perguntou

— Vocês ainda tem aquele canal no youtube que vocês postaram as pegadinhas com as babas ?

— Uhun! - Os dois responderam juntos 

—  E tem bastante gente da escola de vocês? 

— Sim, Alex é do último ano e é tipo famosa na escola. - Pete me respondeu 

— O que vocês acham de fazerem um vídeo falando sobre bullying, discriminação, privilégios? 

— Bullying e discriminação tudo bem, mas o que privilégios tem haver com isso? - Alex me perguntou.

— Vocês sabem o que é ser uma pessoa privilegiada? 

— Uma pessoa que tem muito dinheiro!? - Alex me respondeu receosa 

— Uma pessoa é privilegiada quando ela tem algo melhor do que as outras pessoas, mas que ela não tem que fazer nada para isso. Um exemplo são vocês três. - Fiz uma pausa, por que não queria me expressar errado a eles. - Vocês são privilegiados por ter um pai, sabiam que milhões de crianças crescem sem a figura paterna dentro de casa? 

— Mas, a gente não tem a mamãe! - Pete disse 

— Sim, e quem tem o pai e a mãe juntos, são mais privilegiados que vocês. 

— Só o fato de termos um pai nos faz privilegiados? – Alex perguntou confusa

— Só o fato de vocês terem um pai, que trabalha, que paga escola e que  da a vocês toda  atenção emocional que vocês precisam,  faz vocês estarem na frente de milhões de crianças. - Suspirei enquanto parava num sinaleiro - Querem um outro exemplo, nós quatro aqui nesse carro, somos privilegiados por sermos brancos. 

— Como assim Rose? - Peter parecia confuso. 

— Só pelo fato de termos nascidos brancos, nunca vamos nos preocupar em andar na rua e sermos confundidos com bandidos e ninguém nunca vai nos chamar de preto, macaco, incompetente, pelo simples fato da cor da nossa pele. 

— E errado então sermos privilegiados? - Alex perguntou 

— Não meu amor, o que é errado nisso tudo, é tirarmos vantagens desses privilégios. O que os garotos fizeram hoje com Levi na sala e com Sky, que é constantemente tirada da quadra de basquete apenas por ser uma garota é o que está errado nesse mundo! 

— E a gente pode mudar isso? – Peter me perguntou 

— Claro, explicar para as pessoas que ela não são melhores do que as outras porque tem dinheiro, por ser homem ou por estudar numa escola cara,  é uma boa maneira de fazer a nossa parte. – Sorri carinhosamente para os dois! - Algumas coisas como privilégios não podemos mudar, como é o caso de vocês, mas o que é importante aprendermos ajudar as pessoas que não são como nós, entendem? Por exemplo, quantos alunos negros tem na escola de vocês? 

— Num sei, mas é bem pouco! - Alex respondeu 

— E eles tem bastantes amigos? - Perguntei 

— Um deles lancha sozinho no laboratório, eu já encontrei ele lá! - Peter falou 

— E vocês acham que acontecem isso porque? 

— Porque eles não são sociáveis ? - Alex falou 

— Talvez, mas vou mudar minha pergunta, porque vocês nunca foram falar com eles? 

— Sei lá, não senti vontade! - Alex falou 

— Mas você tem várias amigas e amigos, não tem? 

— Alex é a pessoa mais conhecida da escola! 

— E porque eles não tiveram uma chance de fazer parte dos seus amigos? 

— Já entendi onde você quer chegar Rose! - Alex falou encostando a cabeça no vidro do carro - Acho que segunda feira foi observar melhor minhas atitudes! 

— Eu não estou dizendo que vocês são errados por serem quem vocês são ou terem os amigos que têm, estou apenas dizendo que quando olhamos para o lado, percebemos que algumas pessoas não tem as mesmas chances que a gente por motivos que não são realmente justos. 

— Vamos fazer um vídeo top Alex! - Peter falou animado - Para que todo mundo entenda que não importa nossa cor ou nosso dinheiro para sermos iguais. 

— Esse é o espírito Pete querido, e tem muito mais coisas que vocês podem pesquisar, tipo religião, gênero, emprego, posição social! 

— Peter, vamos pesquisar e postar esse vídeo para que todos vejam. 

— Sim, vamos postar em todos os lugares!. - Ele respondeu a irmã animado. 

— Posso fazer também? – Aggie perguntou com sua voizinha inocente - Quero ficar famosa fazendo vídeo. 

— Tudo bem! - Alex piscou para a irmã no banco de trás. - E quanto a tia Kate,  podemos fazer algo? 

— Nao sei Alex, podemos conversar com seu pai quando ele chegar, o que me diz? 

— Tá bem, estamos indo para a vovó? – Ela perguntou novamente 

— Sim, o jantar será lá hoje! 

Continuamos conversando por todo caminho até a casa de Carmen, as crianças começaram a fazer planos para o vídeo é sobre o que eles iriam pesquisar, eu estava feliz por ter tido essa conversa com elas,  sabia que não era muito conscientizá-los sobre esse assunto, principalmente porque eles dois eram apenas crianças, mas já era um começo muito bom para eles nunca serem ruins ou esnobe com ninguém. 

Pov Emmett 

Tinha acabado de chegar na casa da minha mãe com papai e tio Carl, como Rose estava vindo pra cá de carro, pude deixar meu carro no hospital para poder voltar de carro com ela e as crianças para casa. 

Minha mãe, tia Esme e Alice nos esperavam edículas, íamos passar a sexta feira em família, já que amanhã eles teriam compromisso e não conseguiríamos nos encontrar. Cumprimentei todos e começamos a conversar, mas eu não estava prestando muito atenção, ultimamente eu me sentia estranho, ficava sempre ansioso para ver as crianças e Rose, e meu coração só se acalmava quando estava com eles ao meu lado. Sentir isso pelos meus filhos era normal, eu os amava muito, mas o que me assustava era incluir Rose nesse sentimento. 

Alice chamou minha atenção:

— Emm, você está me ouvindo? 

— Desculpa Allie, o que você disse ?

— Então, estou contando com Garrett e Jasper entraram em contato comigo essa semana. Jasper está voltando da Síria e quer fazer uma surpresa no aniversário de Rose e pediram minha ajuda. 

— Sério!? 

— Sim, Rose vai ficar muito animada quando ver o irmão aqui de novo. 

— Você conhece eles? - Sorri interessado para ela. - Falando nisso, quanto tempo você e Rose são amigas ? Eu não me lembro de você falar sobre ela antes! 

— Conheço Garrett, de dar oi apenas, mas já o vi. Jasper foi para Síria antes da gente se conhecer e, para sua última pergunta, nós duas nós conhecemos agosto do ano passado, nunca falei muito dela, por que nunca falo da minhas amigas para vocês! 

— Você falava sim! - Protestei 

— Não, desde que você e Edward se tornaram dois ciumentos comigo e com a Bree. 

— A gente apenas gosta de cuidar de vocês!

— Enfim, se você está interessado na vida da Rose, marque um date com ela e a conheça melhor. - Eu revirei os olhos para ela. - Agora sobre a festa, estou pensando em fazer uma surpresa no clube, ela odeia o dia do aniversário dela, ela diz que o dia que ela nasceu foi o dia que os pais largaram ela, então não tem muito o que comemorar!

— Coitada! - Esme comentou. - Eu tenho vontade de pegar esses pais que abandonam seus filhos e dar uns tapas. - Ela suspirou. - Apesar que, não podemos julgar né! 

— Vai saber o que esse casal passou para resolver abandonar uma criança num orfanato! - Mamãe falou - Por isso que temos o projeto, para ouvirmos sempre todas as versões das histórias. 

Paramos de falar assim que vimos Rose e as crianças chegarem. As crianças conversavam animadas com seus uniformes de escola e Rose com seu shorts jeans e uma camiseta de banda de Rock, modelito quase diário dela. Meus filhos vieram me abraçar e Rose foi cumprimentar o resto do pessoal

— Papai! - Ganhei um abraço apertados dos meus três filhos lindos. 

— Oi crianças, tudo bem com vocês ? - Falei após eles me soltarem.

— Tudo bem papai! - Aggie foi a primeira a falar - Sabia que semana que vem e a última semana na escola ?

— Oi papai! - Alex e Peter falaram junto. 

— Última semana de aula já ? Estão animados para as férias de verão? 

— Simmm! - Aggie respondeu batendo palmas.

— Vou dormir eternamente! - Alex falou

— Eu vou colocar todos meus seriados em dia! - Peter falou - Finalmente!

— Eu achei que a gente ia se divertir juntos! - Aggie falou fazendo um bico lindo. 

— A gente vai Aggie! 

Alex piscou para a irmã e foi cumprimentar os avós, Peter a acompanhou e coloquei Aggie no chão para ela fazer o mesmo. Rose sentou ao meu lado e notei em seu rosto uma certa preocupação, já comecei a imaginar a cagada que as crianças tinham feito na escola,  ela foi a primeira a falar: 

— Tudo bem Emm? - Ela deu um tapinha na minha coxa.

— Sim e você? Você está com uma cara de preocupação, o que as crianças aprontaram ?

— Tá tudo bem, elas não fizeram nada, coitados! 

— Vovó, podemos ver uma coisa rapidão no computador? – Peter pediu

— Claro, sem problemas… – Minha mãe respondeu

Meus três filhos saíram correndo pra dentro de casa e Esme perguntou assim que elas estavam fora do nosso alcance:

— Rose, está tudo bem? Você está com uma cara péssima! 

— Ai gente, desculpa, não sei nem disfarçar. - Ela suspirou - Aconteceram varias coisas. 

— Desembucha amiga? - Alice pediu 

—  Sabem Sky e Levi?  

— Sim, claro! - Respondi

— Então, o Levi está sofrendo bullying na escola por ser de classe baixa, já a Sky o problema é ela ser uma garota e jogar basquete! 

— Como assim? - Alice perguntou 

— Peter encontrou Levi chorando porque ninguém queria fazer atividade com ele por ele ser pobre e nerd e depois encontrou Sky e Alex e a garota estava chateada por terem expulsado ela da quadra de basquete, Peter contou que isso sempre acontece!

— Que horror! - Esme falou

— Sim, tive uma longa conversa com Peter e Alex sobre Bullying, preconceitos e  privilégios, eles vão até fazer um vídeo sobre o assunto. Agora o que me preocupa é que eles estudam na melhor escola católica da cidade e se não estão ensinando sobre igualdade e respeito, estão ensinando o que ? 

— Podemos ir conversar com a Madre Lourdes segunda feira. - Falei - Esse tipo de coisa é inaceitável, não é apenas por estar acontecendo com meus sobrinhos, mas outras crianças podem estar passando pela mesma coisa. 

— Sim! - Ela me respondeu séria. - Pensei também em conversarmos com as crianças de novo sobre esse assunto, ensiná-los a ajudar as outras crianças que passam pela mesma situação. 

— Sim, Alex e Peter já tem idade para entender bem tudo isso! 

— Ei! - Alice chamou nossa atenção. -  Podem sair da bolha familiar que vocês criaram e voltar a falar com todos nós, já estou ficando com ciúmes! - A baixinha falou rindo 

— Alice, deixa eles filha, tão entrosados! - Esme deu risada para a filha e notei Rose ficar um pouco vermelha .

— Rose, depois vamos ter uma conversa bem séria sobre quais suas intenções com meu filho e meus netos! - Mamãe entrou na brincadeira 

— Parem vocês três! De onde vocês tiram essas coisas? - Falei tentando fazê-las parar.

— Eh gente, minha intenção com o Emmett é apenas profissional - Rose falou num tom divertido. - A menos que ele queira ter uma conversar sobre uma relação extraprofissional. - Ela olhou para mim e piscou rindo.

— Não me iluda Rose! - Entrei na brincadeira 

— Até brincando vocês são fofos juntos! - Alice falou

— Olha, a  única coisa que quero saber é se eu e o Eleazar podemos entrar na igreja com você, já que Alice não arranja um marido logo. - Carlisle brincou 

— Pai me poupe, eu mal saí da faculdade e você já quer que eu case? - Alice fingiu cara de tristeza

— Queremos mais netos, temos apenas cinco! - Eleazar falou - E dois deles estão longe! 

— Gente, parem de brincar com coisa séria. - Carmen falou. - Daqui a pouco Rose sai daqui correndo da gente. 

— Não vou sair! - Rose falou. - Estamos só brincando, não estamos? - Ela me perguntou de uma forma desafiadora 

— Sim! - Respondi, mesmo sabendo que a brincadeira tinha um fundinho de verdade. - Voltando ao assunto, era só sobre Levi e Sky sua preocupação ?

— Então, Alex me contou que a situação na casa deles não está boa, parece que a mãe deles perdeu o emprego, que talvez eles tenham que se mudar de onde moram e as crianças saírem do colégio.

— Kate está com problemas ? - Falei balançando minha cabeça. - Falei com ela esses dias, mas ela não me disse nada. 

— Qual é a história de vocês? - Rose me perguntou

— Kate é minha cunhada! Ela e Irina eram muito próximas, os pais delas morrerem num acidente de carro, Alex não tinha nem um ano ainda e Sky nem tinha nascido. Kate conheceu o pai das crianças e viveram juntos até Levi nascer, ele foi preso depois disso e logo em seguida Irina morreu. Kate sempre foi muito independente ela odeia pedir ajudar.

— Podemos ajudar ela de alguma forma? - Ela me perguntou 

— Sim, acho que sim, podemos ir fazer uma visita amanhã para ela, o que acha? 

— Pode ser! 

— Contem com a gente para ajudá-la também. - Mamãe falou. - Kate era irmã de Irina, e faz parte da nossa família, como Nina fazia. 

Mamãe sorriu para mim e continuamos conversando. Eu fiquei indignado em saber que Kate estava com problemas financeiros e não veio falar comigo.  Poxa pedi tanto para ela contar comigo sempre, mas ela foi se afastando cada vez mais da gente.  Meu coração doeu um pouco quando as crianças voltaram para fora e começaram a contar as coisas que tinham aprendido com Rose hoje. Me lembrei das várias conversas que tive com Irina, onde discutiamos sobre como ensinar nossos filhos serem legais com os outros, terem empatia e compaixão. Notei o quanto Rose era parecida com Nina nesse ponto, ouvindo meus filhos falarem parecia que Nina que tinha ensinado tudo aquilo a eles. Celina, a governanta da mamãe, nós chamou para jantar e não me mexi. Todo mundo foi entrando em casa, Rose deu alguns passos para fora da edícula, mas parou. Olhou para as crianças e sorriu as incentivando a entrar e após todos estarem dentro de casa, sentou novamente ao meu lado. 

— O que há de errado Emmett? - Ela perguntou

— Não sei ao certo. - Admiti - Fora o fato de eu estar sendo completamente relapso com minha cunhada e meus sobrinhos, estou com tanta raiva por Irina não estar aqui vendo nossos filhos crescerem. Não me entenda mal Rose, estou muito feliz por as crianças terem você, mas é tão injusto ver que eu e Nina fizemos tantos planos para criarmos juntos as crianças e ela não estar participando de nada disso. 

— Já se fazem quatro anos né? - Ela perguntou 

— Sim! Aggie nasceu e ela se foi! 

— Você sabe que ela está com vocês, não sabe? - Ela tocou meu braço. - Não digo só na memória, mas em tudo! As crianças tem um pouco dela, você tem, a casa, os móveis, tudo na vida de vocês tem ela Emmett. Sei que não é da forma que vocês gostariam, mas ainda assim, ela se faz presente. 

—  Sinto tanta falta dela, se passaram quatro anos, mas ainda me vejo naquele hospital recebendo a notícia de sua morte. 

—  Infelizmente essa dor nunca vai passar Emm, sinto muito! - Ela sorriu tristemente para mim. -  Mesmo que um dia você encontre outra mulher, seja feliz novamente, Irina sempre estará viva em você e nas crianças. - Ela fazia um carinho suave onde sua mão repousava em cima do meu braço. - O que pode ajudar um pouco a conviver com a falta dela e substituir toda a dor pelos momentos felizes que vocês tiveram, ser grato pelo tempo que você teve ao lado dela e pelos três pedacinhos do coração dela que ela te deixou.  - Ela sorriu carinhosamente para mim quando a primeira lágrima caiu de meus olhos. - Venha aqui Emm. 

Ela abriu os braços e me envolveu num abraço carinhoso, nunca foi fácil para mim falar sobre Irina, mas senti uma certa leveza em fazer isso com Rose. Ficamos em silêncio por alguns segundo, dei um beijo em seu cabelo e nos desvinculamos. Enxuguei minhas lágrimas: 

—  Obrigado Rose, você é uma ótima amiga! 

—  Não me agradeça Emm. - Ela sorriu mais uma vez para mim - Vamos entrar? 

—  Sim! Já devem estar nos esperando para jantar. 

Entramos juntos e todos nós esperavam na mesa. Não houve nenhum comentário sobre meus olhos vermelhos ou sobre estarmos lá fora sozinhos. As crianças falavam animadamente sobre as férias de verão e sobre tudo que eles desejavam fazer, eu e Rose sentamos em nosso lugar e começamos a interagir junto com eles, meu filhos estavam feliz e isso tinha certeza que deixava Nina orgulhosa, seja lá onde ela estivesse agora. 


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